Março de 2030

Nova Orleans, Louisiana

—Tem certeza de que aqui é seguro? — Pergunto ao Zack assim que entramos no apartamento. Sem responde ele fecha a porta a trancando indo até as janelas olhando através das cortinas, certificando em seguida se estavam fechadas se jogando no sofá logo depois. — Zack? — Chamo quando ele não fala nada. Suspiro o vendo pega uma sálvia a acendendo falando um feitiço.

—Agora é — Reviro os olhos me sentando no sofá o olhando irritada — Aqui é o lugar mais longe que achei do Quartel francês, Sarah. E com isso aqui ninguém vai nos ouvir — Ele fala se escorando no sofá me olhando sério.

—Ótimo! — Falo suspirando me levando do sofá em seguida. Pego minha mochila seguido pelo corredor até a última porta entrando sobre o olhar avaliativo dele.

Ao entra e fecha a porta me jogo na cama olhando para o teto, tentando não pensar em tudo que deixei para trás. Fiquei por algum tempo ali parada presa em meus pensamentos quando meu celular volta a toca, suspiro me levantando da cama pegando o mesmo na mochila, ao ver quem era apenas deixo o aparelho na cama engolindo em seco indo em direção a sala. — Faça o feitiço agora — Zack desvia o olhar do celular me olhando sério

—Ainda acho uma péssima ideia — Fecho os punhos com força tentando me manter calma, pois ter uma discussão ali era a última coisa que eu queria no momento.

—Apenas faça Zack

—Isso vai mudar completamente sua vida Sarah. Sem conta na sede incontrolável de sangue. Você tem certeza de que é isso que quer? — Fico o encarando sem qualquer reação. Sangue? Só em imaginar isso já sinto meu estomago revirar, e ao pensar nisso foi inevitável fazer uma careta. O que não passou despercebido por ele, que ergue a cabeça no mesmo segundo.

—Por que você virou vampiro? — Pergunto não respondendo sua pergunta. Zack desvia o olhar do meu para o chão voltando a mim olhar em seguida com um olhar distante — Você intende porque estou indo fazer isso Zack, então não faça perguntas as quais você já sabe a resposta. Apenas faça o feitiço, as consequências dele eu posso lidar depois — Falo seria dando um pequeno sorriso no final. Zack como disse antes vem de um Coven de Bruxas Gemini, as quais os gêmeos são obrigados a se fundirem ao fazer 22 anos, ligando suas magias, mas, o mais fraco dos dois morre, e o que vencer fica sendo o lide do Clã. Ele e o irmão devia fazer isso quando chegasse a idade, mais ao invés disso Zack virou vampiro, impedindo assim que o irmão o fizesse. Ele fez por amor ao irmão, porque queria que ele tivesse uma vida, pois no fundo ambos sabiam quem morreria ali, e Zack não queria passa o resto da vida com essa culpa, mesmo eles sabendo que não era culpa de ninguém.

—Está bem. Como quiser — Saiu dos meus devaneios ao ouvi-lo dizer. Concordo com a cabeça dando o frasco do sangue da Claire a ele, o mesmo pega indo em direção ao canto da sala onde tinha uma mesa pegando seu grimorio da mochila.

Respiro fundo me sentando no sofá esperando-o preparar tudo. Vocês devem estar se perguntando por que eu não faço o feitiço, não é? Infelizmente eu não posso. Quando uma bruxa morre, qualquer feitiço feito por ela acaba no momento que ela se vai. Basicamente nós bruxas somos as ancoras dos nossos próprios feitiços. É a forma que a natureza achou para manter o equilíbrio. — Sarah? — Me levanto do sofá ao ouvir Zack me chama indo até ele. — Seu sangue — Estendo o braço direito em cima da mesa o olhando ao redor. Três grandes velas acessar, o grimorio aberto no meio de um círculo feito com sal com uma folha em branco no meio escrito meu nome e o da Claire.

Claire merece ter uma vida com o filho e o homem que ama, e eu vou dar isso a ela. Mesmo que no final ela não vá precisar. Mais, ao menos eu sei que com isso ela vai estar segura, e ficará bem. Terá a vida que talvez eu não consiga ter. Mais não importa eu estarei feliz por ela, porque Claire não é apenas minha melhor amiga, ela é minha irmã.

Zack pega uma faca segurando meu pulso colocando a faca no meio da mão, ao perceber sua indecisão eu fecho minha mão ao redor da faca mostrando a ele que poderia fazer. — Phasmatos Tribum Melan Veras Raddiam Onu Pavadus Ponemus. — Ele fala o feitiço assim que meu sague cai no papel quando o mesmo puxa a faca, pegando o da Claire o jogando em seguida, Zack repete o feitiço algumas fez, assim que os dois sagues se juntam formando um só em um círculo ao redor dos nomes as velas acendem no momento que o papel pega fogo — Está feito

—Ótimo — Falo indo até a cozinha lavando a mão na pia — Eu estava pensando, temos que nos desfasar para andar pelo Quartel, afinal podemos ser reconhecidos por alguém, e eu não quero isso — Falo enxugando as mãos num pano mim virando para Zack que me olhava preocupado.

—Penso nisso amanhã. E você precisar descansar — Reviro os olhos jogando o peno na pia o olhando em seguida

—Eu estou ótima. Mas tem até amanhã — Falo indo em direção ao quarto me trancando lá, ainda o ouvir resmunga da sala.

Depois de um banho demorado mim jogo na cama deixando o sono me vencer.

Semanas depois

—Precisa comer algo, Sarah — Zack fala entrando no meu quarto com uma bandeja nas mãos. Sem dizer nada volto a fechar os olhos puxando o coberto tentando tampar o frio. A semanas eu mal comia, nada descia, sem conta no frio que eu sentia, o que não acontece dês que virei loba. — Você não está bem — Ele volta a falar sentando-se na beira da cama colocando a mão na minha testa — Vou te leva para casa, você não pode ficar assim

—Não — Falo com a voz falha ao ouvi-lo. Abro os olhos o olhando. Seu olhar era preocupado — Eu estou bem

—Não, você não está. Se eu soubesse que ia ficar assim por estar longe dele, eu não teria concordado com isso — Volto a fechar os olhos com força sentindo meu coração se aperta ao ouvi-lo falar do Nathan, mesmo não tendo mencionado o nome dele. — Ao menos tome essa sopa — Eu não tinha vontade de comer, mais sabia que ele ia insistir até eu ceder. Concordo de leve com a cabeça saindo de baixo do coberto, me sentando com a ajuda dele, meu corpo estava fraco.

—Isso já vai passar — Falo ao perceber que ele ainda mim olhava preocupado, tentando convencer a ele e também a mim.

Eu sabia que seria difícil ficar longe do meu imprinting, mas eu não imaginei que seria assim, era como se estivesse faltando um pedaço do meu corpo.

Isso durou por mais duas semanas até eu dizer a mim mesma que eu precisava reagir, ou nada do que eu fiz ia valer a pena, e quando percebi um mês tinha se passado.

Música e mais música. Penso bufando enquanto observava o Quartel escorada em um poste da rua, ver as pessoas cantando e dançando feliz me deixa irritada. Olho ao redor ao sentir cheiro de lobisomem, o que era estranho já que eles não andavam por aqui. Assim que o vir começo a anda em sua direção parando próxima a uma das lojas olhando a vitrine.

Tem que ser essa noite. Claro que não— Franzo a testa confusa ao ouvi-lo fala no celular, parecia irritado. Foço mais minha audição quando a música fica mais alta — Ele quer os lobos mortos essa noite e não está a fim de negociação — Pelo visto vou ter alguma diversão hoje. Penso olhando o homem sair apresado depois de desligar o aparelho. Ele? Agora eu só tenho que descobrir quem é esse homem. Acabo seguindo o homem até ele entra em uma pousada. Agora sei onde ele se esconde.

Cansada volto para casa imaginando o que faria com eles, mas acabo mudando de rota ao ouvir meu celular toca na bolsa — Os Denali estão em Nova Orleans — Só o que me faltava agora — Falo digitando uma mensagem em seguida falando para me manter informada. Depois de semanas aqui, e que eles estão mim procurando, só agora é que estão vindo aqui. Claro que tem as bruxas e vampiros do Quartel de olho para caso eu aparecesse por aqui. Agora porque os Denali estão vindo? Seja por qual motivo não importa agora.

Acabo desistindo de ir para casa para dá uma olhada e ver se os encontrava. Estava quase desistindo quando o cheiro doce de vampiro chega ao meu olfato vindo de perto do beco perto da casa Mikaelson. Sigo até lá certificando que não tinha nenhum vampiro por perto.

—Ela não está aqui, nenhum cheiro nada

—Estão longe de casa não acham? — Pergunto parando de anda, os quatro se viram para mim com olhos assustado — Vão embora

—Você devia voltar para casa. Estão todo preocupados — A mulher morena fala me olhando cautelosa. Sorrio discordando com a cabeça dando passo até eles

—Acho que não intenderam, não é? Talvez eu tenha que ser mais clara — Ao falar isso, ergo a mão direita a frente puxando a loura mais baixa com feitiço em minha direção a prendendo na parede com meu braço em seu pescoço — Vão embora ou ela morre — Falo entre dentes, mudando a cor dos meus olhos para o amarelo

—Intendemos Sarah, só solte a Tânia — Sorrio ao ouvir a voz desesperada da outra loura

—Isso quer dizer que vão embora e que irra dizer ao Black para parar de mim procurar, certo? — Falo os olhando seria, apertando mais meu braço no pescoço da vampira, e posso jurar que ouvir um estalo

—Isso. E que está bem

—Tudo bem então — Falo dando um sorriso vitorioso jogando a loura na direção deles — Mais vou saber se ainda estiverem por aqui

—Tem o gênio do pai — Tânia fala irritada com a mão no pescoço. Sorrio dando um tchau. Assim que eles desaparecem da minha vista, pego o celular enviando uma mensagem. “Encontrei eles. Avisa quando eles ligarem. Quero ter certeza de que a ameaça funcionou”.

(...)

—Onde você estava? — Zack pergunta assim que passo pela porta a fechando. E pelo seu tom de voz ele estava bem irritado

—Dando uma olhada por aí — Respondo deixando minha bolça no sofá indo até a cozinha tomando um pouco de água — Não precisar mim olhar assim, Zack. Eu sei me cuidada está legal, e eu estava com isso aqui — Falo apontando para o anel no meu dedo indicador da mão direita. Anel esse que era só gira-lo e eu seria quem eu quisesse ser. Devo admitir que é estranho, mais isso é uma das vantagens em ser bruxa. E só tirei quando fui falar com os Denali.

—Podia ter ao menos avisado, Sarah

—Pode deixar. Há vou sair hoje anoite, e antes que fale que vai junto, não, você não vai. — Zack ergue a sobrancelha direita, me olhando sério. Sem fala nada vou em direção ao meu quarto fechando a porta.

Há semanas estou observando cada movimento das bruxas, lobisomens e Vampiros, da cidade e só agora resolveram ataca os Crescentes. Mais a pergunta é porque só agora? Suspiro virando na cama pegando o celular que deixei em cima da cômoda olhando a nova mensagem.

Não ligaram para o Carlisle. Acho que não funcionou — Acabo rosnando irritada ao ler a mensagem. Péssimo dia para mim irritarem Denali!

Ao chega à noite eu tomo um banho deixando meus cabelos soltos, visto um macacão jeans curto, com uma bota de cano médio, ambos na cor preta, uma leve maquiagem. Ao sair do quarto Zack estava na sala — Para onde vamos? E antes que diga você não vai sozinha — Fico o olhando irritada pronta para dá-lhe uma péssima resposta, mais, acabo desistindo.

—Tudo bem — Respondo saindo dando de ombros indo até a porta girando o anel o olhando seria em seguida. — Desculpe Zack, mais isso é assunto meu — Ele me olhar confuso por um tempo até intender — Ad somnun — Falo rápido erguendo a mão direita o fazendo cair desacordado no chão da sala.

Saio do apartamento em seguida andando em direção ao pântano tomando cuidado para não ser notada, e por sorte enxergo bem no escuro. Assim que começo a ouvir a música fico invisível para não ser vista por eles. Acabo me escorando numa árvore os observando, acabo sorrindo ao vê-los cantando e dançando, estão todos tão felizes. Suspiro fechando os olhos tentando imaginar como seria se minha mãe estivesse viva, se nos duas estaríamos ali com eles, e provavelmente estaríamos porque esse é o nosso povo, nossa família.

—O que significa isso? — Assustada com o grito dado por um dos homens abro os olhos olhando em direção a eles.

—Vim atrás da minha resposta, Oscar — O mesmo homem de mais cedo fala jogando uma das mesas longe. As mulheres e crianças correm ficando perto da pequena cabana que avia ali perto do rio.

—Já tem minha resposta, Chris — Oscar fala dando passos ficando à frente das pessoas. Mais lobisomens fazem o mesmo se colocando ao lado dele.

—Prefere aquela aberração do que salva a vida do seu povo?

—Aquela aberração ao qual se refere, é meu povo também. E você prefere se aliando a esses vampiros nojentos do que ficar ao nosso lado. Acha mesmo que eles vão deixar você vivo, quando conseguir o que quer? — Dou um passo à frente ao ouvir Oscar parando em seguida ao ouvir passos na floresta vindo na nossa direção. Em seguida três homens param ao lado do Chris, e pela velocidade que chegou eram vampiros, mais não demorou muito e mais chegaram. Por que um lobisomem só se aliaria a vampiros? Questiono franzindo a testa.

—Eu vou ter o que eu sempre quis Oscar, quando te matar e logo depois aquela aberração que a Samantha deixou — Foi só dizer isso e ele avançou em Oscar o acertando com um soco. Oscar em seguida o acerta também, não demorou e os vampiros avançaram.

Sem perceber solto um rosnado alto os fazendo se assustarem e olhar em direção a floresta onde eu estava, mais não me viram por ainda estar invisível. Ando até eles puxando um dos vampiros por magia até mim arrancando o coração dele — QUEM ESTÁ AÍ? — Um dos vampiros grita olhando ao redor. Sorrio o jogando na arvore com foça sem tocá-lo, colocando fogo em outro. Ao olhar ao redor ao ouvir gritos, vejo alguns lobisomens atacando as mulheres e as crianças, rosno outra vez irritada.

—O QUE VOCÊS PESNAM QUE ESTÃO FAZENDO? — Oscar grita assustado jogando um dos lobos longe. Vou até lá matando dois sem mim importa se erram crescentes ou não.

— Deixem os crescentes em paz — Falo entre dentes depois de acabar com todos e com os que tentavam fugir e dar uma surrar no Chris — Avisa ao seu mandante que se tentar atacar os crescentes de novo eu vou matar todos. E conte o que aconteceu aqui — Volto a falar deixando Chris ir embora ferido.

—Quem é você? — Olho para Oscar ao ouvir sua pergunta mais não respondo, apenas olho para todos e saio correndo em direção que Chris foi. Ao chegar na estrada vejo o carro sair em alta velocidade.

Depois disso volto para a cidade ainda invisível. Deve confessar que já estava me acostumando em ficar desse jeito. Ao chega fico parada tentando ouvir ou ver algo que mim chamasse atenção até ver os Denali andando pela rua. Com raiva ando até eles aproveitado que eles estavam passando perto de uma rua deserta puxo a morena para dento a mantendo presa pelo pescoço na parede voltando ao normal. — Achei que tinha intendido o aviso — Falo os olhando irritada

—O que aconteceu com você?

—Acho que isso não é da sua corta, mais o que vai acontecer com ela acho que é — Falo apertando mais o pescoço, ouvindo o conhecido estalo. — Vão embora, ou prefere perder outro membro da família? — Falo ao lembra que anos atrás os Volturi matou um deles.

—Vamos embora, agora solta a Carmem

—Assim como o Carlisle, espero que cumpra com sua palavra Elaizer — Falo jogando a mulher em sua direção

—Você não é assim Sarah, é uma menina boa, doce e gentil. Sei que está perdida agora, mas não esqueça quem é de verdade —Ao dizer isso eles desaparecem, só espero que dessa vez eles vão mesmo.

Fique de olho caso Elaizer ligue — Envio a mensagem tentando esquecer as palavras de Carmem, e vou para casa.

—Podia ao menos ter mim colocado no sofá — Zack fala irritado assim que entrei na sala, suspiro fechando a porta — O que aconteceu com você?

—Uma pequena luta no Pântano. Estou bem — Respondo me olhando, e só agora percebi que estava suja de sangue — Preciso descansar. E desculpe mais uma vez — Falo indo em direção ao meu quarto ainda sobre seu olhar assustado e preocupado.

(...)

No dia seguinte assim que acordei contei ao Zack depois dele mim questionar mais uma vez — Você ficou louca — Isso foi a única coisa que mim disse com seu olhar severo, com se eu ligasse.

—Já está feito — Falo dando de ombros, me levantando da mesa em seguida ao ouvir meu celular.

Alice teve uma visão com os Volturi e Elaizer ligou, eles foram embora — Leio fazendo careta, enviando outra perguntando da visão

—Problemas?

—Os Volturi estão aprontando alguma coisa — Respondo o olhando preocupada

—Quem está te passando essas informações, em? Achei que confiasse em mim Sarah —Zack fala se sentando ao meu lado, suspiro desviando do seu olhar

—Eu confio Zack, mas intenda que tem coisas que não posso dizer, e só cabe a mim. E eu sei que a coisas que você também não me conta — Falo calma me levantando do sofá o olhando seria. O mesmo concorda de leve com a cabeça.

—Tudo bem, quando quiser fala — Dessa vez eu concordo me escorando na janela olhando o celular.

Sarah, é a Claire. Ela está em trabalho de parto, passou mal, e eu não sei o quanto mal é. Jacob está desconfiado que estou te passando informação.

Me mantenha informada sobre Claire. E sobre Jacob, faça o que vem fazendo e não diga nada, intendeu? — Digito rápido tentando controlar minha respiração — Claire está ganhando — Falo olhando assustada para Zack, ao intender ele se levanta parando ao meu lado segurando meus braços

—Hey, se acalma. Ela vai ficar bem. Vocês duas vão — Zack fala me sacudindo de leve quando as luzes começam a piscarem. Fecho os olhos respirando fundo, me solto dele e começo a anda pela sala tentando acalmar, mas não estava adiantando, eu escutava Zack falando para eu parar mais não dei ouvidos — Sarah? — Paro olhando para Zack me sentindo estranha, abro a boca para falar mais nada sai, apenas escuto o grito de Zack e seus braços ao meu redor antes de apaga.