Decreto Matrimonial escrita por Dri Silva


Capítulo 8
Capítulo 6




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Hermione escutou as risadas antes mesmo de abrir a porta do Largo Grimmauld, tinha escolhido caminhar até a sua, atual, casa para poder processar tudo que Malfoy tinha lhe dito. Por Merlin Hermione nem sabia ainda se realmente acreditava no Sonserino, mas estava disposta a não descartar nenhuma possibilidade que significasse não ter que seguir o Decreto. Andou pelo corredor de entrada com cuidado para não derrubar os panos dos quadros, ainda não haviam conseguido um feitiço para tira-los, foi em direção as vozes altas e explosões de gargalhadas. 

—Mione! 

—Hermione! 

Seu nome foi entoado animadamente quando Hermione chegou na sala aquecida pela lareira e pela quantidade de pessoas ali. Todos sentados pelo chão do cômodo, e pelo que Hermione conseguia contar bem mais do que 5 garrafas de Whiskey de fogo tinham sido partilhadas. 

—Estamos celebrando. - Disse Neville com a voz arrastada. 

—Ah é? O que exatamente? - Hermione perguntou com um sorriso fraco, sem dentes, enquanto se escorava no batente da porta. 

—Nossos últimos dias de glóriaa!- A resposta de Dino veio com um levantar de taça que mais derramou  Whiskey de fogo nele do que o que ele iria tomar. 

—Você precisa de um copo. - Declarou a ruiva empurrando uma caneca de aparência duvidosa na sua direção. - Vamos beber porque como reprodutoras de pedigree capaz do ministério querer nos tirar esse direito também. 

Copos foram erguidos no ar novamente, e alguns sons de concordância saíram em tom enrolado. Notando a e hesitação de Hermione, a ruiva encheu seu próprio copo e ergueu o queixo com determinação, como fazia antes dos discursos para o time de quadribol. 

—Só se vive uma vez, Her-Her...Hermenio!. - ela definitivamente estava bêbada. - E nem essa vez a gente pode fazer o que quer. Vamos beber! 

—Bebe! -Bebe! Bebe! 

Hermione olhou para a caneca, e olhou para o grupo entoando o coro mais desafinada que ela tinha escutado nos últimos tempo. Harry captou seu olhar e deu de ombros virando o próprio copo, a castanha sentiu a si própria dar de ombros e virar o conteúdo da caneca numa tacada só. 

—Uhuuul! 

Hermione riu, pegou a garrafa mais próxima e se sentou no primeiro lugar vago que viu pelo chão ao lado dos outros bruxos, amanhã ela pensava em salvar o mundo. 

—Draco como imaginado o Decreto vai seguir vigente. - Malfoy retesou os músculos em preparo para o que viria da mãe. - Espero que isso não seja um problema e que você tenha em mente em segurar a próxima Lady Malfoy o mais rápido possível. 

Malfoy diligentemente limpou os lábios no guardanapo e tomou um gole da sua taça de vinho, apreciando não apenas a bebida, mas a exasperação que Narcissa estava demonstrando com sua demora. 

—Ter em mente eu até tenho, mas não é como se eu fosse a primeira escolha de toda bruxa nascida trouxa da Grã-Bretanha. 

—Você é um Malfoy! 

—Meu ponto exato, mãe. 

—Draco! 

—Mãe! - retrucou Draco, mas com um sorriso na direção dela. - Não se preocupe dona Narcissa, farei o que eu achar melhor pela família, eu tomarei conta disso mãe. 

—Draco...- 

—Vamos só terminar o jantar sem falar disso, por favor.  

Sentiu a mãe soltar o ar de forma ruidosa, mas o assunto deu-se por encerrado, terminaram o jantar em silêncio e assim que se despediu da mãe Draco foi direto para a biblioteca. Precisava descobrir como fazer a Sucessão acontecer sem ter que dar o braço a torcer, infelizmente a Sucessão Malfoy era antiga e cercada de magia arcaica. 

Mesmo sabendo que provavelmente terminaria a noite frustrado, o loiro abriu um tomo mais velho que Merlin e começou a estudar. A câmara dos lordes da sociedade bruxa era composta pelas mais tradicionais famílias, cada sobrenome tinha seu próprio peso ao longo da história bruxa e os títulos vinham de momentos em que a sociedade bruxa e trouxa não eram tão separadas assim. Parte do plano do loiro incluía entrar com uma ação por esse meio, e usar dos títulos e jogadas políticas para pôr o mundo bruxo em combustão, legalmente ele era a cabeça da família Malfoy, porém ele sabia que naquela sociedade o que realmente comandava era a Magia e era daí que nascia sua dor de cabeça. 

Como previsto, horas mais tarde Malfoy fechou o livro com brusquidão na tentativa de aliviar a frustração que sentia. Tinha passado horas ali e progredido muito pouco, enquanto caminhava pelos corredores escuros da Mansão, ele pensava nos outros componentes de seu plano, Blaise ainda não tinha feito nenhum contato e mesmo assim o loiro estava confiante sobre essa parte de seu plano, contudo o mesmo não poderia ser dito sobre uma certa bruxa de cabelos volumosos. 

Enquanto o Sonserino se deitou com os pensamentos fixos nessa bruxa em questão, a castanha também tinha seus pensamentos voltados para Malfoy ao caminhar pelos corredores sombrios do Largo Grimmauld em direção ao quarto que tinha feito de seu. Os primeiros goles tinham sido com empolgação e o suficiente para a deixar com o riso frouxo, mas seus pensamentos se voltaram para os problemas em questão e a Grifinória resolveu deixar os amigos obviamente alcoolizados demais na sala e se trancar em seu quarto para dar uma primeira olhada nos livros que o loiro lhe entregara. Estava prestes a desencolher os livros quando batidas soaram na porta. 

—Pode entrar. - Hermione respondeu curiosa enquanto colocava os livros de lado na cama. 

—Mione? - Ron colocou apenas a cabeça pela fresta da porta. - Podemos conversar? 

—Claro, Ron! - Hermione imediatamente abri espaço na cama, para o ruivo sentar ao seu lado. - Sobre o que você gostaria de conversar? 

—Erh..tisc... Mione... Hermione...- 

—Sim, Rony. - Hermione incentivou percebendo o desconforto, ele estava com o rosto corado da bebida, os cabelos compridos caindo quase que na altura dos olhos, e ele se remexia sentado na ponta da cama. 

—Hermione, eu queria falar sobre nós. -Hermione se controlou para manter a expressão neutra, mas praguejou mentalmente. - No final da guerra, eu achei que a gente tinha  anh ...se entendido, mas daí você foi para a Austra– 

—Eu fui procurar meus pais, Ron.  

—Eu sei, eu sei. - O ruivo passou as mãos nervosamente pelos cabelos. - Como eles estão? 

—Bem, mas sem memória ainda. Um problema de cada vez. - disse Hermione tentando dar um sorriso. 

—Vai dar certo, Mione. - O ruivo segurou sua mão de forma a reforçar o que dizia, e ela não conseguiu conter o carinho que explodiu por ele naquele momento. - Mas como você disse, um problema de cada vez. Eu acho que a gente devia se casar, Hermione. 

Hermione ficou tão chocada pela segunda pseudo proposta de casamento quanto na primeira do dia, estava tão atordoada que tudo que conseguia fazer era olhar para Ron por muitos minutos até que ele levantou impaciente. 

—Eu sei que você pediu um tempo antes de ir para Austrália, mas com o decreto em vigor eu penso que o melhor seria a gente se casar. Eu não tenho muito, mas minha família adora você e - Ruivo estava numa marcha de um lado para outro sem nunca olhar para ela. - E a gente pode fazer dar certo, eu acho. Hermione? 

Seu nome foi pronunciado com tanta expectativa, que Hermione se remexeu na cama e levantou em direção ao Bruxo. 

—Ron...Eu amo você, e uma parte de mim sempre vai ser apaixonada por você. - Sua voz suave, mas firme sem nunca desviar dos olhos azuis da cor do céu. 

—Mas? 

—Mas eu não sou mais aquela menina apaixonada por você, digo, ela está aqui em algum lugar. Faz parte de quem eu sou agora, mas...você entende? 

O rosto cheio de sardas se contorceu numa careta confusa e Hermione deixou escapar uma risadinha pela familiaridade do amigo. 

—Eu achei que a gente era pra ser sabe? - disse ele segurando as mãos dela. 

—Talvez a gente fosse. - respondeu a castanha encarando a mão deles juntos. - Em outras circunstancias, talvez a gente fosse pra ser Ron. A vida, a guerra, aconteceu com a gente e você não é só o Ron, O rei da grifinória - a última parte arrancando uma risadinha do garoto. - Você é mais que isso, e eu amo você, mas quem eu sou agora não é apaixonada por você. 

O silêncio reinou no quarto e só quando viu a lagrima brilhando sobre as mãos ainda unidas, Hermione percebeu que estava chorando, um fungo de Ron a alertou que não era a única. 

—O decreto.. 

—Não, Ron. Não podemos fazer isso com a gente, em algum momento você ia se ressentir de mim e vice versa. A gente se gosta demais pra arriscar ser infeliz junto depois de tudo que a gente passou. A gente vai dar um jeito, mas isso ia nos corroer lentamente. 

—A gente pode tentar Hermione! Eu não quero perder você, eu demorei tanto tempo para criar coragem e agora. - Ele a segurou pelos dois braços sobressaltando Hermione. - A gente pode voltar ao normal, eu sei que a gente pode.  

Antes que Hermione conseguisse processar o que estava acontecendo, sentiu seus lábios esmagados pela boca do ruivo, tentou se afastar, mas Ron a segurou firmemente no lugar colocando as mãos uma de cada lado do seu rosto. Sentiu a agonia crescendo, e começou a debater nos braços do ruivo. 

—Para Ron! Esse não é você. - Ela tentava se afastar, mas agora ele a segurava pelos cotovelos. - Por favor. 

—A gente lutou pra isso Hermione- seu tom de voz era de suplica, quase uma prece desesperada- Eu quero voltar ao normal, ao que a gente era antes. -  A gente só tem que tentar, e tudo vai ser como era antes. - Os lábios voltaram a se grudar com força nos dela antes de ele acrescentar. -Tudo precisa voltar a ser como era. 

—Ronald, para agora! - A castanha bateu com pé no chão fazendo com que ele a soltasse sobressaltado. - Pelo amor de Merlin, Ronald! Nada vai voltar a ser como era antes, esse é o novo normal! 

Hermione tentou controlar a respiração ofegante, enquanto Ron olhava ao redor com uma expressão confusa, desolada até. 

—Olha pra mim Ron.- O ruivo desviou o olhar para o chão, levando a bruxa a inspirar lentamente antes de tentar novamente. - Olhe para mim Ronald Weasley! Ótimo, agora diga olhando nos meus olhos que você é o mesmo Ronald de antes. Diz. Diz se o Ronald na minha frente é mesmo menino que de antes, porque sabe o que eu vejo? Um homem que teve o mundo chacoalhado pela guerra e agora está em negação e se apegando em qualquer coisa que pareça familiar. Inclusive essa ideia de estar comigo, que sim! fazia sentido antes. - Hermione parou para buscar folego e cruzou os braços antes de continuar. - Nada vai mudar o fato que teve uma guerra no meio do nosso caminho e que o novo normal é esse. Por Morgana me diz que você vê isso quando deixa o pânico de lado, porque eu sei que você consegue ser mais maduro que isso depois de tudo que a gente passou. 

No fim sua postura firme falhou, sua voz ficando rouca e mais lagrimas começaram a escorrer pelo rosto da castanha. E então Hermione se sentiu pressionada contra o peito largo do ruivo, envolta num abraço apertado, os soluços se confundindo enquanto um tentava confortar o outro e se confortar também. Se agarraram um ao outro por um tempo indeterminado, aos poucos os soluços sendo substituídos por fungadas ocasionais, mas a força do abraço não diminuía, talvez numa última de se agarrar ao que já não eram. 

O primeiro a se mover foi Weasley, deslocando o tronco levemente para trás, só suficiente para encarar os olhos castanhos e marejados. 

—A gente era pra ser.- disse ele com a voz rouca e se inclinou, os lábios apertados contra os de Hermione. - Eu sinto muito por tudo que não vamos ser. 

—Ron..- 

—Sh... deixa eu falar. A gente deveria ser, você ia ser uma ótima Weasley, exceto pelo total falta de talento pra cozinhar e fazer crochê. - A risada nervosa de ambos ecoou pelo quarto, mas então o olhos azuis ficaram sérios ao voltar a encara-la.- Eu sei que você ta certa, Mione aquele Ron, nunca tinha perdido um irmão, nunca tinha lutado numa guerra, ele conhecia mais alegrias e tinha mais do que se orgulhar do que ele percebia. E eu to em pânico e mais uma vez demonstrei a sensibilidade menor que uma colher de sopa rasa. - Ambos riram em meio a narizes entupidos e lagrimas. - Eu sinto muito por todas as possibilidades que a guerra nos tirou. Eu queria, e uma parte de mim ainda quer, que a gente tivesse dado certo. 

—A gente deu Ron, não desse jeito, mas a gente deu como amigos, como parceiros de uma vida todo até agora, e que vida é essa que a gente está vivendo. 

O ruivo continuo encarando como se procurasse alguma resposta nos olhos da castanha, passou a mão pelo rosto de Hermione limpando os traços das lagrimas, e emoldurando sua face com as duas mãos, encostou os lábios nos dela suavemente, só um encostar. E gravado naquele ultimo singelo beijo que ela retribuiu, estava o luto pelo futuro que já não teriam, selaram o fim de um primeiro amor compreendeu Hermione. Assim sem mais nada a dizer, o ruivo deixou Hermione sozinha parada no meio do quarto, e então ela sentiu que a acontecer. 

Ela se forçou a respirar lentamente, inspirando e contando até 5 mentalmente antes de soltar o ar, sentiu o frio na barriga gelar ainda mais. O bater do coração acelerado parecia estar na sua garganta, sentiu uma dor se espalhar como se tivesse levado um soco no estomago, reconhecendo os sintomas lançou um Abaffiato e trancando a porta de forma silenciosa não confiando que conseguiria falar, o suor frio e pegajoso escorreu pela nuca, sabia o que veria, desde a guerra os ataques aconteciam, as vezes depois de um pesadelo, do cair de algo no chão, de um susto, num momento estava bem e de repente acontecia. Um formigamento começou na mão esquerda se espalhando pelo braço, cambaleou em direção a parede procurando apoio, foi escorrendo até o chão, o espaço a sua volta parecia estar se fechando de forma vertiginosa em sua volta, a dor em seu peito parecia impedir que puxasse o ar e começou a ficar ofegante, pequenos pontos pretos começaram a aparecer na sua visão e então tudo escureceu, mas antes de ela finalmente perder a consciência podia jurar que escutou a risada sádica de Bellatrix. 

 

Na manhã seguinte Hermione acordou ainda no chão em posição fetal, com os músculos todos doídos, se arrastou até a mesa de cabeceira e achou uma poção Pepperup imediatamente se sentindo melhor e mais alerta, e decidiu ler os livros de Malfoy que ainda estavam jogados na cama. A maioria parecia relíquia de museu, e Hermione os examinou com muita calma e cuidado, um livro remetia 1600, em torno da época das caças as bruxas na Inglaterra, outro exemplar que chamou sua atenção se destacava por aparentar ser mais novo era um estudo sobre as grandes revoluções políticas do século passado no reino unido. Contudo foi o livro simples de capa simples de couro curtido que ela decidiu ler, seu título simples foi o que mais aguçou sua curiosidade, depois da conversa com Malfoy, Os Sagrados. 

Estava imersa na leitura e poucas páginas da metade quando Harry bateu a sua porta. 

—Bom dia, Mione. - Ele estava com vestes bruxas em azul escuro e parecia ter tentado pentear os cabelos, ainda que a palidez olheiras evidenciassem a falta de sono da noite passada. - Você vai junto no Ministério? 

—Bom dia, Harry. Nem pensar, eu me recuso a passar por essa humilhação pública. O que você vai fazer no Ministério? 

—Meu eu bêbado mandou uma carta ao ministro agendando uma reunião, e ele concordou. -Hermione levantou a sobrancelha na direção dele.- Do jeito que estão as coisas eu e Gina não podemos nos casar.  

—Você vai usar o charme do garoto que sobreviveu para garantir? - a pergunta saiu mais ácida do que gostaria e o moreno reagiu. 

—Eu vou fazer o que for preciso, Mione. Eu tenho que fazer- disse enfático, sentando-se na cama de forma brusca. - Eu vou nessa reunião, deve haver algum tipo de loop nessa lei que me permita casar com Gina. 

Hermione tentou disfarçar a expressão de dúvida, ajeitou os óculos dele que estavam quase caindo e então falou. 

—Se não tiver, a gente vai criar Harry, nós vamos fazer isso acontecer. -Puxando-o para fora do quarto pelo braço acrescentou. - Alguém, dos que ficaram bêbados demais para irem para casa, fez café? 

Harry riu alto a seguindo para a cozinha, onde Monstro colocava a mesa do café. 

—Glória a Morgana! - Disse ela ao olhar as opções para o café da manhã. 

—Você ta parecendo o Ron assim. - A voz da ruiva chegou antes da mesma entrar pela porta de cabelos molhados. 

Hermione ergueu uma sobrancelha de forma inquisitiva, mas não disse mais nada tomando o rubor da Weasley como resposta o suficiente. 

—Você já está indo Harry? - Perguntou ela dando um selinho no moreno. 

—Sim, só estou esperando Ron. 

—Milagre ele não estar ainda tomando café. - a ruiva servia uma porção generosa para si não percebeu a careta que Hermione fez. 

—Ele disse que não estava com fome. - deu de ombros Harry, mas Gina imediatamente olhou para Hermione. 

—É mesmo? Que milagre. - respondeu a Harry, mas para Hermione ela virou e gesticulou com a boca sem emitir som que elas iriam conversar depois. 

Hermione suspirou e anotou na lista mental fazer mais poção Pepper-up. 

Na mansão Malfoy, Draco já tinha terminado o café e aguardava Blaise em frente a lareira da sala. 

—Sentiu minha falta, Drake- Drake? - O sonserino se encontrava no seu melhor humor quando passou pela lareira. 

—Então conseguiu o que precisávamos? 

—Olá Blaise, como foi a viagem?- falou Blaise com a voz grossa e então numa voz mais fina continuou.-  Sim, Draco foi muito boa. Como vai sua mãe, Blaise? Pensando em arrumar mais um marido, muito prestativo de você perguntar Drake- Drake. - Respondeu irônico sentando no poltrona mais próxima. 

O loiro apenas revirou os olhos. 

—Se poupe, Zabine. Fale logo o que eu quero saber. 

—Você por um momento duvidou de mim? - os olhos pretos brilharam com o desafio em direção ao loiro, mas ele não esperou por uma resposta - Óbvio que consegui, minha mãe não dá a mínima para isso, mas uma parte de mim nunca vai te perdoar por me fazer assumir a família Rosier. 

—Eu não fiz nada, você nasceu Rosier. Ultimo descendente masculino, através da sua mãe, se acerte com ela. - Respondeu Malfoy com o humor mais leve sentando na poltrona de frente para o moreno. 

—Graças a você e seu plano. - Lembrou o moreno.-  Eu fiz a sucessão que eu não pretendia fazer, e você fala com o novo Pater familias da casa Rosier. Um anuncio oficial foi preparado para amanhã e eu já fui no Ministério assumir tudo que de direito me pertence. 

—Execelente! 

—Tem mais, eu passei na nova sessão onde as ofertas oficiais de dote estão sendo feitas. Aquilo é um leilão Drake, pelas bolas de Merlin alguém vai ficar muito rico com essa bagunça de decreto. 

—É um motivo possível, mas dinheiro é tão clichê. 

—Você só fala isso porque tem mais dinheiro do que é capaz de gastar. - Os olhos pretos debochados tanto quanto a fala do Sonserino. 

Malfoy deu de ombros simplesmente. 

—Já que você foi ao ministério me poupa o trabalho de eu mesmo ir. Granger está recebendo muitas ofertas? 

—O quanto é muitas para você? - Fileiras de dente brancos reluziram quando ele jogou a cabeça para trás e riu. - Aquilo está uma loucura, ela literalmente vai ser a galinha de ovos de ouro do Ministério. As duas ofertas mais são da família Lestrange e da família Carrow, da onde eles ainda tiram dinheiro é mistério. 

Blaise não deixou de perceber os punhos cerrados com força de Draco durante seu comentário e nem a forma como todos os seus músculos pareciam retesados e prontos para briga. 

—Quando você vai fazer uma oferta? 

—Eu dei o prazo de dois dias para, Granger. - Malfoy respondeu com ar indiferente, levantando-se e ficando de costas para Blaise. 

—Você falou com ela então? - Era mais uma afirmação do que uma pergunta 

—Ontem, depois daquela encenação de audiência. Eu plantei a dúvida, acho que existe uma boa chance. 

—Acha? 

—Eu estou vivo, não estou? E não levei nenhuma azaração, então eu diria que sim. 

Blaise riu ainda mais alto, sua risada ecoando pela casa, aquilo ia ser muito divertido de assistir. Draco Malfoy e Hermione Granger, a sociedade bruxa não estava nem perto de estar pronta para o que eles iam causar. 


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Notas finais do capítulo

comentem prfvr me faz sentir que minha fic realmente está agradando vcs.
deixem observações, me contem o que esperam, o que mais surpreendeu vocês. Venham conversar comigo :)



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