After the storm escrita por Dyanna Pereira


Capítulo 8
Capítulo 8




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Acordo com o braço de Harry em cima de minha cintura, o peso pressiona meu corpo contra o colchão. Aquilo era familiar para mim, embora no momento me parecesse estranho. Viro meu corpo lentamente, ficando de frente para Harry. Sua respiração é pesada enquanto eu encaro seu rosto. Ele ainda dorme profundamente e me sinto em paz, com ele estando ali ao meu lado. Minhas mãos descem para minha barriga e eu reflito sobre o fato de estar grávida. Durante todos esses anos em que estávamos juntos, nunca falamos muito sobre quando eu iria engravidar. Harry sempre quis uma família grande e a ideia era boa para mim também. Eu não tomava anticoncepcional desde que nos casamos, mas só agora tinha conseguido engravidar. Sempre acreditei naquelas frases que dizem que tudo acontece no seu tempo e por algum motivo. Embora nunca tenha acreditado que um bebê pode reconstruir um casamento, eu acreditava que nosso bebê estava vindo para nos unir. Agora que o susto havia passado, eu estava muito feliz com aquela novidade, embora estivesse chateada por estar afastada do trabalho por uns dias. Ergo o olhar para Harry e olhos verdes estão me encarando. Ele sorri para mim, colocando a mão esquerda em minha barriga. Percebo que ele continua usando nossa aliança de casamento.
— Devo te dar bom dia, boa tarde ou boa noite? - sua voz sai rouca quando ele fala e eu viro meu corpo devagar até minha mesa de cabeceira, encarando o visor de meu celular.
— São três e meia, então você pode me dar boa tarde.- puxo meus travesseiros, encostando na cabeceira da cama quando sento.
— Boa tarde, linda. Como está se sentindo? - ele apoia o cotovelo na cama, encostando o queixo na mão enquanto me olha.
— Estou bem, aqueles remédios são bons. Fazia dias em que eu não chegava as três da tarde sem vomitar o café da manhã e o almoço.- ele ri e coloca as mãos de volta em minha barriga.
— Bom, você não almoçou ainda. Quer que eu prepare algo? - encaro suas mãos em minha barriga e pouso meus braços ao lado do meu corpo.
— Na verdade, gostaria de conversar antes. Mas depois você podia preparar uma omelete daquelas para mim.- ele se senta, o rosto mais sério agora. Ele recolhe suas mãos, apoiando-as em seu colo.
— Claro, preparo sim. Nós temos muito o que conversar mesmo, você quer começar a falar? - prendo meu cabelo em um coque alto, soltando um suspiro pesado antes de falar.
— Eu queria te agradecer, primeiramente. Obrigada por ter me levado ao hospital. Se não fosse por você eu provavelmente ainda estaria em casa passando mal, sem saber o que estava acontecendo comigo.
— Imagine, Gin. Não precisa agradecer por isso.- sorrio, olhando para minhas mãos.
— Sabe, Harry, tomar a decisão de sair de casa foi uma das coisas mais difíceis que eu já fiz em toda a minha vida. Senti sua falta todos os dias e me doeu muito. No início eu me culpei, culpei a minha teimosia e o fato de não pensar nas consequências de minhas atitudes tomadas de cabeça quente. Mas depois de uns dias minha ficha caiu e eu entendi. Eu errei em muitas coisas, sim. Mas viver do jeito que estávamos não dava mais. Aquela briga foi a gota d'água pra mim. Quando eu cheguei em casa, estava preocupada de você ter acredito naquela mentira. De você estar com ciúmes, entende? É o que qualquer outro cara iria sentir, pelo menos eu acreditava naquilo. Mas quando você começou a falar sobre aquelas fotos serem ruins para sua imagem, me magoou de uma forma inexplicável, Harry. Me senti um nada pra você. Ser sua esposa estava resumido a não ter fofocas publicadas nas revistas, já que nós mal estávamos juntos. Você estava sempre preso em alguma reunião e com o passar dos meses você foi se tornando obcecado com essa questão de imagem. Você não me ouvia, nem sequer ignorava aquelas publicações maldosas. Já me cobrava algo que eu nunca menti que não poderia te dar.- ele ouve atentamente minhas palavras, concordando o tempo todo com a cabeça. Ele faz um sinal com as mãos e eu paro de falar.
— Você está certa em tudo o que disse, é verdade. Mas naquele dia eu senti sim ciúmes, fiquei extremamente incomodado com aquelas fotos. Não acreditei naquela baboseira de traição, mas o fato de você estar ali almoçando com ele, sorrindo para ele, abraçando ele, mexeu comigo. Fazia muito tempo que nós dois não tínhamos momentos iguais aquele. Quando você saiu por aquela porta, levou um pedaço do meu coração com você. É claro que suas palavras me magoaram, mas me fizeram refletir. Era culpa minha se não tínhamos momentos como aqueles que você estava tendo com Neville naquelas fotos. Sinto muito se esqueci de como demonstrar meus sentimentos, mas eu nunca deixei de te amar, Gina. Você estava certa sobre tudo, eu tentei ser igual ao meu pai. Mas eu descobri que eu não preciso ser igual a ele para ser bom no que eu faço. Não quero que você seja igual a minha mãe, eu amo você exatamente assim. E eu quero que todos aqueles fofoqueiros vão para o inferno, estou pouco me lixando para o que dizem de mim. Mas quero te pedir desculpas, porque não posso te esconder deles. Essa é a minha vida. Embora você lide melhor do que eu com aquelas baboseiras, sei que você não gosta de ter sua vida exposta.- meu coque se solta e eu mexo em meu cabelo, enrolando um fio em um dedo.
— Fico feliz em perceber que você está mudando, Harry. O fato de você estar aqui comigo é a prova disso.
— Sim, Gina, eu estou mudando porque te amo e nunca mais quero te perder. Eu quero reconstruir o nosso relacionamento, por nós dois e pelo bebê que está crescendo na sua barriga. Sei que duas semanas é muito pouco para corrigir erros que estão presentes entre nós dois durante tanto tempo, mas eu sei que nós dois podemos fazer isso.- entrelaço meus dedos nos seus, sorrindo para ele.
— Se você está disposto a mudar, então eu também estou. Também não quero mais perder você, dói muito.- ele me envolve em um abraço apertado, ao qual eu retribuo.
— Então podemos voltar para casa? Confesso que gostaria de trocar de cueca.- solto uma risada, encarando meu marido.
— Só depois que você preparar o meu almoço. Estou com fome. E você sabe, agora estou comendo por dois.- coloco minhas mãos em minha barriga e acaricio a mesma.
— Estou muito feliz com essa notícia. Nosso primeiro filho. Parece que estou sonhando.- ele beija a ponta de meu nariz.
— Eu também estou muito feliz. Vou ficar mais feliz ainda depois de almoçar.- falo enquanto Harry ri e se levanta.
— Calma, já estou indo preparar seu almoço.- ele veste a calça social que usava no dia anterior e segura minha mão, me puxando de leve para fora da cama.

Caminhamos até a cozinha e eu me sento na bancada, observando Harry. Ele abre a geladeira e separa os ingredientes necessários para preparar duas omeletes. Apoio meu queixo em minhas mãos, segurando o riso quando Harry se atrapalha com as panelas. Ele corta queijo e tomate, separando em uma tigela. Ficamos em silêncio durante todo o tempo e não é desconfortável. Tudo o que precisava ser dito, nós havíamos falado. Agora ele sabia como eu me sentia e eu sabia como ele se sentia. Eu estava feliz que estávamos juntos de novo, decididos a fazer dar certo o nosso para sempre. O cheiro de manteiga derretida faz meu estômago roncar. Quando Harry anuncia que a omelete está pronta e coloca um prato fumegante na minha frente, sinto vontade de chorar de gratidão. Era muito engraçado o fato de eu sentir vontade de chorar por vários motivos e várias vezes ao dia. Corto pedaços grandes e enfio os mesmos na boca, queimando minha garganta. Não me importo, já que estou faminta.
— Calma, Gin, eu posso preparar outra para você.- Harry me encara com a testa franzida e sinto minhas bochechas corarem.
— Desculpe, é que está delicioso.- como devagar, mastigando várias vezes antes de engolir.
— Obrigado, sempre fui bom na cozinha.- sinto vontade de dizer que ele sempre foi bom em muitas coisas mas apenas concordo com a cabeça.

Terminamos de comer e ajudo Harry a lavar a louça e organizar a cozinha. Voltamos para o quarto e ele me ajuda a arrumar minha mala, pensativo. Eu sabia o que ele estava pensando, porque eu também pensava o mesmo. Da última vez que organizei aquelas malas, foi quando saí de casa. Nem sei se posso chamar aquilo de organização, já que eu apenas joguei minhas roupas nela e fui embora. Quando terminamos, caminhamos até a garagem. Harry coloca minhas malas em seu carro e deposita um selinho de leve em meus lábios antes que eu caminhe até meu carro também. Eu dirijo na frente, com seu carro atrás do meu. Não fazia a menor ideia de como as coisas seriam dali pra frente, mas estava feliz por voltar para casa, para o lado de Harry. Cerca de trinta minutos depois, estacionamos em nossa garagem. Quando Harry abre a porta e eu entro, meus olhos se enchem de água. Nada havia mudado por ali e eu ponho as mãos em minha barriga.
— Essa é a nossa casa e você vai ser muito feliz aqui com os seus papais.- sussurro para mim mesma, secando meus olhos com as costas das mãos. Harry me encara e sorri, coloca as malas no chão e caminha em minha direção.
— Bem vinda de volta, ruivinha.- ele beija minha testa e envolve minha cintura com seus braços, me puxando para perto.
— Estou com medo, Harry.- ele me olha, secando algumas lágrimas que insistem em descer pelas minhas bochechas.
— Medo de que, meu amor?
— De não ser uma boa mãe, de não conseguir mudar e acabar te magoando de novo, ou me magoando. Estou com medo de tudo.- permito que minhas lágrimas sejam derramadas enquanto eu desabafo.
— Nada dessas coisas vão acontecer, Gina. Olhe para mim.- eu encaro seus olhos verdes por meio de minhas lágrimas.- Você é forte, corajosa e capaz de mudar o mundo inteiro se quiser. Você vai ser a melhor mãe do mundo inteiro e nós não vamos nos separar outra vez. Eu não vou deixar. Vamos ficar bem, ruivinha.
— Você acha? - seco meu rosto, fungando um pouco.
— Eu tenho certeza. Agora vamos lá para o quarto, guardar suas coisas. Não mexi em nada por aqui. A Sra. Bront vai ficar muito feliz amanhã quando te ver de volta. Ela puxou minha orelha várias vezes depois que você foi embora.- sorrio ao lembrar de nosso empregada, sempre gostei muito da Sra. Bront.

Ela cuidava de Harry quando era pequeno. Quando ele cresceu, ela passou a cuidar do apartamento em que ele morava quando solteiro. E claro, quando nos casamos, ela veio cuidar de nós dois. Subimos as escadas e entramos em nosso quarto. O cheiro de Harry é ainda mais forte ali dentro. Ele coloca minhas malas em meu closet e eu sento em nossa cama. Senti falta de dormir ali. Ele desabotoa os pulsos da camisa e coloca as mãos no bolso da calça.
— Vou deixar você a vontade pra se acomodar. Preciso fazer umas ligações. Você vai ficar bem?
— Claro. Pode ir.- ele balança a cabeça e saí do quarto, me deixando sozinha.

Caminho até meu closet, determinada a desfazer minhas malas e organizar minhas roupas. Percebo que tudo está bem organizado e agradeço mentalmente a Sra. Bront, porque ali com certeza tinha o dedo dela. Não demoro muito para colocar todas as minhas coisas de volta aos cabides. Quando termino, decido tomar um banho e vestir um baby doll confortável. Caminho pelos cômodos de nossa casa, notando poucas coisas diferentes. No quarto de hóspedes, os lençóis da cama e as cortinas foram trocadas desde que fui embora. Desço as escadas em direção a cozinha, que está organizada e limpa. Passeio pela sala quando ouço a voz de Harry levemente alterada vindo do escritório. Paro com a mão na maçaneta.
— Não quero saber, Cho. Mande eles irem foder outro, porque eu não sou nenhum otário. Já é a segunda vez só essa semana que eles inventam essas merdas e cancelam a porra da reunião. Não vou assinar contrato com eles. Certo, tudo bem. Deixe tudo anotado na minha mesa e amanhã bem cedo darei um olhada. Sirius conseguiu resolver todos os problemas de hoje? Ótimo, muito bom. Nos falamos depois.

Ouço um barulho alto que não consigo identificar o que é. Afasto a mão da porta, sem saber se devia entrar ou deixa-lo sozinho. Por fim, decido entrar, encontrando Harry sentado em uma cadeira de frente para o computador. Em sua mão, um copo vazio de uísque. Era nítido que ele estava irritado, mas ele sorri ao me ver.
— Desculpe entrar sem bater, estava na sala e te ouvi falar no telefone. Está tudo bem? - ele coloca o copo de vidro na mesa e se levanta.
— Está sim, só estava resolvendo alguns problemas. Acabei me estressando um pouco. Desculpe. 
— Devia pedir desculpas para sua secretária. Era com ela que você estava gritando.- ele ri, passando as mãos em meus braços.
— Não estava gritando com ela. Isso é contra a lei.
— Quer conversar sobre o que aconteceu? - ele balança a cabeça, acariciando meu rosto.
— Quero fazer outra coisa, se você estiver afim.

Harry abraça minha cintura, me pressionando contra o seu corpo. Sinto seu hálito forte de uísque quando ele aproxima sua boca da minha, mas não me incomodo. Nossos lábios se encontram e dessa vez nosso beijo é lento. Passo minhas unhas pela sua nuca, sentindo quando ele se arrepia. Sua língua exigente explora minha boca e suas mãos passeiam pelo meu corpo. Como senti falta daquelas mãos, grossas e pesadas. Ele esfrega o corpo no meu, aproximando minha intimidade de seu membro. Solto um gemido baixo entre seus lábios quando sinto que o mesmo já está duro. Nossas bocas se afastam quando ficamos sem ar, mas não afastamos nossos corpos.
— Que saudades de você, Gin.- ele diz enquanto fecha os olhos e um sorriso aparece em meus lábios.
— Eu também senti sua falta, Sr. Potter.- empurro gentilmente seu corpo até que ele caí no sofá.

Me sento em seu colo, minhas coxas ao redor do seu corpo. Ele leva suas mãos até a minha bunda, apertando a mesma. Me concentro em desabotoar sua camisa, me livrando rapidamente da mesma. Nossos olhares se encontram mas ficamos em silêncio a partir dali. Harry inclina o corpo em minha direção e afasta meu cabelo, dando leves puxões enquanto distribui beijos molhados em meu pescoço. Quando ele se afasta, seguro seu rosto entre minhas mãos e o beijo intensamente. Meu corpo inteiro está arrepiado e ele apoia suas mãos em minhas costas, me apertando contra si. Ele afasta os lábios dos meus, puxando minha blusa pela barra e atira a mesma no chão. Suas mãos massageiam meus seios e eu inclino minha cabeça para o lado, os olhos fechados. Gemo baixinho quando sua língua roça em um de meus mamilos. Cravo minhas unhas em suas coxas quando ele suga meio seio esquerdo, deixando sua marca ali. Pulo para fora de seu colo e tiro o short de meu pijama. Harry me olha de cima a baixo, os olhos verdes em chamas. Não sinto vergonha alguma quando ele me olha. Me inclino em sua direção, mordendo e puxando para mim seu lábio inferior enquanto abro sua calça. Ele me ajuda a tirar a mesma, ficando apenas de cueca. Faço carinho em seu membro e ele geme, pedindo para que eu volte para seu colo. Obedeço, já que minha intimidade estava extremamente molhada e tudo o que eu queria era senti-lo dentro de mim. Ele puxa a cueca para baixo, se livrando da mesma.

Me apoio em seus ombros e encaixo seu membro em mim. Ambos gememos quando eu deslizo para baixo, sendo preenchida por Harry. Aperto minhas coxas ao redor do corpo dele, suas mãos seguram minha bunda, me ajudando com o movimento de vai e vem. Agarro seus cabelos com força e fecho meus olhos, não me importando com os gemidos altos que escapam de minha boca. Tudo parecia muito longe se eu olhasse com atenção agora. Era muito bobo eu estar chorando por medo algumas horas atrás. Era tudo tão claro ali. Como consegui ficar tantos dias longe dele? Eu pertencia a ele e ele pertencia a mim. Os olhos de Harry encontram os meus, como se fosse uma confirmação de meus pensamentos. Suas mãos agarram minha cintura, me empurrando para baixo com mais força. Nossos corpos estão suados e nossa respiração falhada quando juntos, atingimos nosso clímax. A barba de Harry faz cosquinhas em mim, quando ele apoia o rosto entre meus seios, recuperando o fôlego. Abraço seu corpo, fazendo carinho em seu cabelo. Meu peito está em festa, uma escola de samba inteira estava desfilando ali. Estávamos juntos outra vez. Parecia um conto de fadas. Minhas bochechas estão queimando e minhas pernas tremem.
— Nunca mais me deixe, Gina.- ele fala baixinho, as mãos apertando minhas coxas.
— Eu não vou a lugar nenhum.

Nossos lábios se encontram e Harry me puxa, seu corpo pesado pressiona o meu contra o couro macio do sofá. Passamos um tempo deitados, acariciando um ao outro. Estremeço quando, mais uma vez, Harry me preenche, gemendo meu nome baixinho. Nossa noite estava apenas começando.


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Notas finais do capítulo

Eita, que nosso casal voltou pegando fogo, hein? Estou muito feliz por eles estarem juntos de novo. Espero que vocês também! Até a próxima!



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