Casa dos Jogos escrita por Metal_Will


Capítulo 29
Capítulo 29 - Leilão


Notas iniciais do capítulo

Lembrando o número de créditos atual da casa:

Grupo Max: 28
Grupo Alípio: 30
Grupo Eva: 27



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Só lembrando o número de créditos atual

 

Grupo Max: 28

Grupo Alípio: 30

Grupo Eva: 27

 

 

Capítulo 29 - Leilão

 Dez jogadores, apenas nove rosas que levam à vitória. Esse é o Jogo das Dez Virgens. Cinco dos jogadores já possuem tais rosas, outros cinco precisariam encontrá-las. Só que apenas uma pessoa encontrou o criado vendedor de rosas e justamente a pessoa que não gostaríamos. A situação não é muito boa para alguém como eu, que não possui uma única rosa. Meu azar continuava...e dessa vez, também estávamos correndo contra o tempo...

— Muito bem...parece que só uma pessoa conseguiu todas as quatro rosas que estavam à venda, não é? - disse Eva, com um sorriso irônico, mexendo em seus longos e lindos cabelos lisos, enquanto todos ouvíamos o que ela tinha a dizer já no saguão principal, diante da porta da vitória que iria se abrir quando menos esperávamos. Poderia até abrir ali, naquele momento.

— Você...comprou todas? - reclamou Aline - Fez isso de propósito! Mesmo que todas vocês estivessem sem rosas, ainda poderiam ter deixado pelo menos uma!

— Quantas vezes vou ter que dizer isso? Não leve para o lado pessoal. É tudo um jogo, afinal, se deixasse alguma rosa para vocês, não teríamos muita vantagem, concorda?

Ela sempre tinha o mesmo discurso, mas algumas pessoas pareciam ter outros interesses.

— Que bebida é essa? Não lembro de já ter experimentado - Giovani perguntou a Max, que tomava um tipo de chá em latinha.

— Parece um tipo de chá importado que eles tem...quer um pouco? Tenho uma lata a mais.

—Valeu.

Mas a discussão continuava.

— Tsc! - Alípio reclamou com Eva - Imagino que vai usar isso contra a gente agora, não é?

— Contra vocês? - disse Eva, fazendo uma pose de surpresa - Nunca! Muito pelo contrário! A minha proposta é exatamente ajudá-los!

— Imagino o que ela vai propor... - comentou Aline.

"Isso de novo", pensou Valéria, "Como pode? Ela sempre consegue ficar por cima! Sempre! Que droga!"

— O que vamos fazer? - perguntei a Max.

— Primeiro...vamos ouvir o que ela tem a dizer - ele respondeu, com uma expressão séria. Imagino que dessa vez, nem mesmo Max tenha um plano para sair dessa.

— Bom, como sabem, minha equipe tem um baixo número de créditos, não é? Então...estamos vendendo as rosas que vocês tanto querem...por uma bagatela de 30 créditos! - completou Eva, com um olhar confiante.

— O que? Trinta? - grita Alípio.

— Hehehe, mas é um bom negócio se pensarem bem. Nossa equipe só precisa de uma rosa. Estamos vendendo todas as outras rosas por 30 créditos

— O quê? - questionou Aline - Vocês estão vendendo todas?

A magrinha confirma com a cabeça. E continuou.

— Minha equipe desembolsou 20 créditos para comprar as rosas. Estamos apenas buscando o lucro. E mais...venderemos apenas sob a condição da equipe inteira comprar todas as três rosas restantes.

— Hã? Só aceitarão se comprarmos as três juntas? - estranhou Giovani.

— Sim - Eva confirmou - Só venderemos as rosas em atacado. É a nossa condição! Se não aceitarem, nossa conversa acaba aqui, mas lembrem-se que o tempo está passando...a porta pode abrir a qualquer hora...

Ela estava obviamente torturando nossa mente. Então, no fim de tudo, só uma equipe conseguiria as rosas dela? É claro que ela decidiu isso esperando prejudicar quem não comprasse. Como sempre...

— Mas...trinta - disse Alípio, pensativo - São todos os nossos créditos...

— Por enquanto, a maior função dos créditos é garantir sua permanência na casa - continuava Eva - Se não quiserem desembolsar agora, terão que gastar para manter sua imunidade. De um jeito ou de outro, vocês terão que gastar créditos...não acho que seja a melhor hora para ser mão de vaca.

"Tsc", Alípio pensava, "Minha equipe tem trinta créditos. Se eu comprar as rosas de Eva consigo salvar todos os membros da minha equipe e garantir quarenta créditos após a vitória. Além disso, se eu vender uma das últimas rosas restantes para a equipe de Demian, ainda consigo mais lucro. Não posso perder essa chance...se meu grupo, que tem o maior número de membros, conseguir pegar a dianteira agora, aumentamos em muito nossa chance de vencer. O time da Eva já ganhou essa, mas se o time do Demian perder mais um membro, eles já podem se considerar derrotados. É. Vamos encarar essa"

— Tudo bem! Nós aceitamos - disse Max, tomando a dianteira - Pagamos 30 créditos pelas rosas.

— O quê? - estranhei.

— Se pensarem bem, é o que podemos fazer...suponha que nenhuma das duas equipes queira pagar. Teremos dois membros de cada equipe na seção de votos, causando empate. Mas como nossa equipe tem menos créditos, com certeza perderemos na seção de votos. Pagar é nossa única opção se quisermos vencer.

Já que Eva disse que usaria uma rosa e nossa equipe tem dois membros sem rosa, foi fácil para Max deduzir que a equipe de Alípio também tinha duas pessoas sem rosa.

— Hmm...sabia que você era uma pessoa sensata, Max Demian - disse Eva sorrindo - Mas só tem um problema...você não tem trinta créditos, tem?

— Não. No momento, temos 28 créditos...mas se aceitarmos sua proposta e vencermos, obrigatoriamente conseguiremos 30 créditos na sala da vitória. Daí pagamos os outros dois restantes.

— Podemos formar um contrato então? - perguntou Eva.

— Claro - respondeu Max.

— E-Espere! - gritou Alípio - Se é assim...nossa equipe oferece 31 créditos.

— Opa! - disse Eva interessada - Aí começa a melhorar.

— Então oferecemos 32! - gritou Max - Ainda podemos pagar esse preço com nossa vitória.

— 33! - gritou Alípio.

— 34 - ofereceu Max.

— Hmm..parecem mesmo dispostos a vencer, não é? Quem vai pagar mais? - disse Eva, adorando tudo aquilo.

Alípio começou a suar frio e Valéria começou a ficar preocupada.

— Desse jeito vamos perder todos os nossos créditos. Por favor, não se altere - disse ela.

— O lance atual é 34 créditos para o grupo de Max Demian - disse Eva, em tom irônico e maquiavélico - E o tempo está pas-san-do... - ela provocava mais.

Alípio ficava mais tenso. "Tsc! Se Demian vencer, duvido que ele venda a última rosa por um preço menor do que ele pagou..sem contar que ainda assim teremos que mandar um de nossos membros embora. Isso equilibraria as coisas, mas...se continuarmos com nossos membros, aumentamos nossas chances de vencer. Demian terá que descartar alguém da equipe dele...se mais alguém do grupo da Eva perder o próximo jogo, minha equipe assume o domínio da casa. Daí vencer no final será moleza. Não, não posso perder esse leilão. Preciso das rosas!"

— Espere! - Alípio interrompeu.

— Mais algum lance, Sr. Alípio? - perguntou Eva.

— Ofereço...40 créditos! - disse ele.

Todos ficamos espantados.

— Ora...parece que agora estamos entrando num acordo - falou Eva - Desculpe, Demian...a menos que tenha uma oferta melhor

— Heh..você vai ficar rica de qualquer jeito, não vai? - Max provocou.

— Estou adorando isso aqui... - ela comentou - Mas eu me apressaria, se estivesse no lugar de vocês. O tempo não para.

— Ofereço 50! - disse Max, sem pestanejar - É nossa última oferta! Mas esteja ciente de que recuperaremos cada um desses créditos no próximo jogo! - disse ele, olhando bem fundo nos olhos de Eva.

— Será? É o que vamos ver... - falou ela, sem se deixar intimidar - Se aceitar sua oferta..meu grupo ficará com 87 créditos na próxima rodada! Uau! Acho que já temos um vencedor nessa casa.


— Não conte com a vitória antes do tempo - advertiu Max.

— Huhuhu..bem, se não há mais lances - prosseguiu Eva - Dou-lhe uma...dou-lhe duas...

— 60! -  gritou Alípio - Oferecemos 60 créditos!

— Ficou louco? - protestou Valéria - Vai dar 97 créditos para ela! Deve ter outro jeito!

— Confie em mim...é um investimento! Se ficarmos por cima agora, garantimos nossa vitória no final! Confie em mim!

Mas Valéria não parecia muito confiante. Nosso grupo não tinha como cobrir esse lance, mesmo contando com os créditos da nossa vitória. Parece que era game over para a gente.

— Mais algum lance? - Eva olhou para Demian, que simplesmente desviou o olhar. Ela sabia. Não tinha como cobrirmos aquele lance. Um de nós sairia do jogo. Perdemos. Dessa vez, nós perdemos mesmo...

— Sendo assim...Senhor Alípio é o feliz ganhador de três rosas para a vitória no Jogo das Dez Virgens por um preço final de 60 créditos. Por favor, assine esse termo.

Ela havia criado um recibo rápido, garantindo que o grupo de Alípio assumisse a dívida imediatamente após o final do jogo. Era isso. Havia acabado. Agora um de nós cairia fora.

— Então...perdemos mesmo? - disse Natália.

— Não temos como cobrir uma dívida de 60 créditos, Natália - respondi - Essa...nós não levamos.

"Exatamente", pensou Eva, "Finalmente vocês podem sentir o gosto de uma derrota de verdade! Você não acha que ficaria por cima para sempre, não é, Max Demian?", ela olhou para Max com um olhar vencedor. É. Parece que nem mesmo Max podia escapar dessa. Não bastasse isso, o grupo de Eva vira a economia da casa de novo, sendo o grupo com o maior número de créditos. Agora ficaria cada vez mais difícil tirar alguma daquelas três da casa. Pois é. Dessa vez eu não escaparia. Pai, estou voltando para casa...aguentei bastante se o senhor quer saber. Já era.

— Ainda podemos vender uma rosa - disse Alípio - Oferecemos uma rosa por 40 créditos! É um preço razoável, não acham?

Natália olhou para Max com alguma esperança, mas ele recusou.

— Não - ele respondeu - Nós recusamos.As rosas....são todas de vocês.

Era isso. Acabou.

"Hehe. Mais um membro fora da sua equipe, Max Demian. Com isso, seu time já está derrotado. Completamente!", pensou Eva.


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Notas finais do capítulo

Parece que agora já era, né?

No próximo cap...o desfecho desse jogo



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