Amor Perfeito XIV - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 44
Conflito interno


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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"Lutando comigo mesmo, passando por um inferno."

Kevin Narrando

Ouvi o barulho da escada e depois no corredor, mas sem nenhuma conversa, o que me deixou bastante intrigado. Continuei onde eu estava e quando Rafael entrou no quarto e acendeu a luz ele levou um susto.

— O que estava fazendo aqui com a luz apagada? – ele perguntou ainda assustado. Depois fechou a porta. Ainda bem que não precisei pedir.

— Esperando por você. – respondi e fiquei encarando o chão.  - Eu tenho algo pra perguntar. – ele se sentou na cama, mas bem afastado de mim. Dei uma rápida e baixa risada. Lá estava ele me dando todos os sinais em forma de expressão corporal.

— O que? E por que parece tão tenso? – o olhei por menos de um segundo.

— Por que você quis que Arthur te buscasse invés de mim? – voltei minha atenção ao chão.

— Porque eu precisava conversar com ele. – nos olhamos. – Mas eu não consegui nem olha-lo direito. – dei um sorrisinho.

— Estou esperando que me diga sobre isso ou agora guardamos segredos um do outro?

— É difícil. – o olhei e dessa vez não desviei o olhar.

— Você ficou com alguém. – sorri. – Se não é isso de alguma forma você não tem mais certeza se sou eu que você quer. – ele abaixou o rosto – Sinto que é a primeira opção.

— Kevin... Quando começamos a namorar o Arthur conversou comigo, disse sobre a sua história, que a sua mãe era melhor amiga da mãe dele, ficou com seu pai e então engravidou de você e o quanto isso mexeu com você. Por tudo isso você abomina traição. Ele me falou que não era pra eu te trair em hipótese alguma. – nos olhamos. – Você tem um ótimo irmão que se importa muito com você. Não é isso. Não faria algo que seria capaz de te destruir dessa forma.

— O que é então? Por que eu estou desde o dia que fomos à universidade e Alícia jogou piadinhas achando que era isso. E por que desabafar com ela? – tentei não soar tão duro apesar da firmeza em minha voz.

— Ela me conhecia antes. Antes até da universidade. É algo que eu precisava de alguém assim pra me ouvir e me ajudar. – ele disse baixo e com bastante timidez.

— Ajudar? – franzi a testa.

— Quando eu estava em minha cidade eu sai e revi os meus amigos e essa experiência fez com que eu voltasse a viver como o Rafael de antes. Quando eles perguntavam sobre a minha expressão de apaixonado para o celular ao falar com você eu não tinha coragem de dizer que era meu namorado, aquilo não fazia parte de mim antes e talvez eles não entenderiam. E viver duas vidas é... Não consigo nem explicar.

— E estava conversando com ela para pedir ajuda pra decidir em qual das duas vidas você deveria permanecer? Com ela? Sério?

— Só desabafei. Eu odiava gays Kevin. Lembra o que eu disse ao saber de você e Murilo? Deixei claro que não concordava. É essa pessoa que eu era. E de alguma forma parece que essa pessoa ainda tá dentro de mim e viver como antes... – ele respirou fundo. – Trouxe tudo isso de volta. – o olhei sem acreditar.

— Você só pode estar brincando. – segurei a minha cabeça com força.

— Queria estar. De uns dias pra cá eu desacredito de tudo que eu fiz e a culpa tem me feito bastante mal... – ele começou a chorar e eu fui pegar em sua mão e ele a puxou. Suspirei.

— O que você quer que eu faça? – perguntei com tristeza.

— Me dê um tempo.

— Imaginei. – olhei o chão. – Mas me responde uma coisa... Até o seu pai estava começando a ser menos mente fechada e você quer voltar a ser aquele imbecil que odeia gays?

— Não quero voltar Kevin, só que isso tá tomando conta de mim. Não consigo entender por que eu me senti tão atraído por você... Eu te achava muito bonito, porque é claro, você é e também muito legal, mas isso não é motivo para eu me sentir atraído por um homem.

— Rafael... - ele me cortou.

— Espera. - ele respirou fundo. - Só não entendo se foi o seu jeito com Murilo que me fez sentir isso ou o seu olhar aquele dia... Ou até as duas coisas juntas. Mas eu quero entender, quero me entender.

— Tudo bem. Eu sei o quanto isso é importante. Vou dar o tempo que você precisa. Farei o que for necessário pra você conseguir se entender.

— Com tudo que eu estou sentindo eu queria poder dizer que eu nunca mais vou ficar com você e terminar tudo... – continuei encarando o chão. – Mas eu não consigo. E mesmo sentindo essas coisas eu ainda tenho vontade de estar com você, o que me deixa ainda mais confuso. 

— De qualquer maneira ainda nos veremos, então quando se sentir bem pode me procurar. – levantei. – Ah, eu imagino que vá querer ficar com alguma garota ou outro cara... Se fizer isso faça da faculdade pra lá, não me deixe ficar sabendo, por favor.

— Se eu fizer isso vai ser uma traição Kevin. Ainda estamos juntos. Não terminei e não vou terminar. Sei que está com raiva, mas quando você se acalmar vai ver que eu não queria estar assim.

— Tem algum motivo para você sempre ter odiado gays?

— Minha vó. – ele abaixou a cabeça. – Ela era católica e me criou assim. Ela me dizia que o homem nasceu para mulher e vice versa. Lembro direitinho a passagem bíblica que diz isso e as palavras usadas. Tenho medo da mão de Deus nisso tudo. É uma coisa mais religiosa e não moral. Não ligo para os que os outros pensam de mim. Como eu disse tenho que me resolver comigo.

— Eu poderia ter uma conversa longa sobre isso, mas nada que eu disser vai te convencer porque o seu argumento está diretamente ligado a uma pessoa pela qual você teve muito amor e que não está mais aqui. Só não entendo porque não pensou nela antes.

— Ao seu lado? Você teria que ter a oportunidade de se apaixonar por você pra poder responder isso.

— E você ainda está apaixonado? – fiquei olhando fixamente em seus olhos.

— Amo você Kevin. – ele respondeu sem hesitar. – E nesse momento me faz muito mal te amar. – baixei os olhos.

— Vou ir antes que isso fique pior.

Assim que sai do quarto Yuri me puxou no corredor e eu estava no quarto dele com ele e Arthur. Olhei os dois. Poderia perguntar o que eles queriam e fingir que não sabia, mas não estava com saco pra isso. Sentei na cama e respirei fundo.

— O que ele fez? – Arthur perguntou de forma séria e contundente.

— Nada. – o olhei. Abaixei o rosto e fiquei olhando o chão. – Na verdade ele sente. Odeia gays. Não quer mais viver isso. – ele se levantou e eu o segurei. – Eu também estou nervoso e o acho um filho da puta, mas é direito dele mudar de opinião.

— Não depois de iniciar um namoro. – ele se acalmou um pouco e voltou ao lugar que estava sentado.

— Ele não mudou de opinião, ele voltou a opinião inicial. – Yuri disse e suspirou. – O que já era de se esperar. Por que você tem tara por héteros? Isso acabaria acontecendo.

— Não tenho. Mas de alguma forma eles me perseguem.

— Por que essa paranoia agora? – olhei meu irmão mais velho.

— Os amiguinhos da cidade natal. Voltou a conviver com eles e isso o afetou.

— Rafael não é tão manipulável assim...

— Não é isso. É que ele esteve mais próximo dele mesmo. De quem ele sempre foi. Entendeu? E ainda tem a vó dele, que parece ter um peso grande em todo esse ódio.

— A vó religiosa que deixou quadros e santos na casa dele.

— A própria. – respirei fundo.

— É... Então você vai ter que entender.

— Por que está dizendo isso? – olhei em seus olhos.

— Porque eu te conheço. Você tá magoado. E vai usar a raiva pra sair disso.

— Jamais faria algo a Rafael. – falei bem sério. – Vou pra casa, vê se fica com ele, ele tá confuso, sozinho... Precisa de você.

— E você? – dei uma risadinha.

— Eu nunca precisei de ninguém.

Arthur Narrando

Yuri contou o que ocorreu com Kevin e Rafael a Giovana que contou a outra pessoa e virou um telefone sem fio, na hora de todos estarmos juntos todo mundo já sabia.

— Mas ele odeia gays afeminados? Tudo bem pra ele gays masculinos como você e o Murilo? – uma das meninas perguntou antes mesmo que ele começasse a falar.

— Não. Ele odeia todo tipo de gay. – ele respondeu com evidente má vontade.

— Existe vida e que tal cada um cuidar da sua? – perguntei os olhando.

— Pelo menos não foi igual Alice e Arthur visto que ela termina com ele atoa. – encarei Otávia. Nossa mãe já a teria envenenado.

— Não diz o que não sabe. – ordenei com raiva.

— Não acho que é para falar de namoros alheios que estamos aqui. – Ryan disse e sorriu. – O que aconteceu dessa vez? – Kevin contou sobre Danilo e todos pareceram bem intrigados.

— Diana está na chamada de vídeo e quer falar uma coisa. – Yuri disse apontando seu celular e eu me assustei. – Totalmente coagido. – ele se explicou.

“Kevin você foi muito burro.”— ela falou olhando meu irmão. - “Danilo realmente falou toda a verdade. Do jeito torto e lerdo dele ele tentou mostrar que não queria participar da... Segundo ele minha loucura.”— ela riu. – “Ele não aguentou a pressão e fugiu. Ache o meu irmão ou eu transformo o apreço que tenho por você em ódio.”

— Apreço? – ele perguntou a olhando. – Doença.

“Beijos.”— ela desligou e todos nós o olhamos.

— Não vamos acha-lo. Prefiro que ela me odeie. – ele foi direto.

— É tão perigoso quanto, sabe disso. – afirmei. Observei todo o cenário da biblioteca, chamei Kevin em um canto. – Depois vá falar com Alice, ela tá magoada porque todo mundo sabia sobre você e Rafael menos ela.

— Eu tenho mesmo que lidar com os sentimentos dela agora? – o olhei sério.

— Sei que o seu jeito de lidar com o sofrimento é se isolar, mas o dela foi se apegar ainda mais a você, então sim, você tem que lidar. E não me faça ter que ter essa conversa de novo.

— Broncas do irmão mais velho. – ele debochou e sorriu. Rafael apareceu na porta e ele se mostrou incomodado.

— Posso entrar? – ele perguntou me olhando. Olhei para Kevin. Ele deu de ombros e o loiro entrou.

— Eu não quero um anti gay aqui. – Otávia reclamou e eu respirei fundo. – Logo você Rafael! Eu te admirava tanto.

— Já é de conhecimento público? – ele questionou a Kevin.

— Somos uma grande comunidade e não escondemos nada um do outro. – ele foi sarcástico e sorriu.

— Somos irmãos dele e estávamos preocupados. – expliquei olhando meu amigo. – Então Yuri acabou ficando... Um pouco surpreso e contando a sua amiga Giovana que não acreditou e comentou com Larissa que comentou a irmã gêmea Sophia e... Você já entendeu né?

— O problema da fofoca é que ela nunca chega com a versão das duas partes e nem o ponto de vista de quem é a parte prejudicada.

— Não existe ponto de vista pra isso Rafael.

— Otávia cala a boca que você tá com o cara que até minutos atrás poderia ser cúmplice da garota que é obcecada pelo Kevin.

— Vamos voltar ao ponto principal. Agora que sabemos que Danilo não é um inimigo, podemos voltar toda nossa atenção ao Caleb?

— Não vai ser fácil. Ele é esperto. E agora ele tem um aliado. – meu irmão me olhou.

— Eu já disse que não é isso. Reuni vocês para falar exatamente isso.

— Tenho minhas duvidas Arthur. É um manipulador profissional, ele salvou nossas vidas e mexeu com você.

— O que eu preciso fazer pra provar que não mexeu Kevin?

— Nada que você faça vai me provar isso. Porque eu sei. E eu sei tudo que engloba isso. Mas eu já estou preparado. Quando ele começar a jogar com você eu vou te puxar. Agradeça depois.

— Você não sabe quando isso vai acontecer, se acontecer.

— Acredite vou analisar tudo, não quero nenhuma surpresa.

— Kevin... Estou gostando de ver. Você vai cuidar de mim. – disse e dei um sorrisinho.

— É Arthur, eu definitivamente virei você. Que trágico para nós dois. Agora tenho que ir.

— Aonde você vai? – perguntei estranhando e odiando o fato dele não conversar com Alice antes.

— Onde você acha?

— Invadir a casa da Diana?

— Minha vida não é apenas essas merdas. Vou pra academia. – ele iria sair, mas Otávia tinha que falar besteira.

— Aproveita que tá solteiro agora e arruma um boy por lá. – ele parou e a olhou.

— Na verdade eu não estou solteiro. – todos se assustaram.

— Que? Como assim? Ele gosta do seu gosto, mas não gosta do que você gosta? – ela perguntou um pouco embravecida.

— Otávia fica na sua, na moral mesmo. – falei nervoso.

— Não suporto esse tipo de coisa e o fato de eu transar com quem for não interfere em meu direito de opinar.

— Você é chata pra caralhoooooooooooooooooo! – Yuri falou e eu concordei com o olhar.

— O que você acha disso tudo Alice? – ela perguntou me fazendo não entender nada. Se ela estava com raiva de Alice, talvez quisesse desmoraliza-la.

— Acho que vocês deviam fazer um debate. Quem concorda de um lado e quem discorda de outro. E deixar os dois de fora, porque até onde eu vi eles não pediram nenhuma opinião. – ela respondeu e Kevin abriu um sorriso enorme.

— É por isso que ela foi a única garota pela qual me apaixonei. – o olhei. – Tô brincando, tô brincando. – ele deu três passos pra trás.

— Otávia se quer tanto minha opinião, vou dizer o que eu acho de pessoas como você que tem opinião formada sobre tudo e levantam bandeira de caralho a quatro de qualquer coisa que surge. Não todas, mas a maioria é pra aparecer. Pra surfar a onda. Em casa, na sociedade faz tudo ao contrário do que prega. Falar não muda nada, fazer muda! Acho que exemplo vem do comportamento e não de encher o saco das pessoas. Não chama o Rafael de anti gay quando você nem sabe o que acontece com ele. E digo isso não só por ele ser nosso amigo. Para de discriminar as pessoas se você é tão contra a discriminação assim. Só a sua bolha importa? Ah, por que vocês são minorias? Mas ataque é ataque e as pessoas têm sentimentos. E talvez por eu nunca ter sentido NADA em minha vida eu aprendi a olhar os sentimentos das outras pessoas com mais carinho. Você devia ao menos tentar fazer isso. – ela saiu rapidamente deixando todos chocados. Kevin chegou perto de mim e colocou a mão em meu ombro.

— Só quero te dizer uma coisa. Hoje eu te entendo. Eu também não conseguiria esquecê-la. – ele sorriu e piscou. – Vou atrás dela. – ele mudou seu olhar e mostrou que conversaria sobre a mágoa que ela estava sentindo e eu fiquei aliviado.

Agora era a hora que eu estava evitando... Conversar com Rafael. Alguns foram para a área da piscina, outros para a sala... E nós dois ficamos aqui.

— Por que não conseguiu me dizer? – perguntei me sentando ao seu lado.

— Você avisou para eu não machuca-lo. – ele não conseguiu me olhar. – Sei que isso vai interferir na nossa amizade.

— Sou irmão dele, o amo e por tudo que aconteceu com nós dois esse amor é ainda maior. Mas você é meu melhor amigo, estou preocupado também... O que tá acontecendo com você Rafael?

— Não sei. Eu não entendo. – ele começou a chorar e o olhei sentindo pena. – Eu sei o que sinto por ele e isso não diminuiu nem acabou, só... Não consigo estar com ele. Eu me sinto... – ele juntou as mãos. – Sujo. Acho errado.

— Do nada? Estava tão a vontade com isso.

— Voltei a minha rotina, ao meu lugar, a minha vida. Esse Rafael com o Kevin não sou eu.

— Caralho. – respirei fundo. – É um conflito muito grande dentro de você.

— Sim. É. – ele olhou pra cima tentando parar de chorar.

— Por que não pensa em seu pai? Ele não disse que acolheria vocês dois? Você me contou isso tão alegre... Não pode deixar tudo acabar assim.

— Nossa... Não só te contei alegre... – ele sorriu. – Eu nunca fui tão feliz quanto sou quando estou com Kevin. E agora estou com esse bloqueio. – ele respirou fundo. – Acho que não mereço ser feliz mesmo.

— Ah para, esse papinho de perdedor pra cima de mim não. – reclamei.  – Você tem que entrar em acordo com seus sentimentos e a sua cabeça. E eu espero sinceramente que os sentimentos ganhem. – ele sorriu.

— Obrigado por não quebrar a minha cara.

— Eu não faria isso, a única possibilidade disso acontecer é você trai-lo. E você não vai fazer isso.

— Eu não seria louco. – ele riu. – Você acha que ele vai ter paciência comigo?

— Você não viu que ele deu razão a tudo que Alice disse?

— Mas sobre Otávia, não tem nada a ver comigo.

— Tem, ela enfatizou os seus sentimentos. – nos olhamos. – E como eu sei que você é ciumento, relaxa, enquanto vocês namorarem ele não vai se aproximar de ninguém.

— Não sei o que eu faria sem você.

— Todo mundo me diz isso. – suspirei.

— Parece que ela deixou claro também o quanto o problema dela a incomoda.

— Nunca foi segredo. Só esperava que ela me deixasse ajuda-la.

— A gente erra tanto... – ele fixou os olhos no nada. – Na maioria das vezes sem intenção alguma. – depois ele me olhou. – E isso do seu pai, ele tá certo né? Você ficou mesmo mexido.

— Não é por que Kevin é esperto que ele sempre tá certo.

— Não sei... Acho que ele tá sim. – ele ficou me analisando.

— Se preocupe com você e com esse dilema que tá afligindo sua vida. – dei tapinhas em suas costas. – Boa sorte. – suspiramos quase juntos. Apesar do medo da nossa conversa no fim das contas foi bom ter conversado com ele.

 


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Notas finais do capítulo

Até amanhã ♥



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