Be Mine escrita por EloiseFeh


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Antes que vocês me matem, eu gostaria de dizer que sinto muitíssimo pelo sumiço. Aconteceu muita coisa nesse último mês e a motivação/energia/tempo pra escrever acabaram ficando para trás. Eu espero que possam me perdoar e continuar lendo. A história ainda não acabou e nem abandonei, apenas precisei de um tempo ahaha

O que me motivou mais ainda foram os novos comentários que recebi durante esse hiato, fizeram eu ter forças pra sentar na frente do computador e escrever. Então, muito obrigada, eu amo vocês! ♥

Boa leitura!



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Uma das verdades universais que Rey fixara em sua mente era a de que Poe Dameron não tirava uma ideia da cabeça até que fosse algo concreto. Tinham isso em comum, talvez fosse o motivo de serem amigos, assim como também era o motivo de quererem voar no pescoço um do outro na maior parte do tempo.

 

Por isso, quando o rapaz apareceu na porta de seu trailer com duas caixas de bebida, Rey não viu outra alternativa se não deixá-lo entrar.

 

— Eu disse que ia dar um jeito de descobrir - disse o rapaz com um sorriso convencido, colocando as caixas de bebida no pequeno balcão que dividia a cozinha do que era a pequena sala do trailer.

 

— Tem alguma maneira de persuadir ele a não fazer algo? - perguntou Rey para Finn, assim que o rapaz adentrou segurando algumas sacolas com todo o tipo de aperitivo, salgados e doces.

 

— Eu ainda tô tentando descobrir - respondeu o rapaz, dando um leve beijo no ombro do namorado ajudando-o a organizar as coisas.

 

Ela não soube o porquê, mas ficou ainda mais surpresa quando Zorii e Rose adentraram, fazendo o espaço ficar ainda menor. Rose trazia um pequeno bolo nas mãos e Zorii carregava um pacote, algo numa caixa rasa e quadrada.

 

— Eu quis chamar a Kaydel, mas não sei se você ia gostar da ideia - disse Rose, dando um abraço na amiga e olhando ao redor. - Ou se ia caber aqui…

 

Rey soltou uma risada.

 

— Vocês são impossíveis - falou ela, em tom de brincadeira.

 

— Já devia ter se acostumado - respondeu Zorii, tirando o boné e arrumando seus cabelos loiros. - Daqui pra frente só piora.

 

— Bom - começou Poe, aproximando-se da amiga. - não quer saber como eu descobri seu aniversário?

 

— Você não descobriu, só quer uma desculpa pra ficar bêbado - retrucou Rey de forma sarcástica.

 

— Também, mas… O sistema da escola tem as datas de aniversário dos alunos - sorriu Poe. - É claro que eu já tinha visto antes, só precisava confirmar.

 

— Eu te odeio às vezes, sabe?

 

— Eu sei - o sorriso do rapaz se alargou mais.

 

Rey revirou os olhos e Rose se meteu no meio dos dois. Entregando uma garrafa para cada. Rey sorriu e os dois brindaram, em um gesto de trégua para não se alfinetarem por enquanto.

 

Logo estavam divididos entre o espaço no chão e o sofá, conversando, comendo e bebendo. O trailer logo se encheu de risadas altas e animadas. Rey pôde sentir sua barriga doer e o ar sair de seus pulmões de tanto rir das diversas besteiras e aleatoriedades que seus amigos falavam, em parte era culpa da bebida, em parte era apenas a sensação ótima que enchia o seu peito.

 

Em alguma hora da noite, depois de algumas bebidas, Finn começou a cantar seguido de Rose, que havia colocado o seu celular no último volume. Não estavam em sincronia e muito menos afinados, mas não demorou para que os outros de juntassem. Zorii apenas observava e filmava, querendo registrar aquele momento vergonhoso apesar dos protestos. Riram novamente, tanto que ficaram sem ar. Rey havia se esquecido da última vez que se sentiu assim e aquele momento com certeza havia ficado preso em sua mente.

 

— Okay, okay, okay - disse Rose, recuperando o fôlego e levando mais um gole à boca. - Que tal um jogo?

 

— Quais as chances de isso acabar com a gente tendo que fazer um pacto de sangue pra não contar as coisas? - respondeu Zorii, rindo.

 

— Vai… vamos começar com: Beija, casa, mata - sugeriu Rose, com um sorriso. - O que de tão errado pode acontecer com um jogo assim?

 

— Discórdia? - brincou Finn.

 

— Eu conheço um melhor - anunciou Zorii, aproximando-se com um sorriso malicioso. - Já brincaram de Eu nunca?

 

— Não! Hm-hm, nem pensar - Poe foi o primeiro a protestar, levantando-se do seu local no chão para pegar um copo d'água. - Eu não vou jogar isso com você no meio…

 

— Medo do seu namorado descobrir seus podres, Poe? - questionou a loira.

 

Finn lançou um olhar desconfiado para o rapaz, que retribui olhou dele para a amiga de forma incrédula e um pouco ofendida.

 

— Okay… Não tenho nada a esconder - concordou Poe em tom de desafio, sentando-se novamente no chão.

 

Rey desceu do seu canto no sofá e acompanhou os amigos, aproximando-se da pequena roda que se formava.

 

— Como que é isso? - perguntou a garota inocentemente.

 

Todos os 4 pares de olhos a encararam incrédulos.

 

— Você tá brincando, né? - perguntou Rose.

 

Rey negou com a cabeça.

 

— Okay, de forma simples - começou Finn. - Cada um diz uma coisa que nunca fez e quem já fez, bebe.

 

A garota ergueu uma sobrancelha e, já que todos pareciam esperar sua reação final, ela deu de ombros e voltou a se acomodar.

 

— Certo. 10 pontos - Zorii começou a durar as regras enquanto enchia o copo de cada um com uma pequena dose. - Um ponto a menos, um shot. Quem zerar, toma dois.

 

— Você quer deixar a gente bêbado... - afirmou Rose.

 

— Descobriu agora? - respondeu a garota com ironia e colocou dez dedos para cima. - Eu nunca… Fiquei com um cara do time de atletismo.

 

Em um constrangimento silencioso, Finn e Poe pegaram seus copos. O casal se entreolhou, claramente confuso.

 

— Quem? - perguntou Poe, em uma dúvida sincera.

 

— Você - respondeu Finn, sem hesitar, ambos ainda seguravam suas bebidas. O resto do grupo assistia com sorrisos divertidos. - Quem?

 

Poe soltou um ruído inaudível enquanto fazia um bico, constrangido.

 

— Ninguém importante… - respondeu o moreno, bebendo sua dose e sentindo o ardor em sua garganta. Finn repetiu o gesto. - Espera, Zorii, mas você já ficou com caras do time de atletismo da sua e da nossa escola.

 

Zorii pensou por um breve momento até se lembrar, com um resmungo em forma de protesto ela bebeu, um pouco decepcionada por ter esquecido que aquilo se aplicava à ela.

 

— Okay, okay - Poe redirecionou o foco para si. - Eu nunca fiquei, saí ou tive qualquer envolvimento romântico com um ruivo.

 

O olhar do rapaz, sem nenhuma discrição e assim como todos os olhares dali, se dirigiu para rose. A garoto tomou um gole generoso e fez uma careta para Poe.

 

— Eu te odeio - anunciou Rose.

 

— Desculpa, eu tinha que saber - riu o rapaz. - Como funciona? Ele pelo menos olhava na sua cara?

 

— É sério?! - perguntou Rey. - Eu achei que era só um crush pequeno. Vocês ficaram?

 

— Ele beija bem? - Zorii prosseguiu.

 

— Gente! - Rose levantou as mãos, em um sorriso amarelo, pedindo para que parassem. - Só… aconteceu! Não estamos mais juntos, ele tem vários problemas e eu não posso ser a pessoa que ele só procura quando está mal.

 

— Mas você gosta dele? - perguntou Finn, o silêncio reinando no trailer.

 

Rose assentiu e bebeu de novo apenas porque quis.

 

— Mas ele beija bem? - insistiu Zorii, levando um leve empurrão enquanto Rose disse seu nome em uma repreensão divertida. - Eu só quero saber! Com aquela cara de nojento, eu que nunca quero chegar perto.

 

O trailer se encheu de risadas novamente. Era a vez de Finn.

 

— Eu nunca chorei bebendo - disse Finn, dando de ombros.

 

— Eu sou a única que vai ficar sóbria nesse jogo? - perguntou Rey, observando todos ali tomarem um gole.

 

— Convenhamos que completamente sóbria você não está - respondeu a Tico, enquanto pousava o copo em seu colo. - Sua vez.

 

— Hm… Eu nunca beijei ninguém - confessou a moça, levando olhares e suspiros de surpresa.

 

— Mentira! - Poe disse. - Sério?!

 

— Não é tão difícil de acreditar!

 

— Você nunca beijou de verdade mesmo? - Rose perguntou.

 

— Não, eu... só estudava com meninos insuportáveis e ninguém passava pela minha cabeça antes, eu só…

 

— Antes? - Finn ergueu uma sobrancelha, curioso. - O que mudou agora?

 

As bochechas de Rey assumiram um tom corado que, mesmo com todos os seus esforços, foi difícil esconder. Ela encolheu o corpo e balançou as mãos na frente do corpo ao negar.

 

— Não! Eu não penso em ninguém - mentiu ela, dando um sorriso sem graça. - Eu só tive problemas maiores do que isso na vida.

 

— Ei, tá tudo bem - assegurou Rose, segurando na mão da amiga. - Tenho certeza que isso nunca vai ser um problema pra você.

 

— É, Rey, quer dizer, olha pra você! - continuou Zorii. - Eu beijo você, se ninguém beijar!

 

Rey soltou uma risada alta, deixando seu rosto mais vermelho, acompanhada dos amigos.

 

— Muito gentil da sua parte, Zorii - agradeceu à amiga, que lhe ofereceu um brinde.

 

Ficaram mais algum tempo conversando e jogando, desistindo de beber para tomar tudo o que podiam de água e comer o quanto quisessem ainda. Se quisessem, e podiam, teriam enchido a cara até o dia clarear, tomando o tipo de atitude irresponsável que todos esperariam de pessoas da sua idade. Finn foi o primeiro a decidir parar e a incentivar os amigos a fazer o mesmo. Em parte, por causa de Rey. Era uma festa para ela. Ela merecia pessoas que se lembrassem dos bons momentos. E a garota, grata como sempre, sorria como nunca antes.

 

— Okay, eu acho que agora é uma boa hora - anunciou Finn, levantando-se da roda.

 

— Pra quê? - perguntou Rey, intrigada, segurando a mão do amigo para se levantar e sentar-se no pequeno sofá.

 

Em uma parceria silenciosa, os amigos se colocaram ao redor dela. Rey havia esquecido que estava ficando mais velha, a companhia, as risadas e tudo o que eles representavam já eram o bastante para a menina que nunca teve muito.

 

— A gente sabe que você tá dando tudo de si - começou Finn. - Você vive sozinha, trabalha na oficina que você odeia, consegue tirar boas notas e ainda é uma amiga incrível.

 

— Você é irritante às vezes, mas sabe compensar - disse Poe, com um sorriso, Finn o cutucou. - A gente teria vindo mesmo que não fosse seu aniversário, Rey. Sabe disso.

 

— E nós não viemos de mãos vazias também - completou Rose.

 

Rey olhou desconfiada para todos eles. Zorii foi quem lhe entregou a caixa que trouxera. Não tinha um embrulho, não tinha uma mensagem elaborada. Era apenas uma caixa relativamente grande, com uma tampa, quadrada e enfeitada apenas por uma fita preta em um laço caprichado. Ela balançou um pouco, tendo noção do peso e do tamanho, não tinha a menor ideia do que era.

 

Prendendo a respiração em expectativa, todos olhavam atentamente enquanto Rey abria seu presente. Não precisavam cantar, nem bater palmas, ou soprar uma vela, já haviam esquecido disso, comido metade do bolo e cada um se contorcia de ansiedade e expectativa.

 

A aniversariante não poderia ter ficado mais surpresa. O vestido era exatamente da maneira que se lembrava. Branco e com uma barra recheada de detalhes floridos em tom azul. Rey ergueu a peça diante dos seus olhos e passou a mão pelo tecido macio, admirada. Nunca, em toda sua vida, achou que poderia ter uma roupa dessas. Ela apertou a peça contra o corpo, em um leve abraço, e seus olhos olharam para baixo buscando ver uma prévia do caimento da roupa.

 

— Espero que tenhamos acertado o número - Poe quebrou o silêncio. A amiga o olhou. - Foi meio de última hora.

 

— Gente… - começou ela, os olhos marejados.

 

— Nós nos juntamos e, bem, compramos - respondeu Rose, sorrindo.

 

— As meninas deram a ideia - completou Finn, se ponto ao lado da amiga e tocando-lhe o ombro. - Feliz aniversário, Rey.

 

As íris esverdeadas de Rey não se focaram em nenhum lugar específico. Os olhos grandes e expressivos saltavam de uma pessoa a outra naquele espaço apertado e não escondiam, nem por um momento, o quanto a garota estava grata e emocionada. Ela tentou engolir o bolo na garganta, contendo a vontade de chorar, mas não demorou para lágrimas tímidas escorrerem por suas bochechas.

 

Finn a abraçou imediatamente e garota pousou sua cabeça no ombro do amigo, sorrindo enquanto o resto dos amigos se amontoava em um abraço sem jeito.

 

— Eu amo todos vocês - disse ela, apertada e rindo, com as lágrimas molhando o ombro do melhor amigo enquanto resto abraçava sua cintura, braços ou cabeça.

 

 Estavam ridículos. E absolutamente nenhum deles ligava para isso.

 

{...}

 

O misto de sensações que Ben sentia o deixavam apavorado. Ele estava estressado. Praticar no saco de pancadas de seu quarto costumava lhe relaxar e ele havia passado muito tempo ali, com fones de ouvido no último volume e deixando que sua vista se embaçasse com o suor.

 

 Seus músculos ainda doíam apenas de lembrar da surra que havia tomado. Ren estava muito quieto, talvez estivesse apenas esfriando a cabeça com o suposto estresse que Ben lhe causava. O jovem Solo não gostava de admitir, mas a quietude de Ren o assustava. Não importava qual fosse a próxima vez que fossem se encontrar, ele queria estar preparado. Por vias das dúvidas.

 

Como se não bastasse, seu pai parecia não entender que o rapaz só queria ficar em paz. Han Solo parecia ser insuportável aos olhos do rapaz, mesmo que tentasse compensar os anos em que não havia sido um exemplo de pai.

 

E havia Rey. Era idiota o quão frequentemente ele ainda pensava nela. Ele pensava no dia da festa, quando a viu mais bonita do que qualquer garota que poderia imaginar. Ele pensava no dia em que acordou dolorido em seu trailer e ela estava assanhada e usando as roupas que usaria para trabalhar. E ainda era a garota mais bonita que poderia imaginar.

 

Para Ben Solo, Rey era a dona de uma energia que infestava a todos como o sol. Alguns não gostavam de sua luz, outros gostariam de se banhar com aquilo. E ele definitivamente estava no segundo grupo. Embora duvidasse que ela quisesse vê-lo.

 

Seu último encontro ainda era uma incógnita, com a garota manifestando abertamente que tudo era complicado com ele. Ben havia se revirado por noites pensando no que aquilo poderia significar, no que aquela única fala em um tom de chateação significaria na sua relação com a moça. Fazia questão de não esbarrar com elas nos corredores e suas faltas estavam quase lhe reprovando, por não conseguir ficar na mesma sala sem pensar demais naquilo.

 

Ele não conseguia focar em nada.. Se houvesse algum tipo de competição de ansiedade, Ben Solo tinha certeza que ganharia mundialmente.

 

A porta do quarto se abriu e Ben não parou quando viu o pai parado à porta. Estava arrumado, de blusa social e blazer sendo cobertos por um casaco elegante e Ben pôde ver a sombra de sua mãe passar para descer às escadas, o rapaz sentiu imediatamente o cheiro forte de perfume caro. Ele tirou o fone depois de Han tê-lo chamado algumas vezes, depois da segunda Ben apenas fingiu que não havia escutado.

 

— Eu vou jantar com sua mãe - anunciou o mais velho. - Quer que a gente te traga alguma coisa?

 

Ben olhou desconfiado para o pai. Era, no mínimo, embaraçoso vê-lo tentar derrubar os muros que o filho havia construído em torno de si. Era tanto a natureza da suas personalidades quanto o distanciamento ao longo dos anos que causavam tanta estranheza em uma simples interação.

 

— Ah… não, obrigado - respondeu Ben, assentindo levemente. Han fez menção de sair. - Mas… se vocês forem aonde eu estou pensando, tem uma gelateria no caminho.

 

Han deu um sorriso de leve.

 

— Eu sei, você adorava as sobremesas de lá - disse Han, enquanto Ben guardava sua luvas de boxes e organizava levemente o quarto. - Bom, sua mãe conhece seus gostos melhor do que eu. Ela vai saber o que trazer.

 

Ben apenas assentiu enquanto o Solo mais velho falava. Estava pensando em Rey novamente, tentando entender o que se passava tanto em sua mente quanto na dela. Garotas não era exatamente um tópico que ele fosse muito experiente, ou habilidoso. Sempre estragou tudo mesmo antes do primeiro encontro. Mas com Rey era diferente. Ele queria que fosse diferente.

 

— Ei - chamou Ben, quando o pai já estava fora do quarto. Han surpreendeu-se com a atitude do filho, olhando com curiosidade. - A mamãe já se chateou com você e… você nem fazia ideia do motivo?

 

— Eu devia começar a falar por ordem cronológica? - Han deu um suspiro enquanto sorria. O filho se limitou a observá-lo e esperar pela resposta sentado na cama. - Problemas com garotas?

 

 - Não... - o rapaz respondeu, não querendo exatamente falar muito.

 

— Garotos?

 

— Não!

 

— Tá tudo bem se for o caso e… - começou Han, um tanto desconfortável.

 

— Eu sei que tá tudo bem e não é o caso! - respondeu Ben, envergonhado. - Minha nossa, você é um desastre.

 

Han soltou uma risada abafada.

 

— Tem certeza absoluta que não tem motivo? - perguntou Han.

 

— Bom… - Ben pensou por um momento e fez uma leve careta.

 

— Quando sua mãe não olhava na minha cara, eu passava horas pensando no que tinha feito até descobrir. Ás vezes não descobria, mas dava um presentinho pra amenizar e me desculpava de qualquer jeito - continuou Han. - Só… se desculpe com ela e garanta que não vai se repetir.

 

A voz de Leia soou autoritária quando ela chamou o marido. Han ergueu as sobrancelhas e deu um sorriso, levantando-se rapidamente. Os dois ali sabiam das consequências de deixar Leia Organa esperando. O mais velho se dirigiu para a porta.

 

— Ei, ãn… - começou Ben, fazendo Han se virar levemente. - Obrigado, ãn… pelo conselho.

 

O Solo mais velho deixou escapar um sorriso.

 

— É… a garota do telefone? - perguntou, por fim. O filho confirmou timidamente com a cabeça. - Ela parece ser legal. Bem… pelo menos a voz dela.

 

Com isso, Han saiu. Deixando o filho sozinho com seus pensamentos. Aquela era de longe uma conversa que não esperava. Han era a última pessoa a quem pediria conselhos, mas também não era como se ele tivesse muitas opções. Não havia sido de todo ruim. Ben se arriscaria a dizer que havia gostado da conversa, mas não diria.

 

O rapaz se limitou a deitar na cama e vasculhar sem nenhum propósito as redes sociais que, por algum motivo, ele ainda não havia deletado. Seu perfil não era lá tão recheado. Sua última postagem, de uma contagem humilde de apenas 7 fotos, datava de pelo menos um ano atrás. Talvez devesse voltar a postar algo, apenas para dizer que estava vivo. Se ainda fosse do interesse de alguém.

 

Seu dedo deslizou pela tela até encontrar um carrossel de fotos que despertou sua curiosidade. Ele reconheceu o ambiente apertado e de luzes amarelas que era o trailer de Rey, a primeira foto era uma selfie divertida com todos sorrindo. O resto eram fotos da garota com um amigo ou outro. Ele parou assim que viu a foto em que Rey estava centralizada, sorrindo e segurando algo como um presente nas mãos enquanto Finn e Poe lhe faziam companhia.

 

Ela estava tão leve sorrindo daquele jeito que o fez abrir um sorriso leve também. Ben foi instantaneamente ler a legenda e suas sobrancelhas fraziram-se ao ler: “Aniversariante do dia! Te amamos, Rey!”. Seguido da data do dia anterior.

 

Com um salto, ele se sentou na cama. Pensando se deveria ir falar com ela, perguntando-se se deveria comprar um presente e acima de tudo, pensando que aquela seria uma ótima desculpa para aparecer sem aviso. Ele não gostava de avisar, de qualquer modo. Céus, não tinha nem certeza se ela gostaria de vê-lo. Mas era uma possibilidade que gostaria de arriscar. Não perdeu tempo se trocando e, antes que percebesse, estava sentado no assento de sua moto.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que tenham gostado do capítulo! Eu realmente gostei de escrever ele e Meu Deus, eu estou imensamente feliz de voltar a compartilhar essa história!

E, como prometido há muito tempo, se vocês quiserem matar o tempo durante a postagem de Be Minem eu postei uma nova fanfic chamada O amor é uma rosa. Tem foco no meu crackship preferido, Hux/Rose, e se passa no universo de Star Wars! Eu ainda estou postando, pois tive que ajustar umas coisas no texto, mas ela será bem curtinha e foi feita para intercalar com essa nas postagens. Espero que gostem! ♥

Até a próxima!



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