Be Mine escrita por EloiseFeh


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olha, primeiramente, eu sinto muito pela demora e agradeço pela paciência nahaja Eu tive que me mudar de repente, acabei ficando doente no processo, uma loucura, mas não parava de escrever sempre um pouquinho quando podia ❤️
Sem demoras, aqui um capítulo fresquinho pra vocês :)



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Como era de se esperar, Unkar não tinha pena de quem quer que trabalhasse para ele. Rey estava com a corda no pescoço, dividida entre a quantidades de provas e dever de casa e o fato de estar por um triz de perder tudo. Ela chegaria atrasada, nada novo sob o sol.

 

A inesperada visita de Ben Solo, em um estado tão debilitado, acrescentava mais um item em sua lista de preocupações. Estava com raiva dele. Não por ter lhe feito esperar em um café depois de lhe cultivar esperança, o que era a menor das coisas, mas pelo rapaz se importar tão pouco consigo mesmo ao ponto de colocar-se em situações prejudiciais. Ben Solo sempre pareceu seguir um caminho autodestrutivo, mas Rey nunca achou que seria ao ponto de aparecer com o rosto inchado e ensanguentado na porta de seu trailer, quase em lágrimas, implorando por ajuda.

 

Rey tentou não pensar nisso, torcendo para que sua mente se distraísse. Mas era bem difícil não pensar em Ben Solo enquanto o tio do garoto dava aula. Dessa vez o rapaz não estava presente para lhe passar bilhetes escondidos sobre como a aula estava chata, um costume que se perdeu depois que Finn percebeu o ato. Rey não imaginava o que o amigo iria pensar se soubesse como o rapaz lhe apareceu noite passada, ou mesmo se soubesse de todos os sentimentos confusos que sentia a respeito do jovem Solo.

 

— Espero que ele já tenha cansado de nos escravizar - comentou Finn, pouco tempo antes da aula terminar. - Escrever tudo aquilo mais os relatórios, nossa…

 

— Você já terminou tudo? - perguntou Rey, com clara incredulidade na voz.

 

— Tem uns dois dias. E você?

 

Rey respondeu com uma careta.

 

— Não tive tempo de me atualizar com o Ben, o… o trabalho na oficina anda corrido e ele… - Rey suspirou, abaixando a cabeça para encostar seu queixo nos braços.

 

— Quer me contar alguma coisa? - perguntou Finn, preocupado.

 

Rey negou com a cabeça. Finn entraria em pânico se soubesse da noite passada. A encheria de perguntas e se colocaria no papel de "protetor" se visse Ben Solo apenas perto dela. Achava que era uma das melhores qualidades do amigo, ao mesmo tempo uma das mais irritantes. Ao menos aquela atitude servia para amenizar os ânimos de Poe de vez em quando. A garota deu um sorriso para tranquilizar Finn e sua reação foi de surpresa quando a aula acabou. O tempo parecia voar e, ao mesmo tempo, parecia que ela estava estagnada.

 

— Rey - Luke a chamou, fazendo um gesto rápido com os dedos, enquanto os alunos saíam.

 

— Senhor Skywalker… - respondeu Rey timidamente.

 

A barba do mais velho estava menor e melhor desenhada do que nos dias anteriores. Rey via ali um homem com diversas cicatrizes, mas ao mesmo tempo com um olhar gentil para tudo e todos. Ben talvez não admitisse e negaria isso até a morte, mas o rapaz também tinha muita coisa em comum com o tio.

 

— Eu… - começou o homem. Luke hesitou um pouco ao falar, como que procurando as palavras certas. - Você está em falta com algumas tarefas e algumas aulas também. E isso já faz um tempo. Está tudo bem? Tem algo que queira me contar?

 

Rey negou com a cabeça. Luke provavelmente a ajudaria se contasse a verdade, mas era uma coisa que queria evitar. Quanto menos gente soubesse, menos pessoas precisariam se preocupar com ela. A moça gostava de ser discreta. Luke assentiu com a resposta silenciosa, mas Rey continuou ali. O mais velho com certeza teria algo mais para falar.

 

— O pai do Ben, Han, voltou de viagem a pouco tempo, sabe? - prosseguiu Luke.

 

— Eu soube…

 

— Ele é meu melhor amigo e… ele me ligou hoje de manhã. Han disse que Ben não dormiu em casa e quando ligou pra ele, uma voz de garota atendeu - concluiu Luke, olhando da mesa para os olhos da garota. - Agora… eu conheço meu sobrinho, ele não tem muitos amigos e muito menos amigas. Christie é a única que conheço e agora ele tem você...

 

— Não aconteceu nada, ele… - negou rapidamente a moça, não sabendo o que dizer para proteger Ben de qualquer comentário equivocado do tio.

 

— Han também me disse que ele apareceu em um estado deplorável hoje de manhã - disse Luke, sério. - Rey, meu sobrinho é inconsequente e, me atrevo a dizer, irresponsável. Você não merece que ele ponha nos seus ombros alguma… responsabilidade de esconder o que ele faz.

 

— Eu não estou escondendo nada! - justificou Rey. - Ele apareceu na minha porta, pedindo ajuda, acha que eu ia negar? Ele me implorou pra não chamar ninguém, eu não podia deixar ele de qualquer jeito.

 

— Com certeza, não. Você é uma boa menina, a minha melhor aluna… Mas, e eu demorei a dizer isso pois achei que não ia ser um problema, Ben Solo não é uma pessoa estável. Eu acho que essa amizade não vai muito longe e você é quem vai sair mais prejudicada.

 

Rey encarou Luke por alguns segundos. Era o mesmo homem gentil que lhe dava aulas? Ela não acreditava que palavras tão duras estariam saindo da boca daquele homem. Ela se viu um pouco decepcionada, por mais que sua mente entendesse a preocupação.

 

— Não me surpreende que ele te odeie, já que tem tanta pouca fé nele - respondeu ela, ríspida, sem pensar.

 

— Rey! - disse Luke, surpreso.

 

— Meu comportamento atual não tem nada a ver com Ben Solo, ou com ninguém! - protestou Rey. - Vocês deviam parar de culpá-lo por tudo e apenas parar e… escutar, não sei! Ele é melhor do que a maioria das pessoas daqui e era você quem tinha que perceber isso!

 

A garota saiu veloz da sala, sem esperar uma justificativa ou pedido de desculpas de Luke. Ela sabia que tudo o que sentia no momento era muito mais do que só o que dizia respeito ao jovem Solo. Sentiu seus olhos lacrimejaram. Por quanto tempo ainda conseguiria guardar as coisas sem quebrar? Claro que a fala de Luke lhe pareceu absurda, claro que ela estava tendo seu desempenho afetado, mas Ben não merecia uma grama de culpa nisso. A culpa era dela, que fora descuidada com o tempo, que deixou que Unkar pisasse em cima de si por tantos anos.

 

Tinha tanta coisa acontecendo naquele momento. Rey se viu presa, como se o ar fosse retirado subitamente de seus pulmões, sua cabeça doía e sentou-se como se seu corpo fosse esmagado, como se vários pesos estivessem lhe puxando para baixo. Viu-se pensando no passado, imaginando o que teria acontecido se apenas fosse menos teimosa e tivesse ficado em um dos lares temporários, mesmo naqueles que a maltratavam. Estava se sentindo tão sozinha e a única coisa que queria era ter alguém que a esperasse em casa, sem sermões, sem julgamentos.

 

Então, antes que tudo aquilo explodisse da pior forma, Rey permitiu-se chorar. Ainda sozinha, sentada na tampa de um vaso sanitário, não gostaria que outros vissem. Não queria que ninguém soubesse o quão solitária estava. Mas deixou que aos poucos as lágrimas limpassem sua mente e a única imagem que queria se apegar era a de sorriso. De uma mulher que costumava lhe fazer tranças.

 

{...}

 

— Benjamin Organa Solo, abra essa porta agora!

 

Han não teve muito sucesso em uma conversa amigável. Nada o surpreendeu mais do que seu filho adolescente aparecer de manhã cedo com o rosto roxo e sujo de sangue, depois de uma noite inteira fora de casa. Ele agradeceu por Leia ter decidido, por algum milagre, passar a noite no escritório. Ela morreria se visse o rapaz daquele jeito. Mas, agora que havia parado para pensar, ele provavelmente iria ser morto por não tê-la avisado.

 

Por outro lado, Ben Solo não queria mais nada além de deitar na cama. Seu celular estava ainda com as notificações não abertas das ligações de seu pai e de seu tio na noite anterior, juntamente com uma mensagem de Phasma claramente irritada e, para sua surpresa, uma mensagem de Hux perguntando que besteira o rapaz havia feito dessa vez. Pelo visto, Han e Luke deram um jeito de atormentá-los também. Sua vida era um inferno.

 

— Benjamin! - chamou Han mais uma vez, batendo na porta do quarto do rapaz.

 

— Me deixa em paz, Han - respondeu o filho do outro lado. - Não tem nada melhor pra fazer? Um vôo para pegar ou coisa do tipo, sei lá?

 

Han soltou um suspiro longo.

 

— Ben, por favor… - pediu o mais velho, já cansado. Não tinha a mesma energia de antes para lidar com o filho. - Eu… vou fazer algo pra comer, desça assim que puder. Podemos resolver isso antes que sua mãe chegue e mate nós dois? Obrigado.

 

Já passava um pouco da hora do almoço quando Ben desceu, quase desconfiado, para encontrar Han preparando um sanduíche qualquer na cozinha. Ben o observou por alguns momentos e Han o olhou erguendo uma sobrancelha.

 

— Fome? - perguntou o pai e Ben assentiu silenciosamente antes do pai começar a preparar algo para ele também.

 

Han Solo reconhecia ter parte da culpa do comportamento do filho. Vivia viajando, Leia sempre estava trabalhando quando o rapaz era mais novo. E nos raros momentos em que estavam em casa parecia ser uma briga atrás da outra e Han costumava apenas pegar o próximo vôo quando ficava sem argumentos. Sentiu falta do filho diversas vezes e com certeza havia perdido vários momentos importantes, a maneira de agir de Ben o lembrava várias vezes disso.

 

Ambos agora sentavam quietos à mesa. Ben não encarava o pai, em parte porque o esforço de levantar o olhar fazia suas pálpebras doerem. Han se limitava a comer em silêncio, por mais que quisesse saber cada detalhe do motivo de seu filho estar daquele jeito.

 

— Eu também passava noites fora na sua idade - começou Han, Ben continuou em silêncio e o encarou. - Mas eu tinha a decência de avisar alguém onde eu estava. Quer me explicar o que aconteceu?

 

Ben suspirou.

 

— Nada aconteceu - respondeu Ben, curto e grosso.

 

— Tentei ligar pra alguns amigos seus, porque eu te liguei, mas uma garota atendeu - continuou o mais velho. - É uma namorada? Conversei com Luke, ele diz acha que é uma das suas colegas de classe. Ela te meteu em algum problema ou coisa do tipo? Ben, eu tô tentando ajudar…

 

— Ela não é um problema! E nem é minha namorada - disse Ben, quase corando com a acusação do pai.

 

— Mas gostaria que fosse? - Han sorriu. Era experiente demais para reconhecer os mínimos sinais de interesse. Mas não negava que seria bom saber um pouco mais do que acontecia na vida do filho.

 

— Cala a boca, ela só me ajudou, e o que o Luke tem a ver com o que acontece comigo?! - questionou Ben, irritado e tentando mudar de assunto.

 

— Não me mande calar a boca, eu sou seu pai. E Luke é seu tio e meu amigo, Ben - respondeu Han. - Nós nos preocupamos com você, obviamente. Vai me contar o que aconteceu pra ficar assim?

 

Ben revirou os olhos. Se pudesse, passaria outra noite dormindo em um sofá pequeno. Mas, infelizmente, não podia evitar seu pai pra sempre.

 

— Eu entrei numa briga, só isso - mentiu Ben. - Pode não contar pra mamãe?

 

— Ela vai matar nós dois do mesmo jeito se eu não disser nada...

 

— Que seja… - disse o rapaz, levantando-se para levar seu prato à pia e subir rapidamente. Seu corpo doía e ele apenas queria passar o resto do dia na cama.

 

— Ben - chamou o pai novamente, fazendo o rapaz se virar. Han encarou o chão por um momento. - Eu estou tentando ser melhor. Pode fazer o mesmo esforço por mim também?

 

O jovem Solo encarou o pai. Não sabia direito se o odiava ou não naquele momento. Mas ainda não tinha certeza se queria admitir erros talvez imperdoáveis, cometidos pelo temor a um homem engravatado e poderoso que o ameaçava constantemente. Pelo menos não para Han. Ben estava envergonhado, sentia-se humilhado acima de tudo. Se fosse para Han Solo lhe julgar, ou fosse apenas lhe dizer o quanto estava decepcionado, ele preferia ficar quieto.

 

Sem dizer mais nada, Ben foi para o seu quarto.

 

{...}

 

Era uma ideia idiota. Tomar certa decisão depois de um surto mental no banheiro feminino de uma escola não parecia a coisa mais razoável a se fazer, Rey sabia disso. Ela tinha plena consciência de que seus atos impulsivos eram, na maioria das vezes, decisões nada sábias. Mas ela tinha certeza daquela. Aquela era o resultado de anos de perguntas, crises de choro e medo. Se sempre se sentiu sozinha, procurar as respostas que sempre quis não iria mudar isso. Mas pelo menos traria algum consolo.

 

Rey era uma figura deslocada esperando numa pequena recepção elegante. Era um ambiente amplo com luzes que não lhe ardiam os olhos, vindo principalmente de um delicado lustre que pendia do teto, os sofás eram confortáveis e em um tom de azul escuro e todos que por ali passavam pareciam ter muito dinheiro. Ela via mulheres de saia grafite e homens de terno passar de um lado para outro, apressados, ocupados e sempre com telefone e pastas nas mãos. Sua barriga faminha se contentou com o café e biscoitos gentilmente oferecidos por uma secretária de rosto gentil. Rey agradeceu com um sorriso e um olhar tímido. Trazia um livro consigo, cheio de pequenas anotações e post-its que continham suas próprias concepções do assunto. O hábito de estudar em qualquer situação para ganhar tempo já havia feito parte de sua rotina, e a distraiu um pouco de pensar no seu próprio contraste com o ambiente.

 

Ela saiu um pouco mais cedo naquele dia, quase correndo. O suor era visível em sua testa, mesmo com a climatização da sala. Pensou em sair correndo dali. Ela estava um desastre e, não soube se para sorte ou azar, a recepcionista avisou em um tom de voz amigável que ela poderia entrar. Rey respirou fundo e colocou sua bolsa novamente em seu ombro, segurando-a firme em um gesto quase automático de defesa.

 

Leia Organa conseguia trazer serenidade para o mais caótico dos ambientes. Ela não era como ricos que desfilavam apressados já recepção. Claro, ela vinha de uma família rica também. Mas era dona de uma humildade e altruísmo que a fazia perfeita para o cargo que tinha. Leia Organa estava na política pelo único desejo sincero de ajudar as pessoas, de fazer justiça para quem precisava. Muitos se perdiam naquele caminho. Mas a Senadora parecia tão agarrada a seus princípios que essa era uma possibilidade distante. Não era surpresa que muitos queriam afastá-la de sua posição.

 

— Mas que surpresa e que imenso prazer - disse Leia, com um sorriso no rosto ao se levantar e ir na direção de Rey.

 

A pequena moça recebeu o abraço com seu típico sorriso, amparada pela aura maternal da Senadora.

 

— Está tudo bem? - perguntou Leia, sem demora. - Eu estava quase indo embora, mas quando você me ligou eu não pude dizer não. Um café na minha casa seria mais recomendado pelo menos, você é bem-vinda lá, não importa o que meu filho diga.

 

— Sinto muito, eu não queria incomodar - respondeu Rey, rapidamente.

 

— Rey, você nunca vai me incomodar - respondeu a mais velha. - Agora, o que queria falar comigo que não pôde ir na minha casa? É sobre o Ben? Eu não tive tempo de ligar pra casa ontem, aconteceu alguma coisa ou…?

 

— Não, não! Não é sobre o Ben - disse Rey, um tanto surpresa com a intuição de Leia sobre ter algo de errado com o filho. Ela bem que queria dizer a verdade, mas Leia iria descobrir uma hora ou outra e a última coisa que Rey queria era estar no meio de uma briga familiar. - Eu… vim pra falar sobre mim, na verdade.

 

A Senadora parou por um momento e observou a garota, claramente desconcertada e um pouco desesperada. Leia já havia visto aquele olhar em várias crianças, sabia o que ela queria pedir.

 

— Eu entrei no sistema muito nova - começou Rey. - E eu sei que a senhora já liderou vários projetos envolvendo ações com… bem, crianças na mesma situação que eu.

 

Órfãos. Era a palavra que queria, mas se recusava a usar.

 

— Eu só queria… não sei - Rey mordeu o lábio. - Eu pulei de um lar temporário pra outro, fugi de vários e eu eu não consigo parar de pensar se… Olha, me desculpa, eu não sei o que estou fazendo aqui…

 

— Rey… - Leia começou, tomando a mão de Rey nas suas. - Eu disse que podia falar comigo caso precisasse, não disse?

 

A garota assentiu, deixando os grandes olhos verdes vagarem um pouco e encararem o vazio por um breve momento enquanto suas mãos eram seguradas. Rey tremia e Leia tentava confortá-la da melhor maneira que podia.

 

— Tem alguma maneira de saber quem são meus pais? - perguntou a moça, já mais calma. - Eu era bem pequena, mas ainda tenho minhas primeiras memórias com eles, eu só… queria saber o que aconteceu.

 

— Rey… - disse Leia, tocando-lhe o rosto e enxugando as lágrimas que começaram a descer. - Antes de mais nada, sabe que ainda tem idade pra ser adotada por um lar temporário, não é? Eu sei que sua situação é difícil, mas ainda pode…

 

Rey balançou a cabeça negativamente.

 

— Ninguém adota adolescentes, senhora Organa - respondeu a garota, com uma risada triste. - Já não adotam crianças mais grandinhas, eu… desisti disso já faz tempo. Eu só quero… saber por que eles me abandonaram, por que não me queriam…

 

Leia envolveu a jovem em um abraço, enquanto Rey ainda tentava controlar as lágrimas. Aquela era uma dúvida pertinente, que Leia já havia visto em várias crianças que entravam no sistema de adoção. Mesmo as que eram aparentemente felizes queria saber um pouco sobre de onde vieram, não havia nada mais natural que isso.

 

— Que tal se você deixar comigo o nome e o endereço do orfanato onde foi deixada? - sugeriu Leia, segurando-lhe as mãos novamente. - Eu posso ver o que consigo fazer com isso.

 

— Pode prometer que uma assistente social não vai bater na minha porta?

 

— Rey…

 

— Senhora Org… Leia - pediu Rey, com olhos suplicantes. - Se eu voltar pra um lugar daqueles, eu perco tudo que tenho e vou pra rua assim que completar dezoito anos. Você sabe como funciona isso tudo e eu estou bem melhor sozinha, por favor. Por favor…

 

Leia soltou um suspiro e levantou-se, fazendo um gesto para que Rey imitasse a ação. A mais velha passou uma mecha da moça por de trás da orelha, olhando-a de forma serena e acolhedora.

 

— Me dê o endereço, vá para casa, tome um banho, coma e faça suas lições - disse Leia, arrancando uma risada da moça ao lhe falar de forma tão maternal. - Eu prometo que lhe aviso quando tiver notícias.

 

Rey assentiu, buscando um pedaço de papel qualquer na bolsa para anotar o que queria.

 

— Muitíssimo obrigada, senhora Organa - disse a moça, com toda a sinceridade que tinha.

 

Leia limitou-se a sorrir e observou a garota sair, ainda em passos tímidos, mas determinados. Rey havia lhe cativado desde o primeiro momento em que se conheceram. Leia gostava da garota. E suspeitava, com toda sua boa intuição, que seu filho gostava muito dela também.


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Notas finais do capítulo

Eu simplesmente amei escrever a Rey nesse capítulo, não sei nem explicar o porquê. Mas é isto ❤️
E antes que eu me esqueça, acabei criando uma playlist pra essa fanfic ahaha São músicas que escutei pra escrever algumas cenas, músicas que me lembram Reylo, músicas que me eu acho que eles escutariam, etc... Acho que vocês podem gostar e aqui vai o link: https://open.spotify.com/playlist/5fFLhol9VpyZA1kDEqaVpl?si=8qNoFpwKQbmZHtUITpeAMg

Espero que possam ter gostado do capítulo e da playlist, adoro vocês e até o próximo ❤️

Ps: A fanfic GingerRose vai sair gente, só mais um pouco de paciência ahaja



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