Be Mine escrita por EloiseFeh


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Boa sexta para vocês, meus leitores! Espero que estejam bem e ansiosos para mais um capítulo!

Boa leitura!



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Bebidas nunca foram algo atraente para a atenção de Rey, pelo menos não quando estava sozinha. Ela não gostava do gosto de cerveja, vodka e whisky a faziam ficar nauseada e talvez a única coisa que passasse por seu paladar fosse vinho barato. De qualquer forma, Poe só ficaria satisfeito enquanto a garota segurasse um copo. Ela se deu por vencida e bebia com os amigos de trás de uma lanchonete, sentados ou apoiados no conversível de Poe. Finn se esticou confortável no banco de trás enquanto os outros três amigos dividiam o espaço na traseira do carro, com Poe sentado despreocupadamente em cima do porta-malas.

 

— Sabe o que eu acho que é? - disse Poe, gesticulando energicamente com a mão. - Falta de amor de pai.

 

O grupo tentou em vão segurar as risadas, Rose espirrou um pouco de sua bebida e Rey soltou uma gargalhada.

 

— Que maldade, Poe… - respondeu Rey, ainda rindo.

 

— Não, veja bem… - Ele pulou do porta-malas para andar. - Só pode ser isso, sabe. Não tem outro motivo pra alguém ser tão escroto assim.

 

O rapaz virou o copo e recostou-se no carro. Phasma tinha razão, ele não era um bom perdedor. Pelo menos não quando as brigas eram injustas. Aquele jogo só havia servido para lembrá-lo do quão desgastante poderia ser lidar com algumas pessoas.

 

— Pode parar de beber agora? Eu não quero que ter que te carregar… - A voz de Zorii Bliss soou juntamente com a abertura da porta dos fundos da lanchonete, enquanto a garota tirava o lixo para fora.

 

— Eu nem tô bêbado! - respondeu Poe, emburrado.

 

— Dizer isso é o primeiro sinal de que já vai ficar - Zorii retrucou, logo olhando para Finn. - Cuida do seu namorado, garoto, por favor.

 

Rey não soube dizer o quanto Finn estava alterado, se havia discernido o que Zorii havia dito ou não, mas ele deu um sorriso despretensioso e fez um sinal positivo com a mão, logo antes de sua cabeça pender para trás. Finn com certeza já não estava mais em si. Zorii revirou os olhos, sabendo que teria que levar os dois para casa, querendo ou não.

 

— Por favor, tomem as chaves e não deixem ele sair até eu terminar meu turno - pediu ela, entrando novamente no estabelecimento.

 

Rose foi a pessoa que atendeu ao pedido, tirando a chave da ignição do carro e colocando-a no bolso. A lua já estava alta no céu, Rey não soube dizer com exatidão o horário, mas já havia bastante tempo que estavam ali. Ela soltou um bocejo e, mesmo agasalhada, pôde sentir que aquela seria uma noite fria.

 

— Eu preciso ir, gente - anunciou a garota.

 

— Não! - protestou Finn.

 

— Quê isso, Rey, só mais um pouco… - Poe uniu-se ao protesto e Rose tentou convencê-la.

 

— Eu não sei se vocês se lembram, mas a gente tem aula amanhã - respondeu Rey, já despedindo-se dos amigos. - E eu preciso ajudar com algumas coisas na oficina logo cedo, então… Até mais! Rose, quer vir comigo, já que fica no caminho?

 

A outra garota negou com a cabeça, enquanto recebia um abraço da amiga.

 

— Zorii pode me levar. E, além disso... - sorriu Rose, olhando para os dois rapazes atrás de si. Finn já quase dormindo, Poe sendo ele mesmo mas de uma maneira exagerada - Alguém precisa ficar de olho nesses dois idiotas.

 

Rey deu uma leve risada enquanto subia na bicicleta, não demorando muito para que desse um impulso e seguisse seu caminho.

 

A brisa fria da noite conseguiu bagunçar ainda mais o seu cabelo, cujos os fios se soltavam conforme pedalava, desprendendo-se do discreto rabo de cavalo. Pelas ruas de Jakku, Rey não tinha muito o que se preocupar. A vizinhança, intimidadora para os moradores das outras partes da cidade, não era mais do que apenas familiar para a moça. Ela acenava com a cabeça para algumas pessoas que ficavam até tarde na rua, elas a reconheciam e acenavam de volta. Rey detestava o lugar, mas uma quantidade mínima de moradores ainda conseguia ser educada.

 

A rua levemente íngreme que dava para seu beco exigia um pouco a mais de esforço para suas pernas, fazendo com que a garota ficasse de pé na bicicleta durante uma parte do percurso. Se sentia livre para fazer paradas e recuperar o fôlego no meio do caminho, mas sua sorte quase a abandonou. Sem nenhuma prudência e respeito, um trio de motocicletas passou em tamanha velocidade que fizeram-na perder o equilíbrio ao pegar impulso para subir na bicicleta novamente. Rey soltou um palavrão, olhando para trás a tempo de ver as luzes das motos se perdendo na noite. Ignorando o fato, mas ainda com certa raiva, continuou, faltavam apenas alguns blocos para que chegasse em casa.

 

Parando a bicicleta aos poucos, seus olhos se arregalaram conforme discernia o que estava vendo. Deixou a bicicleta cair e correu para o homem que estava no chão. Seu rosto estava inchado e ferido, mas ela conseguia discernir bem seu colega de trabalho.

 

— Udo! Udo! - A garota chamou, se agachando ao lado do homem. Ele não respondia e ela tentou levantar sua cabeça, o sangue manchando suas mãos. - Ai, meu Deus… Udo!

 

Ela correu até a esquina, olhando para os lados e vendo se havia alguém que pudesse ajudá-la. Um gemido de dor chamou sua atenção e ela voltou correndo para o lado do homem.

 

— O que aconteceu? - perguntou Rey. - Quem fez isso com você?

 

 - Sem perguntas, garota… - respondeu o homem.

 

— Udo, você foi espancado e…

 

— Isso… não é problema seu - ralhou ele, baixo, porém com um tom de voz rude.

 

Ela não teve tempo para se zangar, pois Udo levou a mão até o bolso do casaco, Rey entendeu o gesto como se ele estivesse indicando o que pegar. Suas mão foram direto em um celular, rapidamente ela se afastou, ficando de pé enquanto o número do serviço de emergência era discordo.

 

— Alô! Eu… Meu colega está muito mal, ele foi agredido e… - Ela olhava com frequência para o homem no chão, que havia perdido a consciência novamente, sua voz transparecia o medo e o nervosismo. - Ele tá muito mal, inconsciente, eu… não sei o que fazer!

 

A atendente pediu para que Rey se acalmasse e, ainda nervosa, a moça conseguiu dar as informações necessária para pedir uma ambulância. Ela andou de um lado para o outro no que pareceu ser uma eternidade, nos minutos em que o socorro não chegava. Andava até a esquina, ia até a rua, verificou Udo no chão várias vezes, certificando-se se ainda respirava, se tinha pulso, se havia acordado. Sua mente não se acalmou o suficiente por pensar em quem havia feito aquilo. Seria pessoal? Seria uma afronta a Unkar Plutt? Outros de seus colegas, ou até mesmo ela, poderiam correr os mesmos riscos? Mesmo depois de anos morando em um lugar tão hostil, Rey não conseguia ser indiferente à violência. A ideia de que aquele evento poderia acontecer com qualquer um a deixava amedrontada.

 

Quando a ambulância chegou, Rey deu um suspiro de alívio imenso. Devolveu o celular para o bolso de Udo e assistiu enquanto levavam o homem, as luzes vermelhas e brancas piscando sem parar e iluminando o beco escuro. Rey nunca havia se sentido tão impotente e, agora, sentia-se como uma criança. Uma solitária criança.

 

Naquela noite, dormiu de luzes acesas.

 

{...}

 

Rey odiava perder aulas. Não que não fosse inteligente o suficiente para recuperar, depois de tantos anos tendo que conciliar um trabalho pesado com estudos, era de se esperar que a garota fosse autodidata o suficiente para quase não precisar ir na escola.

 

Mas isso era na sua antiga escola, os professores do distrito de Jakku pouco se importavam com o que os alunos faziam, se faltavam sem motivo, se matavam aula, se trapaceavam nas provas. Porém ali, bem próximo da elite, Rey se esforçava o dobro para tirar a imagem de adolescente desinteressada e maltrapilha que a maioria fazia questão de lhe pintar. Sua frequência e notas eram impecáveis, pelo menos até o momento. Já havia perdido alguns dias de aula e agora pedalava em pleno meio-dia para chegar a tempo, esperando que pudesse assistir as aulas que tinha no período da tarde.

 

Quando entrou no edifício, os corredores quase vazios, suas pernas se moveram rapidamente e ela correu para a sala onde ocorreria a aula de estudos sociais. Assim que entrou na sala, Luke parou de falar e todos a olharam, Rey apertou os lábios com aquela atenção. Ela acenou para seu professor e rapidamente passou pelas as outras cadeiras para sentar-se ao lado de Finn.

 

— Finalmente! - sussurrou Finn, inclinando-se em sua direção. - Você tá bem?

 

A garota assentiu e Luke pigarreou alto, olhando os dois amigos com atenção, Finn se afastou e Skywalker voltou a ministrar sua aula.

 

Rey sabia que Ben Solo estava atrás dela, quase podia sentir o olhar do rapaz sobre suas costas. Ao entrar na sala, ela pôde ver que o rapaz havia ficado tão surpreso quanto o resto da turma e que seus olhos a seguiram enquanto ela traçava o caminho para se sentar. A pior parte do dia seria mais tarde, quando ambos teriam que se encontrar na biblioteca, e ela não estava com nenhuma paciência para lidar com as suposições e imposições do jovem Solo.

 

Quando a aula acabou e os diversos alunos saíram, Rey fez o possível para que pudesse sair sem Luke vê-la, em vão. Ben também estava quase ao ponto de falar com ela, andando em sua direção, mas foi desencorajado assim que Luke a chamou e saiu da sala dando um olhar irritado para o tio.

 

— Rey, posso falar com você? - pediu Luke, a garota caminhou timidamente até ele, quase de cabeça baixa. - Eu senti sua falta nas aulas e outros professores também indicaram o mesmo, assim como ainda não recebi o relatório quinzenal do seu trabalho com Ben, está tudo bem?

 

Rey soltou um suspiro.

 

— Sinto muito, eu… Estou cobrindo 2 turnos no trabalho e… minha situação de moradia não é a mais vantajosa… - a última frase saiu com um murmúrio, pena era a última coisa que precisava naquele momento.

 

— Olhe, eu preciso ir para uma reunião de professores agora. Mas vamos falar sobre isso e, não sei, ver o que podemos fazer. - O homem deu um sorriso amistoso e reconfortante. - É uma excelente aluna, Rey, e incrivelmente talentosa. Não desperdice isso.

 

A garota saiu exibindo um sorriso aliviado, já mais preparada para lidar com o rapaz que a esperaria na biblioteca. Ben sentava-se no lugar de sempre, na mesa próxima a janela, e sempre estava com um livro aberto. Algumas vezes eram algum livro útil para o trabalho que faziam, outros eram livros teóricos sobre política, ciências ou filosofia e até mesmo livros de ficção. Por mais que fosse um rebelde, como Rey o via, ela tinha que admitir que o rapaz era mesmo inteligente.

 

— Seus amigos  deixaram um bilhete no meu armário - disse o rapaz, sem esperar que ela falasse.

 

Ele a entregou um pequeno post-it com os dizeres: “Ela não veio hoje”, seguidos de um rostinho zangado. A caligrafia com certeza era de Finn, o rosto zangado com certeza era obra de Poe. Rey soltou uma risada.

 

— Eles realmente não gostam de você - respondeu Rey. Ben respondeu com uma risada leve.

 

O rapaz deu um meio sorriso e indicou a cadeira, ele não queria perguntar os motivos dela ter se ausentado e estava respeitando o fato de ela não querer falar. Mas era inegavél que a ausência da moça em sua rotina o havia deixado levemente preocupado, de forma que não esperou chegar até o fim da tarde pra dizer algo.

 

— Escuta, eu… sinto muito. Pelo que disse, naquele dia no centro. Eu não quis te ofender… - começou o rapaz.

 

— Você nunca quer… - retrucou a moça, sarcástica. 

 

— Não, Rey, de verdade. Me desculpa - respondeu o rapaz, de cabeça baixa, o corpo levemente inclinado na direção da moça.

 

Rey pôde sentir que suas palavras haviam sido sinceras, ele realmente sentia muito. Ela era a única pessoa que ele parecia não querer desapontar e a fato da garota ter sumido de sua rotina depois da última conversa, onde ambos apontaram seus defeitos e ele pontuou com bastante ênfase o fato da garota ser órfã, o fez se sentir ainda pior. O evento havia sido o motivo de suas últimas noite mal dormidas.

 

— Sinto muito, também - disse ela, logo para dar um sorriso. - Nem todo mundo te odeia. Mas, vamos continuar, temos um relatório atrasado e mais páginas para serem feitas.

 

Era o que podiam dizer naquele momento, pois ambos ainda estavam machucados pelas palavras. Arrogante, insensível, indiferente, mau, metida, impulsiva, indiscreta, orgulhosa. Todos os piores adjetivos criavam uma parede entre os dois jovens. Uma parede que ambos não faziam a mínima ideia de como derrubar, mas pareciam ansiar por isso. Apesar de não saberem direito se realmente o queriam ou o porquê.

 

Nunca se davam conta do horário quando estavam ali. Não era raro as vezes em que, quando saiam da biblioteca, a escola já estava vazia. A gentil bibliotecaria teve que anunciar que teria que fechar o espaço, os dois adolescentes ainda aturdidos pelas várias informações coletadas e organizadas naquela tarde, não tiveram outra opção além de obedecer. Rey olhou pela janela, a luz alaranjada já se tornando azul enquanto os primeiros brilhos das estrelas começavam a aparecer. A garota praguejou, apressou-se em guardar suas coisas, sua atitude não passando despercebida pelo rapaz que havia acabado de colocar alguns livros de volta em uma estante.

 

— Tá tudo bem? - perguntou Ben.

 

— Tá, eu só… Aconteceu uma coisa com um colega meu, perto da minha casa e… Eu não quero voltar muito tarde. - Ela pôs a bolsa no ombro.

 

Ela estava assustada, Ben pôde notar. O que quer que ela não estivesse dizendo, ele já se sentia mal o suficiente para não fazer alguma coisa.

 

— Quer que eu te acompanhe? - sugeriu o rapaz.

 

Rey parou imediatamente o que estava fazendo, olhando confusa para o rapaz. Estava sim com certo receio de voltar para casa sozinha, ela já havia dito para Finn e Poe que não precisariam esperá-la, mas a ideia do rapaz a acompanhar a havia deixado realmente surpresa.

 

— Eu tô de bicicleta… - respondeu ela.

 

— Não me importo de andar. - Ben deu de ombros.

 

Rey assentiu, ainda sem saber o que pensar, e o rapaz a acompanhou desde ali. Rey empurrava sua bicicleta de um lado e Ben em igual posição. Era gentil da parte dele, pensou ela, mas ainda assim era uma sensação estranha. Falaram um pouco sobre a escola, sobre o jogo. Rey perguntou e gostou de ouvir um pouco sobre Phasma e Hux sob os olhos do rapaz e ele, igualmente, perguntou sobre seus amigos. Era diferente da última vez, não estavam se acusando. Apenas se conhecendo.

 

— Por que tem faltado tanto? - perguntou ele, não aguentando de curiosidade. - Tem a ver com o seu colega?

 

— Sim e não - respondeu Rey.

 

Ela não gostaria de tocar no assunto, mas já havia omitido bastante coisa de Finn e Poe, pois sabia que os dois rapazes iriam ficar exageradamente preocupados. Ben Solo talvez não fosse próximo o suficiente para ser chamado de amigo, mas cumplicidade que haviam criado como colegas era o suficiente para fazê-la confiar na discrição do rapaz.

 

— Um dos meus colegas de trabalho foi… agredido - continuou ela. - Aconteceu na porta da minha casa e… Eu não sei, me assustei. Chamei uma ambulância, eles o levaram. Mas ele não apareceu para trabalhar no dia seguinte, então eu tive que cobrir suas tarefas e trabalhar o dobro do turno pra isso.

 

Enquanto Rey desabafava, Ben Solo não pôde deixar de notar a vizinhança conhecida. Sabia que a moça morava em Jakku, mas era só isso que sabia. Andar naquele lugar depois do que havia feito o fazia se sentir tenso e levemente enjoado.

 

— Seus amigos não sabem? - Ben franziu o cenho.

 

— Só os deixaria mais preocupados...

 

— E seu chefe não entende que também precisa estudar? Que a situação do cara não é culpa sua?

 

A garota riu.

 

— Unkar? Por favor, ele não tem pena nem dos que trabalham pra ele desde o início da oficina, que dirá de alguém como eu.

 

O nome o atingiu como um soco no estômago, misturado com a tensão e medo crescente em seus ombros conforme se aproximavam de um local já conhecido pelo rapaz. Quando viraram à direito no beco, Ben hesitou por um momento, reconhecendo o lugar onde, sem piedade, havia ordenado e participado de uma agressão a um homem indefeso. Andou timidamente ao lado de Rey e seu coração falhou uma batida quando ela pendurou a bicicleta no suporte ao lado do velho trailer e tirou as chaves do bolso para abrir a porta do veículo.

 

— Então… É aqui onde eu moro - disse a garota, comprimindo os lábios.

 

Ben gaguejou por um momento.

 

— D-Deve ser confortável… - respondeu ele, por fim, não sabendo o que dizer.

 

— Obrigada por… você sabe - Rey gesticulou um pouco, seu rosto corando levemente. - Por me acompanhar.

 

Ele fez um gesto positivo com a cabeça, as mãos socadas dentro dos bolsos. Ben estava claramente desconfortável e nervoso com a situação, Rey supôs que fosse por acompanhá-la. Em parte era verdade, mas as outras preocupações de Ben contribuíam para isso. O rapaz virou-se para ir embora. Ela não tinha o visto naquela noite. Se tivesse, e se soubesse, Ben também saberia e ele não estaria ali, levando-a para casa. De repente, ele se sentiu ainda pior.

 

— Escuta… - Ben deu meia volta, não controlando a ideia absurda que havia passado por sua mente. - Se você quiser, eu… Nós! Nós podemos vir pra minha casa… Ou pra sua! Claro, se você quiser e se sentir mais segura. Pelo menos você não precisa se preocupar em sair da escola tão tarde.

 

Os segundos em que a garota ficou em silêncio foram os mais torturante de sua vida, ele se repreendeu mentalmente e a única coisa que queria fazer era sair dali o mais rápido possível. Ele já havia começado a mudar de ideia e a pedir desculpas quando Rey se pronunciou.

 

— Tá bem - Rey concordou, seus brilhantes olhos verdes encarando os de tom castanho do rapaz. - Pode vir se quiser, ou eu posso ir… Eu não sei.

 

Ela riu, um pouco envergonhada. O rapaz assentiu, dando uma risada tímida e se despediu com um aceno. Quando Ben virou a esquina, extremamente embaraçado e ainda processando o que havia acabado de dizer, Rey entrou em sua modesta casa. Ela riu consigo mesma, um pouco por causa do embaraço rapaz, e não conseguiu controlar a arritmia em seu peito quando pensava naquele absurdo, porém singular, momento.


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Notas finais do capítulo

Olha, com esse capítulo já estamos nos aproximando da metade da história e ainda tem bastante coisa pela frente! Espero que continuem acompanhando e se engajando na história!

Até a próxima! ♥



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