Amor Perfeito XIV escrita por Lola


Capítulo 71
Desconfianças


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥
*foto citada no capítulo.



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Alice Narrando

Houve um mal entendido que eu não estava nem um pouco afim de desfazer. Kevin pegou Orlando e eu trancados no quarto e fez suas próprias conclusões. Claro, parecia mesmo tudo muito óbvio. Mas não era. Como eu já havia mencionado antes, o garoto tinha tanto cuidado ao me beijar, até parece que ele encostaria em mim.

— Eu disse para não deitarmos juntos. – ele falou com medo após Kevin sair do meu quarto.

— É melhor você ir. Desculpa por isso e por ter vindo atoa.

— Não foi atoa, pelo menos eu te vi. – nos despedimos rápido antes que o louco desse mais um surto. Durante toda a semana eu dei um gelo nele e mesmo assim ele continuou se achando certo.

Chegar em casa foi cansativo. Os meus pais queriam saber de tudo e perdi muito tempo contando que sim eu estava me alimentando bem e não havia tido nenhuma conexão na escola que eu já considerasse uma amizade.

 - Oi? – estranhei Ryan estar me procurando em minha casa. Eu o estava atendendo mais tarde naquele mesmo dia. Antes disso eu me encontrava na sala com os meus pais.

— A gente precisa conversar. – pelo seu tom de voz e jeito de olhar vi que era sério.

— Aconteceu alguma coisa? – meu pai perguntou se levantando do sofá.

— Ah, não. – me apressei. – Deve ser alguma ordem. Sabe que nosso grupo de amigos sempre teve alguma figura de líder. Por muitos anos foi Arthur, com toda transformação de Kevin ele tomou esse posto e agora... – estendi a mão direita para o garoto a minha frente. – É esse ser que estão vendo.

— E como você conseguiu subir de nível assim de forma tão grandiosa? – minha mãe perguntou e acho que ela se divertia com aquilo.

— Foi decisão do Kevin. – ele respondeu ficando mais impaciente que já era.

— Ah tá. Boa sorte então em tentar dar ordens a alguém como Alice. – eles saíram e nos deixaram sozinhos.

— Estou sabendo da sua briga com Kevin. Murilo contou a Arthur que me ordenou a resolver isso.

— Ue, mas o mediador da paz e da união não é ele?

— A única coisa que ele anda mediando... – suspirou. – Vamos parar de palhaçada? O Kevin sempre fez e faz tudo por você. E se ele tá chateado é porque com certeza você deu motivo.

— Ele quer mandar em minha vida assim como meu pai, meu irmão e o Arthur.

— Alice ele não quer. Eu conversei com ele e ele disse que por ele tudo bem você... – ficou com vergonha. – Você sabe. Ele só não quer presenciar isso, ele acha sacanagem da parte dele com o irmão. Sabe como os dois são ligados.

— Agora a minha vida íntima vai virar assunto entre vocês? – abri a boca espantada.

— Ele só contou porque eu insisti. Eu precisava saber do que se tratava a briga para conseguir resolver.

— Não tem como resolver Ryan. Estamos os dois chateados um com o outro. E isso vai custar a passar.

— Tá bom. Eu não tenho dom para lidar com esses dramas. – ele desistiu rapidamente. Dei uma risada alta.

— Pelo menos você tentou. – nos levantamos juntos.

— Agora vou fumar um maço de cigarro e esquecer disso tudo. – ri mais ainda.

A noite fui me encontrar com todos. O clima era leve e divertido, nada parecido com a forma como eu estava por dentro. Fiquei mais perto das meninas, apesar de estarem todos juntos. Orlando não estava entre a gente. Preferi me encontrar com ele depois. Queria evitar qualquer possível estresse, já que eu já estava um pouco fora de mim.

— Acho mesmo que Rafael devia sair com a gente, esses olhos azuis e esses bíceps iriam fazer sucesso com a mulherada. – Nicolas comentou olhando o loiro.

— Você tá com o Arthur. Não existe no mundo alguém que chame mais atenção que ele. – ele discordou. Evitava olha-los, mas ouvia a tudo de forma atenta.

— Existe. O Murilo. Não sei o que aquele imbecil tem. – meu ex namorado se colocou em segundo lugar.

— Ele já disse, é o jeitinho fofo e safado ao mesmo tempo. Você não é fofo Arthur. – Ryan o provocou.

— Mesmo sem ser já fui otário. Imagina se fosse. – o olhei no mesmo instante. Por ele antes estava tudo bem, agora ele iria agir como se eu fosse uma vadia sem coração.

— Fala para o seu irmão parar de me mandar mensagens. Pelo menos enquanto eu estiver aqui. – Kevin disse baixo chegando bem perto de mim. – Eu não estou aguentando mais ter que ter medo de Rafael pegar meu celular e uma mensagem chegar.

— O meu irmão não é seu amante para que ele tenha que agir assim. – olhei em seus olhos. – É a segunda vez que você o trata como um nada. Pra que disse então que ele podia te ligar e estar em contato se não podia?

— Ele pode! Só que o Rafael não vai entender isso. Então eu prefiro que seja longe dele.

— Eu nunca vou entender a forma como você o humilha e ele ainda aceita. – ele ficou calado. Sabia que era a mais pura verdade. – Não devia ter dito a ele que podia... – parei de falar. Respirei fundo. – Sabe que ele ainda te ama Kevin. – me desarmei e olhei em seus olhos com a mais pura tristeza.

— Ele nunca vai me esquecer?

— Tem que perguntar isso a ele, não a mim.

— Os dois já voltaram a paz? – o namorado dele chegou o agarrando.

— Se você chama de paz uma simples conversa. – sai de perto deles.

— Você realmente vai deixar isso passar? – Otávia perguntou me mostrando uma imagem de Arthur. Pelas expressões das garotas, parecia que todas elas já haviam babado vendo a foto dele.   

— Quem fez isso? – perguntei ao ver que ele tirava a camisa na academia.

— Vai saber. Viralizou. O Arthur é um ícone nessa cidade.

— Ícone de beleza e gostosura né? – Soph perguntou sorrindo. – Alice é muito tonta mesmo.

— Nem tudo é aparência né? – perguntei de forma séria.

— Se fosse só isso. – Larissa saiu em defesa dele. – Ele é educado, gentil, respeitoso, honesto e ainda por cima querendo ou não ele é milionário né Alice? Por mais que ele não ligue pra isso. E ligando ou não isso tá bem claro dos pés a cabeça dele.

— Você também é ue... O seu pai também é dono do hotel. – franzi a testa.

— E você também. O seu também é meu amor.

— São tantos donos que sobra dinheiro assim mesmo? – Aline perguntou fazendo Otávia rir.

— Isso tanto faz. É que estamos falando dele. – Lari se defendeu.

— Do jeito que você fala parece até que está apaixonada. – falei inocentemente. Todas ficaram em silêncio.

— Eu tenho namorado. E se você não enxerga as qualidades do seu ex é porque é uma idiota. – se levantou e saiu.

— Eu vou embora sabe? Pra mim isso aqui já deu. – falei respirando profundamente. Que noite mais chata.

Voltamos pra casa domingo no fim da tarde e o caminho de volta não foi muito diferente do de ida. Assim que chegamos em casa eu sai de perto dele, era o que eu mais queria fazer naquele momento.

A semana foi passando arrastada e chata. Se antes tudo era novidade pra mim, agora após um mês estava começando a ficar robótico. Era aniversário de Arthur e Kevin conversava com ele por chamada de vídeo na sala. Eu e ele ainda mal nos falávamos. Isso era horrível. Estava começando a me sentir triste e pensando de verdade em voltar pra casa.

— Posso entrar? – ele perguntou da porta do meu quarto.

— Entra. – respondi sem olhar pra ele. Havia feito um lanche pra mim e comia sem prestar atenção no que ele iria dizer.

— Como você sabe hoje é aniversário do Arthur... – não consegui conter a vontade de interrompê-lo.

— Eu sei. E eu liguei pra ele para parabeniza-lo. Mas ele não quer nenhum contato comigo. E mandou uma mensagem pedindo que eu não fizesse isso novamente.

— Tem que entender que ele quer te esquecer. Então isso é a melhor opção.

— Não podemos nem ser amigos? – agora o olhei.

— Por enquanto não Alice. – suspirou. – Mas bem... Ele me pediu uma coisa. E eu não pude recusar. Ele quer que eu me desculpe com você. E por mais que eu ache que não esteja errado, vou fazer isso... Desculpa por ter avançado no seu amigo. Desculpa por invadir sua privacidade. E desculpa por ser incompreensivo.

— Se você acha que não está errado de onde tirou tantas desculpas?

— Foi ele que me disse. – encarei meus pés. – Ele tá convicto que fui e fiz isso tudo, então... De qualquer forma, me desculpe. Entendo se quiser continuar aborrecida comigo. Talvez eu esteja errado mesmo e só não consiga enxergar. – olhei em seus olhos e percebi que ele estava triste.

— Você e Rafael brigaram?

— Não. Estamos melhor que eu pensei que poderíamos estar. Ele até... – parou de falar. – Bom... Vou deixar você comer. – não era com o namorado. Era por causa de nós dois que ele estava daquele jeito. Assim que ele virou as costas deixei meu prato na cama e pulei em suas costas, ficando com os braços em seus ombros e as pernas agarradas em seus cintura. Ele se assustou e quase me deixou cair.

— Eu quero saber o que Rafael fez. – falei em um tom animado. – Eu imagino que seja algo bem expressivo para você tá impressionado. – ele me segurou e me tirou de cima dele, se virou e me olhou. Comecei a falar antes que ele viesse com mais alguma coisa. – Você é tão inteligente e esperto Kevin, como achou que eu fiz alguma coisa com Orlando? – levantei as sobrancelhas.

— Você estava... – o cortei.

— Chega desse assunto. E você sempre levantou a bandeira que era pra eu me libertar e não sei mais o que...

— Com o ARTHUR. Não com aquele imbecil que... – mudei o olhar para séria.

— Não interessa. Você faz o que acha melhor. É isso que tá me machucando. Você não leva em consideração o que eu penso. Você não se importa comigo.

— Você está sendo levado por sua ligação com Arthur. Eu sei o quanto vocês dois são ligados. Se eu namorasse Yuri talvez não fosse tão forte assim pra você. Vocês dois tem uma coisa muito intensa. Não sei se é por toda história de tê-lo odiado tanto por tantos anos, depois esse ódio se transformou em um amor desigual. Kevin se o Arthur te pedisse até pra terminar com Rafael você terminava. Sabe disso.

— Você tá destruindo meu irmão completamente e eu ainda estou aqui com você. Eu sei que eu tenho isso com ele, mas... Meu repúdio é mais por preocupação com você que por amor a ele.

— Eu não acredito. E vamos parar de falar disso. Só fica tranquilo, não aconteceu nada. E quer saber? Tá muito longe de acontecer. Mas também não vai ser com Arthur e se contente com isso.

— Só quero que você e ele sejam felizes. Vem cá. – me puxou e me abraçou. – Ficar com raiva de você é horrível. – dei uma leve risadinha. Pelo menos eu havia me resolvido com ele e isso já era algo muito bom.

Murilo Narrando

Adam me chamou pra sair. E eu lembrei da última vez que saímos. Eu não me recordo de uma ocasião em que eu me arrependi tanto. Fomos a uma boate gay e eu fiquei com alguns caras. E quando eu digo alguns é porque o número fugia da minha capacidade de ser contabilizada. Mas aqui estava eu. Com ele. De novo.

— Paty é uma namoradinha bacaninha, ela te deixa sair sozinho em um sábado a noite. – falou e riu.

— Ela não é minha namorada. Não ainda. – sorri.

— O que está faltando para entrarem um relacionamento? Já vivem juntos.

— Ah, ela quer ir devagar. E eu estou seguindo o ritmo. – reparei em um cara que não parava de me olhar. – Adam hoje vamos pegar leve tá?

— Fale por você. Eu pretendo ir a uns três motéis diferentes. – deu aquele sorrisinho de safado. – A vida é curta Murilinho.

— Vou nem falar nada.

— Por que você e ela não tem um relacionamento aberto? Não seria bem mais fácil?

— Eu não gostaria de saber que ela sai com outros caras.

— Ela pode estar saindo nesse exato momento. – o encarei com raiva. – Tá bom. Não vou estragar a noite.

Até que aquele sábado foi bem tranquilo. Fiquei um pouco alterado e tentei ligar para Kevin. Acho que o passe livre que ele me deu estava indo longe demais pra mim. Foi mais ou menos como estar proibido de algo e ter isso... Eu não sabia lidar muito bem. O celular dele estava desligado. Menos mal, porque lembrei depois que ele estava em Torres e eu não queria arrumar problemas pra ele. Senti que ele me evitou naquele fim de semana. Na verdade, ele sequer me respondeu e me atendeu. 

— Eu liguei pra vó Isa e sua mãe me pediu pra eu colocar juízo na sua cabeça. – falei na chamada de vídeo com Arthur. – Ela acha mesmo que você me escuta né?

“É claro que eu escuto. Você é meu primo e eterno cunhado, esqueceu?”— sorrimos juntos.

— Cara você tá passando dos limites. Estou sabendo das farras e bebedeiras.

“Nada que você nunca tenha feito na vida. E olha que eu sou mais velho.”

— É... – dei um sorriso de lado demonstrando culpa. – Como você está?

“Levando. Uma hora eu vou estar bem.”

— Queria estar em Torres para te ajudar. Você sabe que não concordei com ela nisso.

“Ninguém concordou na verdade. Mas ela tem que seguir a vontade dela. E você, como estão as coisas por aí, faz tempo que não me liga. Antes era todo dia.”

— Tá tudo bem, só estudando mesmo, ás vezes saindo... Nenhuma novidade.

“E a garota das fotos?”— deu um sorriso animado.

— É.. – suspirei. – É quase isso. – sorri amplamente.

“Arthur cadê a...”— Rafael chegou na sala e me viu no celular. – “Oi Murilo.”— sua voz mudou completamente. Até quando ele iria achar que eu era um inimigo?

— Oi Rafael. – falei apenas.

“Depois que desligar vai lá no meu quarto.”— ele saiu bem rápido.

— Qual é o problema dele? – perguntei em um tom de voz mais baixo.

“Ele é inseguro com tudo relacionado ao Kevin Murilo. Com você não seria diferente.”

— Vou desligar e deixar você resolver seja o que for com ele. A gente se fala. Eu te ligo. – nos despedimos e eu fiquei pensando no quanto Rafael era tolo.

Estava evitando ir ver Gardan para não me encontrar com Eliot. A última vez que nos vimos foi quando eu decidi ficar apenas com Paty. Mas já fazia algumas semanas e ele estava me cobrando muito, então pedi a ele para me dizer quando era a folga de Eliot e eu iria nesse dia.

— Oi. – falei ao trombar com ninguém menos que o meu ex namorado. – Pensei que estivesse de folga hoje.

— Eu estou. Só vim buscar uns ingressos que esqueci em meu armário... – olhou para o outro lado da rua. – Vou lá, meu namorado tá me esperando. – saiu me deixando boquiaberto.

— Você não é nativo, mas acho que na língua dele ele disse que superou. – Adam disse e riu.

— Não sei o motivo de eu me espantar. Eu sou bem fácil de ser superado. Tá aí o Kevin que não me deixa mentir.

— Acho que a doidinha não te superaria tão fácil. – o encarei com raiva pelo termo que eu já disse que ele não deveria usar. Ao mesmo tempo que Adam conseguia ser um ótimo amigo ele me irritava profundamente.

Larissa Narrando

Havíamos todos saído para comemorar o aniversário de Arthur, mas como com ele agora a noite nunca mais tinha fim, depois ele foi para outro lugar com os irmãos e Danilo. Certamente ele me ligaria mais tarde. Isso estava ficando rotineiro.

— Obrigado por vim mais uma vez. – agradeceu quando era de manhã e ele me viu deitada em sua cama de frente pra ele.

— Pra que você sai se não adianta? Se depois você tem que ficar chorando e se lamentando comigo?

— Vou chamar Otávia da próxima vez, prometo.

— Não estou dizendo que me incomoda Arthur. Só quero saber o motivo de você continuar agindo assim.

— É pior se eu não fizer. – se deitou de barriga pra cima e respirou fundo. – O seu pai não percebe quando vem pra cá?

— Não. Sophia me acoberta. Mas... Ela é uma caixa de surpresas. Nem sempre posso contar com ela.

— Eu não quero te complicar. – se virou de lado e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. – Vou chamar Otávia de hoje em diante. Era para eu ter feito isso desde o início.

— Não fez porque não é com ela que você quer estar. – desviei o olhar. – Tá tudo bem Arthur. Posso te fazer uma pergunta que significa muito pra mim? – concordou. – O que vai fazer quando Alice voltar correndo arrependida pedindo pra voltar? Terão filhos e vão passar a vida juntos? Ainda é a sua vontade?

— Por que quer saber?

— Não tá claro? É tudo óbvio demais. – balancei a cabeça suavemente. – Conheço essa expressão em seu rosto. Sei que não quer falar disso. Mas isso aqui é legitimo.  

— Se isso aqui não chegar a acontecer, apenas saiba que ela não tem nada a ver com isso. Não faço mais nada pensando nela. Só em mim.

— Devo ser muito iludida, porque eu senti firmeza em sua fala.

— Vou tomar um banho, depois você toma café comigo. Pode ser? – concordei e fiquei admirando aquele corpo perfeito andando pelo quarto. Quando fomos para a cozinha que era aberta com a sala vimos Rafael conversar com o namorado por chamada de vídeo. Parece que eles faziam isso o tempo todo.

— Fabiana? – Arthur perguntou surpreso ao ver a garota atravessando a porta e entrando.

— Eu a chamei. – Rafael falou do sofá. – Precisava de reforços.

— Acho que tem outro motivo para ela aceitar ter vindo, mas tudo bem. – ele comentou indo de encontro a garota.

— Por que vocês terminaram? – ela questionou após abraça-lo.

— Ela quis outro cara e acabou dormindo com ele. – respondeu e Rafael o encarou.

— Arthur! – o loiro chamou sua atenção. Depois olhou para seu celular. Tudo indicava que Alice estava perto de Kevin e havia escutado tudo.

— Alguém tá preocupado e não sou eu. – ele respondeu sem dar a mínima para o amigo que saiu da sala e foi para o quarto.

— Não precisava disso né? – Fabiana chamou sua atenção.

— Não começa logo cedo. – ele resmungou e voltou pra cozinha.

— Bom... – me levantei da bancada. – Vou indo. Agora você já tem outra companhia, estou mais tranquila. – abracei Fabiana a cumprimentando.

— Pode deixar que eu vou cuidar dele. – me despedi deles e fui pra casa. Onde Alexandre me esperava logo cedo. Sophia havia mentido que eu fui comprar algo pra comer, mas como eu cheguei sem nada e também não sabia, foi difícil sustentar a mentira.

— Por que você me esperou? – questionei tentando não ficar nervosa.

— Devia ter ido ao hotel né? É lá que eu te encontraria! Você está passando todas as madrugadas com ele Larissa. Desde quando estão tendo um caso?

— Tá louco? Não aconteceu nada. Só fui lá porque ele estava muito mal. Alexandre ele ama a Alice e não tem a mínima chance de isso acontecer.

— Seja sincera comigo. O que tá rolando entre vocês dois? – ficamos nos olhando por algum tempo. Não podia admitir que me sentia atraída por Arthur, ele terminaria comigo sem pensar duas vezes. E como isso realmente nunca chegaria a acontecer, eu tinha que mentir.

— Sempre fomos amigos. E agora ele sentiu que pode contar comigo mais que com a irmã ou com a... Aline por exemplo. A Fabiana é amigona dele e seria o ideal, mas ela mora longe. Ela até veio pra cá agora ajuda-lo.

— O mundo tem que parar porque Arthur está deprimido, sofrendo por amor. – o olhei com indignação.

— Se você precisasse ele seria a primeira pessoa a te ajudar. Sabe o quanto ele é altruísta e bondoso. Olha Alexandre eu vou dormir, a gente se fala depois. – selei nossos lábios e fui para o meu quarto. Antes de me deitar vi que Ryan convocou todos a estarem na casa da vó Isa de tarde. Cansada do jeito que eu estava não sei se eu iria.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã ♥



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