Amor Perfeito XIV escrita por Lola


Capítulo 69
Distanciamento necessário


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥
*perdão se houver erros, não revisei direito, nem a foto que eu queria coloquei, estou sem tempo e preferi correr pra postar pelos dias sem post♥



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Alice Narrando

Estava deitada na cama de Kevin agarrada aos travesseiros. Meu choro foi interrompido por sua entrada. Ele colocou a mão no peito e fechou a porta vindo correndo se sentar ao meu lado.

— Alice. – o olhei. – Você fez alguma coisa?

— Talvez eu tenha... – comecei a falar com a voz mole. – Invadido o quarto da sua mãe... Ela tem muitos problemas... – minha voz agora quase não saia. Ele me pegou com precisão e levou ao seu banheiro. Senti seu dedo em minha garganta e comecei a vomitar.

— O que você está enfrentando não resolve assim. – ele falou enquanto parecia que eu ia expelir a minha alma.

— Não tomei tanto remédio assim. Para. – tentei afasta-lo.

— Não. Só está entorpecida. – praticamente gritou.

— SAI. – o empurrei com mais força.

— Você tem que vomitar. – se sentou ao meu lado. – Por favor, Alice não complica as coisas.

— Já vomitei demais. – voltei a chorar como fiz nas últimas horas.

— Não tinha nem quinze minutos que você os tomou né? – concordei tampando minha boca. – Se fosse meia hora nada poderia ser feito e você estaria em um hospital agora fazendo lavagem estomacal. Tem noção disso?

— Não tomei mesmo muito remédio. Eu só queria... Não sei.

— Tá me lembrando Rafael que outro dia quis dormir e também deu um jeito. Vocês são inconsequentes, idiotas e insensíveis. Nem pensam nas pessoas que se preocupam com vocês. O seu pai está desesperado Alice. – ele pegou o celular e mandou alguma mensagem que devia ser pra ele. – Agora você vai tomar um banho e eu vou pegar uma escova de dente nova pra você. Continue aí eu volto agora.

Assim que ele voltou me entregou a toalha dobrada e a escova. Depois olhou para a banheira e eu segui seu olhar.

— Sinto muito, vai ter que tomar banho na ducha e comigo no banheiro. Não confio em você agora. – fiquei em silêncio e me levantei com a ajuda dele. – Consegue ficar em pé?

— Consigo. – resmunguei. – Eu amei esse vestido e agora ele tá todo sujo.

— Vou pedir para o Rafael trazer uma roupa sua. Por enquanto você veste uma minha. – tirei o vestido pela alça.

— Não conte desse momento para o Arthur, se ele souber que me viu nua é capaz dele te matar. E eu falo sério.

— Anda. – apontou com a cabeça para o chuveiro.

— Você sempre o defende né? – se encostou à pedra ao lado da porta de vidro.

— Vamos ter essa conversa depois que você descansar. – fechei os olhos e deixei a água cair. Não queria pensar em nada, pois pensaria em coisas ruins então procurei me entreter.

— Seu sabonete é muito cheiroso, seu shampoo também. – ele evitava me olhar desde o instante em que tirei a roupa. – Pode olhar pra mim Kevin, não me importo. Mesmo.

— E eu não me importo se você se importa. É questão de respeito.

— Quem diria. O malvado Kevin se transformaria nesse ser impecável.

— Eu não sou impecável. – suspirou.

— O que foi? – percebi que ele estava com algum problema. – Não está me desejando né? Por mais que eu adorasse reviver nossa história, agora acho que já não dá mais e nem tem clima pra isso. – me deu um de seus olhares de deboche. – Sabe que estou brincando.

— Bom momento de brincar, logo após o que você acabou de fazer.

— Diz Kevin, o que tá te afligindo. – ele ficou calado. – Hum... Algo me diz que começa com Dan e termina com ilo. Acertei? – nos olhamos.

— Odeio ficar no escuro. E nesse momento posso estar completamente errado sobre ele, mas também... Eu não sei. – respirou profundamente. – Isso me abala de tal forma que você não imagina.

— Posso dar minha opinião?

— Grogue do jeito que ainda está?

— É bom que é mais sincera ainda. Eu acho que você se abriu demais pra ele, você foi você mesmo e se identificou de uma forma que não se identificou com ninguém na vida, nem mesmo meu irmão. E isso é diferente pra você. Ao se deparar com a chance de ele sentir algo você ficou decomposto porque não queria perder essa amizade inigualável. O que te chateia ainda mais é que você não fez nada pra isso acontecer. E, além disso, você quer tanto descobrir porque no fundo sente esperança de ser apenas sentimento de amizade da parte dele. Eu estou certa porque eu te conheço muito bem.

— Chega. – entrou e desligou o chuveiro passando a toalha em volta do meu corpo. – Se seca e vai se vestir. – obedeci vagarosamente. Sentei em sua cama e fiquei passando a toalha firmemente em meu cabelo. Ele abriu a porta, falou algo com alguém e depois entrou novamente.

— Que isso? – questionei olhando sua mão.

— Chá de hortelã para o seu estômago. E assim que tomar vai se deitar e dormir.

— Quem te entregou isso? Não é seu pai né? – ficou me olhando com cara de paisagem.

— Pedro. Eu mandei mensagem a ele pedindo e pode tomar tranquila, ele adoça do jeito certo.

— Tem jeito certo de adoçar? – peguei a xicara e provei. Parece que não havia só hortelã naquele chá porque eu me senti ainda mais sonolenta e acabei dormindo. Quando acordei ele estava lá sentado na poltrona olhando pra mim.

— Bom dia bela adormecida... Aliás... – olhou para a janela do banheiro. – Boa noite ainda se preferir.

— Quantas horas são? – tentei me sentar e me encostei na cabeceira da cama.

— Três e dezoito da manhã. Rafael trouxe suas roupas. Seu pai e sua mãe já vieram te ver, ele queria te levar dormindo para o carro dele pra que fosse pra casa e dormisse em sua cama, mas sua mãe o convenceu que era melhor ficar.

— É. Ela o convence de qualquer coisa. – resmunguei.

— Como se sente? – massageei a testa.

— A minha cabeça tá doendo um pouco... Minha garganta também. – o encarei. – Você não devia ter feito aquilo.

— Dá próxima eu deixo você se dar mal.

— Não vai haver próxima. Aquilo... Não fiz querendo mesmo que acontecesse algo...

— Podia ter acontecido! – exclamou extremamente sério.

— Mas você me salvou. – falei pausadamente e baixinho. – Você vai ser um ótimo médico. – sorri.

— Espero não ter que atender adolescentes como você. – suspirou. – Não pelo que fez e sim pelo que tem, eu espero que ninguém mais tenha isso.

— Não tem. – baixei o rosto dando um suspiro triste. – Se não fosse você hoje talvez ninguém me achasse e... – ele veio se sentar na cama e pediu que eu não continuasse. Juntamos nossas mãos enquanto ele se preparava para falar alguma coisa.

— Se não fosse o Arthur eu não teria vindo. Ele é que disse que você estaria aqui. – soltei minha mão da dele. – Eu sei que acha que ele está sendo injusto com você... Bom... É, ele até está sendo. Mas não é por ciúme. É de propósito. Ele tá com ciúme sim e ele viu que não vai conseguir te ajudar se sentindo assim, então ele quer fazer você e sua família o odiarem, assim vocês se afastam e você passa ainda mais tempo com Orlando sem que ele possa incomodar.

— Isso tudo é culpa do seu pai. Vocês têm essas manias de joguinhos e de fazer as coisas de uma forma bastante desnecessária.

— É necessário Alice. No momento ele só tá atrapalhando. E saiba que tudo que ele faz ele faz por você, pra te ajudar. E agora você precisa estar com Orlando, não com ele e nem perdendo tempo com o ciúme dele.

— Ele te contou isso?

— Não, eu entendi um pouco antes de você sumir. Ele não sabe que estou te contando e com certeza me mata se souber.

— Então por que tá me contando? – franzi a testa.

— Você precisa saber. Esse momento difícil que vocês estão atravessando é passageiro. Não dê a ele o que ele quer, independente do esforço que ele faça. Se afaste, mas não o esqueça.

— Qual o motivo de você achar que é passageiro?

— Eu não acho, eu tenho certeza. Você não vai ser dependente daquele babaca por muito tempo, sua médica tem que achar uma solução.

— Kevin... – me aproximei e me encostei em seu braço. – Por que é sempre você que me salva?

— Tenho um dom pra isso. – começou a fazer carinho em meu cabelo. – Alice... – o olhei. – Lembra que eu te disse que não iria ir estudar por sua causa? – concordei. – Mudei de ideia justamente por você, o seu problema me deixa com mais vontade de estudar ainda. Mas agora estar longe não me parece uma boa ideia.

— É só me levar com você. – me agarrei a ele. – Meu pai te ama, ele vai deixar. E ele convence minha mãe. O poder de convencimento é mútuo. – ficamos nos olhando. – Deve ter alguma escola boa perto do campus da faculdade. Vai Kevin.

— Vou pensar. Não sei se dou conta de estudar e cuidar de você ao mesmo tempo.

— Como se eu precisasse de muito cuidado. – torci o nariz e cruzei os braços.

— Não. – riu. – Só age como uma criança às vezes e agora... – suspirou. – Você não vai mais fazer isso, vai?

— Eu já disse que não.

— E eu não estou nem um pouco convencido. – olhou em meus olhos. – O seu irmão me ligou. – esperei que ele continuasse. – Parece que sua mãe o culpou.

— Nossa! – exclamei de uma forma assustada. – Eu sei que eu reclamo o tempo todo da falta que ele me faz e do distanciamento dele, só que a minha mãe não podia ter feito isso. Ele deve estar... – parei de falar sem querer imaginar o estado do Murilo.

— Eu o acalmei. – me olhou por um tempo e desviou o olhar. Puxei o ar e soltei lentamente.

— Correndo o risco de você me detestar pelo que vou dizer... – me interrompeu.

— Eu nunca te detestaria. – sorriu.

— Noto o poder de convencimento mútuo dos meus pais em você e Murilo. – falei delicadamente. – Se você quer que ele fique calmo, ele fica e ele consegue qualquer coisa de você também. Tá, eu sei que o Rafael é seu amor e que vocês dois vão se casar um dia, mas eu não tinha como não dizer isso.

— Não sei se vamos mesmo chegar a nos casar. – baixou os olhos.

— O que foi?

— Ele desconfia de tudo o que faço. Quer mexer em meu celular sempre. Ninguém pode se aproximar de mim. É loucura achar que vai dar certo a distância.

— Poxa Kevin, não sabia que você havia desanimado assim.

— Eu até o entendo. Quando eu namorava Murilo eu pensava muito em quando não estivéssemos mais no abrigo, pois sabia que ele iria sumir e aqui fora não teria ninguém para dar informação sobre ele como eu tinha lá dentro. Sei como é querer saber da pessoa o tempo todo. Só que eu dou essa satisfação a ele.

— Ele ter desconfiança de você é até um pecado. – balancei a cabeça.

— Acho que isso que dizer que sou confiável. – sorriu me olhando.

— A gente sabe que sim. – deitei em seu ombro agradecendo mentalmente por tê-lo ao meu lado e pedindo a uma força superior para iluminar meu caminho fazendo com que eu fosse ficar com ele na capital. Não seria tão difícil fazer isso acontecer, eu viria para as minhas consultas periódicas e manteria todos os deveres que os meus pais me obrigariam a fazer de forma correta, sem falhar com nenhum. Iria obedecê-los, pois sei que caso acontecesse o contrário, eles me mandariam ir embora no mesmo minuto.

Murilo Narrando

 Passei o dia todo sentindo uma sensação horrível. Um aperto no peito e uma angústia muita grande que me tirava a paz. A última vez que senti isso tive uma crise, então eu já estava mais que preocupado. Só que sem motivo algum comecei a pensar em Alice. A gente tinha uma conexão de irmãos que fazia com que sempre um sentisse quando o outro estava verdadeiramente mal. Sempre foi assim. Lembro de quando meu pai me levou para a casa do meu avô materno quando criança, ela sentiu esse mesmo aperto no peito e todas essas sensações. Sinto que éramos pra ter sido gêmeos. Só pode.

Liguei para a minha mãe e ela estava no auge do desespero. Não me recordo quando foi a última vez que a vi assim. E eu não devia ter ligado. Pelo menos não naquele momento. Ela disse coisas muito cruéis, foi bem dura comigo e me contou que Alice havia ameaçado se matar e a culpa era toda minha por ela estar se sentindo magoada pela pessoa que mais amava na vida, no caso eu.

Meu pai tentou amenizar as coisas, brigou com ela e pediu pra eu não me sentir responsável por isso. E mandou que eu ficasse tranquilo, pois Kevin estava cuidando de tudo. Sempre ele.

“Olá.”— olhar seu rosto e ouvir sua voz em minha imaginação seria bem menos impactante. – “Não vou acender a luz, sua irmã está dormindo.”

— Tudo bem, dá pra te ver. Liguei mesmo por causa dela. Como ela está?

“Bem. E pelo seu rosto você já sabe de tudo.”

Tentei responder, mas a minha voz insistia em ficar presa, por mais que eu me forçasse para falar. Ele não desviava seus olhos do meu e eu podia estar maluco, mas senti um conforto inigualável em seu olhar. Grande ao ponto de me deixar levar pelas minhas emoções e começar um choro sentido e angustiante.

“Olha”— ele virou a câmera. – “Ela tá bem.”— vi Alice deitada dormindo profundamente. Assim que a imagem voltou a mostra-lo ele deu um pequeno sorriso acolhedor. – “Não fica assim. Tudo não passou de um susto. E não vai mais acontecer.”

— Minha mãe disse que a culpa é minha. – acho que meu choro ganhou proporção e intensidade.

“Murilo ela sente a sua falta, mas não é isso. Alice tá se sentindo afogada com a regressão dela. Ninguém é culpado.”

— Eu sei que tenho que ir vê-la, mas... – eu não o olhava. A razão de evitar ir a Torres era ele e o namoro dele e ele sabia muito bem disso. Além principalmente de ter o maldito pai dele que me causava arrepios só em pensar nele.

“Vou me mudar pra capital para estudar, o que você acha dela vim comigo? Ela me pediu isso, porém eu não sei se é o melhor pra ela.”

— Ela estava muito chateada por você ter que ir. Acho que ela vai melhorar se ficar ao seu lado, sem você estar... Com o seu namorado... Porque sei que ele toma todo o seu tempo e energia.

“Você me conhece bem mesmo.”— deu o sorriso que eu tanto amava. – “Vou cuidar dela Murilo, não se preocupe.”

— Será que algum dia ela vai entender os motivos de eu ter ficado tão distante? – desviou o olhar demonstrando o quanto a minha fala mexeu com ele.

“Ela entende. Só não consegue se importar nesse momento. Não fica se torturando por isso, você já tem torturas demais.”— enxuguei o meu rosto e passei a mão em meu cabelo.

— O que foi? – questionei ao perceber seu olhar fixo.

“Como consegue ficar ainda mais lindo?”— senti meu rosto queimar.

— Tá fazendo isso pra que eu esqueça o que ouvi da minha mãe.

“Poderia ser. Mas não é. É uma dúvida que eu acho que eu vou levar comigo para o caixão.”— sorri.

— Não posso concordar com você. Rafael inclusive é mil vezes mais lindo que eu... Ele é perfeito.

“Você já viu o pé dele?”— comecei a rir da forma como ele falou. – “Tira da cabeça que é culpa sua, me promete que vai fazer isso? Sua mãe só estava desesperada e culpou o primeiro que apareceu. Ela teria feito o mesmo com Arthur se ele não tivesse se escondido.”

— Escondido? – era mais uma das artimanhas dele. Ele me distraiu, elogiou, me acalmou e agora trouxe um assunto que ele julga mais importante que o meu dilema. Ele queria que eu me concentrasse naquilo. Eu o conhecia como a palma da minha mão, aliás eu o conhecia até melhor que ela.

“Os dois não estão muito bem.”— deu um sorriso triste. – “Imagino que ela já tenha comentado contigo. O fato é que o Arthur quer que os dois se afastem, ele acha que vai ser melhor pra ela.”

— Ele é idiota? Primeiro foi ela e agora ele. Esses dois são imbecis? – deu uma risadinha que me fez esquecer minha revolta momentânea.

“Não fique tão bravo, vai fazer mal a sua pele linda e sem rugas.”— de novo fiquei corado.

— Kevin... – ficamos nos olhando. – Não deixa ela fazer nenhuma besteira. Essa é a coisa mais importante que já te pedi na minha vida.

“No que depender de mim ela estará a salvo.”

— Eu te agradeço profundamente. – mais um momento de olhares que não passava. Dei um suspiro e senti que era hora de me despedir. – Então é isso, eu vou desligar.

“Quando bater saudade pode me ligar.”— aquela fala foi inusitada pra mim e eu fiquei pensando no que ele queria dizer com uma simples frase que podia significar tanta coisa.

— Não faria isso. Já estou sabendo o quanto Rafael é ciumento.

“Sim, ele é. Mas eu não posso mais continuar fingindo que não tenho um primo e que você não é importante pra mim. Estou falando sério, pode me ligar. Deixa que com ele eu me viro.”

— Eu não me perdoaria se atrapalhasse seu relacionamento.

“De todas as formas que você pode atrapalhar, essa não é uma com grande chance de sucesso.”

— Tchau Kevin. Obrigado por tirar de mim tudo que estava me angustiando. – vi pela última vez aquele sorriso tão perfeito que me fascinava Joguei minha cabeça pra trás após finalizar a ligação e fechei os olhos. Será que algum dia eu iria achar alguém no mundo que causasse as mesmas reações em mim que ele causava? Eu achava inteiramente impossível.

Meu celular começou a tocar um tempinho depois, pensei que seria minha irmã, mas vi o nome de Sophia na tela. Atendi sorrindo, ela sempre me deixava alegre.

“Desculpa te ligar pra pedir um favor, ainda mais agora com tudo o que está acontecendo...”— deu um sorrisinho tímido e sem graça.

— Pode falar priminha linda, sem problemas. Preciso mesmo de boas ações visto que sou um monstro.

“Para com isso. Você só é um irmão meio ingrato.”— riu. – “E Alice é um pouco exagerada e muito apegada.”

— Tá, vamos falar do seu favor.

“Yuri está com raiva de mim e eu queria que o fizesse me perdoar.”

— Qual o motivo da raiva?

“O filho do Caleb que apareceu, o novo irmão dos meninos. Eu concordei em sair com ele.”

— Mas por que ele ficou com raiva? Até onde sei ele é apaixonado pela Gih.

“Tá bem atrasado. Desde que eu perdi o neném a gente se aproximou muito... Acho que ele se envolveu emocionalmente.”

— E você não né?

“Ah... Sim, mas... O Nícolas é lindo.”

— Não te julgo. Se ele é filho do Caleb o desgraçado deve ser um deus. – demos uma risada juntos. – Sophia você terá que enfrentar essa situação de frente, saia com o carinha e deixa o Yuri remoer a raiva dele, quando passar vocês voltam a se falar.

“Mas é que ele faz falta.”

— Você não sabe o que quer também né? Quer sair com o tal Nicolas e ter o Yuri no seu pé. Que coisa mais linda.

“Nem todo mundo é tão decidido e firme quanto você.”— sorri. – “Falando nisso como está seu coração?”

— Começando a ser ocupado por uma nova dona. – suspirei.

“Não senti firmeza Murilo.”

— Eu realmente gosto dela. Na verdade, estou apaixonado. Só que... Ele é único Soph.

“É, o Rafael também acha.”— ficou me encarando com seriedade. – “Sai dessa Muh.” — deu um pequeno sorriso amigável. - "De uma vez por todas vai."

— Então... – respirei fundo. – O que quer que eu diga a Yuri?

“Não sei, só faça com que ele volte a falar comigo. Confio no seu potencial. Beijo primo lindo.”— desligou sem que eu nem me despedisse. Típico de Sophia.

Torres estar tão presente em minha vida em apenas um dia era demais pra mim. Eu precisava extravasar. Então sai com Adam. Maldita hora. Aquela realmente não foi uma boa escolha.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã ♥



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