Amor Perfeito XIV escrita por Lola
Notas iniciais do capítulo
Perdão pela demora :)
*foto citada no capítulo.
Trazendo informações ruins, eu sei, mas não adianta chorar, as coisas são como são.
Boa leitura ♥
Murilo Narrando
O pai de Eliot era mesmo um anjo. O meu curso era de cozinha básica e eles chamavam de porta de entrada para as artes culinárias da instituição. Nele eu aprendia técnicas básicas da culinária, como por exemplo, o uso adequado de cada utensílio, os tipos de cortes de carnes, o preparo de frutos do mar, a variedade de vegetais, frutas e especiarias. Diziam que era o momento para todos os iniciantes descobrirem o seu talento culinário. Porém na prática não era tão simples assim. E se complicava cada vez mais. Por isso eu passei um dia inteiro com ele me ajudando em várias coisas que eu estava com muita dificuldade.
— Já tem seis meses que você tá estudando, daqui a pouquinho termina. Você vai ir para o intermediário? – questionou assim que acabou de me ajudar.
— Não posso. Minha irmã precisa de mim. E minha mãe tem feito muito drama...
— Você quer ficar? – nos olhamos. – Quando chegou aqui você estava cheio de problemas, fugindo de alguma coisa... Parecia um ratinho acuado. - rimos juntos. - Hoje eu te vejo tão mais sossegado... Até mais contente. E tá recebendo o melhor tratamento psiquiátrico. Além do melhor estudo. Sua família não entende isso?
— O meu pai é o mais compreensível. As duas sentem minha falta constantemente. – desviei o olhar. – Eu as entendo.
— É compreensível, mas você devia pensar bem antes de ir.
— Ainda não tomei uma decisão. Eu devo ficar. – Eliot acordou e apareceu na cozinha estranhando o fato de eu estar ali.
— O que você tá fazendo em minha casa? – dei uma leve risada ao ver seu sorriso.
— Vim ter umas aulas com o meu chefe preferido. Já estou indo embora.
— Ah, não vai mesmo. – se sentou à mesa. – Faz alguma coisa bem gostosa pra eu comer. – olhei o pai dele.
— Vocês que se entendam. – se despediu de mim e foi pra dentro.
— Sabe o quanto é chato? – ele fungou e riu.
— Você usa o meu pai e não pode nem cozinhar pra mim?! – deu um sorriso torto.
— Não usei o seu pai. É uma relação de amizade, sabe o que é isso?
— Sei. É o que somos. E como meu amigo você vai fazer algo bem gostoso pra mim agora. Vai. – piscou me incentivando. Acabei fazendo, era bom colocar em prática tudo o que eu aprendia. E fiquei o resto daquele dia em sua casa, até a hora de ele ter que ir trabalhar.
Conforme as semanas passavam e o meu curso ia avançando eu tinha que tomar uma decisão e acabei me inscrevendo no nível intermediário, afinal faltavam apenas quase quatro meses para que eu acabasse o nível básico.
Assim que junho chegou o meu aniversário chegou junto. Dezessete anos e parecia que já eram dezoito de acordo com toda a minha rotina e responsabilidades. Esperamos chegar o fim de semana e fomos todos para um parque aquático e quando digo todos inclui Eliot e Paty juntos.
— Não sei como agir. Não sei com qual dos dois eu converso. Com quem eu fico perto. Estou imerso na loucura. – desabafei com Adam.
— Converse com os dois. Fique perto de todo mundo. E saia dessa loucura. – bateu em meu ombro.
Sai do banheiro com ele e fui até onde os três estavam. Audrey batia papo com eles e contava do medo que tinha de tobogã e essas coisas que ela dizia ser muito perigosas.
— Hoje a noite vamos mesmo sair para continuar a comemoração? – Paty perguntou e eu tinha certeza que fiquei vermelho.
— Sim. – respondi apenas. Olhei Eliot que parecia reagir bem. Ele iria trabalhar, não tinha nem como chama-lo.
— Você ligou pra sua irmã? – minha amiga me olhou de perto. Concordei. – Como ela está?
— Do mesmo jeito. Diferente. – suspirei.
— Não fala disso no aniversário dele. – Adam a bateu de leve.
— Se encostar a mão em mim de novo eu vou te incriminar.
— Ah sim, por um tapinha. Coerente.
— Tá calado. – Eliot chegou mais perto de mim. – Sinto que você não está a vontade. Se quiser eu vou embora.
— Por que eu iria querer isso? – minhas sobrancelhas se ergueram.
— Acho que ela é mais sua amiga. A gente é... – me olhou de cima a baixo. – Você sabe. – sorriu maliciosamente.
— Não estou pensando nisso. Só não quero que nenhum dos dois fique mal.
— Eu estou muito bem. – sorriu de lado. – Mas confesso que ficaria ainda melhor se você fosse comigo em uma das piscinas bem afastadas que não tem ninguém.
— Por que a gente tá assim? Sempre fomos mais... Carinhosos um com o outro.
— O contexto mudou. Não cabe mais esse carinho todo. A consideração é a mesma, com toda certeza. Mas não podemos nos tratar como antes, não somos mais namorados.
— Essas coisas ainda são novas pra mim sabe?! É que eu não me envolvia com ninguém. Não me deixava envolver.
— Sorte a minha que as coisas mudaram. – ficamos nos olhando. Lembrei-me de Paty e a olhei através dele. – Você vai comigo?
— Ela pode ficar chateada. – falei baixo.
— Vamos dizer que pediremos algo pra comer. Você sempre demora pra escolher mesmo. – revirou os olhos. Pensei durante um tempo. – Vou insistir. – mordeu o lábio inferior delicadamente.
— Tá bom. – acabei concordando. Quando voltamos a primeira coisa que fiz foi ver se ela estava bem. Por incrível que pareça ela ria de uma piada de Adam sobre a sunga de algum cara e parecia até nem ter notado minha ausência. Aquilo foi estranho. Eu esperava que ela ficasse pelo menos atenta... Ou que me questionasse algo. Isso não aconteceu. A porção que pedimos chegou e então comemos, um tempo depois nadamos e no fim da tarde fomos embora. Ao chegar ao prédio fui me despedir dela ainda na esperança que ela soltasse algum comentário, mas ao contrário... Ela se despediu animadamente e agradeceu pelo passeio.
Fiquei um bom tempo sentado na cozinha pensando naquilo. Audrey apareceu após tomar banho. Pegou água na geladeira e ficou me olhando.
— Não é que ela não se importe. – falou como se lesse meus pensamentos. – Ela só é muito boa em disfarçar o que sente. É uma espécie de dom de quem sofre problemas psicológicos como o dela. A pessoa diz tanto que tá bem sem estar, sorri sem querer... Acaba virando uma atriz da própria vida. Ela percebeu e ela sentiu. Mas ela sabe que não pode te cobrar nada então ela apenas fingiu.
— Como você sabe? – a olhei.
— Quem é a pessoa mais inteligente que você conhece? – se sentou.
— O Kevin. Depois você. – ri.
— São os mínimos detalhes. Um olhar e um suspiro... Não foi nada de mais. E sei que quando ela quer disfarçar a tristeza ela fica alegre demais. Já percebi isso. Não fale a ela sobre isso Murilo. Não é o que ela quer. Deixe que ela se acostume. Sei que você se preocupa, mas ela sabia que seria assim.
— É por isso que eu não queria os dois no mesmo lugar. Eu me preocupava era com ela.
— Por que se preocupa tanto? – ficamos nos olhando.
— Eu seria um monstro se não me preocupasse.
— Será que é só por isso mesmo? Apesar de tudo Patrícia é bem forte, não precisa se preocupar tanto.
— Mas ela se importou.
— Não tanto quanto acha. – sorriu. – Seja mais desapegado emocionalmente para ter um envolvimento assim, caso contrário irá sofrer bastante. – se levantou e foi pra dentro. Sabia que ela estava certa. Mas eu simplesmente não podia evitar.
Alice Narrando
Estava deitada em minha cama ouvindo música e mexendo no celular. Kevin apareceu e se deitou ao meu lado. Ultimamente não conversávamos muito, mas ele se fez mais presente. Acho que era algo que o irmão dele deve ter dito.
— Hoje é aniversário do Murilo né? – me olhou.
— Sim, já conversamos. Minha mãe aumentou o drama em setenta por cento. Ela não vai sossegar enquanto não trazê-lo de volta.
— Você não parece incomodada se ele vem ou fica.
— É sério? – o encarei. – Para de agir assim.
— Desculpa. É difícil acostumar. – respirou fundo dolorosamente. – Nossa como o Murilo está ficando ainda mais lindo. –comentou ao ver a foto que havia acabado de surgir na tela do meu celular, mas ele logo se recuperou. – Eles estão transando. Inclusive transaram antes dessa foto.
— Que? Como você sabe disso?
— Conheço a expressão facial de quem acabou de ter uma experiência sexual muito prazerosa. A cara dela então é de satisfação pura.
— Para de falar isso. Eles são amigos.
— Amigos também transam Alice.
— Eu não faço isso com os meus.
— Alice você não faz isso com ninguém. Por falar nisso já tá na hora você não acha?
— Isso de hora é relativo. – ele riu. – O que foi?
— Nada. É que se fosse antes só a minha pergunta já te faria quase me matar. – ficamos em silêncio. – Mas então... Qual é o problema? É por causa do que você tem? – continuei calada. – Eu sou a porra do seu melhor amigo ou não sou?
— Mesmo se eu te pedisse pra não contar ao Arthur eu sei que contaria. Conheço vocês dois muito bem.
— Tá, pode não confiar em mim. Mas eu vou dizer o que penso. Você não tem emoção, mas sente as coisas e sentir isso pode ser muito bom pra você, sabia? – o olhei com uma expressão de preguiça. – Você tá tão sem graça.
— Arrume outra melhor amiga engraçadinha.
— Você ficaria com ciúme.
— Nem um pouquinho.
— Que vontade que eu tenho de te agredir. E te virar do avesso pra vê se sai a outra Alice dai. – permaneci no que eu estava fazendo, vendo as fotos das pessoas que na verdade em nada me interessavam. – Preciso te contar uma coisa muito séria. Muito séria mesmo. E que ninguém sabe.
— Eu posso recusar saber? – o olhei. – Eu não quero saber.
— Não. Não pode. Eu vou terminar com Rafael.
— Enjoou? – voltei a olhar para o meu telefone.
— Não Alice, eu não enjoei, deixa de ser insensível. – bufou. – E não me olha com esses olhinhos arregalados assustados. - ficou em silêncio e depois voltou a falar. - Sobre isso não posso dizer o motivo. Sim... Tem a ver com o meu pai. Mas é algo muito sério. E só você vai saber disso.
— Isso é por eu não me importar?
— Não. Porque preciso contar a alguém e sei que posso confiar em você, mesmo estando desse jeito.
— Obrigada por confiar em mim. Pode desabafar o quanto quiser. – dei um sorriso aparentemente triste, mesmo que eu verdadeiramente não o estivesse.
— Eu vou fazer uma coisa que ninguém vai entender e todo mundo vai julgar, mas eu preciso que apenas você fique ao meu lado.
— Por que eu Kevin? Nem vou te odiar ou te julgar.
— Você é importante. Por favor, por mais que não entenda só aceite. – balancei a cabeça positivamente. – Nem ao Arthur eu vou contar nada. Vou ser contundente e usar um argumento com todos e me manter na mesma linha.
— Sabe que estou entendendo menos ainda né?
— É eu sei.
— Você não pode nem dizer o que é?
— Por enquanto prefiro não dizer. Eu ainda estou muito abalado com tudo e preciso entender como chegou nisso.
— E não tem como você fazer nada há não ser terminar?
— Não, pois sacrificaria algo que eu não consigo ser egoísta o suficiente pra sacrificar.
— Vocês estavam tão felizes por comemorar os seis meses de namoro. Não consigo entender. Mas faça o que achar melhor.
— Não conte nada a ninguém tá?
— Sabe muito bem que não irei contar. – concordou comigo. Conversamos mais um pouco e ele foi embora.
No outro dia era um domingo e meus pais avisaram que almoçaríamos na casa dos meus avós, como de costume. Assim que chegamos percebi que fomos os últimos... Ou não, porque Kevin entrou com o pai dele atrás. Os dois estavam bem nervosos.
— Você só pode ter ficado louco. Kevin volta aqui! – a voz do Caleb era bem firme. Ele passou as mãos em seu cabelo impecável. Kira que já estava na casa olhou para o filho e o marido. Absolutamente todos estavam presentes e aposto que ela não queria que eles dessem um show.
— Acho que nossa trégua acaba de ter um fim. – eles se olharam após a fala de Kevin.
— O que você fez foi errado. Não pode perder esse contrato. - agora o mais velho parecia mais calmo. – Só por que ele disse que temos que agir como homens e que o mundo dos negócios não tem espaço para veados? Você realmente se ofende tão fácil assim?
— Eu sei o que ele quis dizer. Todo mundo sabe que eu namorei Kemeron.
— E se você não pode ataca-lo quebrando a cara dele você usa as armas que tem né?
— Sempre fui mais de pensar... Bater é com seu filho mais velho.
— Kevin... – ele passou a mão no rosto, parecia estar ficando nervoso de novo.
— Vocês vão começar a brigar? É só o que tem feito nos últimos dias. – Kira disse atraindo os olhares para ela.
— Mark, por favor, explique a ele como os negócios funcionam. – Caleb pediu bastante esperançoso. Meu avô ficou olhando Kevin.
— Seu pai tá certo. Não pode deixar suas emoções pessoais interferirem em uma negociação. Quando você passa daquela porta do hotel pra dentro você deixa todo o resto pra fora.
— E foi assim que você chegou a uma depressão. – vó Isa interviu. – Não dê conselhos errados ao garoto. Ele ainda é só um garoto.
— Eu na idade dele era muito mais focado. E Caleb também.
— O cara me ofende e agora o problema é meu foco? Vocês estão de sacanagem.
— Por que se sente ofendido Kevin? – Mark e ele se olharam. – Você é um veado? Nesse sentido pejorativo e escroto que ele deu a entender? Não. No fundo você sabe que não é. Seja melhor que ele. Quando você não se deixa ofender por pessoas vazias como essas você evolui.
— Ligue pra ele e diga que tudo não passou de um engano e você quer esse contrato. Agora. – Caleb ordenou e saiu indo embora.
Arthur chegou perto de mim e beijou o topo da minha cabeça. Eu o olhei por um tempo e depois observei o movimento.
— Não vai ir atrás do seu irmão? – questionei baixinho.
— Ele tá ligando para quem quer que seja que o desrespeitou. – continuei olhando para tudo ao nosso redor.
— Você concorda com isso? – nos olhamos.
— Não tenho que concordar. – fez carinho em meu rosto. – Desde que decidi ficar com você decidi me afastar de tudo isso. – selou nossos lábios.
— E o Rafael? – olhei o loiro. – O que ele acha?
— Ele sabe que Kevin é imprevisível. Tem coisa que meu irmão releva numa boa e tem coisa que ele quer matar a pessoa. Acho que foi por envolver o trabalho dele que ele ficou assim. Mas o Rafael não se aproxima dele nessas horas. Prefere esperar ele se acalmar.
— Eles ainda estão juntos então? – seu semblante mostrava espanto.
— Por que não estariam? – juntou as sobrancelhas.
— Como você mesmo disse Kevin é imprevisível.
— Não quando se trata de Rafael. – todos nossos amigos chamaram para irmos para a área da piscina.
— Estou contando os dias para julho chegar. Não aguento mais a escola, eu quero férias logo. – Alê se manifestou assim que nos sentamos.
— Como se você estudasse mesmo pra tá reclamando. – Ryan o afrontou e riu. Vi Luna vindo rapidamente.
— Preciso que você fique aqui em casa essa noite. – ela praticamente ordenou a Arthur.
— Ah não vai dar não. – ele pelo menos a olhou.
— Posso saber o motivo? – a mulher cruzou os braços e quase bateu os pés.
— Se eu fizer isso eu vou abrir precedente pra você me fazer ficar mais um dia e mais um dia até que eu me mude. Isso não vai acontecer mãe, eu já disse.
— Você se lembra das condições de ir para a cobertura? – eles ficaram se olhando.
— Você realmente vai começar? – notei que a voz do meu namorado se alterou.
— Eu devia abrir mão de você? É meu filho, meu bem maior. Esse sentimento que sente por Alice é doentio. – todos ficaram em silêncio. – A garota não pode sentir nada por você Arthur. – ele se levantou e ficou bem perto dela. Kevin veio pra perto da gente quase correndo.
— Nunca mais repete isso. – ordenou enquanto o irmão o segurava. O olhar de Luna veio até o meu.
— Você é um demônio. Exatamente igual sua mãe com o meu irmão. – saiu trombando em meu pai vindo para área da piscina.
— O que aconteceu? – questionou em um tom sério.
— Sua irmã. – respondi certamente me mantendo inexpressiva. – E os shows dela.
— Tenha paciência com ela. – pediu a Arthur. – Não é fácil aceitar alguém como Alice.
— Ela já não aceitava antes. O problema da minha mãe é a minha mãe.
— Vou lá falar com ela. – ele me beijou antes de sair.
— Vamos falar de alguma coisa que não envolva o namoro problemático desses dois. – Otávia pediu me fazendo entende-la, porque era a mãe e o irmão que brigavam o tempo todo. Devia ser difícil pra ela.
— Você não me contou da sua vingança. Deu certo? – Arthur se direcionou a Kevin.
— Claro.
— E você tá intacto?
— Essa droga vale muito dinheiro e é com isso que ele se importa. Agora todo seu esforço é recuperar o que perdeu.
— E por que você tá estranho esses últimos dias? – Kevin desviou o olhar.
— Tô normal. – se virou para o namorado. – Vou até o hotel. Preciso resolver o problema. A gente se vê mais tarde. – selaram os lábios antes que ele fosse. Rafael se levantou e ficou andando fazendo com que Arthur também se levantasse e o parasse.
— O que tá pegando? – eles ficaram se olhando.
— Ele tá mesmo estranho. Já perguntei por diversas vezes e ele não diz o que é. Acho que vai terminar comigo.
— Depois de ouvir isso só me resta subir o morro de Torres e pedir para me executarem. – Ryan quase gritou. A maioria riu. – Parem de rir, é sério. Que cara doente.
— Se liga Rafael, todo mundo sabe que o Kevin te ama.
— Ele deve tá estranho por causa do Caleb. – Arthur afirmou com convicção. – Relaxa. Ele não vai terminar com você. – eu não teria essa certeza. Mas eu também não diria nada. Afinal foi me confidenciada essa informação e mesmo que eu não me importasse tanto com o rumo que tudo iria tomar, eu ainda tinha caráter, o que me impedia de sair contando os segredos que guardo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Agora não sei quando venho, MAS pretendo que seja o mais rápido possível. ♥