Amor Perfeito XIV escrita por Lola


Capítulo 55
Desprezível


Notas iniciais do capítulo

* hoje somente Alice está presente por motivo de: iria ficar enorme. Então cortei o Murilo. Mas na próxima ele aparece (:
* foto da Alice.
Boa Leitura ♥



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Alice Narrando

Os dias não ficavam mais fáceis conforme o tempo ia passando. A falta que Arthur fazia era impressionante. Uma coisa era não estarmos juntos e eu o ver todos os dias, outra era ele estar em outra cidade e desse jeito totalmente estranho e... Descontrolado.

Sexta feira. A semana passou arrastada e eu dividia meu tempo entre a escola, deveres, estar em casa com minha mãe e ficar com o pessoal. E com Rafael. Ele tem sido bem presente, o que me deixou mais alegre devo dizer, ele me lembrava um pouco o meu irmão, o seu jeito bem humorado e descontraído... Eu sentia muito a falta de Murilo. Isso era algo que nunca mudaria.

— Todos nós vamos a essa festa no hotel né? – Ryan perguntou enquanto saiamos da escola. Parei para esperar meu pai enquanto os olhava.

— Claro. Os nossos pais vão. Por que não iriamos? – Lari logo retrucou.

— Isso não é coisa de adulto?! – Alê também opinou.

— É, mas a gente sempre está no meio das coisas de adulto, dessa vez não seria diferente. – Soph encerrou aquele assunto. – Vamos embora logo Yuri, essa barriga está me matando. Não vejo a hora de não vim mais a escola. – dei uma risada do seu jeito e me despedi deles, avistando o carro do meu pai que logo chegou.

— Vou sair mais cedo da academia hoje para me arrumar para o evento. Você comprou o seu vestido com a sua mãe? – concordei com a cabeça. – Nenhuma notícia do Arthur?

— Qual é pai?! – encarei o teto do carro e cruzei os braços.

— Sabe que eu me preocupo.

— Deveria se preocupar com o seu filho. Nunca vou concordar com o fato de ele passar anos em outro País! – esbravejei.

— Da só pra lembrar que foi um pedido dele? Se eu pudesse também optaria por ele estar aqui conosco. – encolhi os ombros me sentindo culpada. – Tem algo que eu possa fazer para melhorar o seu humor?

— Você é o melhor pai do mundo. – meus olhos se umedeceram. – Não sei se eu conseguiria enfrentar o meu problema sem você e a mamãe.

— O que aconteceu com a Alice rabugenta e insuportável? – deu uma risada expressiva.

— Não abusa. – ameacei e ri também limpando os olhos. Chegamos em casa e após o almoço eu conversei um pouco com Kevin por mensagens, como estava costumeiramente ocorrendo. Ele estava puto com todo o movimento no hotel. As exigências e as entregas.

Dormi um pouco antes de começar a me arrumar. Era um evento que exigia um traje sofisticado e elegante. Além disso, eu não poderia simplesmente lavar o meu cabelo e passar um batom. Apesar de ser essa a minha maior vontade.

— Estou indo para o salão com Luna e o resto das nossas amigas. – minha mãe avisou da porta do meu quarto. – Não sei porque você não quis ir junto. A maioria das meninas também vão.

— Eu tenho que ir fazer um penteado e horas de maquiagem por que o Caleb vai fazer uma festa? - mantive os braços na lateral no corpo. – Não me faça ficar nervosa mãe.

— Tudo bem. Tudo bem. – ela se esquivou. – O seu pai já está em casa. Ele vai passar lá para me buscar com você e vamos direto. Se arrume direito minha filha. – cerrei as mãos em punho com mais raiva ainda. – Estou indo. Eu te amo muito. – saiu quase correndo.

Não era a ideia de sexta feira a noite ideal pra mim, mas todos estavam comprometidos com isso. Caleb era persuasivo e exercia um controle nessa família inimaginável. Todos estariam lá com sorrisos largos e conversas alegres. Bem vindo ao mundo mágico dos Montez. Respirei fundo.

— Vamos? – meu pai me chamou e eu me olhei no espelho pela última vez. O meu penteado parecia ter sido feito por um profissional e minha maquiagem também não deixava a desejar. Agora o vestido era um espetáculo a parte. Ele era bufante bem armado e com o colo a mostra, na cor preta. O seu pano ilusionava um pouco de brilho e com todo esse exagero eu estava pronta para um baile. Porém eu não estava muito diferente das meninas. E nem das “senhoras”. O hotel era o a maior empresa de Torres e ter uma cerimônia lá estruturada justamente por um dos donos, pedia todo esse glamour. – Você está perfeita. – vi os olhos amarelos iguais aos meus brilharem. – Me deixa tirar uma foto sua, por favor. – ri da sua caretice.

— Claro. – sorri e sai para o corredor me posicionando para a foto. Acabei tirando várias e postei uma em minha rede social, acabando com todo o mistério antes de chegar.

— Você gostou da mais séria. – meu pai discordou torcendo o nariz. – Eu amo o seu sorriso.

— Pai anda logo, vamos, a mamãe já deve estar impaciente.

— Sim, ela já ligou. – riu enquanto descíamos. Elogiei o seu terno e disse o quanto ele ficava ainda mais lindo e gostoso vestido daquele jeito. Minha mãe estava igualmente linda. Quando chegamos o manobrista parecia ter visto um fantasma ao me olhar, acho que eu realmente tinha exagerado. Dei uma risada interna.

— Hoje eu vou beber todas. Só bebida caríssima. – Alê estava comentando quando eu os encontrei.

— Eu quero só esse champanhe maravilhoso. – Lari abordou um dos garçons que passava.

— Já eu prefiro o vinho. Não entendo nada, mas sinto que esse deve ser o melhor. – ri da fala de Giovana.

— E eu tenho que ficar no suquinho né? – Soph reclamou e fez um bico enorme.

— Vocês não vão abusar estão ouvindo? – Luna avisou entrando na roda. – Nem deviam estar bebendo.

— Tchau mãe. – Otávia quase a empurrou ao chegar. Pelo visto havia escutado a chamada de atenção. – Você tá linda. – ela me abraçou forte.

— Nós não né? – apertou o beicinho de Larissa.

— É que a Alice chama mais atenção por causa do olho. Se aquietem, vocês também estão maravilhosas.

— Por isso o Murilo tem tanta raiva de não ter herdado o famoso olho amarelo. – Yuri explanou rindo. Olhei para Rafael que havia chegado com eles.

— Cadê o Kevin? – me virei para ele.

— Vai vim sozinho de casa. Eu vim com os irmãos. – apontou com a cabeça para Otávia e Yuri. Dei um sorriso ao olhar para a entrada do salão.

— Falando no diabo... – seu rosto se virou pra trás. Kevin se aproximou com os olhos fixos no namorado.

— É melhor você ficar longe do meu campo de visão ou eu vou ser obrigado a te agarrar e acabar com a festa do meu pai. – ele o olhou de cima a baixo. – Você tá gostoso pra caralho nessa roupa.

— Ow poderiam manter a decência? – Gih brincou rindo. – Kevin você claramente não está seguindo a etiqueta. Está vestido informalmente.

— Estou o caralho. Olha essa coisa que minha mãe enfiou em mim. – ele apontou para o corpo.

— Essa coisa se chama terno lindo. – Otávia enrugou o nariz. – Está de calça jeans preta e blusa branca Kevin, parece um dia comum pra você.

— Por que eu deveria estar diferente? Não sou uma marionete na mão do Caleb como vocês. – contorceu a boca. – Mas o que me incomoda não é isso. O meu namorado está de gravata borboleta ao meu lado e com esse cabelo de ator de cinema e eu tenho que ficar por conta do meu pai.

— UAU! – Soph bateu as mãos. – Isso é porque você NÃO é marionete dele. – todos riram.

— Em alguma coisa eu tinha que indigna-lo. – ergueu os ombros e deu um olhar mortal. – Tenho que ir. Vou ser apresentado a alguns coroas ricos. Daqui a pouco eu volto. Você – olhou o namorado – se comporta. Estou de olho. O tempo todo.

— Eu realmente tenho medo dele. – Lari comentou e Rafa riu.

— Não tenho nenhum. – sua boca se curvou num sorriso.

— Ele vai fazer o pai dele passar vergonha. – todos nós olhamos para Kevin ao longe após o comentário. – Sem dúvida.

— Ah, com certeza. Ele veio com o intuito de tira-lo do sério. - minha boca se abriu em concordância. Eu me aproximei mais de Rafael.

— Talvez vocês discutam hoje... – tentei me expressar da melhor forma possível. – A noite mal começou e já notei muitas garotas que provavelmente são filhas dos coroas, te secando.

— Nessas horas sinto mais falta ainda de Arthur. Ele sempre tinha a atenção toda pra ele.

— Vamos nos sentar? – Soph arfou. – Preciso dizer pela milésima vez o quanto essa barriga pesa? – ninguém duvidava disso. Encaminhamo-nos até a mesa reservada a nós e antes de chegarmos algo inesperado já era visível.

— Quem é aquele gostoso sentado à mesa? – Lari mordeu o lábio. – E o resto do pessoal?

— Não se lembra? É o Kemeron, ex namorado do Kevin. Ele esteve no abrigo. – Ryan respondeu e depois olhou Rafael. – É aquela mesa mesmo que vamos nos sentar?

— É onde nosso nome está. Vamos logo. – seguimos Sophia e nos sentamos.

— Parece que colocaram os mais jovens todos juntos. – Kemeron deu um sorriso amistoso.

— Você não é tão jovem assim. – Rafael nos surpreendeu.

— Estou perto de fazer vinte e seis... E você? Também não me parece um dos mais novos. – todos ficaram em silêncio.

— Ainda não cheguei aos vinte. – eles iriam trocar farpas a noite toda pelo visto.

— Mas idade é só um número. E você aparenta ser bem mais velho que realmente é... Acho que é um dos motivos de Kevin ter te escolhido como namorado. – notei que quase todos engoliram seco.

— Isso não faz sentido. Murilo tem rosto de bebê e parece bem mais novo. – Alê opinou sendo inconveniente como na maioria das vezes.

— Para toda regra sempre existe exceção. – o Kemeron respondeu com a simpatia estampada no rosto.

— Bom... Por que estamos aqui? – Gih mudou a direção daquele bate papo.

— Não sei, mas eu estou adorando. – Yuri respondeu de olho em uma das garotas presentes. Kevin se aproximou da mesa com o pai ao lado.

— Você não vai trocar o negócio da família por uma noite com seus amigos que você vê todos os dias. – as sobrancelhas de Caleb se juntaram após sua fala quase inaudível.

— E quem disse que é pelos meus amigos? – Kevin piscou dando um sorriso torto.

— Já estou de saco cheio desse namoro! – ameaçou antes de sorrir para um cara que se aproximava.

— Esse é o famoso Kevin que Diana tanto falou a respeito. – o homem de meia idade apertou a mão de Caleb e do Kevin. – Esse é meu filho Pedro. Estamos hospedados na casa dos Evans. – se referiu a família dos irmãos vizinhos dos meus avós.

— Ela é encantada com o meu filho. Uma linda garota.

— É de se imaginar, já que vocês são uma família tradicional, eu soube que a cidade praticamente foi fundada pelos Montez e que o avô dele Mark foi quem transformou o hotel nesse grande sucesso. – ele estudou direitinho. Os olhos de Caleb brilharam. Um possível investidor será?

— Venha, vamos deixar os jovens e conversarmos mais. – eles saíram e Kevin e o garoto ficaram se olhando.

— O seu vô pode ser admirável, já a sua mãe né? – um canto de sua boca elevou-se. O tatuado parecia processar a pergunta.

— O que você quis dizer com isso? – Rafael se virou de lado e sutilmente pegou na mão de Kevin. Todos nós agora estávamos apreensivos.

— Não tá claro? Ouvi dizer sobre a forma como você nasceu... A eterna lembrança de uma infidelidade. Deve ser bem triste. – deu uma risadinha carregada de maldade e má intenção. A expressão do Kevin entregava que ele iria sair de si. – Foi só uma piada, calma. Não quis dizer que sua mãe é uma vagabunda. – bastou essa palavra e ele partiu pra cima do garoto sem pensar duas vezes. Rafael o pegou pelos ombros e o tirou do salão. Fui atrás deles. Mas não contava que Kemeron também viesse.

— Eu queria te avisar dos perigos que estava correndo, mas você nem quis me ver. – Kevin se encostou à parede da área de fumantes e ficou olhando para o ex namorado.

— Você o conhece? – o outro negou. – Então eu não entendi.

— Essa festa é uma forma do seu pai se restabelecer como empresário e também... Colocar você nos negócios. O meu pai havia comentado que tudo o que o Caleb mais quer é que os filhos assumam suas funções. Parece que ele fez até uma cena enorme pra que isso acontecesse.

— A ajuda. – Kevin respirou com dificuldade. – Era tudo encenação. Ele não estava querendo que ajudássemos em nada. Ele só queria que estivéssemos aqui. – concluiu com amargura.

— Não sei do que está falando, mas se tratando do seu pai provavelmente sim.

— Será que ele mandou esse garoto me provocar para me fazer sentir raiva e querer ser melhor que ele? Parece que ele tá bem incluso nos negócios do pai dele.

— Você tem a cabeça do seu pai. Então o entende bem. – Kemeron sorriu admirado. – Não tente lutar contra a maré Kevin. É só esforço inútil.

— Vou voltar lá pra dentro. – Rafael saiu demonstrando o seu incomodo.

— Por que ele é tão incompreensível?! – Kevin apertou a cabeça.

— Vocês precisam vim aqui. Não vão acreditar em quem acabou de chegar. – Yuri disse abafado e arregalamos os olhos. Só podia ser UMA pessoa. E sim, era ele. Estava perfeito em seu terno e cabelo bem cuidado. Havia tirado os brincos e a barba estava um pouco maior, o que dava a ele uma impressão de mais velho e ainda mais responsável.

— Que homem! – ouvi uma das moças que estavam sentadas à mesa exclamar sem disfarçar.

Caleb logo o abordou e o levou para uma roda de homens mais velhos e por lá ele ficou por bastante tempo. Todos nós parecíamos atônitos e ninguém conseguia dizer absolutamente nada.

— Se ninguém vai falar, eu vou. – Otávia cruzou os braços. – O meu irmão é um imbecil!

— Mas é o imbecil mais lindo e gostoso de toda a galáxia. – Larissa o olhava quase babando.

Procurei Kevin com o olhar e vi que ele estava sentado de frente a Rafael e pareciam tentar se entender por uma comunicação não verbal. Eu não tinha muita certeza se aquilo iria mesmo dar certo.

— O que é isso em suas costas? – minha mãe chegou por trás de mim e meu corpo gelou após ouvir sua pergunta.

— Eu iria contar. – me virei pra ela.

— Pensou que não veríamos? Mesmo com o pouco que o seu vestido mostra atrás dá pra ver Alice. Muito me espanta o seu pai não ter visto.

— Eu vi. – o olhei assustada. – Não disse nada porque se eu dissesse algo poderia feri-la. Não vou ficar causando emoções ruins a minha filha enquanto ela ainda pode minimamente senti-las.

— Então tá tudo bem ela fazer uma tatuagem enorme? Com dezesseis anos? – eles ficaram se olhando e eu me senti péssima.

— Sophia vai ter um filho e fará dezessete, Kevin mal fez dezoito e já cuida da parte financeira do hotel, Ryan sempre fumou desde o início da adolescência... Custa a entender que esses garotos fazem as próprias escolhas?

— A minha filha – ele a cortou.

— A sua filha é igual a eles. Ela nunca gostou de se sentir diferente. Então a deixe ser assim, livre. Se ela se arrepender no futuro o problema vai ser inteiro dela. – ela saiu pisando duro.

— Obrigada pai. – voei em seu pescoço e o abracei apertado.

— Olha em meus olhos. – ele nos separou e segurou meu rosto. – Você confia em mim? – gesticulei positivamente sem entender. – Quero que não se aproxime do Arthur. Nessa noite e nem nos próximos dias.

— Por quê? – franzi a testa.

— Ele não é mais o mesmo. – sua voz parecia ter dor. – Acredito que ele não tenha aguentado toda a pressão do Caleb em cima dele. – desviei o olhar enfim entendendo o que ele quis dizer. – Você vai fazer isso por mim?

— Qual é o seu medo pai? – tentei ter uma conversa mais honesta possível.

— Se lembra de quando Murilo deu um soco nele no abrigo? Kevin havia contado o que ele fez a você dentro do carro dele. Lembra? – concordei. – Do jeito que ele está ele vai agir assim. Ele vai ter coragem de fazer as coisas que ele normalmente não tem e vai agir impulsivamente e talvez até sem discernimento. Acredita em mim, você deve ficar longe dele. – rodei o meu anel em meu dedo e dei um suspiro doloroso.

— Tudo bem. – ele beijou minha testa e se foi, fazendo com que eu me sentasse novamente à mesa. Kevin havia saído de lá e estava com o pai e o irmão e mais algumas pessoas. Não sabia se aquilo iria acabar bem.

— Temos coisas em comum. – Kemeron afirmou olhando nos olhos de Rafael. – Kevin foi o meu primeiro. O seu também né? – uma pausa dramática e completamente embaraçosa. – É um ótimo ponto de partida. – sorriu maliciosamente.

— Vamos fingir que você não é louco para voltar a esse ponto. – ele riu da fala do loiro.

— Gente calminha, melhor vocês dois pararem com isso né? – Otávia apaziguou antes que virasse uma briga. Eu resolvi ser mais enérgica e me levantei, indo até Kevin. Cheguei por trás dele e passei a mão em sua cintura, demonstrando que queria falar com ele. Meu olhar foi direto em Arthur. Nem ouvi o que eles diziam, só consegui prestar atenção em como ele estava ainda mais perfeito de perto. Kevin me puxou para o canto.

— É melhor você ir lá pra mesa antes que Rafael e Kemeron se atraquem. E vou dizer, estou completamente do lado do Rafa, o seu ex está sendo escroto e grosseiro.

— Claro que está. Ele precisa. – parecia um desabafo. – Por causa de um acordo entre o pai dele e o meu ele tem que deixar o Rafael inseguro. Assim que ficou sabendo, que foi quando chegou aqui, ele me mandou uma mensagem contando. Só que ele disse que não vai conseguir fazer isso, então ele vai apenas irrita-lo. O objetivo é que ele o agrida até o fim da noite.

— O que? – não conseguia acreditar. – Você acha isso certo Kevin?

— Não! Não Alice. Eu não acho. Tudo o que eu mais quero é tirar Rafael daqui. Mas eu não posso fazer nada. Estou a cada minuto lutando contra as armadilhas do meu pai. Olha aí, até o Arthur apareceu. Qual vai ser o próximo showzinho da noite? – seu rosto ficou vermelho e sua expressão era fechada. Ele estava muito nervoso. Peguei em suas mãos.

— Calma. Você tem que pensar com calma. – ele tirou as mãos e me lançou um olhar revoltado.

— Ele não pode perceber que você me acalma e que juntos somos mais fortes. – sorri com sua fala e senti alguém se aproximando.

— Existe a beleza que excita, a que impressiona e a que satisfaz e você uniu as três nessa noite. – ouvi a frase e tentei manter o ritmo da minha respiração. Seu corpo quase se encostou ao meu e os seus dedos passearam pelas minhas costas. – Não gostei disso. Não combina com você.

— Ainda bem que ela não pediu a sua opinião. – Kevin desafiou levantando uma sobrancelha.

— Ah... Entendi. É influência sua. – me virei de lado. – O próximo passo vai ser o que... Ficar com garotas? – ele teve coragem de perguntar aquilo olhando pra mim. Em uma atitude impensada eu dei um tapa em seu rosto, arrancando surpresa de Kevin e até mesmo de mim. Algumas pessoas olhavam, outras tampavam a boca assustadas e quem nos conhecia se aproximava.

— Você é desprezível. – sai do salão de eventos e fui para recepção. Precisava respirar. Precisava de um lugar que não houvesse tanta gente. Precisava de algo que eu sabia que não encontraria. Ali e nem em lugar nenhum.


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Notas finais do capítulo

eu tinha algumas coisas para dizer, mas eu preciso escrever com calma então como estou abafada agora não vai dar. Preciso contar que há tempos não gostava tanto de um capítulo como esse. E no próximo eu falo mais (:
Até amanhãa ♥



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