Amor Perfeito XIV escrita por Lola


Capítulo 52
Uma cura


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥
(confesso que quase chorei com esse capítulo)



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Murilo Narrando

Testar tudo que eu já estava aprendendo no curso havia se tornado meu hobby preferido. E na verdade era isso que eu fazia na maior parte do tempo. Alternava entre as opiniões de Audrey e Adam e agora parti para Patricia.

— Isso está maravilhoso. – ela disse e sorriu após experimentar o novo prato que eu havia feito. – É sério, é muito bom. – a olhei e sorri. – Você com certeza vai seguir esse caminho. Já tem planos?

— Bom... – suspirei. – Ainda não. Estou deixando fluir.

— Mas pretende ficar em Paris quando acabar? – pensei bastante em sua pergunta.

— Talvez pretendesse. Mas minha irmã precisa de mim. – me sentei e respirei fundo.

— Uma vez me disseram que não podemos viver nossa vida baseada nas necessidades dos outros.

— É mais fácil falar que fazer. – ficamos nos olhando.

— Como estou? – Adam apareceu perguntando sobre sua roupa. – Digam a verdade. Preciso arrasar. – ele deu uma voltinha.

— Tá normal, como sempre. – falei entediado.

— Diz aí lindinha. – ele pediu e vi que Paty não sabia o que dizer.

— Só diz que ele tá lindo. – incentivei.

— Você fica legal com essa cor. – ela falou sem graça.

— Vocês são dois inúteis. – ele saiu insatisfeito.

— Ele vai a um encontro? – dei uma risada.

— Certamente. E depois vai me acordar para contar os detalhes. – bufei.

— Amanhã você o acorda com os detalhes da nossa saída. Você vai mesmo né?

— Claro. Não é muito animador o fato de ver o Kevin novamente, mas eu vou me esforçar.

— Não é só ele. Tem os meus amigos e acho que um amigo dele vai também. Se anime!

Bem que eu tentei e como combinado lá estava eu. Mas com o desânimo de sempre. Conversas casuais e alguns chopps e eu já queria ir embora. Aguentei firme por Patrícia.

— Deveria aconselhar sua amiga a beber menos. – falei ao chegar perto de Kevin no bar.

— Ela tá ótima! – ele concluiu e sorriu. – Desliga sua cabeça um pouco de todos os nossos problemas. – dei uma risada.

— Isso infelizmente não é possível. – me sentei e ele ficou me olhando.

— Qual é o seu problema Murilo?

— Você sabe melhor que ninguém. – respondi olhando através dele, sem encara-lo.

— Não foi isso que perguntei. O seu real problema. Aquele que está te incomodando tanto... – fiquei em silêncio. – Não vai me dizer que é o ex ainda. – ele revirou os olhos.

— Não é isso. Não sei explicar... – pensei em uma forma de expor meus pensamentos, vi que ele arregalou os olhos.

— Fica olhando pra mim. – sua voz era mansa e baixa. – Meu ex namorado acabou de entrar. Preciso que finja que está dando em cima de mim.

— Nem fodendo. – respondi no mesmo instante. Totalmente fora de cogitação.

— Por favor, Murilo. – o meu lado bom falou mais alto. Eu me aproximei dele e comecei a agir de forma que passasse a impressão que ele queria.

— Para de encarar minha boca. Não precisa atuar tanto. – ordenei bem baixo e de forma irritada.

— Eu não estou atuando. – foi o que ele disse antes de me beijar. E eu o empurrei. Sutilmente, mas empurrei.

— Você é louco? – perguntei pensando em algo que pudesse me equilibrar.

— Realmente não percebeu que eu queria fazer isso há um tempo? Sua fixação com seu ex namorado me desestimulou bastante, só que agora nessa situação... Não resisti.

— Estou indo embora. Cuida da Patrícia.

Algo me dizia que não era pra eu sair de casa naquela noite. Aquela maldita sensação no fundo do peito. E eu estava certo. Devia ter me ouvido, seguido os meus instintos. Mas estava cansado de Adam e até mesmo Audrey sempre dizer que eu só me fecho no meu mundo de culinária e deveres de casa. Era o dia todo fora estudando e quando chegava quase a mesma coisa. Os fins de semana não eram muito diferentes.

Acho que fui porque eu queria fazer companhia para Patrícia. Ela era tão legal e divertida na maior parte do tempo e eu gostava de estar com ela, talvez por ela me lembrar de todas as minhas amigas de Torres. Mas não fazia sentido me obrigar a ir a lugares que eu não queria e ver uma pessoa que eu não gostava tanto apenas por ela. E eu sabia que não voltaria a repetir tal ato.

Alice Narrando

Depois de ficar bastante tempo analisando como funcionava a cabeça de Diana eu tirei algumas conclusões muito importantes. A primeira era que ela precisava urgentemente ser parada. A garota era problemática e tinha que ser medicada ou até mesmo passar por um tratamento de choque, eu não sabia ao certo... Mas ela tinha que entender que as pessoas, começando pelo irmão dela, não eram marionetes em sua mão e ninguém estava vivo para satisfazê-la.

A segunda conclusão tinha a ver diretamente comigo, era a mais importante. Eu não podia continuar do jeito que estava. Não adiantava choramingar, ter ódio e nem sentir pena de mim mesma. Eu tinha que ser mais forte. Se for para não sentir nada que eu enfrente isso da melhor forma possível, não deixando a minha essência de lado. Percebi o quanto eu estava sendo insignificante ao tentar magoar as pessoas a minha volta. Ninguém tinha culpa de nada.

Lembrei-me de quantas mulheres foram levadas para campos de concentração em outra época e várias dela continuaram com fé e com a cabeça erguida. Não era nada parecido ao que eu estava passando. Mas era uma analogia que pra mim fazia sentido. Eu não perderia a minha vida, mas algo dentro de mim morria cada dia mais. E me matar junto não era a solução.

— ACORDAAAA! – puxei o lençol do Kevin após abrir as cortinas.

— Que porra Alice. Ainda falta meia hora para o celular despertar.

— Não quero saber. Anda levanta. – ele abriu os olhou e ficou me encarando.

— Você sabia que eu preciso de no mínimo umas nove horas de sono? Nada menos que isso? Ou acha que meu raciocínio é tão eficaz como?

— Sem piadinhas. Vá se arrumar e vamos comigo a um lugar.

— Tenho que trabalhar. E você estudar.

— Vai ser rápido. – sorri. – Estou te esperando tomando café com seu pai e sua mãe.

— Alice os seus cílios são tão lindos você faz alongamento? – Kira veio me perguntar fazendo carinho em meu cabelo. – E esse cabelo tão sedoso, qual é o segredo?

— Não vai perguntar se faço preenchimento labial ou se fiz rinoplastia? – ela riu.

— Eu te conheço desde criança garota. Sei que não fez nada disso. A genética do seu pai e da sua mãe é perfeita. Quisera eu não ter nenhuma intervenção. E por falar nisso, tenho hora marcada com meu médico. Preciso ir. – ela beijou o marido e sorriu grande pra mim antes de sair.

— Perdoe ela. Quando tem algum procedimento estético ela fica louca. – Caleb disse e deu uma risada baixa.

— Tudo bem. Ser uma modelo até hoje não deve ser nada fácil.

— Ela tem um bom público. E aos quarenta parece ter trinta, então... Não é assim um desafio tão grande. – rimos juntos.

— Que palhaçada é essa? – Kevin chegou questionando. – Tá rindo com o demônio agora? A sua situação tá cada vez pior.

— Bom dia pra você também Kevinho. – ele encarou o pai com ódio. – Foi mal.

— Vamos Alice. – saímos e no elevador eu já comecei a falar.

— Só estava sendo falsa com o seu pai como ele é comigo e com todos. Ok?

— Ah não, sem problemas. – ele deu de ombros. – O que você tanto quer fazer hein?

— Decidi que quero ter coragem para enfrentar isso. – nos olhamos. – Não ter emoções faz parte de mim, é quem eu sou e não adianta nada eu tentar fugir ou ficar me martirizando.

— Até que enfim. – ele ergueu os braços. – Mas ainda não respondeu a minha pergunta.

— Quero fazer uma tatuagem! – ele fez uma expressão muita engraçada.

— Sete horas da manhã? Com dezesseis anos e certamente sem autorização dos seus pais? E o que isso tem a ver com a sua decisão?

— Por isso estou com você. Quem é o tatuado mais lindo que eu conheço? – apertei o seu queixo enquanto chegávamos perto do seu carro. – E que sempre consegue tudo o que quer? – sorri. – Você vai arrumar alguém que ignore a minha idade.

— Por que sete horas da manhã Alice?

— Porque eu estou entusiasmada, você nunca ficou assim?

— Não sete horas da manhã. – bufou enquanto entrava. – Diz agora o que isso tem a ver com a decisão.

— Quero fazer uma fênix bem grande. Renascendo das cinzas. – devem ter se passado uns cinco minutos com ele me olhando. Ou mais. – Kevin... Estou começando a ficar preocupada com você.

— EU É QUE ESTOU PREOCUPADO COM VOCÊ! Você tem algum problema? Ninguém começa a fazer tatuagens por uma enorme. E os seus pais... Eles precisam saber disso antes. Eu não vou me meter nessa confusão não.

— Ah claro... Por que você potencialmente poderá ser meu cunhado no futuro. – falei com risinhos e ele fechou a cara.

— Para com essas gracinhas. Não é você que disse que eu devo esquecê-lo? E, além disso, é falta de respeito com o Rafael.

— Só me responda uma pergunta com muita sinceridade. – nos olhamos. – Você vê o seu futuro com quem? – ele desviou o olhar.

— Ninguém. Não é como se o Murilo fosse voltar de Paris e eu fosse terminar e pronto, ficamos juntos.

— Você pode estar solteiro Kevin. – ele ficou me olhando.

— Não posso. – sua cabeça balançou de um lado para o outro reforçando a sua fala. – Eu não vou deixar o meu namoro acabar por qualquer motivo.

— Vamos logo para o estúdio? – tentei encerrar aquele assunto.

— Isso tá fora de questão Alice! É absurdo.

— E seu eu mudar a tatuagem? – franzi a testa e fiz beicinho. – Mas eu quero tanto essa, passei a madrugada toda procurando um modelo de inspiração.

— Complete dezoito anos e faça até no seu... Nariz. Vai ficar lindo com esse narizinho arrebitado que você tem. – ele pegou na ponta do meu nariz e apertou. – Faz uma frase nele, todos vão achar original e legal.

— Quer apanhar sete horas da manhã? – ele tentou não rir, inutilmente. – Kevin, por favor.

— Alice, não. O seu pai vai quebrar a minha cara e eu não estou afim de apanhar não.

— Ele jamais te agrediria. Ele te ama. – bufei. – E outra, eu não digo nada sobre você estar envolvido. Segredo nosso.

— Vamos logo, que inferno. – ele desistiu de relutar contra a minha insistência.

— Do jeito e do tamanho que você tá querendo custa em torno de uns quinhentos reais. – o tatuador disse parecendo duvidar que eu fizesse.

— Tem problema não meu amor, ele é rico. – falei e apontei para Kevin que apenas ignorou. Quando aquilo começou eu quis desistir. A dor era insuportável. Felizmente eu acabei me acostumando rapidamente.

Passamos a manhã inteira naquele estúdio e parte da tarde também. Avisei meu pai que Kevin havia me buscado na escola, antes que ele aparecesse lá e não me achasse. E para ele eu estava na casa da minha vó. O que não era verdade. Eu precisaria de mais uma sessão, mas apenas na primeira já havia ficado maravilhoso.

— Eu estou tão feliz. – falei olhando minhas costas no retrovisor do carro de Kevin.

— Não tá não. Tá forçando felicidade, nem sente isso direito. Sabemos disso Alice.

— Me deixa fingir. Eu gosto. – suspirei. – Desculpa ter te feito perder o trabalho.

— Quando se trabalha para o seu pai tem a vantagem de poder faltar quando quer.

— É hoje que a Diana vai atacar né?

— Sim. Não entendi como ela armou isso. Por que eu não estaria com Rafael, é dia de semana.

— Ah Kevin me poupe. Vocês estão grudados! Sempre que ele chega do trabalho ou da faculdade você tá lá atrás dele.

— Tá bom e o cara então vai entrar na casa? – ele me encarou.

— Como você é burro! – exclamei batendo as mãos em minha perna, chocada por minha conclusão.

— Não. Isso eu não sou. Diz qualquer outra coisa aí filhinha.

— Vocês comem demais. – comecei a falar ainda pensativa.

— Tá e dai? Que casal não come? O que isso tem a ver com a Diana? – ele perguntou bem impaciente enquanto parava o carro em frente a casa dos meus avós.

— Quando vocês não saem acabam pedindo alguma coisa.

— Sua tia Luna já tinha esse costume. Eles sempre pedem pizza, esfihas, sushi... A vó Isa é que não gosta de se alimentar com porcarias devido a idade, mas o resto daquela casa... Eu acho que devia ter uma nutricionista na família sabe, as doenças que esse povo pode... – o interrompi.

— Cala a boca! – ele me olhou espantado. – Eu estive lá em duas dessas entregas. – o olhei. – E se for esse o cara?

— Você é bem... – parecia não achar a palavra.

— Pode sim ser possível. A Diana é louca, não podemos esquecer isso. Talvez ela esteja monitorando isso desde antes. E seja por isso que ela esteja tão quieta por tanto tempo.

— Qual carreira pretende seguir? – não entendi sua pergunta. – Você é boa em raciocínio rápido e investigação. Não é a primeira vez que dá uma sugestão boa. Gostei.

— Eu ainda não sei. Mas e você? – ele desviou sua atenção. – Por que sei que analista financeiro em um hotel não é.

— Tem muitas coisas sobre mim que só o Rafael sabe... Mas a sua pergunta me fez pensar que isso nem ele sabe.

— E o Murilo sabe? – nos olhamos.

— Provavelmente não. Não que eu tenha dito. Mas... Sinto que ele sabe, não sei o motivo.

— Vamos descobrir agora. – peguei meu celular e ele fez uma expressão de zangado. – Nem tente me impedir.

— Não vou. No fundo também estou curioso. – ele sorriu.

“Oi Alice, estou no curso. É urgente?”— ele disse ao atender a chamada de voz.

— Não, mas é rápido. É que o Kevin começou a estudar administração e eu acho que isso não tem nada a ver com ele. Mas eu fiquei confusa, porque não sei o que tem a ver com ele. Como você o conhece muito bem, queria saber o que você acha para eu aconselha-lo.

“Ele pode estar fazendo isso para ficar no lugar do pai dele, tudo depende de vontade e oportunidade. Não sei Alice. Você quer mesmo me tirar da aula para falar do Kevin?”— suspirei.

— Desculpa Muh. – minha voz era triste. – Não devia ter feito isso.

“Tudo bem. Mas... Se for falar com o que tem a ver com ele é medicina. Ele sabe tudo sobre o corpo humano. Ele tem muita facilidade com isso. Acho que por isso gosta de números, porque ele já contou todos os ossos do corpo humano e veias e vértebras... Enfim, tenho que desligar. Não se mete nisso, a vida é dele. Te amo tá?”

— Também te amo. – desliguei e olhei para Kevin. – Nisso eu fui burra. Como não percebi antes? Sempre que você bate em alguém sabe como e onde pegar e o que fazer... Por que ainda não está fazendo o que você quer? – nos olhamos.

— Alela não tem medicina. E está fora de cogitação eu ir pra capital agora.

— Antes você não foi por causa do seu pai. Mas e agora? Ainda é por causa dele? Ele tá te impedindo? Conversa com a sua mãe, tem que ter um jeito!

— Não é isso. – vi que ele não queria falar.

— É o seu namoro. – conclui. – Vai abrir mão do seu futuro por causa de um namoro que pode nem dar certo Kevin?

— Posso ter meu futuro aqui. E dar certo é questão de esforço.

— Mesmo que dê certo. Relacionamento é apenas uma parte da vida. Se for infeliz no âmbito profissional que sentido vai ter?

— Para Alice, vamos descer.

— Não! Eu não vou desistir enquanto não te fazer mudar de ideia. Você tem que seguir os seus sonhos Kevin. Se o Rafael te amar mesmo ele vai estar te esperando e vocês podem namorar a distância, você não confia nele? Ah, claro, ele não confia em você! – bufei com muita raiva. Como se houvesse alguma necessidade dele desconfiar de Kevin.

— Não é por causa do meu namoro. – ele me olhou triste. – É por você. - fiquei olhando pra ele sem acreditar. - Eu sei que precisa de mim e eu não conseguiria estar longe. – meus olhos encheram de água. – É por isso que eu não queria te falar. Você vai sentir uma culpa inútil. É uma decisão minha, porque eu me conheço. Eu não conseguiria me concentrar em algo que exige tanto de mim pensando em você aqui passando por tudo que tá passando. Eu tento ser frio e forte em relação a isso Alice, mas... A verdade é que sua doença acaba comigo. – vi seu rosto sendo molhado por lágrimas. E agora nós dois estávamos chorando. – E se você voltar àquilo que eu conhecia há poucos anos atrás, quando eu jogava algo em sua direção e você nem mesmo desviava... Parte de mim vai morrer. E a parte que restar vai estar ao seu lado cuidando de você. – o abracei segurando o seu corpo como se ele fosse escapar e chorei mais ainda, molhando sua camisa. Não sei quanto tempo ficamos naquilo, mas ouvimos alguém bater no vidro. Kevin enxugou o rosto antes de abrir e vermos que era Arthur e Rafael.

— O que aconteceu? – Arthur perguntou com o amigo ao lado.  – É alguma coisa com Murilo?

— Não, meu irmão tá bem. – falei antes que aquilo ficasse pior. Ele olhou para Kevin esperando respostas.

— Vai lá. – ele me disse ao invés de responder ao irmão. – Preciso ficar sozinho.

Sai do carro e ele foi embora. Os dois ficaram me olhando na porta antes que eu entrasse.

— Estou percebendo que você chorou muito. – Arthur me abordou. – Seja o que for, eu quero que saiba... – o abracei rapidamente e voltei a chorar. Porque era assim, independente do que havíamos vivido ou do que ainda poderíamos sentir, eu e Arthur sempre encontrávamos um no outro apoio nas horas mais difíceis. E eu tinha muito medo da namorada dele nos afastar e acabar com isso. Levantei um pouco meu rosto e vi que Rafael estava muito preocupado.

— Não é nada com ele. É comigo. – falei tentando acalma-lo. – E, por favor, não briga com ele por ele não ter explicado... Ele ainda não sabe como reagir direito quando expressa sentimentos muito fortes.

— Tá bom. Vou deixar vocês dois sozinhos. – ele entrou e eu olhei para Arthur.

— Ele vai brigar com ele não vai? – perguntei insatisfeita.

— Vai. – ele falou em um sussurro. – Mas eles vão superar. Relaxa. – nos abraçamos novamente. – Se eu tivesse no lugar dele e você me deixasse angustiado daquele jeito eu também brigaria com você. – sua voz ecoou baixinha. – Em outra época, claro.

Fiquei em silêncio abraçada a ele, apenas aproveitando alguns minutos de paz. Não queria pensar em nada daquilo. Não agora. Não ali encostada ao peito de Arthur. Tudo o que eu queria era que houvesse uma cura, para mim e pra nós dois.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã ♥



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