Amor Perfeito XIV escrita por Lola


Capítulo 45
Mentiras e mais mentiras


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/789024/chapter/45

Alice Narrando

Voltei do aeroporto após levarmos meu irmão e não consegui descansar meu corpo e muito menos a minha cabeça. Meu celular começou a chamar e era Yuri, ele estava na porta de casa.

— Me desculpa vim assim sem avisar, você deve estar cansada de ontem.

— Tudo bem. – o recebi já imaginando o que ele queria. – Não precisa perder tempo Yu. Realmente acabou.

— Não. – ele sorriu. – Não é isso. – me surpreendi. – Vim te pedir um conselho.

— Pra alguém que nem sabe mais o que sente?

— É. – agora ele riu. – Você sempre me pareceu tão centrada e... – ele suspirou. – O fato é que Giovana é uma amiga muito legal. E que me ajudou na pior fase da minha vida. Aquilo com a Diana não foi fácil. – concordei. – Então eu meio que me apaixonei por ela... Qualquer um se apaixonaria. Mas... – ele respirou fundo.

— E qual é o grande problema nisso tudo? – questionei.

— Ela ama o Alexandre. – o olhei sem entender.

— Mas eles terminaram já tem tanto tempo Yuri. Por que você acha isso?

— Não acho. Tenho certeza, tive ontem a noite. Ontem no seu aniversário notei o quanto ela olhava pra ele e a Aline junto. E ele também sente algo por ela, por isso tá dando uma de pegador. Já que não pode tê-la, tem todas.

— Nossa que loucura. Nada disso faz sentido pra mim.

— Você só não os observou como eu. – nos olhamos.

— Qual é o conselho que você quer?

— Se eu desisto ou não.

— Difícil Yuri. Não sei o que te dizer.

— Eu só quero que ele seja bom pra ela se for pra ficarem juntos. Não quero vê-la sofrendo de novo.

— Então não acha justo que ela tente esquecê-lo com você? – ele pensou durante alguns segundos.

— Pode ser. Isso parece bom. - ele sorriu, mas depois seu semblante mudou. - É uma pena que por enquanto não podemos ter nada de qualquer forma... Ela tem medo de Diana.

— E acho que tem toda razão, né? – ergui a sobrancelha.

— Sim. – ele respirou fundo. – Acho que vou te deixar descansar, parece exausta.

— Minha cara está tão ruim assim? – ele riu.

— Um pouco. – nos despedimos e de tarde eles se reuniram sem mim já que eu fiquei cochilando. Mas Soph e Lari me inteiraram de tudo e ao entardecer quando saímos da casa delas e fomos pra lá nos surpreendemos com Danilo saindo de sua casa. Vi Kevin chegando e imediatamente o parei.

— Não faz nenhuma bobagem precisamos de respostas. – falei o olhando.

— Mas fazer bobagem é mais divertido. – ele respondeu encarando o garoto que se aproximava.

— Kevin, é sério, eu só estou pedindo pra você se controlar. – nossos olhares se encontraram. – Seja alguém melhor. – ele sorriu. – E não, eu não vou me cansar de te pedir isso. – ele revirou os olhos e virou os braços pegando o vizinho e o arrastando para dentro da casa.

— Chamem o Yuri e o Arthur, missão abortada. – ele ordenou aos meninos. – Sua irmãzinha queria você de volta e conseguiu. Explica o que aconteceu, estou muito curioso.

— Tive que voltar por dois motivos. Os meus pais estavam me colocando como alguém sequestrado e eu não podia mais andar em lugar nenhum e... Fiquei sabendo que Diana queria fazer mal a Yuri.

— Agora você virou bonzinho? – Kevin perguntou e eles se olharam.

— Você nunca acreditou em mim né? – ele sorriu.

— Não nasci desse tamanho. – ele respondeu e sorriu de volta.

— Quero que saibam a verdade por mim. Tem um motivo real de Diana ter se apaixonado de primeira pelo Kevin.

— Eu não tô gostando disso. Eu não tô gostando disso. – Kevin disse andando de um lado para o outro. Mandei que ele ficasse quieto.

— Eu. – ele disse e todos nós o olhamos.

— Você era como o Kevin. – conclui assustada.

— Não, eu era pior.  – ele me encarou.

— Então você mentiu sobre ser o manipulado? – ele concordou.

— QUE ALÍVIO! – Kevin gritou assustando todo mundo. – Eu não estava errado. Meus instintos estão intactos. – ele o olhou. – Então calma, conta a história real. Não precisa, pois eu já entendi. Ela é apaixonada por você, mas não pode te ter e então ela se apaixona pelo cara que mais chega perto na imaginação dela. – ele abaixou o rosto parecendo concordar. - De certa forma ela tá certa, sabia que eu olho pra você e me vejo? Uma versão menos incrível e inteligente, lógico.

— Menos linda também. – Rafael disse e o olhou.

— Nossa ele tá soltinho. Que evolução. – Ryan observou e riu.

— Foco. Ele ainda não contou tudo. – Arthur mandou sendo a seriedade em pessoa.

— A história da minha namorada é verdade. Realmente bati nela por causa da minha irmã, mas... A teoria dela era verdadeira. E eu bati por isso, por saber e quando você sabe algo tão ruim assim e escuta de alguém você perde a razão.

— Se ele é mesmo igual ao Kevin ele é perigoso e eu voto para o executarmos.

— Se a gente o executa a irmã psicopata dele mata um por um que está nessa biblioteca.

— Vocês acham mesmo que estão em um filme né? Calem a boca. – Kevin ordenou e voltou a encarar Danilo. – E a sua irmã, vocês nunca... Você sabe.

— Falar dela desperta coisas que eu preferia esquecer. – eles se olharam. Sophia saiu pra vomitar entendendo o que ele quis dizer. – Na verdade não somos irmãos de sangue. Ela é adotada. O que não torna as coisas melhores. Mas foi um erro que vou pagar pelo resto da minha vida.

— É por isso que você sempre me contou tudo que ela faz... O caminho que ela trilha até perder a cautela. Você viveu isso. E na verdade a fixação dela é com você.

— Você precisa de mim. Todos precisam. E todos nós queremos a mesma coisa, que minha irmã nos deixe em paz.

— Não quero sua ajuda. – Arthur falou decidido.

— Muita burrice da sua parte. Você sabe como a cabeça dela funciona? Quando ela for fazer algo com alguém sabe o que ela pode fazer?

— Se sabe tanto, comece a falar desde já. – Kevin mandou um pouco mais aberto que o irmão. Estranhei isso.

— Ele quer o que a gente quer, calma Kevin. – Yuri pediu o olhando.

— Pra começar eu já respondi por que voltei.

— É? Será que é verdade? Você sempre mente. – Ryan rebateu.

— Dá pra vocês entenderem que a gente não sabe nada da Diana e ele sabe! Que saco.

— Outra dúvida. – Kevin disse e o olhou. – Otávia sabia disso e achou que nos enganar era o melhor caminho?

— Não. – Ryan deu um soco nele assustando todo mundo. – Eu me apaixonei por ela de verdade. Mas eu não podia dizer que menti, ela não me perdoaria.

— E com razão né idiota? – ele perguntou tentando se acalmar.

— Menti por vergonha! Quem quer contar uma história dessas? Isso não muda o fato que quero ajudar. Minhas intenções são essas desde o princípio. E ela sabe disso.

— Você diz que era igual a mim, mas você é mais confuso que eu. Você é muito perturbado e eu não tenho paciência pra isso não. – ele tirou o celular do bolso. – Preciso atender uma ligação. – assim que ele saiu todos olharam para o Arthur.

— Estou cansado disso tudo... – ele disse e respirou fundo. – Você mentiu pra gente, magoou a minha irmã, quase machucou o meu irmão. Sinceramente só tenho vontade de quebrar a sua cara. Mas como eu sou pacífico temos que resolver isso no diálogo.

— Acabou o recreio. – Kevin voltou da porta.

— Não! – Otávia exclamou ao vê-lo arrancar o fio do abajur.

— Tenho dois problemas realmente sérios pra resolver agora e esse palhaço vai parar de fazer hora com a minha cara. – essa foi a fala de Kevin antes de ir atrás do sofá onde Danilo estava sentado e passar o fio pelo pescoço dele.

— Esse garoto é doente? – Larissa perguntou olhando.

— Você vai mata-lo Kevin! – quase gritei enquanto Sophia e Otávia mantinham os olhos cobertos.

— Alguém para esse ser possuído pelo diabo? – Alexandre pediu e eu comecei a ficar aflita ao ver que o Danilo perdia a cor do rosto e parecia não ter mais ar. Arthur não fazia nada e Ryan ria sutilmente. Yuri estava preocupado, mas parecia confiar no irmão.

— Desmaiou. – ele soltou. – Joga ele no porão. Mais tarde eu venho ter uma conversinha com ele.

— Como você sabe que ele desmaiou e não morreu? – Otávia perguntou baixinho.

— Fiz só uma constrição ativa do pescoço por força muscular, utilizando um fio para fazer a pressão, ninguém morre assim. – ninguém entendeu. – Ele já tá acordando, tá vendo? Ele tá bem. Relaxem.

— Eu não sei por que, mas eu sinto que o Kevin um dia ainda vai matar alguém. - Sophia falou e Ryan concordou.

— Leva logo Arthur. – ele mandou enquanto Danilo abria os olhos.

— Aqui não tem porão. – ele disse pegando o garoto pela camisa.

— Foda-se. Tranca no seu banheiro. Preciso resolver duas coisas urgentes. É sério. E eu não confio dele sair daqui e ir mancomunar com a irmãzinha louca dele.

— E o que pretende fazer depois que voltar? - Arthur perguntou sem sair do lugar.

— Me dá esse cara. – Rafael pegou Danilo vendo que Arthur não estava tão disposto assim e que Kevin estava apressado.

— Já falei que eu amo meu namorado? – Kevin perguntou e sorriu. – Tchauzinho, nos vemos daqui pouco.

— Vamos todos ser presos por cárcere privado. – Lari disse e respirou fundo.

— Isso se a irmã dele não fizer algo com a gente antes.

— Vocês se preocupam demais com essa garota.

— Claro! Ela é louca!

— Seja como for, agora é com os meninos. – me levantei. – O tio Gu vai nos levar Soph? – ela concordou.

— Vou ligar pra ele. – ela respondeu e pegou seu celular. Olhei pra Arthur que estava quieto em um canto. Queria ir perguntar se ele estava bem, mas estava nítido que não estava... Achei melhor ficar na minha.

Gustavo estava resolvendo problemas no hotel e demorou um pouco para ir nos buscar, se eu soubesse disso teria ligado para o meu pai. Já estava com sono quando ele chegou. Assim que saímos vi Kevin chegar.

— As meninas vão dormir lá em casa, Soph quer desabafar sobre suas mudanças hormonais e Gih sobre seu quase caso com o Yuri. – contei a ele.

— Larissa e Otávia também? – ele perguntou e eu discordei.

— Larissa e Giovana parecem amar Alexandre, o que me faz não querer as duas tão próximas assim e quanto a Otávia... Ainda não estamos muito bem. – expliquei.

— Não dá pra ser perfeita Alicinha, não dá. – ri da sua fala. Nos despedimos e eu entrei no carro do meu tio, indo pra casa. Semana que vem as aulas já voltariam, o que me lembrava que as aulas de Arthur também voltavam... E ele iria ver a tal da garota que ele sentiu tanta atração. E agora solteiro e decidido que não queria mais me amar... Nada o impediria. Mas no fundo acho que ele não faria isso. Ele vai esperar pelo menos um pouco. Pelo menos eu acho.

Murilo Narrando

Chegamos de volta ao hospital psiquiátrico quando estavam checando a temperatura e a pressão, eles faziam isso duas vezes por dia, geralmente de manhã e a noite. Após todo aquele procedimento e anotações no prontuário procurei Kevin e Patrícia. Fiquei assustado ao vê-la com faixas.

— O que aconteceu? – perguntei rapidamente. Ela ficou me olhando. – Diz logo.

— Tudo bem que o Kevin é maior e está internado por decisão própria, assim como você, mas não achavam que seria legal me avisar que estavam indo para a sua cidade?

— Gardan conseguiu uma passagem muito em cima da hora. Aquele idiota comprou pela internet não sei como, aqui nem tem conexão. – respirei fundo. – Ele disse que pediu alguém pra te avisar.

— Sim. Mas eu preferia que fossem vocês.

— O que aconteceu com você? Não fez nada de ruim né? – ergui as sobrancelhas.

— Para de se preocupar. Cai no banheiro. Meus remédios foram trocados e eu estou tonta por esse motivo. Satisfeito?

— Isso é uma desculpa?

— Não teria como eu fazer alguma coisa aqui Murilo. Deixa de ser idiota.

— Paty você precisa saber as novidades. – o pinscher chegou eufórico. – O amor da vida dele é LINDO. Sério, ele é um gostoso. Ele não vai esquecê-lo nem tão cedo. Mas ele é selvagem... Meu pescocinho ainda tá marcado, olha. – ela fez o que ele pediu e depois me encarou.

— Eles ficaram?

— Não menina. – ele mesmo respondeu. – Eu não fui com a cara do namorado dele. Quer dizer, o namorado dele não foi com a minha cara, a gente se estranhou e ele virou um bicho agressivo.

— Desiste Murilo. – ela disse e me olhou. – Vocês dois nunca vão dar certo. Um marrento igual a você com um cara bruto? Você precisa de alguém sensível.

— Tentei e também não deu certo. Acho que na verdade eu não preciso de alguém. E marra não, eu tenho postura. – sorri e ela riu.

— Deixem eu acabar de contar tudo o que rolou. – olhei para o Kevin.

— Só queria expressar o quanto viajar com você foi desgastante, decepcionante e eu não faria de novo. – falei de uma forma séria e ao mesmo tempo tentando ser aprazível e educado. – Você precisa estar ciente que é desnecessário.

— É difícil pra você ver o quanto é tóxico alguém que é próximo a você, mas no dia que aquele Rafael mostrar quem é de verdade você vai se lembrar de mim. – ele piscou. – E sim, confesso que eu sou exagerado. E eu passo dos limites, quase sempre. Foi mal por isso.

— Tá, desculpas dadas, vamos para as fofocas. – Paty disse amenizando o clima. – Alguém pegou alguém?

— Tinha mais hétero lá que em uma boate de stripper. Não peguei. E Murilo só tinha olhos para o ex que por sua vez estava tentando loucamente se convencer e convencer a todos que é louco pelo namorado.

— Que? – ela o olhou e depois me olhou.

— Ele ama o Murilo. Desde que ele pisou lá eu pude notar pelo olhar dele. Ele não consegue esconder. Mas é tanta demonstração de afeto pelo namorado que fica mesmo parecendo que é só passado.

— Se ele ama ou não já acabou e nunca mais vai acontecer de novo.

— Por que nunca mais? Recaídas com ex sempre rola.

— Não com a gente. Ele vai ter medo de se aproximar por tudo que eu sofri com a nossa história e eu vou preferir deixar quieto também... De qualquer forma estamos melhor assim.

— Queria ter essa disposição para me enganar. – Kevin disse e respirou fundo. – Paty eu amei a cidade, é linda. As pessoas são... Esquentadas né? A irmã dele não gostou de mim por causa do ex do Murilo que é melhor amigo dela. O que mais tenho pra contar... O pai dele é realmente um gato. Achei que era puro tratamento de imagem, não é. Você tinha que ter ido, tinha vários amigos dele solteiros lá.

— Ela não iria ficar com nenhum deles. – falei e eles me olharam.

— Posso saber por quê? – ela perguntou um pouco nervosa.

— Todos tem caso com alguma das meninas. Não iria deixar você arrumar confusão.

— Será que é só isso? – ela não gostou da pergunta de Kevin.

— Para de insinuar as coisas. Você não é assim. Saudades de quando era só nós dois, você não plantava a semente da discórdia.

— Só disse o óbvio, ele iria ficar incomodado. Afinal a sua atenção é toda pra ele.

— Não é. – ela discordou.

— Um se enganar eu aguento, dois não. Tchau. – ele saiu nos deixando a sós.

— Não liga pra ele. Toda vez que ele tem notícias do pai ele fica estranho.

— Em momento algum me preocupei. – ri. – Nem quando eu estava lá em Torres pra falar a verdade. Se eu preocupasse seria pior.

— Exatamente. E você passou bem?

— Sim. Comecei uma mini crise no avião, mas esse idiota começou a contar um caso engraçado que eu nem me lembro direito. E eu achei que ele que ia me dar trabalho. – sorri.

— Ele tá bem. Acho que ele vem pra cá mais pra fugir do pai na verdade.

— Qual é o problema deles?

— Kevin nunca quis ser rico. Ele renega o sobrenome e a família. Só gosta da irmã dele, apesar dela cumprir com todas as obrigações de herdeira.

— Entendi. – fiquei em silêncio por um tempo.

— Aquele senhor chegou ontem... – ela disse e eu olhei na direção dele. – Não sei qual é o motivo. O que você acha? – nos olhamos.

— Você já parou pra pensar que tá vivendo isso aqui sempre focada nos outros? Você evita entrar dentro de si mesma. – ela deu um suspiro carregado e triste.

— Todo mundo aqui está fazendo o mesmo. Entre passar o tempo discutindo a diferença entre Transtorno de Personalidade Histriônica, Bipolaridade e Borderline, eu prefiro observar as outras pessoas.

— Não precisa fazer isso porque todo mundo está fazendo. Você é mais inteligente que isso. Sabe que tem algo a mais e que pode aproveitar melhor esse tempo aqui. Caso contrário vai sempre estar voltando.

— No momento eu só consigo me preocupar com os efeitos colaterais dos meus novos medicamentos.

— Tá muito ruim? – ela concordou.

— A tontura é até tolerável se eu ficar parada. O pior são os enjoos.

— E não tem como trocar?

— Tem que passar pelo período de adaptação. – suspirei com a sua resposta. – Acho que meu psiquiatra se assustou ao me ouvir dizer que suicídio é uma epidemia neoliberal. Eu disse mais outras coisas, mas vou te poupar disso. O fato é que ele já estava com a ideia de fazer a troca... Ei. – a olhei. – Você já sai daqui esses dias né? – concordei. – Vai precisar fazer sua última avaliação para ter alta. Será que vai conseguir? – ela quase riu.

— É sério isso?

— Sim. Mesmo que estejam aqui espontaneamente vocês passam por todos os procedimentos, inclusive esse. A única coisa que vocês podem fazer e pessoas como eu não, é sair com autorização do médico, mas geralmente não pode passar de um dia e são casos bem especiais.

— Entendi. – respirei fundo. – Então não sei se eu sairei.

— Tomara que não. – ela me olhou e riu. – Estou brincando.

— Onde você mora? Além daqui. – sorri. Ela contou e eu percebi que era no mesmo prédio da república do Adam e da Audrey. Iriamos ser praticamente vizinhos. Isso se ela parasse em casa e não aqui... Ansiava por uma mudança positiva, tanto pra ela quanto pra mim.

“Você pode se distanciar de quem está correndo atrás de você, mas não do que está correndo dentro de você.” (Provérbio Ruandês)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até amanhã ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Perfeito XIV" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.