Amor Perfeito XIV escrita por Lola


Capítulo 36
Alice Autodestrutiva


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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Rafael Narrando

Após Kevin sair feito um louco Arthur foi atrás dele de táxi e nós fomos pra casa com Ryan dirigindo o carro de Arthur, o que eu juro que eu não concordava nem um pouco com isso e insisti para que eu os levasse, mas como era a minha perna direita que foi cortada isso dificultava um pouco as coisas e eles diziam que os pontos iriam abrir... Preferi não arriscar.

— Vou lá buscar Sophia e Alexandre que ficaram esperando. – ele avisou ao parar em frente a casa de Arthur e nos deixar. – Rafael entra e deita. Você precisa tomar alguns remédios, a receita tá com... Com quem?

— Comigo. Cala a boca e vai embora. – entrei estressado.

— Cortaram seu humor também. – Larissa brincou e riu. – Tá, eu sei não é o momento para piadas.

— Por que Otávia não foi ao hospital? – reparei nisso apenas agora.

— Ela tá com raiva ainda. E olha que vocês são bem amigos.

— Senta aqui meu filho. – meu pai e Isadora me receberam. Depois veio Luna e Mark. Eu não conseguia inventar uma história coerente então só disse que não me lembrava de nada. Kevin entrou na casa com Arthur atrás dele, eles foram para fora na área de churrasco, pareciam discutir então fui bem rápido de encontro a eles.

— Ow ow ow vai devagar aí. – meu amigo me parou. Vi Kevin lavar a mão no tanque e era sangue.

— O que ele fez? – Ryan perguntou ao chegar. Todos vieram com ele.

— Arrebentou a cara do Caleb inteira. Não sei de onde ele tirou tanta força. Só quero que peguem tudo que é necessário pra fazer curativos nas duas mãos dele porque ele vai precisar. – Larissa foi fazer o que ele pediu e eu fiquei olhando para o Kevin que agora encarava o nada.

— Ele não vai voltar a ficar daquele jeito né? – Alexandre perguntou preocupado.

— Não. – ele mesmo respondeu. – Vou pra casa. – Arthur o segurou.

— Tá louco? Você sabe muito bem o que ele vai fazer agora.

— Sabe qual é a diferença? Antes eu não tinha esse ódio por ele. A minha mente funcionava de uma forma bem diferente. E ele não vai fazer nada com a minha mãe em casa. – Larissa chegou com as coisas e Arthur o segurou firmemente.

— Você não vai sair daqui agora. – ele o encostou contra o tanque e começou a cuidar da mão dele.

— O que é aquilo que aconteceu com você no hospital? – Alice perguntou e ele a olhou.

— Lembra aquela vez que estávamos na arquibancada no abrigo? Eu e Murilo já estávamos juntos e alguém estava dando em cima dele... Você me chamou diversas vezes e eu só atendi quando gritou? Usei a mesma técnica. Só que como eu estava traumatizado deu um pouco errado.

— Então você realmente estava em estado de choque.

— Sim. – ele suspirou. – Não sei o que aconteceu comigo. Eu não sou assim. Não consegui fazer nada quando vi que aquele homem podia... Se ele tivesse me ameaçado acho que eu não ficaria assim.

— E você usou essa técnica para não ver o que estava acontecendo no hospital? Rafael estava tão mal assim?

— Não, ele já estava bem. Só não queria ouvir os meus pensamentos. Queria ir para um lugar seguro.

— Olha Kevin vamos combinar uma coisa. – Sophia falou de uma forma atrevida. – Se não quer ser visto como um psicopata não aja como um psicopata. Esqueça tudo o que seu pai te ensinou. Combinado?

— Você vai desaprender a andar, falar e até mesmo a encher o saco das pessoas? Eu cresci fazendo todas essas coisas. Não dá. Eu não questiono os seus hábitos, me deixa em paz.

— Ele está em uma situação completamente estressante, não o irrite Soph.

— Rafael por que você está em pé? – Arthur perguntou me olhando.

— Por que o meu namorado está em um colapso nervoso?

— Você tá bem? – Otávia apareceu e me perguntou com a voz doce e carinhosa.

— Sim. – sorri. – Acho que vai doer e devo mancar um pouquinho, mas eu estou bem.

— Que ótimo. Se precisar eu tô aqui tá?

— Eu sei. – a abracei de lado e a soltei rapidamente.

— Não fui ao hospital porque estou evitando ficar junto desse povo. – ela fez uma expressão de insatisfação e foi pra dentro.

— Não precisa de mais testes. Danilo não é alguém de confiança. – Kevin falou com o tom de voz sério e ao mesmo tempo triste.

— Como sabe? Por que tá falando dele agora? – Arthur perguntou desconfiado. Ele respirou fundo.

— Digamos que ele se aproximou mais de Otávia... Parece que os irmãos querem o caos e o conflito. Se ele fosse legal e alguém que poderíamos confiar ele estaria aconselhando que ela ouvisse os amigos e tivesse paciência.

— O que você quer dizer com se aproximar mais? – meu amigo focou apenas nessa parte.

— É isso mesmo. E ao que tudo indica o cara é excelente na cama. – Arthur saiu furioso.

— Parece que não vai ser só eu que vou arrebentar a cara de alguém hoje. – ele sorriu. – Viva a violência.

— Por que você fez isso? – Alice perguntou cruzando os braços.

— Ele tinha que saber. Esse cara tá fazendo a cabeça da Otávia igual aquela demônia com o Yuri. Ela já tá com raiva da gente.

— Você tá dando o que ele quer, mais conflito.

— É Kevin... Agora você foi bem burro. Otávia vai odiar o Arthur. Tá fazendo o jogo do cara certinho. – acabei de fazer seu curativo.

— Posso ter piedade no dia que o meu namorado poderia ter sido morto?

— Vem comigo, você precisa de mim agora. – falei e peguei em sua mão o levando até o lugar que conversamos e ele me pediu em namoro.

— Se o seu pai nos ver aqui sozinhos, não vai achar estranho?

— Fomos assaltos juntos. Já sei. – mandei mensagem para Sophia, pedi que ela se sentasse perto e ela ficou ouvindo música no fone e mexendo no celular.

— Agora temos uma acompanhante? – ele perguntou e riu.

— Se te deixa mais seguro. Eu iria dizer mais a vontade, mas não acho que seja a palavra certa. – sorri.

— O engraçado foi ela topar de primeira sem reclamar.

— Fui cortado Kevin. Tá todo mundo com dó de mim. Principalmente você. Lembra o que eu te disse? Que queria que conversasse comigo.

— Eu pensei que você fosse morrer. – enxuguei uma lágrima do seu rosto antes que ela caísse. – Não consegui falar nada, não saia voz da minha boca, a única reação foi deixar meu celular cair e ficar parado. Nem sei como te levei ao hospital. Eu me senti ainda mais destruído quando o médico disse que você não pôde tomar anestesia e sofreu muito.

— Foi horrível. Eles me deram um pano para morder. Mas o remédio de dor era muito forte e logo fez efeito. Tanto que eu dormi muito. Só que eu precisava de você comigo quando eu acordei e você não estava bem... Fiquei preocupado, não queria que fizesse mais isso mesmo sabendo que é difícil pra você.

— Se eu fizer é só gritar. Simples.

— E a mais sonsa de todos foi a que conseguiu reverter esse seu estado de transe.

— Não precisa ficar assustado, eu percebo tudo a minha volta. É como se fosse uma auto hipnose, mas diferente. Funciona bem pra mim, desde o início não precisei de ninguém pra me ajudar.

— Acho que você não precisa de ninguém pra nada.

— Preciso. – ele ficou me olhando. – Preciso de você. E eu não sei o que eu faria se tivesse te perdido. Parece que eu estou sempre te perdendo. – ele deu uma risadinha.

— Isso não vai acontecer.

— Vou ir comprar os seus remédios. E depois vou ir dormir, estou com sono.

— Não vai pra lá, dorme aqui. Estou preocupado com você e o seu pai sozinhos.

— Vou passar lá e tomar um banho e volto. Tá? – concordei.

— Mas então como eu disse ás vezes eu gosto, mas às vezes eu não gosto não, acho que é relativo, não sei... – olhamos pra Sophia assustados, ela ergueu a sobrancelha pra frente.

— Vim ver como você está. – meu pai disse me olhando.

— Eu estou bem.

— Vai para o quarto deitar Rafinha. – o encarei surpreso.

— Você não me chamava de Rafinha desde que eu era criança.

— Você não se machucava feio assim desde que era criança. Vem. – ele me estendeu a mão, me levantei com ele. – Vocês também deviam ir descansar. Não estão machucados, mas estão abalados. – ele deu um sorriso pra eles e entramos.

— Pai... – ele me olhou atento. Pensei em contar tudo a ele. Sobre mim e Kevin e como eu estava amando um homem pela primeira vez e mesmo que isso parecesse mentira era verdade e era a coisa mais incrível que eu já vivi na vida, conseguiu tirar todo o aperto que eu tinha no peito, a minha aflição se foi e eu queria que ele entendesse isso... Mas ele nunca entenderia.

— Pode falar.

— Nada. Obrigado por cuidar de mim.

Talvez quando ele estivesse em outro plano ele entenderia. Mas com certeza não seria agora.

Alice Narrando

Rafael ter sido gravemente ferido me mostrou que isso não era uma brincadeira e se preocupar com Danilo e Diana agora não era prioridade. Sai antes de Arthur voltar e fui até a academia do meu pai, subi para o seu escritório e observei onde estava o cinturão. Em um armário de vidro, trancado. Bati as unhas no vidro para sentir a espessura.

— É blindado. – o sócio dele entrou e se sentou. – Não igual nos carros ou portas e janelas, uma bala passaria por ele. – ele riu. – Mas ele é muito mais resistente, o seu pai mandou fazer com um tipo de blindagem, então pra quebrar daria certo trabalho. Tá pensando nisso? – dei uma risada.

— Não, claro que não. É que vieram uns parentes de longe e o meu pai tá de férias então eu pensei em leva-lo até lá para mostra-lo a eles. O meu pai não sabe, seria uma surpresa. É que é o maior prêmio dele, eu como filha tenho muito orgulho. – sorri de orelha a orelha. Esperava que funcionasse.

— Só ele tem a chave. Mas ele iria gostar disso. – ele sorriu, pelo visto fui bem convincente. – Espero que minha filha seja assim quando crescer. – fiquei um tempo batendo papo sobre a filha dele e fui embora. Eu precisava muito dessa chave. Não queria mais ver ninguém machucado ou até... Morto. Fui pra casa dos meus avós e liguei pra ele me buscar.

— Pai essa chave tem as suas chaves de tudo? – é, eu não era muito sútil. Ele me olhou me analisando.

— Tudo o que? – ele não estava bem humorado. Desde que Murilo se foi.

— Das portas da casa, das coisas da academia, de tudo ue.

— Que pergunta estranha é essa Alice?

— Ah, sei lá. Eu quero puxar papo. Meu irmão foi embora. Um amigo foi assaltado. Meu namoro tá estranho. Dá pra conversar?

— Sobre chaves? – nos olhamos.

— Melhor que falar de assaltos.

— Sim, tem todas as chaves. E o seu chaveiro, tem todas as chaves? – ele franziu a testa. – Você não tá usando nada ilícito né?

— Não, mas tô quase. – resmunguei.

— Essa cidade é tão calma para um assalto tão violento... O máximo que acontece é o tráfico do morro, mas até ele há anos está estabilizado. Não entendi isso. Rafael não fez nenhum inimigo?

— Inimigo não, mas cometeu o erro de se aproximar da pessoa errada. Isso tudo é por causa do Kevin.

— É alguém que gosta dele? – ele questionou parando o carro em frente de casa.

— Não. – abri a porta para descer e abrir o imenso, antigo e barulhento portão de ferro para ele entrar e então ele segurou meu braço.

— Caleb? – suspirei. – O que ele está aprontando? E por que isso tá machucando um garoto?

— Não quero te envolver nisso pai. Você mesmo me disse que as coisas que Caleb faz sempre foram justificáveis por ele ser pai dos filhos da sua irmã. Até quando? Vocês são todos cúmplices dele. Vai precisar alguém morrer pra perceber que ele não é só criminoso, ele é perigoso. Ele é doente. – não aguentei e comecei a chorar. – Hoje o Kevin ficou em um estado de choque brusco e eu fiquei muito triste de vê-lo daquele jeito. – o celular dele começou a tocar.

— Seu tio Gustavo tá me ligando. A gente vai continuar essa conversa agora.

— Deve ser pra falar que o Kevin foi expulso do hotel por agredir o pai. Vou entrar andando. – sai do carro e fui pra dentro.

Esperei que ele entrasse e deixasse a chave em algum lugar. Acho que eu não podia conviver tanto com Giovana. Eu era muito sonsa. Lógico que a chave não estava junto das chaves que ele usava diariamente. Ela era pequena e ele não abria aquele armário sempre.

— Mãe onde ficam as chavinhas dos armários dos prêmios do meu pai da academia? – mais um ponto para a minha sutileza que hoje havia me abandonado.

— Na gavetinha do meio da cômoda do nosso quarto, por quê?

— Queria ver uns de perto, você acha que ele brigaria comigo?

— Claro que não, pede a ele. O seu pai por acaso briga com você Alice?

— Ah, sim, pelo Arthur. – respirei fundo.

— Ele não briga, só se preocupa com vocês dois e o namoro de vocês. E falando nisso como vocês estão?

— Mãe não estou afim desse assunto, vou subir.

Eu a deixei reclamando sozinha e fui rapidamente para o quarto do meu pai, ele estava lá fora ainda conversando com meu tio, então fucei correndo na gaveta e peguei a chave.

— Oi. – sai trombando com ele entrando. – Estava te procurando, dá pra me levar de volta lá pra baixo?

— Alice é quase uma hora da tarde, eu quero almoçar. Você não pode esperar? Acabei de te trazer de lá.

— Não precisa, eu ligo para o Arthur. – fiquei na ponta do pé e beijei seu rosto. Nem parecia que iria roubar algo que ele tanto amava agora.

— O seu tio me contou o que aconteceu. – ele suspirou enquanto descíamos. – Imagino que Caleb não queira Kevin com Rafael assim como ele não o queria com Murilo, né?

— Já falei que eu não quero falar desse cara. – peguei meu celular. Liguei para Arthur e ele disse que já estava vindo. Vou esperar ali na varanda.

— Você não vai almoçar? – olhei minha mãe.

— Na vovó. – dei um tchau e sai sabendo que o que eu faria era errado e que eles não mereciam isso, principalmente depois de Murilo ter magoado os dois ao ir embora, mas eu não podia ficar parada sem fazer nada.

Almocei bem rapidamente planejando em minha cabeça como eu faria aquilo. Peguei uma mochila pequena emprestada com Otávia e fui até lá assim que Arthur foi para o trabalho. Pegar foi fácil, o sócio dele estava em horário de almoço e um funcionário que era de confiança abriu o escritório sem me perguntar nada. Deixei um bilhete dizendo que a minha ideia havia dado certo com a ajuda da minha mãe. Pelo menos por enquanto ele não iria dizer nada ao meu pai. Minha ideia é tirar várias fotos do cinturão antes de entregar, para a amiga da Sophia reproduzir e eu colocar no lugar. E rezar pra ele não perceber. Por que eu não fazia o contrário? Primeiro porque estamos sem tempo e segundo e principal motivo é que se tentarmos enganar esse cara e ele perceber acho que ele mata Kevin e Arthur de uma só vez.

— Oi. – Giovana abriu a porta da casa dela e eu fui entrando toda eufórica. – Quer água?

— Não, obrigada. Gih vocês foram em Alela no dia que os meninos foram né?

— Sim. Otávia queria comprar roupas e... – a cortei.

— Então, vocês os encontraram, com certeza no quarteirão que eles estavam, você consegue lembrar qual era?

— Lembro. Eles estavam em um prédio, vimos o carro de Arthur parado por perto.

— Ótimo. Vamos até lá comigo.

— Por quê? – agora eu tinha que pensar em algo, não podia falar a verdade, Giovana era sonsa, mas não concordaria comigo.

— Deu uma curiosidade em saber onde é. E agora que eu não corro risco e o alvo é o Rafael, eu pensei... Por que não?

— Ah, não sei Alice, não seria melhor a gente ficar por aqui mesmo? Vimos que esse cara é perigoso.

— Ele não é. Os capangas dele são. Ele deve ser um ratinho. – revirei os olhos. – Vamos?

— Tá. – ela suspirou. – Quero muito tomar o milk shake que tem lá perto. Você me espera trocar de roupa?

— Claro. – fiquei andando pela sala enquanto ela não voltava.

— Você tá nervosa? – ela chegou arrumando sua bolsa.

— Não. Vamos pedir um carro? – ela concordou e então saímos de sua casa. O caminho eu pensava no que eu estava fazendo e tentava não pensar nas consequências.

— É aqui. – ela disse olhando ao redor. – Acho que é aquele prédio. – ao chegar perto olhei os nomes nas placas e achei o dele e vi qual era o andar.

— Giovana, preciso subir. Espera aqui.

— O que? – ela ficou me olhando. – Se esse cara te vê ele te ameaça ou faz alguma coisa, sei lá.

— Vou entregar o que vai fazê-lo parar de ameaçar e fazer mal a mim e a todos.

— Então era isso que você queria vindo aqui! Alice! – ela me segurou.

— Solta. – puxei meu braço e entrei no elevador sem ela. Sai no andar dele e procurei sua sala. Respirei fundo, não podia negar que estava com medo.

— Não eu não tenho horário marcado, mas é algo do interesse dele e ele sabe o que é. – falei para a secretária que não parecia nada contente em me ver ali.

— Ele está acompanhando um cliente em um imóvel. Quer esperar? Acho que vai demorar.

— Sim, eu quero. – me sentei. Aquilo iria ser pior que pensei. Tentei me distrair, mas não conseguia. O tempo ia passando e nada dele chegar, aquela aflição só aumentava.

— O que você está fazendo aqui? – perguntei ao ver Kevin entrar.

— Eu que te pergunto. – ele me pegou com força pelo braço e me tirou da sala.

— Giovana te ligou?

— Era o mínimo que ela sonsa poderia fazer. Anda logo, vamos embora.

— Eu não vou. – o olhei nos olhos e respondi de forma firme.

— Você não decide isso.

— Decido sim. É sempre você e o Arthur que decidem tudo!

— Queremos te proteger Alice.

— Não quero ser protegida. Você não viu o que aconteceu com o Rafael? Se tiver que acontecer mais alguma coisa por causa desse cinturão não me perdoo.

— Sai comigo desse prédio agora antes que eu te arraste.

— Não. – me virei para voltar para a sala e ele me puxou com toda força e me levou pela escada. – Kevin não. – comecei a bater nele e ele me segurou com mais força ainda me machucando.

— Nunca mais faça isso. – ele me olhou com fúria. – Eu vou quebrar o seu braço.

Decidi não contraria-lo mais, ele já estava nervoso demais. Descemos e encontramos Giovana esperando lá embaixo. Entramos no carro dele pra ir embora.

— Tá um cheiro estranho aqui atrás Kevin, de... – Giovana falou e ele pareceu incomodado.

— Sangue. – ele respondeu e a olhou. – Ainda não tive tempo de levar meu carro pra lavar. – ele me olhou. – Eu estava dormindo Alice. Você me irrita tanto. – passei o caminho calada, Kevin deixou Gih e depois me fez passar na academia e guardar o cinturão e me deixou em casa.

— Obrigada pela carona. – abri a porta.

— Devolve a chave para o lugar dela e nunca mais pensa nisso. O que você fez hoje foi muito idiota.

— Idiota foi achar que iria dar certo. – reclamei. – Não fico impedindo você ou o Arthur de me protegerem, por que não deixam que eu salve vocês?

— Vai pra sua casa lindinha. – ele sorriu ironicamente. Seu celular começou a tocar. Vi que era Arthur então fiquei no carro, ele atendeu e demorou uns minutinhos, sua expressão era de que algum desastre havia acontecido.

— O que foi? – perguntei o olhando.

— Seu irmão. – ele respondeu vagarosamente e em um tom de voz baixo. Não queria ouvir o que era. Sabia que eu estava com um pressentimento ruim o dia inteiro. Achei que fosse pelo que eu estava fazendo, mas era algo pior, bem pior.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã ♥



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