Broken Heart escrita por La Rue


Capítulo 5
Sonho


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos! Que saudade que eu estava de atualizar. Sinto pela demora, mas reta final da fanfic e a gente meio que tem mais trabalho do que acha que vai ter… Por mim eu deixaria ela mais longa, faria um grande desenvolvimento, mas essa fica começou em uma época que eu não estava muito bem e meio que escrever ela me "suga" um pouco mais de energia.

Então é isso, penúltimo capítulo, espero que vocês gostem… Boa leitura a todos!



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Victoria suspirou de forma pesada, se dependesse dela sequer teria se dado ao trabalho de levantar mais cedo para algo tão estupido, mas Warren insistira tanto que preferiu atender ao pedido do rapaz a passar por cima dos poucos valores que ainda lhe restavam e voltar a agir como uma vadia. Checou seu visual no espelho antes de sair para o corredor que dava acesso aos outros dormitórios, estava impecável como sempre… Ela preferia não se meter em brigas - havia prometido a Max que não tocaria mais naquela conversa sem nexo - contudo teria de deixar de lado os avisos da sua amiga mesmo que a contragosto; estava preocupada e gostando ou não apenas a Srta. Perfeita poderia ajudar de forma efetiva.

Foi até o quarto de Kate, afinal era cedo o suficiente para que ela fugisse de qualquer investida sua, mas não iria lhe julgar por tal atitude, a garota procurou ficar mais reclusa enquanto davam andamento ao caso envolvendo o Prof. Jefferson e Nathan. Bateu algumas vezes na porta, mas sem fazer alarde, não queria chamar atenção de ouvintes interesseiros, muito menos de Max, por mais que atualmente a sua companheira de sala estivesse adepta a dormir em outros lugares fora das dependências da Academia Blackwell.

Não demorou para que a loira de olhos amendoados atendesse às batidas insistentes. Esperava encontrar uma Kate sonolenta e vestindo algum pijama infantil, contudo estava enganada, Marsh já estava em seus trajes habituais e pronta para mais um dia de olhares e torturas sociais em sua amada instituição.

—Eu poderia perder o meu tempo com todas essas regras de boa convivência, mas eu prefiro ser direta… - disse de forma simples e seca, a sobrancelha levemente arqueada. - posso entrar ou prefere que eu fique estática na sua porta?

Kate não tinha muitas alternativas, ela conhecia Victoria bem o suficiente para saber que a garota vivia em uma linha muito tênue entre ser uma pessoa compreensiva ou passiva-agressiva, preferia manter pelo tempo que conseguisse a sua sanidade mental e a relação diplomática que adotaram apenas por um motivo em comum, "Maxine Caulfield".

—Se estiver aqui para me convencer de algo, sinto muito, mas não precisa sequer começar a falar. - informou com toda sua boa educação assim que Chase fechou a porta atrás de si.

—Provavelmente você é a única pessoa capaz de ajudá-la, eu tentei, Warren também, infelizmente você é a única aqui que tem alguma voz ativa quando se trata dela. - soltou de forma ácida, os olhos amendoados de Kate lhe analisavam rigidamente.

Victoria e Kate não conseguiam conversar por muito tempo, por mais civilizadas que tentassem ser, sempre havia alguma pequena rusga entre elas, seja por suas personalidades distintas, as polaridades de suas escolhas ou atualmente envolvendo Max.

—... Pensei que esse fosse o seu papel agora. - devolveu Marsh da forma mais polida que pode, mas lá no fundo havia algo que lhe incomodava.

Elas não chegariam a um acordo, ambas sabiam muito bem disso, Kate estava se desviando de Max após a última conversa que tiveram e Victoria se envolvera com Caulfield nesse meio tempo, entretanto foi apenas algo passageiro que envolvera um pouco de álcool e carência no processo; por mais que Chase de alguma forma desejasse fazer algo à mais por Max… Contudo, ela não estava pronta para se meter entre a confusa relação atual de "Marshfielf", como Warren havia batizado-as.

—Tenha certeza que não estaria perdendo meu tempo lhe pedindo alguma ajuda se fosse algo que tivesse controle… - Victoria dirigiu-se novamente para a porta, era melhor se retirar antes que começasse a se arrepender de suas gentilezas para com a sua companheira de estudos. - eu pensei que você seria menos covarde, logo ela que fez tudo por você… Mas acho que me enganei.

 

~***~

 

—Querida, você quer conversar?

A voz de Joyce chamou-lhe a atenção mais uma vez, contudo o tom utilizado não era o mesmo quando a mais velha estava apenas exercendo o seu papel como atendente do Duas Baleias. Max ainda tinha o prato de ovos e bacon intocado à sua frente e o tom empregado pela Sra. Price, Price-Madsen - ou qualquer que fosse seu sobrenome agora - indicava que provavelmente deveria passar alguns dias longe de seu restaurante favorito, o que realmente não lhe agradava, já que era um dos poucos lugares com uma comida realmente decente em Arcadia Bay, bem como a companhia adorável da mãe de Chloe.

Todavia ela não tinha muito do que se queixar, sabia que cedo ou tarde seria abordada por aquele par de olhos verdes que já carregavam preocupações demais para que ela se tornasse mais uma.

—Está tudo bem… - tentou tranquilizá-la, mas não teve coragem de levantar o olhar para encará-la, seus olhos ainda estavam presos ao exemplar matinal do jornal jogado sobre a mesa enquanto distraidamente ela cutucava o bacon como se esperasse que ele revidasse.

—Max, por favor… - ponderou suas palavras, não queria afastar a garota ainda mais, ela viu aquele comportamento estampado em sua própria filha, e não desejava que a jovem Caulfield fosse absorvida pelas consequências de suas escolhas. - tenho notado sua feição abatida nos últimos dias, sei que não deve estar se alimentando direito.

—Eu posso levar? - indicou novamente o jornal onde a face estava voltada na matéria principal, estampando o semblante de Mark Jefferson. - não tenho tempo, minha aula vai começar em breve… - justificou logo em seguida.

Joyce suspirou, estava preocupada, pois tinha certeza que Maxine estava mentindo, soube pelos pais da garota que a estudante não estava indo com regularidade às aulas.

—Que tal comer primeiro? - sugeriu em um tom que bem sabia que não haveria recusas, a menina lhe sorriu de forma contida logo em seguida, levando uma generosa quantidade até a boca.

Fez um breve carinho nos fios castanhos, seus olhos pousaram no colar que antes pertencera a sua filha e agora era ostentado pela melhor amiga.

—Eu estou aqui, não se esqueça disso… - confirmou antes de se retirar de volta ao trabalho, por mais que o movimento não fosse dos melhores àquela manhã alguns dos clientes já entoavam o seu nome pelo recinto.

 

~***~

 

Max tinha outros planos para aquele dia, mas o ar preocupado de Joyce era algo com o que não conseguia lidar… Ela estava cansada de se sentir como um peso na vida daqueles que lhe rodeavam. Aproveitou a distração da mais velha e partiu em seu companheiro de fuga - a caminhonete que pertenceu anteriormente a Chloe -, mas seu destino não seria a Academia Blackwell, como havia salientado poucos momentos antes, e sim o ferro velho. Queria ter encontrado Frank antes disso, mas sabia que a Sra. Price não aprovaria tal atitude e propositalmente ou não o fornecedor de entorpecentes de Arcadia Bay parecia lhe evitar; talvez ele não quisesse - mesmo que indiretamente - ferrar mais uma vida adolescente depois de tudo que presenciara.

Possuía todos os motivos para sequer passar perto daquele local, mas estranhamente ela conseguia sentir alguma paz quando se isolava naquele mundo de memórias obscuras e assim fugia das aulas… Quem diria que algum dia alguém veria Maxine Caulfield em tal situação?!

Estava estacionada já a alguns minutos em frente ao local, seus dedos correram pelas duas pulseiras em seu pulso, eram as pulseiras da amizade de Chloe e Rachel, era quase como seu amuleto de proteção. Pegou o jornal que trouxera do "Duas Baleias" e seguiu para dentro do seu castelo de entulhos e memórias; ali se encontrava o que sobrou do carro de William após o acidente, seringas que com certeza foram descartadas por Mark Jefferson, a faixa que informava que o local estava isolado… A cova rasa onde o corpo de Rachel Amber foi ocultado. Aquilo ainda lhe causava arrepios na alma, mesmo assim seguiu a passos pesados e cansados.

A entrada do esconderijo não possuía uma porta e dificilmente ela se ocuparia com isso, mas Max tratou de deixar o local um pouco mais favorável às suas estadias solitárias, agradecera o fato dos policiais pouco se importarem com os itens presentes naquele casebre, poderiam ter achado que era apenas mais um amontoado de lixo, contudo ali era quase como um santuário que Chloe e Rachel deixaram para trás. Ela tocou a inscrição feita com caneta onde dizia "Chloe esteve aqui" e mais abaixo "Rachel esteve aqui"... Seu nome também estaria ali, mas em uma realidade em que não mais lhe pertencia.

Sentou-se de forma desleixada sobre o colchonete que deixara ali já a alguns dias, pelo menos o mínimo de conforto para os seus momentos de reflexão como aquele. Ela buscou pelo isqueiro e o maço de cigarros… Por mais que o maço avariado, com as sete unidades contadas por Chloe estivesse sempre sob sua posse, ela jamais ousou violá-los. Tragou de forma lenta, diferentemente das suas tentativas desajeitadas e desastrosas das primeiras vezes. Mark Jefferson estava mais uma vez sob os holofotes, o rosto bonito estampando uma matéria detalhada sobre os planos de um serial killer que escolhera Arcadia Bay e o herdeiro mentalmente instável da família Prescott para suprir suas necessidades perversas.

Nathan… Os olhos de Max focaram na figura do seu ex-companheiro de classe, como bem esperava o dinheiro da família mais influente de Oregon fora o suficiente para manter o caçula longe de bons anos atrás das grades, mas não o suficiente para encobrir os escândalos após a internação em uma instituição para tratamento psiquiátrico. Ela queria sentir ódio de Nathan Prescott, principalmente pela morte de sua amiga, mas ela ainda era Maxine Caulfield e ela simplesmente não era capaz de odiá-lo… Ele ainda era repulsivo e doentio de uma forma que lhe fazia ter calafrios, contudo, ela também possuía ciência que a mente corrompida e perturbada era fruto dos abusos e pressões feitas pelo próprio pai. Tinha pena de Nathan, ele possuía um potencial inegável, um rapaz promissor, mas que virou um risco para si.

Como depois de tudo alguém poderia lhe julgar por não conseguir mais ficar naquele ambiente? Como ela poderia segurar uma máquina fotográfica novamente sem sentir medo, tristeza ou qualquer outra onda de sentimentos e sensações que lhe remetiam a última semana que somente ela, Kate, Warren e Victoria conseguiam se recordar?! Aquilo havia lhe absolvido por completo, o pouco alento que conseguia ela encontrara em uma garrafa de bebida, entorpecentes e… Isso só transformou sua vida em uma bagunça ainda pior. Estava evitando Warren, ele tentava trazer alguma normalidade ao seu dia a dia, mas isso simplesmente irritava Max e ela não queria magoá-lo; seu relacionamento com Victoria tomara um rumo que definitivamente ela não esperava - poderia apostar qualquer coisa como nem mesmo Chase esperava por isso - e ainda havia "ela"... Kate Marsh.

Talvez não devesse ter ido atrás da garota no dia em que acordou no dormitório de Victoria, talvez o melhor a ser feito fosse apenas esquecer e fingir que de fato nada havia acontecido, mas ela não pode ignorar que Kate - sua amiga hétero e conservadora - havia lhe beijado e que ela correspondera. Sua reservada colega de classe tentou se desviar, mas as palavras de Kate não lhe convenceram de que fora apenas um erro, um impulso.

Um erro… Um impulso… Se aquele era o resumo do que havia acontecido na casa dos Price, porque elas não se falaram nos dias seguintes? Porque sua melhor amiga dentro da Blackwell passou a lhe ignorar completamente? Max sabia que estava apenas querendo desculpas convincentes o suficiente para justificar sua atitude ridícula com Kate, mas não havia justificativas para o que havia feito, nem mesmo a grande quantidade de álcool era um álibi decente.

 

**

 

"Ela não deveria estar ali e de alguma forma não queria estar ali, ela não pertencia ao Clube Vortex e suas últimas memórias sobre aquelas reuniões com drogas, música alta e bebidas não eram das mais favoráveis, entretanto estava fazendo companhia a Victoria e mesmo que elas não estivessem mais envolvidas a loira de cabelos curtos insistiu para que fossem juntas e aproveitassem um pouco… Desta vez da forma certa, sem a pressão social, problemas ou com um psicopata prestes a prendê-las em um bunker.

Pelo menos aquilo serviria para deixar sua mente distraída, ou era assim que pensava até que avistou sua amiga, se é que ela poderia ser considerada como amiga. Max não sabia como a garota havia conseguido passar pela segurança, ou simplesmente Victoria flexibilizou o trânsitoo de pessoas agora que Nathan não reinava sobre os outros alunos e eventos da Blackwell.

—Você não deveria estar aqui… - disse a loira no melhor tom de aviso que pode usar.

Max poderia ter arriscado um "Você também não", mas se detestaria ainda mais se fosse indelicada com Marsh. Fora naquele tipo de festa que Kate foi drogada, filmada e… Afastou os pensamentos rapidamente, a raiva fluía por seu corpo com mais facilidade do que realmente gostaria nos últimos tempos, mas era difícil quando se tratava de Kate, ela lembrava das fotos que encontrou quando esteve com Chloe no bunker.

Respirou fundo por alguns segundos, desviou o olhar, da mesma forma que ela não queria ser estúpida algo dentro de si queria que esbravejasse pelo menos uma vez na vida. Quem era Kate para querer lhe dar qualquer tipo de advertência depois de todos os dias lhe ignorando?!

—Max, vamos embora, você não precisa fazer isso… - insistiu com prudência, bem havia sido advertida por Warren que talvez Caulfield não estivesse tão amigável nos últimos tempos.

—O que você quer? - rebateu no tom mais controlado que o efeito do álcool poderia lhe oferecer. - agora você lembrou que eu existo Srta. Marsh?!

—Max… Por favor… - sua voz saiu um pouco mais fraca, Caulfield havia diminuído ainda mais a distância entre elas e era isso que estava evitando. A presença de Max vinha lhe sufocando, lhe causava inquietude e pensamentos atípicos demais de sua personalidade. Sentiu seu coração disparar ao tocar os ombros da garota de cabelos castanhos e olhos azuis, tentou ganhar alguma distância razoável, o cheiro de álcool com o perfume delicado. Tentou se concentrar em algo mais convincente, mas as palavras não lhe vieram… Os olhos límpidos lhe analisavam milimetricamente.

—Por favor… Por favor… - repetiu Max em tom baixo, mas sabendo que a música não abafaria sua voz por completo. - eu preciso saber o que você quer de mim Kate, mas eu preciso da verdade, sem desculpas, sem rodeios.

A atitude partiu de Caulfield dessa vez, ela não queria pressionar a garota, mas Kate implantara muitas dúvidas em um momento delicado demais para que pudesse gerir. Se para Marsh aquilo fora um engano, para Max também deveria ser, ela jamais tomaria tal atitude se estivesse sóbria, mas no momento seguinte ela tomou os lábios da garota de traços delicados… Ela precisava comprovar que não passava de um engano.

Por mais que Kate tivesse forçado seus ombros a princípio, fora insuficiente para que fugisse da investida inesperada, e inconscientemente acabou cedendo… Queria por fim dizer que não sentia nada, mas enquanto os dedos deslizaram de forma delicada contra os fios curtos e castanhos rente a sua nuca, e os lábios por fim se encaixaram de forma perfeita, algo lhe dizia que havia algo a mais do que apenas uma amizade que nascera em meio às adversidades.

—Ainda sou um engano? - sussurrou contra os lábios entreabertos e a respiração levemente irregular contra a sua.

Por mais uma vez Kate lhe deixou submersa em dúvidas, afastando-se quase que de forma imediata, pouco se importando se Max continuaria ali ou não… Se elas estavam se sentindo da mesma forma, certamente Marsh passava por diversos dilemas e ela não queria que a situação da amiga piorasse ainda mais com novos boatos entre elas. Mas estava em pânico.

 

**

 

Max afastou os pensamentos e também a lembrança da última festa que havia frequentado, levou a mão até o bolso traseiro da calça, tirando de lá uma de suas fotos da polaroide, a última delas… Poderia estar um pouco gasta, mas ainda era a mesma foto do início de tudo. Seu coração martelava contra a caixa torácica só de segurá-la por mais que alguns segundos. Por todos os míseros dias que vinha sobrevivendo ela desejou mais uma chance, a mínima que fosse, para que Chloe estivesse viva mais uma vez, mas o pânico dominava o seu corpo toda vez que tocava aquela foto.

Ela seria capaz? Ela tornaria tudo ainda pior? Ela sobreviveria a mais uma viagem entre realidades? O medo lhe paralisava… Principalmente o medo da certeza de ter perdido seus poderes após a conclusão do ciclo. Ela preferia a máscara da dúvida do que finalmente ter a certeza de que não mais veria Chloe.

Guardou a foto como se fosse um mal agouro e por fim virou o resto de bebida que deixara no casebre há alguns dias, antes de se deixar levar pelo peso em suas pálpebras cansadas.

 

**

 

"-Está na hora de acordar Mad Max…

Max resmungou alguma coisa incompreensível antes de se forçar a abrir seus olhos, ela escutou a pessoa lhe chamar mais algumas vezes, mas não deu total atenção. Queria continuar dormindo, mas definitivamente aquela não parecia uma opção, sentiu uma claridade amena dificultar o processo.

—Onde eu… - usou suas mãos como apoio na grama enquanto tentava sentar-se, limpou a garganta levemente seca, estava com outras roupas e definitivamente não se encontrava mais no American Rust.

—Finalmente Bela Adormecida…

Max ainda estava atordoada, seus últimos sonhos não foram nada gentis, mas a voz, "aquela voz", foi a sua motivação para se manter em alerta.

—Chloe… - sussurrou ainda incrédula, seu corpo inteiro tremeu ao constatar que a amiga estava muito próxima a ela, sentada também na grama de forma tranquila. - Chloe… É você?! - ela deslocou-se receosa para mais próximo da garota de olhos azuis.

—Que pergunta é essa? - ironizou a amiga com um sorrisinho de lado. - você bateu a cabeça? Claro que sou eu.

Max fez um sinal negativo com a cabeça e cobriu o rosto com as mãos. Será que inconscientemente ela havia cometido alguma transgressão e utilizado de seus poderes?! Aquilo não era real, não poderia ser real… Chloe estava morta.

—Eu sinto muito… Eu não fui capaz de te salvar… - despejou cansada e frustrada. - tudo o que fiz serviu apenas para causar mais dor e sofrimento.

Ela não pode ver o sorriso da amiga se convertendo em uma expressão triste, mas sentiu a mesma lhe rodear os ombros com um dos braços e o beijo demorado no topo de sua cabeça.

—Não é verdade, Max, você está sendo cruel e injusta. - sussurrou Chloe, sua voz saía quase como um afago. - graças a você nós conseguimos recuperar um pouco do tempo perdido… - ela sorriu ao lembrar-se do perigo e das encrencas em que haviam se metido. - Rachel enfim pode encontrar paz e justiça, não apenas Rachel, mas todas as mulheres que sofreram o mesmo que ela. - reforçou com a voz levemente embargada.

Max sentiu o toque gentil afastando suas mãos e por fim erguendo o seu queixo. Nos olhos de Chloe havia apenas amor e gratidão por todos os momentos até a sua fatídica escolha, sua melhor amiga estava bem.

—Eu preciso partir agora… - confessou com os olhos levemente marejados, mas ainda sim com um sorriso amplo e sincero de quem havia cumprido sua missão.

Max queria poder desfrutar um pouco mais daquele tempo, mesmo que fosse apenas um sonho, mas Price fez um leve sinal com a cabeça indicando mais a frente. Caulfield estreitou os olhos para poder se certificar de quem era, mas logo os contornos tornaram-se mais evidentes… Os longos cabelos loiros, o visual sexy e despojado, o sorriso charmoso e os olhos cor de avelã, a figura acenou para elas duas.

—Aquela é…

—Rachel Amber… - completou Chloe acenando de volta e sorrindo com a expressão surpresa de Max. - você precisa seguir em frente. - advertiu ao levantar da grama, ajudando Max a se levantar para logo em seguida sentir os braços ao redor do seu corpo e novas lágrimas contra o seu colo. - obrigada por tudo Maxine Caulfield. – correspondeu ao toque sabendo que aquele seria um adeus definitivo. existe alguém te esperando do outro lado… Cuide bem dela.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

É isso pessoal, vejo vocês nos comentários, até breve!



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