Tempo de Escolha escrita por Val Rodrigues


Capítulo 11
Capitulo Onze


Notas iniciais do capítulo

Quero deixar meu carinho especial para dois leitores ou leitoras que marcaram "acompanhando" esta historia. Um beijo para vocês e fico feliz de saber que estão aqui comigo.
Vamos Ler?
Lembrando sempre que Comentarios serao Super bem vindos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/785744/chapter/11

As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios podem afoga-lo.       Ct- 8-7

Lorena tropeçou em seus próprios pés enquanto se obrigava a despertar e traçar no escuro o caminho do quarto para a sala.

— Quem é? Perguntou pulando enquanto gemia de dor por ter tropeçado no sofá.

— Sou eu. A voz soou e ela paralisou de repente. _ Estou sem minha chave, pode abrir?

— Rafael. Disse perplexa. Atrapalhando-se com a fechadura, abriu a porta num rompante sendo surpreendida ao ver Rafael com a mochila no ombro, mala na mão e um sorriso no rosto.   

— Oi amor. Respondeu somente.

Lorena levou um segundo para processar a informação em seu cérebro recém-acordado e no instante seguinte se jogou nos braços dele agarrando-se em seu pescoço. Pego de surpresa, Rafael deu um passo para trás com o impacto dos seus corpos.

— Não acredito que esta aqui de verdade. Lorena sussurrou quando a necessidade de respirar se fez necessário e ele a apertou em seus braços inalando o seu cheiro. _ Espera. Pediu se afastando. _ Como isto aconteceu? Pensei que só viesse amanha. Falou confusa.

— Queria fazer uma surpresa. Explicou com um sorriso, enquanto alcançava a mala e a mochila que havia ido ao chão. _ Gostou? Perguntou trancando a porta e a trazendo para os seus braços.

— Se eu gostei? Eu amei. Ela falou com o coração aos saltos o beijando novamente, com saudade, com amor.

— Senti tanto sua falta. Rafael murmurou acariciando sua face com o polegar e lagrimas escorreram dos olhos dela.  _ Tudo bem, estamos juntos agora.  Falou beijando cada canto do seu rosto carinhosamente e ela o abraçou apertado, sem querer que ele a visse chorar.

— Eu sou uma boba. Ela falou sorrindo e chorando ao mesmo tempo, voltando a beija-lo. _ Senti tanta saudade, tanta saudade. Murmurou e foi o suficiente para que ele a erguesse nos braços os levando para o quarto onde finalmente puderam se entregar um ao outro, tentando compensar o tempo em que estiveram separados. 

................................... 

Testas coladas, respirações ofegantes e um turbilhão de emoções invadindo os corações. Com um sorriso no rosto, Lorena descansava a cabeça sob o peito de Rafael que subia e descia conforme sua respiração se acalmava e a madrugada passava.   

— Nossa amor, não faz ideia de como eu senti falta de ficar assim com você. Ele disse a apertando em seus braços e deixando vários beijos por seu rosto, ombro e pescoço. Lorena gargalhou se contorcendo embaixo dele, sentindo sua barba arranha-la de leve.

— Ainda não consigo acreditar que esta mesmo aqui. Parece que eu estou sonhando.  Ela falou tocando carinhosamente o rosto dele.

— Eu acho que posso provar que sou real. Beijou-a longamente.

— Com certeza você é real. Murmurou quando finalmente os lábios dele deixaram os seus.

— Eu te amo. Disse sério com seu olhar penetrante sobre ela. _ Durante este ano, todas as vezes que eu pensava sobre nós, a duvida me queimava por dentro. Não sabia se tinha tomado a melhor decisão te deixando aqui. O que eu queria mesmo era te levar comigo. Mas aí eu estaria sendo egoísta te fazendo parar a sua vida, largar tudo aqui para seguir a minha carreira. Suspirou. _ Cada vez que a gente se falava e eu percebia que você estava triste ou chateada, eu queria voltar no mesmo momento.

— Desculpa. Acho que não facilitei as coisas para você, não é? Ela perguntou deitando-se de lado e o olhando.

— Lorena, você se arrepende de termos tomado esta decisão? Ele perguntou tocando seu rosto. _ Seja sincera comigo, por favor. Se arrepende?

— Nós combinamos isso amor. É claro que eu fico triste quando você não esta aqui e as vezes chateada também. Não consigo evitar. Mas isso faz parte. E sendo honesta, não me arrependo, por que sei que esta fase vai passar e daqui a pouco você vai estar aqui todos os dias.

— Tem certeza? Perguntou a olhando.

 _ Sim. Agora, podemos parar de falar sobre isso? Tudo o que eu quero no momento é aproveitar que você esta aqui comigo e nada mais.

— Podemos sim, minha linda. Falou e ela sorriu.

..............................

 _ Como eu tive a sorte de me casar com uma mulher assim? Rafael brincou assim que Lorena surgiu na sala arrumada para irem almoçar na casa de Carmem e ela sorriu feliz.

— Como estou? Perguntou dando um giro mostrando completo mostrando o vestido azul casual que destacava a cintura com um cinto fino, sandálias sem salto nos pés, cabelos soltos e maquiagem leve completavam o visual.

 _ Você esta muito linda. Falou e o sorriso dela aumentou.

 _ Não é que eu também tive muita sorte. Ela falou olhando da cabeça os pés. Rafael usava calça jeans e camisa de botões. _ Meu marido é lindo, inteligente, carinhoso. Enumerou se aproximando e recebendo um beijo demorado.

— Nossa. Este homem é incrível, não é? Brincou colocando as mãos na sua cintura.

— Ele é sim. Ela falou com o olhar sincero e verdadeiro e ele deixou um sorriso nascer em seus lábios. _ E eu o amo tanto. Concluiu o abraçando pelo pescoço. 

— Ele também ama você. Ele acha que você é carinhosa, companheira, fiel, linda, prestativa, se emociona com facilidade, mas isso é por que se entrega da mesma maneira, e ele é muito feliz e abençoado por te-la. Lorena o olhou, emocionada.

— Ele nunca me disse isso. Continuou fazendo um carinho de leve em sua nuca.

— Isto é por que ele é meio lento em certas coisas. Falou e ela sorriu com vontade. _ Mas, nunca é tarde para começar.

— Tem razão. Concordou o beijando longamente mais uma vez. Parecia que eles nunca se cansariam um do outro. _ Vamos nos atrasar. Avisou.

— Eles podem esperar um pouco. Falou e no mesmo instante seu celular tocou e eles gargalharam juntos vendo o nome da mãe dele piscar na tela.

— Oi mãe. Disse e Lorena se soltou ajeitando o vestido amarrotado. _ Já estamos indo. Não, já estamos saindo. Falou quando ela insistiu em algo.   _ Ate daqui a pouco.

— Vamos. Aposto que ela esta ansiosa para ver o filho após tanto tempo.

— Tem razão. Vamos. Falou entrelaçando os dedos nos dela.

......................................

— Como vai a vida? Lucas perguntou acanhado e Rafael balançou a cabeça em um cumprimento amigável. 

Após a longa seção de abraços, beijos e perguntas com que ele foi recebido incluindo sua família, a família da Lorena e seus amigos próximos, onde sua mãe emocionada explicou ter convidado para recebê-lo, transformando o almoço em família, em uma pequena festa, Lucas que estava um pouco mais afastado conversando com Ana, se aproximou.  

— Tudo bem.

— Sua mãe me convidou. Explicou. _ Acho que ela não soube da nossa discussão. Mas eu vou embora se minha presença estiver incomodando. Só aceitei vir por que queria me desculpar pelo o que aconteceu na ultima vez que nos vimos. Rafael o analisou seriamente. _ Você estava certo. O fato de sermos amigos não me dava o direito de me meter daquela maneira em suas decisões.

— Não se preocupe com isso. Ficou no passado. Falou lhe oferecendo um aperto de mão.

....................

— Você acha que eles vão se acertar? Ana perguntou a Lorena enquanto as duas observavam a cena, um pouco mais afastadas.

— Pelo visto se acertaram. Lorena falou indicando-os dois com um gesto e Ana sorriu ao vê-los trocar um abraço desajeitado, logo após Maycon se juntar aos dois na conversa. _ E vocês dois? Estão namorando?

— Somos apenas amigos. Ela respondeu na defensiva.

— Amigos não se olham como vocês. Lorena falou e ela bebeu um gole do suco, ansiosa.

— De que forma?

— Apaixonados. Falou e ela gaguejou não encontrando as palavras. _ Tudo bem, não precisa dizer nada. Fica tranquila. Não vou contar nada ao Lucas.

— Obrigada Lorena. Ela deixou sair o ar que estava prendendo, apreensiva. _ A verdade é que tenho medo de que se ele descobrir que eu gosto dele, ele prefira se afastar e terminar nossa amizade, e eu não quero isso. Prefiro te-lo por perto, mesmo que seja como amigo, do que não te-lo em minha vida.

— Eles estão vindo para cá. Lorena avisou e Ana parou de falar imediatamente.

Apesar da discussão dos dois, Lorena gostava de Lucas e da amizade que ambos tinham. Pensou enquanto os cinco conversavam sobre a viagem de Rafael.

— Amanha vocês estarão de folga não é? Por que a gente não aproveita e marcamos alguma coisa? Maycon você pode levar a Samira. Faz tempo que não saímos juntos. Sugeriu.

— Boa ideia. Ela queria vir hoje, mas teve que ir trabalhar. Maycon falou aceitando.

— Então é perfeito.  Vamos combinar. Nós seis. Falou empolgada e Rafael apertou sua cintura delicadamente. Não estava nos seus planos sair com seus amigos, queria ficar um longo tempo a sós com ela, antes de ter que dividir a atenção, justamente como estava fazendo no momento.

— Onde você quer ir? Ele perguntou e ela deu de ombros, pensativa.

— Que tal o zoológico? É domingo e eles estarão abertos.

— Por mim, esta marcado. Só vou confirmar com a Samira, mas é quase certeza que ela vai.

— Ótimo. E vocês dois? Falou intercalando o olhar de Lucas para Ana.

— Pensei que fossem preferir fazer programas de casais, já que tem pouco tempo que o Rafael chegou. Ana falou e Rafael balançou a cabeça concordando.

— Não se preocupe com isso, nós teremos outros dias. E sair com os amigos faz parte de aproveitar as férias.

— Tudo bem. Eu vou. Lucas falou e virou o olhar para Ana que permanecia indecisa. _ Vamos? Chamou e na mesma hora ela balançou a cabeça concordando.  E Lorena sorriu se perguntando como eles podiam não ver algo tão nítido.

Homens, nunca enxergam nas entrelinhas. Pensou sorrindo.

— Do que esta rindo? Rafael perguntou dirigindo de volta para casa. O almoço havia se prolongando e a noite já estava caindo.

— Você realmente não percebeu? Ela perguntou divertida.

— O que? Ele disse rindo sem saber o motivo.

— Serio? Como pode ser tão inteligente em uma área e na outra não enxergar o que esta a sua frente? Perguntou fazendo ar de pensativa.

— Certo dona sabichona. O que é que eu não estou vendo?

— Lucas, Ana. Não notou nada de diferente neles? Falou esperando que ele ligasse os pontos.

— Não. O que tem?

 _ Ela gosta dele. Explicou desistindo.

— Eles estão juntos? Rafael perguntou franzindo o cenho, já que nenhum dos dois comentara nada.

— Não estão, mas algo me diz que seu amigo também gosta dela.

— Entendi. Mas acho que não devíamos nos meter. Isto é assunto deles.

— Não estamos nos metendo. Ela disse encolhendo os ombros, inocentemente.  

— Então esta ideia de sair amanha com eles não tem nada a ver isso, não é?

— Um pouco. Eu falei serio quando disse que faz tempo que não saímos juntos. E quando vamos ter outra oportunidade? Alem do mais, ela é tão tímida. E o Lucas meio devagar.

— E desde quando você virou cupido?

— Desde que eu me apaixonei. Falou e ele a olhou sorrindo enquanto estacionava o carro na garagem do prédio onde moravam. Rindo e conversando, caminharam de mãos dadas em direção ao elevador.

— Lorena. Uma voz a chamou e ambos viraram-se para ver. _ Não tenho te visto estes dias por aqui.

— Boa noite Fabio. Cumprimentou educadamente quando ele se aproximou e sentiu Rafael se mexer atrás dela. _ Este é o Rafael, meu marido. Falou.  _ Amor, este é o Fabio, nosso vizinho.

Fabio sorriu encarando Rafael da cabeça aos pés, apertando as mãos rapidamente.

— Você é mesmo real. Falou com ar debochado e incrédulo.

— Até onde me consta, sim. Por quê? Perguntou sentindo certo incomodo pela forma que ele falava. 

— Nada. Só achei estranho.

— O que é estranho? Rafael perguntou se colocando um passo a frente, porem ele não recuou.

— Você nunca estar por aqui. Se quer a minha opinião, uma mulher não deveria ficar sozinha, sabe como é?

— Não importa a sua opinião. Rafael revidou firme, sem se importar em ser mal educado. _ Acho que isso só diz respeito a nós dois e a mais ninguém. Agarrando a mão de Lorena, voltou a caminhar para o elevador com passos rápidos e apressados, de forma que ela precisasse se apressar em seus costumeiros passos curtos.

— Não precisa trata-la assim cara. Fabio falou alterando a voz para que ele o escutasse e voltando a se aproximar.

— Quem esse cara pensa que é? Rafael murmurou perdendo o ultimo fio de paciência que lhe restara. Em um movimento rápido, Rafael soltou a mão dela e girou acertando um soco no rosto de Fabio que revidou na mesma proporção.

 Assustada, Lorena começou a gritar pedindo ajuda.

— Para Rafael. Para. Pediu tentando segura-lo quando o porteiro interviu segurando Fabio e pedindo para os dois se acalmarem.

— Presta atenção cara. Ela é minha esposa, não pense que pode paquera-la tão descaradamente, ainda mais na minha frente. Rafael falava apontando o dedo para Fabio, totalmente alterado.

 _ Para com isso. Ela pediu novamente, sobressaltada com sua reação.

— Esse cara está dando em cima de você. Não percebeu? Falou bruscamente antes de dar as costas e entrar sozinho no elevador deixando uma Lorena atônita com sua atitude.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E agora???



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tempo de Escolha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.