Tempo de Escolha escrita por Val Rodrigues
Notas iniciais do capítulo
Quero deixar meu carinho especial para dois leitores ou leitoras que marcaram "acompanhando" esta historia. Um beijo para vocês e fico feliz de saber que estão aqui comigo.
Vamos Ler?
Lembrando sempre que Comentarios serao Super bem vindos.
As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios podem afoga-lo. Ct- 8-7
Lorena tropeçou em seus próprios pés enquanto se obrigava a despertar e traçar no escuro o caminho do quarto para a sala.
— Quem é? Perguntou pulando enquanto gemia de dor por ter tropeçado no sofá.
— Sou eu. A voz soou e ela paralisou de repente. _ Estou sem minha chave, pode abrir?
— Rafael. Disse perplexa. Atrapalhando-se com a fechadura, abriu a porta num rompante sendo surpreendida ao ver Rafael com a mochila no ombro, mala na mão e um sorriso no rosto.
— Oi amor. Respondeu somente.
Lorena levou um segundo para processar a informação em seu cérebro recém-acordado e no instante seguinte se jogou nos braços dele agarrando-se em seu pescoço. Pego de surpresa, Rafael deu um passo para trás com o impacto dos seus corpos.
— Não acredito que esta aqui de verdade. Lorena sussurrou quando a necessidade de respirar se fez necessário e ele a apertou em seus braços inalando o seu cheiro. _ Espera. Pediu se afastando. _ Como isto aconteceu? Pensei que só viesse amanha. Falou confusa.
— Queria fazer uma surpresa. Explicou com um sorriso, enquanto alcançava a mala e a mochila que havia ido ao chão. _ Gostou? Perguntou trancando a porta e a trazendo para os seus braços.
— Se eu gostei? Eu amei. Ela falou com o coração aos saltos o beijando novamente, com saudade, com amor.
— Senti tanto sua falta. Rafael murmurou acariciando sua face com o polegar e lagrimas escorreram dos olhos dela. _ Tudo bem, estamos juntos agora. Falou beijando cada canto do seu rosto carinhosamente e ela o abraçou apertado, sem querer que ele a visse chorar.
— Eu sou uma boba. Ela falou sorrindo e chorando ao mesmo tempo, voltando a beija-lo. _ Senti tanta saudade, tanta saudade. Murmurou e foi o suficiente para que ele a erguesse nos braços os levando para o quarto onde finalmente puderam se entregar um ao outro, tentando compensar o tempo em que estiveram separados.
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Testas coladas, respirações ofegantes e um turbilhão de emoções invadindo os corações. Com um sorriso no rosto, Lorena descansava a cabeça sob o peito de Rafael que subia e descia conforme sua respiração se acalmava e a madrugada passava.
— Nossa amor, não faz ideia de como eu senti falta de ficar assim com você. Ele disse a apertando em seus braços e deixando vários beijos por seu rosto, ombro e pescoço. Lorena gargalhou se contorcendo embaixo dele, sentindo sua barba arranha-la de leve.
— Ainda não consigo acreditar que esta mesmo aqui. Parece que eu estou sonhando. Ela falou tocando carinhosamente o rosto dele.
— Eu acho que posso provar que sou real. Beijou-a longamente.
— Com certeza você é real. Murmurou quando finalmente os lábios dele deixaram os seus.
— Eu te amo. Disse sério com seu olhar penetrante sobre ela. _ Durante este ano, todas as vezes que eu pensava sobre nós, a duvida me queimava por dentro. Não sabia se tinha tomado a melhor decisão te deixando aqui. O que eu queria mesmo era te levar comigo. Mas aí eu estaria sendo egoísta te fazendo parar a sua vida, largar tudo aqui para seguir a minha carreira. Suspirou. _ Cada vez que a gente se falava e eu percebia que você estava triste ou chateada, eu queria voltar no mesmo momento.
— Desculpa. Acho que não facilitei as coisas para você, não é? Ela perguntou deitando-se de lado e o olhando.
— Lorena, você se arrepende de termos tomado esta decisão? Ele perguntou tocando seu rosto. _ Seja sincera comigo, por favor. Se arrepende?
— Nós combinamos isso amor. É claro que eu fico triste quando você não esta aqui e as vezes chateada também. Não consigo evitar. Mas isso faz parte. E sendo honesta, não me arrependo, por que sei que esta fase vai passar e daqui a pouco você vai estar aqui todos os dias.
— Tem certeza? Perguntou a olhando.
_ Sim. Agora, podemos parar de falar sobre isso? Tudo o que eu quero no momento é aproveitar que você esta aqui comigo e nada mais.
— Podemos sim, minha linda. Falou e ela sorriu.
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_ Como eu tive a sorte de me casar com uma mulher assim? Rafael brincou assim que Lorena surgiu na sala arrumada para irem almoçar na casa de Carmem e ela sorriu feliz.
— Como estou? Perguntou dando um giro mostrando completo mostrando o vestido azul casual que destacava a cintura com um cinto fino, sandálias sem salto nos pés, cabelos soltos e maquiagem leve completavam o visual.
_ Você esta muito linda. Falou e o sorriso dela aumentou.
_ Não é que eu também tive muita sorte. Ela falou olhando da cabeça os pés. Rafael usava calça jeans e camisa de botões. _ Meu marido é lindo, inteligente, carinhoso. Enumerou se aproximando e recebendo um beijo demorado.
— Nossa. Este homem é incrível, não é? Brincou colocando as mãos na sua cintura.
— Ele é sim. Ela falou com o olhar sincero e verdadeiro e ele deixou um sorriso nascer em seus lábios. _ E eu o amo tanto. Concluiu o abraçando pelo pescoço.
— Ele também ama você. Ele acha que você é carinhosa, companheira, fiel, linda, prestativa, se emociona com facilidade, mas isso é por que se entrega da mesma maneira, e ele é muito feliz e abençoado por te-la. Lorena o olhou, emocionada.
— Ele nunca me disse isso. Continuou fazendo um carinho de leve em sua nuca.
— Isto é por que ele é meio lento em certas coisas. Falou e ela sorriu com vontade. _ Mas, nunca é tarde para começar.
— Tem razão. Concordou o beijando longamente mais uma vez. Parecia que eles nunca se cansariam um do outro. _ Vamos nos atrasar. Avisou.
— Eles podem esperar um pouco. Falou e no mesmo instante seu celular tocou e eles gargalharam juntos vendo o nome da mãe dele piscar na tela.
— Oi mãe. Disse e Lorena se soltou ajeitando o vestido amarrotado. _ Já estamos indo. Não, já estamos saindo. Falou quando ela insistiu em algo. _ Ate daqui a pouco.
— Vamos. Aposto que ela esta ansiosa para ver o filho após tanto tempo.
— Tem razão. Vamos. Falou entrelaçando os dedos nos dela.
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— Como vai a vida? Lucas perguntou acanhado e Rafael balançou a cabeça em um cumprimento amigável.
Após a longa seção de abraços, beijos e perguntas com que ele foi recebido incluindo sua família, a família da Lorena e seus amigos próximos, onde sua mãe emocionada explicou ter convidado para recebê-lo, transformando o almoço em família, em uma pequena festa, Lucas que estava um pouco mais afastado conversando com Ana, se aproximou.
— Tudo bem.
— Sua mãe me convidou. Explicou. _ Acho que ela não soube da nossa discussão. Mas eu vou embora se minha presença estiver incomodando. Só aceitei vir por que queria me desculpar pelo o que aconteceu na ultima vez que nos vimos. Rafael o analisou seriamente. _ Você estava certo. O fato de sermos amigos não me dava o direito de me meter daquela maneira em suas decisões.
— Não se preocupe com isso. Ficou no passado. Falou lhe oferecendo um aperto de mão.
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— Você acha que eles vão se acertar? Ana perguntou a Lorena enquanto as duas observavam a cena, um pouco mais afastadas.
— Pelo visto se acertaram. Lorena falou indicando-os dois com um gesto e Ana sorriu ao vê-los trocar um abraço desajeitado, logo após Maycon se juntar aos dois na conversa. _ E vocês dois? Estão namorando?
— Somos apenas amigos. Ela respondeu na defensiva.
— Amigos não se olham como vocês. Lorena falou e ela bebeu um gole do suco, ansiosa.
— De que forma?
— Apaixonados. Falou e ela gaguejou não encontrando as palavras. _ Tudo bem, não precisa dizer nada. Fica tranquila. Não vou contar nada ao Lucas.
— Obrigada Lorena. Ela deixou sair o ar que estava prendendo, apreensiva. _ A verdade é que tenho medo de que se ele descobrir que eu gosto dele, ele prefira se afastar e terminar nossa amizade, e eu não quero isso. Prefiro te-lo por perto, mesmo que seja como amigo, do que não te-lo em minha vida.
— Eles estão vindo para cá. Lorena avisou e Ana parou de falar imediatamente.
Apesar da discussão dos dois, Lorena gostava de Lucas e da amizade que ambos tinham. Pensou enquanto os cinco conversavam sobre a viagem de Rafael.
— Amanha vocês estarão de folga não é? Por que a gente não aproveita e marcamos alguma coisa? Maycon você pode levar a Samira. Faz tempo que não saímos juntos. Sugeriu.
— Boa ideia. Ela queria vir hoje, mas teve que ir trabalhar. Maycon falou aceitando.
— Então é perfeito. Vamos combinar. Nós seis. Falou empolgada e Rafael apertou sua cintura delicadamente. Não estava nos seus planos sair com seus amigos, queria ficar um longo tempo a sós com ela, antes de ter que dividir a atenção, justamente como estava fazendo no momento.
— Onde você quer ir? Ele perguntou e ela deu de ombros, pensativa.
— Que tal o zoológico? É domingo e eles estarão abertos.
— Por mim, esta marcado. Só vou confirmar com a Samira, mas é quase certeza que ela vai.
— Ótimo. E vocês dois? Falou intercalando o olhar de Lucas para Ana.
— Pensei que fossem preferir fazer programas de casais, já que tem pouco tempo que o Rafael chegou. Ana falou e Rafael balançou a cabeça concordando.
— Não se preocupe com isso, nós teremos outros dias. E sair com os amigos faz parte de aproveitar as férias.
— Tudo bem. Eu vou. Lucas falou e virou o olhar para Ana que permanecia indecisa. _ Vamos? Chamou e na mesma hora ela balançou a cabeça concordando. E Lorena sorriu se perguntando como eles podiam não ver algo tão nítido.
Homens, nunca enxergam nas entrelinhas. Pensou sorrindo.
— Do que esta rindo? Rafael perguntou dirigindo de volta para casa. O almoço havia se prolongando e a noite já estava caindo.
— Você realmente não percebeu? Ela perguntou divertida.
— O que? Ele disse rindo sem saber o motivo.
— Serio? Como pode ser tão inteligente em uma área e na outra não enxergar o que esta a sua frente? Perguntou fazendo ar de pensativa.
— Certo dona sabichona. O que é que eu não estou vendo?
— Lucas, Ana. Não notou nada de diferente neles? Falou esperando que ele ligasse os pontos.
— Não. O que tem?
_ Ela gosta dele. Explicou desistindo.
— Eles estão juntos? Rafael perguntou franzindo o cenho, já que nenhum dos dois comentara nada.
— Não estão, mas algo me diz que seu amigo também gosta dela.
— Entendi. Mas acho que não devíamos nos meter. Isto é assunto deles.
— Não estamos nos metendo. Ela disse encolhendo os ombros, inocentemente.
— Então esta ideia de sair amanha com eles não tem nada a ver isso, não é?
— Um pouco. Eu falei serio quando disse que faz tempo que não saímos juntos. E quando vamos ter outra oportunidade? Alem do mais, ela é tão tímida. E o Lucas meio devagar.
— E desde quando você virou cupido?
— Desde que eu me apaixonei. Falou e ele a olhou sorrindo enquanto estacionava o carro na garagem do prédio onde moravam. Rindo e conversando, caminharam de mãos dadas em direção ao elevador.
— Lorena. Uma voz a chamou e ambos viraram-se para ver. _ Não tenho te visto estes dias por aqui.
— Boa noite Fabio. Cumprimentou educadamente quando ele se aproximou e sentiu Rafael se mexer atrás dela. _ Este é o Rafael, meu marido. Falou. _ Amor, este é o Fabio, nosso vizinho.
Fabio sorriu encarando Rafael da cabeça aos pés, apertando as mãos rapidamente.
— Você é mesmo real. Falou com ar debochado e incrédulo.
— Até onde me consta, sim. Por quê? Perguntou sentindo certo incomodo pela forma que ele falava.
— Nada. Só achei estranho.
— O que é estranho? Rafael perguntou se colocando um passo a frente, porem ele não recuou.
— Você nunca estar por aqui. Se quer a minha opinião, uma mulher não deveria ficar sozinha, sabe como é?
— Não importa a sua opinião. Rafael revidou firme, sem se importar em ser mal educado. _ Acho que isso só diz respeito a nós dois e a mais ninguém. Agarrando a mão de Lorena, voltou a caminhar para o elevador com passos rápidos e apressados, de forma que ela precisasse se apressar em seus costumeiros passos curtos.
— Não precisa trata-la assim cara. Fabio falou alterando a voz para que ele o escutasse e voltando a se aproximar.
— Quem esse cara pensa que é? Rafael murmurou perdendo o ultimo fio de paciência que lhe restara. Em um movimento rápido, Rafael soltou a mão dela e girou acertando um soco no rosto de Fabio que revidou na mesma proporção.
Assustada, Lorena começou a gritar pedindo ajuda.
— Para Rafael. Para. Pediu tentando segura-lo quando o porteiro interviu segurando Fabio e pedindo para os dois se acalmarem.
— Presta atenção cara. Ela é minha esposa, não pense que pode paquera-la tão descaradamente, ainda mais na minha frente. Rafael falava apontando o dedo para Fabio, totalmente alterado.
_ Para com isso. Ela pediu novamente, sobressaltada com sua reação.
— Esse cara está dando em cima de você. Não percebeu? Falou bruscamente antes de dar as costas e entrar sozinho no elevador deixando uma Lorena atônita com sua atitude.
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E agora???