Tempo de Escolha escrita por Val Rodrigues


Capítulo 12
Capitulo Doze


Notas iniciais do capítulo

Ola. Tudo bem?



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Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a você mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito. Ef. 5-33

 

Sobressaltada, ela apertou o botão do elevador ao lado ainda tentando entender como tudo começou.
— Esquentado ele não é? Como você consegue ficar casada com um cara assim? Fabio comentou se aproximando como se não quisesse nada e Lorena girou o encarando furiosa.
— Olha Fabio, eu sempre tentei ser educada com você, ate mesmo com seus convites insistentes, mas eu nunca te dei permissão para se meter na minha vida desta forma, então, por favor não se meta nisso.
— Aquele cara não merece uma mulher como você, Lorena, não percebe? Você merece alguém que a ame, que cuide de você, que te coloque em primeiro lugar. Falou se aproximando ainda mais.
— E quem disse que ele não faz tudo isso? Você não o conhece, não me conhece, então não pense que pode falar ou sequer pensar qualquer coisa sobre meu casamento. Coloca uma coisa de uma vez por todas na sua cabeça. Aquele cara é o meu marido, eu escolhi ficar com ele por toda a minha vida, e ninguém vai me fazer mudar de ideia. Que isso fique bem claro, por que se não, vou esquecer o que é educação em relação a você e te tratar de forma adequada. Falou em um só fôlego entrando no elevador, assim que ele parou, sem se importar com a grosseria de suas palavras, ou com o choque no rosto de Fabio por ouvi-la falar desta maneira.
Quando chegou ao apartamento deles, a porta estava destrancada.
— Rafael. Chamou procurando pela sala, quarto, finalmente encontrando-o no banheiro. _ O que foi aquilo? Ele continuou calado, apertando as mãos na borda da pia, a respiração pesada enquanto sua mente girava com pensamentos turbulentos. _ Rafael? Lorena insistiu nervosa.
— Sou eu que pergunto Lorena. Desde quando aquele cara está dando em cima de você? Virou-se encarando- com o olhar duro. _ Por que não me disse nada?
— Eu não sei bem.
— Vai dizer que você nunca percebeu? Ou será que você estava gostando da atenção? Falou sem conseguir conter-se.
— Como é que é? Revidou sentindo as palavras dele arderem em suas entranhas.
— Você não me contou que tinha um novo amigo que aparentemente pensa que pode dar palpite em nossa vida. Ele acusou desnorteado.
— Não somos amigos, ele e só um vizinho. Ela falou tentando esclarecer.
— Parece que ele não pensa assim. Murmurou contrariado.
— O que você quer dizer com isso? Se tiver algo par a falar, diga de uma vez ao invés de ficar murmurando pelos cantos. Falou aborrecida.
Rafael deixou o ar entrar e sair de seus pulmões fortemente. Precisava se acalmar ou discutiriam ali mesmo, pensou enquanto Lorena repetia o mesmo gesto a sua frente.
— Eu não quero dizer nada. Só estou nervoso demais par conversar sobre qualquer coisa no momento.
Houve um momento de silêncio no banheiro, enquanto os dois se encaravam em uma briga silenciosa, ate que Rafael virou o rosto analisando o machucado no espelho. Sem dizer uma única palavra, Lorena alcançou o armário pegando um algodão e começando a limpar o ferimento.
— Aí. Isso dói. Ele reclamou quando o algodão molhado entrou em contato com o corte.
— Fica quieto. Eu Preciso limpar isso aqui antes de colocar a pomada.
— Mas esta doendo. Ele repetiu ticando o pulso dela de leve e ela o olhou por um momento antes de voltar a atenção a sua tarefa.
— Não reclama.
— Vai ficar roxo. Ele comentou um pouco mais calmo, quando ela já estava finalizando e colocando um curativo.
— É isso que dá ficar brigando feito um adolescente por ai.
— Ele provocou. Você viu. Ela o olhou descrente.
— O que eu vi foi você partindo para cima dele.
— Vai defender aquele cara? Perguntou voltando a se exaltar.
— Não estou defendendo ninguém Rafael, só apontando os fatos, você partiu para cima dele primeiro, ponto. Ela disse inflexível. Eram poucas às vezes em que agia assim, mas as palavras dele ainda queimavam dentro dela.
— Eu não ia tolerar ele te paquerando na minha frente. Quem ele pensa que é para querer se meter em nossas vidas assim? Como é possível que você nunca tenha percebido nada?
— Já parou para pensar que talvez eu nunca tenha dado atenção a isso, porque eu não fico prestando atenção nos homens por ai? Lorena perguntou se exaltando. _ E se você esta insinuando que eu dei algum de tipo de brecha, algum tipo de liberdade para que isto acontecesse, pode parar por ai mesmo. Falou colocando sua raiva para fora também.
— Eu não disse isso. Ele falou um pouco mais contido.
— Não? Por que foi isso que eu entendi quando disse que eu estava gostando da atenção.
— Eu fiquei com ciúmes. Pronto. Admito. Ela o olhou analisando-o. Ele nunca havia demonstrado ciúmes dela, ate agora.
— Exatamente por que você está com ciúmes? Eu nunca te dei motivos para isso.
— Eu sei. Na hora, eu não raciocinei direito. Ela jogou o algodão sujo fora, lavando as mãos e seguindo para o quarto. _ Você está muito brava? Perguntou com cautela parado junto a porta.
— Brava não é a palavra ideal. O que me chateia perceber que você não confia em mim.
— Eu confio Lorena. Falou se aproximando dela. _ Eu só...sei la... tenta entender o meu lado, todo este tempo longe, também é muito difícil para mim.
— Por isso mesmo Rafael. Falou seria o olhando com atenção. _ Se não pudermos confiar um no outro, essa relação não vai dar certo, em breve você vai viajar novamente e como vai ser? Suspirou deixando a pergunta no ar. _ Parte de mim gostou de ver que você tem ciúmes, mas a outra parte, a parte racional entende que isso não é saudável e que se continuar, vamos ter muitos problemas.
— Eu sei. Ele disse sério. _ Desculpa. Entendo o que quer dizer, perdi a cabeça na hora. Me perdoa. Pediu se aproximando um pouco mais.
— O que eu faço com você? Ela suspirou sentindo a raiva se dissipar pouco a pouco.
— Me beija, me abraça, me ama. Você escolhe, só não fica brava comigo assim. Falou com seu jeito brincalhão tentando aliviar o clima pesado que se instalou no ambiente.
Lorena soltou um longo suspiro, na tentativa de se acalmar. Ele estava nervoso. Ela estava nervosa. O melhor seria esquecer aquele episodio, para ambos.
— Você confia mesmo em mim? Perguntou um pouco mais calma. _ Falo serio, Rafael. Confia ou não? Por que me magoa saber que você pensa que eu seria capaz de te trair....
— Shi. Ele pediu colocando os dedos sobre os lábios dela interrompendo seu discurso. _ Eu confiaria minha vida a você Lorena. Falou a olhando nos olhos e ela acenou concordando.
— Esta doendo? Perguntou tocando seu rosto devagar.
— Quase nada. Você cuidou bem de mim. Falou depositando um beijo na palma da mão que passava por seu rosto. _ Me desculpe amor. Falou a abraçando.
— Me desculpe também. Eu fiquei nervosa. Não queria que discutíssemos assim.
— Também não queria brigar. Mas quer saber? Ele falou e ela se afastou do abraço para poder olha-lo. _ É bom para ele entender que você é minha.
— Acredite, ele sabe disso. Falou com convicção. _ Eu sou sua. Sempre. O beijou de leve no inicio não querendo machuca-lo, mas quando ele a puxou para o seu colo, tudo foi esquecido e só restara dois corações batendo na mesma frequência.
....................................

— Então, qual é o plano? Rafael perguntou enquanto eles esperavam pelos amigos na entrada do zoológico.
— Como assim? Ela perguntou sem entender.
— Se vamos ajuda-los a dar o primeiro passo, precisamos de um plano. Explicou.
— Eu não pensei em nada. Falou pensativa. _ E o que aconteceu com “acho que a gente não deveria se intrometer”? Falou tentando imitar a voz dele que gargalhou.
— Bem, se vamos perder nosso domingo aqui por causa deles, deveríamos fazer algo para ajudar.
— O que você sugere? Ela perguntou interessada.
— A gente deveria ter certeza que os dois se gostam mesmo. Pelo visto você já tem certeza sobre a Ana, mas o Lucas não da para saber. Me deixa conversar com ele um pouco e descubro isso.
— Certo. Você que sabe. Mas agora eu fiquei curiosa. Por que mudou de ideia , assim de repente?
— Eu pensei bem sobre o que me disse. Se a única coisa que os separa é a timidez dela e a falta de jeito dele, vale a pena ajudar. Ele concluiu e ela deu um beijo rápido em seus lábios.
— Estou orgulhosa de você. Brincou. E ele sorriu a olha-la.
— Lorena. Falou seu nome docemente.
— Sim. Ela respondeu atenta o abraçando pelo pescoço.
— Você é Linda. Falou e o coração dela aqueceu. Com um sorriso no rosto, fez um carinho suave em sua face.
— Obrigada. O beijou de leve, porém demorado.

— Ei. Estamos atrapalhando? Maycon perguntou e Lorena o soltou envergonhada. 
— Estão. Rafael respondeu. _ E estão atrasados, já estamos aqui já um tempão. Reclamou tentando parecer bravo.
— Eu disse que eles preferiam ficar sozinhos.  Ana falou e todos riram.
— Até você Ana. Lorena reclamou a abraçando em seguida. 
— Quanto tempo? Samira disse o abraçando contente e ele sorriu cumprimentando os amigos.
— Oi. Samira disse abraçando Lorena também.
— Oi. Que bom que você pode vir. Sentimos sua falta ontem.
— Nem me fale. Estou trabalhando tanto. 
— Seu namorado comentou com a gente. 
— E aí?  A gente vai entrar ou não?
— Nossa. Parece que alguém está de mau humor hoje. Samira comentou baixo enquanto as três caminhavam a frente deles. 
— Você sabe o que há com ele? Lorena perguntou e os olhares foram todos direcionados a Ana.
— Não. Por que eu saberia?
— Por que vocês estão sempre juntos por todos os lados. Samira falou e ela a olhou.
— Você também Samira.
— Qual é Ana? Há quanto tempo você não vê o Lucas com uma namorada? E você? Há quanto tempo não sai com alguém? 
— Isso não significa nada. Somos amigos. Repetiu sua frase de prache. 
— Então você não sabe por que ele está bravo? Vocês estão calados desde cedo.
— Eu perguntei, mas ele também não quer me contar. Elas continuaram caminhando, rindo e conversando sobre tudo, de vez em quando paravam para olhar os animais.
— Eu queria saber sobre o que eles estão falando. Samira falou olhando os meninos que mantinham uma boa distância delas.
— O que será? Ana falou olhando na mesma direção e Lorena a acompanhou seu olhar. 
...............

— Rafael, a Lorena é apaixonada por você. Lucas afirmou quando Rafael contou sobre a noite anterior. 
— Eu sei. Mas não tenho certeza se ele vai parar. Ele esta interessado nela. Deixou isso claro ontem.
— E daí? Lucas perguntou.
— E daí que eu não quero outro homem dando em cima da minha mulher. Respondeu sentindo o ciúmes querendo tomar espaço novamente. _ Minha vontade é de faze-lo ir morar bem longe, para que ele nunca mais ouse olhar para ela.
— Certo. Eu entendo o seu ponto de vista. . Se quiser, a gente vai com você dar uma dura nele.  Rafael o olhou.
— Como assim “nós”? Lucas perguntou fazendo aspas no ar. _ É maluquice. Se a Lorena descobrir, ai sim você vai ter problemas.
— Ela não vai saber, se nenhum de nós contar.
— Eu não posso fazer isso. Lucas se interpôs.
— Você deve isso a ele por quase o colocar em problemas no escritório, esqueceu? Maycon o provocou.
— Isso ficou no passado. Lucas respondeu e olhou para Rafael. _ Você confia nela? Perguntou seriamente, e eles olharam para as meninas a frente, sendo flagradas os olhando.
— Claro que confio. Falou com firmeza. Por que apesar de tudo, eles realmente confiavam um no outro.
— Então você não tem que se preocupar. Concluiu encarando Maycon. _ Viu só? Não precisamos nos meter. É assunto deles e já foi resolvido.
— Falando nisso Lucas, me desculpe, mas vou precisar me meter em sua vida. Lucas o olhou surpreso e Maycon também.
— Na minha? Por que?
— O que há entre você e a Ana?

 


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