Appa pousou no chão do pátio do templo e os garotos desceram das costas dele, olhando em volta.

Não havia nada ali a não ser o templo em si – a construção estava vazia. Nenhum sinal de Nômades do Ar.

— Não… não tem ninguém aqui? – sussurrou Aang. – Mas…

Ele continuou vasculhando os arredores desesperadamente com o olhar, como se achasse que os monges estavam invisíveis e surgiriam a qualquer momento.

Zuko olhou para o Avatar, desolado, preocupando-se com a decepção e a tristeza que ele sentiria.

— Aang… – Ele colocou a mão sobre o ombro do outro. – Eu sinto m–

— Talvez eles estejam lá dentro – disse Aang, tentando manter esperanças.

Sem hesitar, ele saiu correndo em direção à entrada do templo.

— Aang! – chamou Zuko. – Espere!

Mas Aang já estava desaparecendo dentro da grande construção.

Ele correu por todos os corredores dos andares do templo, gritando vários “Olá?” e “Tem alguém aí?”; mas não havia uma única pessoa ali além do Avatar. Depois de percorrer tudo, ele saiu do templo, com os olhos cheios de lágrimas. Zuko estava próximo à entrada.

— Eu não acredito – disse Aang, com a voz embargada por causa do choro. – Eu devia saber que era só um sonho. Foi uma ideia estúpida querer vir aqui. Me desculpa, me desculpa mesmo.

— Ei, ei, ei. Não se desculpe por nada – pediu Zuko, segurando as mãos de Aang. – Eu sinto muito que os dobradores de ar não estejam aqui, sei quanta esperança você tinha... Mas a ideia não foi estúpida, de jeito nenhum. Você seguiu seus instintos e seu sonho para tentar encontrar seu povo. Foi muito bonito e corajoso, e estou feliz de ter te acompanhado. Além disso, se não tivéssemos feito essa viagem, provavelmente não estaríamos juntos agora.

Aang esboçou um sorriso, que foi aumentando enquanto Zuko o confortava até se transformar no sorriso radiante que aquecia o coração do dobrador de fogo. Os dois deram um abraço apertado, e Zuko beijou a bochecha de Aang.

— Você é incrível, Zuko – afirmou Aang. – Obrigado por estar comigo e fazer eu me sentir melhor.

— E obrigado a você por existir na minha vida – respondeu Zuko. – Você é a melhor pessoa desse mundo, Aang. Vou estar sempre com você.

Eles se abraçaram novamente.