O dia foi escurecendo e eles acharam melhor passar a noite ali. Todos os cinco entraram no templo e procuraram lugares para ficar na grande sala que ocupava o andar térreo. Aang e Zuko sentaram em um canto, encostados na parede oposta à entrada. O Senhor do Fogo colocou um braço em torno do pescoço do Avatar e os lábios deles se encostaram.

— Eu te amo, Zuko – declarou Aang. – Te amo demais.

— Também te amo, Aang – respondeu Zuko. – Eu sempre vou te amar. Não importa o que aconteça.

Eles sorriram e deram um beijo longo e profundo. Durante alguns minutos, ficaram sem falar nada, apenas curtindo o aconchego. Então Zuko quebrou o silêncio.

— Pensei em uma coisa – disse.

— No quê? – perguntou Aang.

— A vegetação estranha está aqui. E o templo também – analisou o dobrador de fogo. – Exatamente como você sonhou.

— Sim – confirmou o Avatar. – Mas os Nômades do Ar não estão.

— Só os Nômades do Ar não estão – corrigiu Zuko. – Você nunca tinha ouvido falar dessa vegetação e desse templo, não é?

— Não, pelo menos não que eu lembre – respondeu Aang.

— Então realmente não pode ter sido só um sonho – disse Zuko. – Essas pessoas também são reais.

— Ou foram – falou o dobrador de ar.

— Ou ainda são – insistiu o Senhor do Fogo.

— Você acha que elas ainda estão aqui? – indagou Aang. – Eu percorri esse templo inteiro e não achei ninguém.

— Eu sugiro que a gente percorra de novo, dessa vez com calma – propôs Zuko. – Amanhã de manhã, quando tiver mais luz. Talvez eles tenham se mudado recentemente. O nome da nação é “Nômades do Ar”, afinal.

Aang sorriu com a piadinha.

— Pode ser que a gente encontre pistas de atividade recente – concluiu Zuko. – E até mesmo uma indicação de onde eles estão agora. E aí, vamos?

Aang pensou no assunto.

— Tudo bem, vamos – disse Aang. – Os detetives Zuko e Aang vão entrar em ação amanhã!

Zuko riu, adorando o comentário.