Rios Fluem Até Você escrita por Hanna Martins


Capítulo 39
Meia-vida


Notas iniciais do capítulo

Hey, reylos!
Mais um capítulo na área!



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Havia um silêncio cortante pairando entre as quatro pessoas. Rose mantinha a mão apoiada no braço de Hux, por instrução deste. A mulher elegante e alta, que deveria ter cerca de uns cinquenta anos, os analisava atentamente. Hydrangea era uma mulher bonita e tinha jeito de quem não estava acostumada a ter seus desejos frustrados.  

— Então, esta é sua acompanhante, Hux? Violet? — disse ela, passando a mão pelo longo cabelo roxo. — E esta é uma amiga de vocês? Sunflower?  

— Sim, Hydrangea — assentiu Hux.  

— Pensei que você não iria vir hoje... — disse ela, tomando um gole de uma bebida espessa e laranja.  

— As coisas mudam, não é? — falou Hux, com muita tranquilidade. 

Hydrangea era uma das principais líderes do movimento que tentava reviver a Primeira Ordem. Se eles poderiam conseguir alguma coisa era por meio dela.  

— Então... — começou Hux. — Como as coisas estão? 

A mulher bebericou calmamente a bebida.  

— Você está muito apressadinho hoje — falou ela, sorrindo. — Ainda temos tempo. Aproveite a festa. Ela está ótima.   

Rose apertou a mandíbula com força, Rey notou. Podia sentir que a amiga não estava gostando nada do rumo que as coisas estavam tomando. Ela também não estava.  

— Claro — disse Hux, também sorrindo.  

Hydrangea deu as costas a eles.  

— Acho que ela pode ter nos descobertos — sussurrou Hux para Rose. — Mas, eu não ficaria aqui para descobrir se estou certo ou não... 

— Como? — Rose soltou o braço de Hux e olhou em direção a mulher que se unia a um grupo de pessoas.  

— Temos que dar o fora daqui e rápido! — declarou ele. — Não temos muito tempo.  

Rey percorreu os olhos pelo recinto em busca de Ben. Precisava avisá-lo. Um calafrio percorreu o corpo quando não conseguiu localizá-lo.  

— Vamos logo! — falou Hux, pegando a mão de Rose. — Essa é a chance de sairmos daqui com vida.  

— Preciso encontrar o Yuri — disse Rey, não se preocupando em disfarçar o olhar ansioso. Um pensamento assustador lhe ocorreu. — Será que eles o pegaram? 

Hux deu os ombros.  

— Quem se importa? — respondeu ele de modo casual. — Agora, se continuarmos aqui, seremos nós a sermos pegos. Vamos sair daqui, agora! — Ele puxou a mão de Rose. 

Rose se desvencilhou da mão dele com um puxão.  

— Não abandonamos as pessoas, Hux — disse ela. — Rey, a gente vai tentar ganhar um tempo por aqui. Tente achar o Yuri.  

— O quê? Isso é loucura! — protestou Hux. — Nós estamos perdendo tempo!  

Rose ignorou totalmente os protestos dele.  

— Obrigada — agradeceu Rey, saindo a procura de Ben com passos ágeis e preocupados.  

Havia algo muito errado. Mesmo que os dois não estivessem conectados através da Força, ela ainda conseguia sentir que ele estava em perigo. Precisava encontrá-lo. Só quando Ben estivesse em sua frente e seguro, poderia se tranquilizar.  

Então, ela sentiu, como um raio, rápido e fulminante.  

Palpatine estava lá.  

Seu sangue gelou e ela nem mesmo conseguiu enviar ar para os pulmões. O pânico invadiu cada fibra do seu ser. Tudo ao seu redor parecia estar girando em câmera lenta.  

 

*********************************************** 

Palpatine o olhava. 

— O que você quer? — sibilou.  

— Eu apenas quero te mostrar a verdade — respondeu Palpatine, com um sorriso naquela boca hedionda.  

— A verdade? Você é um mentiroso. Nunca irei acreditar em suas mentiras — declarou, fervendo de raiva.  

Palpatine despertava nele uma raiva e uma fúria sufocantes. Era algo instintivo, primitivo.  

— Veremos — disse ele, sem demonstrar qualquer tipo de emoção na voz ou na face. — Está na hora de te devolver suas memórias, meu jovem. Você já passou tempo demais sem saber quem você é.   

Ele encarou aquele ser asqueroso. Menos que um homem. Ele era apenas uma criatura repulsiva, uma sombra que vivia meia-vida.  

A coisa toda ocorreu em questão de segundos. Palpatine sorriu, levantou a mão e uma espécie de choque o atingiu.  

 Sentiu uma dor dilacerante. Cada fibra de seu corpo parecia estar sendo perfurada por espinhos. Seu sangue havia se transformado em agulhas. A dor era tanta que ele caiu no chão.  

Fragmentos de imagens estilhaçadas se formaram em sua mente. Aos poucos eles se reuniram, formando imagens mais nítidas que se uniam a outras. E toda vez que elas se uniam era como se sua cabeça estivesse sendo fuzilada por um raio de dor e agonia.  

Rey... a imagem dela surgiu e desvaneceu-se no ar. E outra imagem dela se materializou em sua mente.  

Ele concentrou-se em Rey, tentando ignorar a dor.  

Os dois estavam perto de um mar, molhados, seus sabres de luzes ligados. Mas, o sabre dela não era amarelo, e sim, azul. Os sabres se batiam. Ela estava cheia de raiva. A imagem se apagou por um instante, para logo em seguida aparecer novamente. Agora, ela segurava o sabre cor de sangue e atravessava seu corpo com ele. 

Mais imagens.  

Eles estavam em um lugar bonito, cheio de árvores com folhas em formato de coração. Rey o encarava cheia de raiva e ódio.  

Aquela lembrança era muito vivida. Era como se ele estivesse realmente naquele lugar com Rey em sua frente, gritando palavras terríveis. E também podia sentir seus próprios sentimentos. Ele estava sofrendo. Perdido em agonia e desesperado.  

Rey lhe escapava por entre as mãos. Seu coração se fragmentada em milhões de pedaços. 

Monstro. Ela o chamava de monstro. E a pior parte é que sabia que ela falava a verdade.  

Tentou retê-la, mas ela lhe deu as costas. Uma parte sua morria ao vê-la partindo.  

As palavras de Rey feriram-no mais do que qualquer outra coisa, até mesmo eram mais dolorosas do que a dor que Palpatine o infringia.  

As imagens tornaram-se mais rápidas. Ele foi tragado por um mar de angústia e dor. Rey gritava, furiosa:  

— Você e eu nunca daremos certo! Nunca! Você tirou Ben Solo de mim! Nunca o perdoarei por isso. Vou encontrar você um dia e me encarreguei de fazer você sofrer na mesma quantidade que estou sofrendo. Então, despedaçarei seu coração do mesmo modo como despedaçou o meu.   

As palavras ecoaram distantes, como explosões em um canto perdido da galáxia. Porém, elas o atingiram mesmo assim.   

Ele sentiu-se despedaçando, cada parte do seu ser estava ferido.  

— Ela traiu você, Kylo Ren. Ela nunca amou você. Nem nunca vai amar. Ela apenas queria vingança. O que move Rey é apenas isso. Você tirou Ben Solo dela. Ela nunca vai perdoar você. Ela nunca vai aceitar o monstro que você é. Ela sabia de tudo e se divertiu ver você sofrendo, se divertiu com suas lágrimas, se divertiu em vê-lo se apaixonando por ela.  

Ele ficou no chão. A dor era tanta que chegou naquele estágio em que não conseguia sentir mais nada, nem mesmo a dor, apenas o vazio e a escuridão. 

************************************* 

Rey sentia um formigamento, um frio gelado instalando-se no peito, na carne, chegando até os ossos, apesar do ambiente quente.  

Palpatine estava ali.  

Ela precisava encontrar Ben, tirá-lo dali. A angústia latejava em suas veias.  

Precisava encontrar Ben. Não podia permitir que algo acontecesse com ele novamente.  

Viver sem sua díade era viver uma meia vida. Não era viver propriamente. Era apenas ser uma casca vazia. Depois de viver uma vida inteira era impossível viver pela metade.  

Casais passavam por ela, embalados por uma música frenética. Eles rodopiavam em uma velocidade prodigiosa. As luzes eram intensas e quase a cegavam. Não podia distinguir nada com nitidez em meio àquela agitação.  

— Ei! — gritou alguém no meio das pessoas. — Ei! 

Ela deteve-se procurando pela origem da voz. Finn esquivou-se de dois casais e se aproximou dela. Ele havia ficado encarregado de dar cobertura a eles, ficando na nave, se ele estava ali era porque algo de muito errado havia ocorrido.  

— Temos que sair daqui agora! — disse ele. — Poe descobriu que esta festa é uma armadilha para a gente! Ele estava desconfiado e foi interrogar um dos membros da Primeira Ordem novamente e conseguiu arrancar a verdade. Ah, aqueles caras da Primeira Ordem! Aposto que aquele ex-general Hux sabia de tudo. Vamos sair daqui! — Finn pegou sua mão e começou a puxá-la.  

Rey retraiu a mão.  

— Vamos! — falou ele, voltando-se para ela. — Não temos muito tempo. 

— Eu não posso — afirmou, percorrendo os olhos pelo recinto. — Palpatine está aqui. 

— O quê? — quase gritou ele em pânico. — Mais um motivo para sairmos daqui agora! — Finn tentou pegar sua mão novamente. — A gente precisa sair daqui. Cadê a Rose?  

— Ela está com Hux... Vá encontrá-la e a retire daqui — pediu Rey, escapando da mão de Finn. — Eu preciso ir... 

— Não, você vem comigo!  

— Eu já disse que não posso! — declarou exaltada.  

O amigo a olhou exasperado, retendo sua mão, não permitindo que ela fugisse.  

— Palpatine está aqui — murmurou Finn, tentando se acalmar. — E você quer que eu te deixei aqui? Não estamos preparados para lutar contra ele agora!  

A angústia dentro de Rey crescia. Ela precisava encontrar Ben. Cada segundo contava. Se algo acontecesse com ele... Não. Não. Ela não permitiria.  

— Você não entende. Eu não posso ir! 

— Não pode por quê? 

— Eu preciso encontrar o Yuri — explicou ela, tentando se concentrar na Força, talvez, conseguisse saber onde Palpatine estava.  

— Aquele cara de novo? — sibilou Finn. — Eu não sei o que você pretende. Aquele cara não é ele! 

Rey o encarou. O desespero se alastrando por todo o seu ser.  

— Ele é o Ben — confessou ela, puxando sua mão da de Finn. As palavras haviam escapado de sua boca sem que pudesse detê-las.  

Os olhos de Finn se abriram completamente em choque.  

— Não pode ser! Aquele cara está morto!  

— Ele não está — respondeu ela, voltando toda a sua energia para a Força. — E eu preciso encontrar Ben agora.  

— Não! Você deve ter se enganando. Ele está morto! — enfatizou Finn em completa negação.  

Rey ignorou a incredibilidade do amigo. Ela precisava encontrar Ben. 

— Ah, vocês estão aí! — disse Rose, arrastando Hux atrás de si. — Ganhamos algum tempo... Agora, a gente precisa sair daqui... 

— Devemos deixar este traidor aqui — declarou Finn, cheio de raiva, olhando para Hux. 

— Traidor? Concordo, vamos deixar os traidores por aqui. Para começar, devemos deixar quem atira na perna dos aliados — disse Hux de modo cortante.  

— Você sabia desta armadilha! — acusou Finn com o dedo em riste, apontado para Hux.  

— Assim você me ofende — rebateu Hux com ironia. — Eu não tenho nada a ver com isso — declarou, olhando para Rose. — Eu fui tão enganado quanto vocês. 

— Seu... acha mesmo que vamos acreditar nisso? — falou Finn com raiva.  

— Eu também fui passado para trás aqui — rebateu Hux com certa indignação. — As pessoas estão sempre passando umas às outras para trás por aqui. É a lei do mais forte. Vence esse jogo quem é o mais esperto — explicou com um ar um pouco entediado e até cansado.  

Finn olhou para Rose, procurando que ela fizesse algo. 

— Vamos deixar para mais tarde essa discussão sobre traições. Precisamos focar no que realmente importa agora, sairmos daqui — declarou ela. 

Finn fez uma careta de desgosto. 

— E o que a gente ainda está fazendo aqui? — falou Hux. — Precisamos sair daqui agora.  

Rose olhou para Rey.  

— Eu não posso — disse Rey à amiga. — Eu preciso encontrar ele... 

— Tudo bem — assentiu Rose. — Vamos ver o que conseguimos fazer... 

— Ah, você não vai deixar ela fazer isso! — protestou Finn. — Isso é loucura!  

Rose apenas puxou Finn e Hux pelos pulsos, levando-os consigo, ignorando completamente os protestos de Finn.  

Rey concentrou-se mais uma vez na Força. Colocando todo o seu ser naquele ato. Ali. Ela o encontrou. Podia sentir Palpatine. Sem hesitar, Rey seguiu em frente, atravessando uma infinidade de portas. Livrou-se dos sapatos desconfortáveis para caminhar com mais agilidade.  

Cada passo que dava deixava um buraco em seu peito. Temia o que iria encontrar diante de si, mas ansiava por chegar lá desesperadamente. Precisava alcançar Ben.  

Jamais o deixaria sozinho novamente. Jamais o abandonaria. Se fosse preciso, ela lutaria por ele até o último fio de vida que restasse em seu corpo. Ben dera a vida por ela uma vez. Não permitiria que ele fosse retirado dela novamente.  

Seus pés alcançaram aqueles degraus escorregadios e infinitos. Cada degrau era uma fisgada em seu coração.  

Quando ela pisou no último degrau, seu coração quase parou.  

O local era mal iluminado, mas ela podia vislumbrar a forma de um homem atirado no chão.  

Correu até ele.  

Ben estava curvado sobre seu próprio corpo. Da sua boca saiam gritos dolorosos, repletos de agonia. 

— Não adianta, minha querida neta — falou uma voz ao longePalpatine.  — Ele já sabe a verdade!  

— O que você fez com ele? — gritou ela, segurando os ombros de Ben tentando localizar Palpatine. Ele estava em algum lugar ali por perto. Mas onde?  

Um som medonho, algo que parecia imitar uma gargalhada, ecoou pelo recinto.  

— Eu só mostrei a verdade. 

Rey ignorou aquele ser e o medo. Precisava cuidar de Ben, tirá-lo dali. Isso era a única coisa que importava.  

— Você pode me ouvir? — perguntou ela. — Sou eu, Rey. 

Ele levantou a cabeça e ela sentiu como se tivessem a apunhalado com um sabre bem em seu coração. Os olhos dele estavam repletos de ódio. Não havia mais nada que não fosse aquele sentimento.  

— Sou eu — repetiu, em uma vã tentativa de aplacar aquele ódio que transbordava dele.  

Precisava alcançar Ben. Seu coração estava se despedaçando.  

— Eu estou aqui — falou com o tom mais calmo que conseguiu arrancar do seu ser que nadava em um desespero cruel. — Fica comigo. Você não está sozinho.  

Ben a olhou por um instante, repleto de confusão, e finalmente pareceu a reconhecer.  

Ela tentou sorrir.  

Ele afastou-se dela. O ódio em seus olhos foi substituído pela mágoa e tristeza. Nunca vira olhos tão tristes assim.  

Rey estendeu a mão, tentando alcançá-lo. Ben não permitiu que ela o tocasse, recuando, como se ela tivesse contaminada com alguma doença contagiosa. 

— Não, por favor — implorou, a voz transformada em um pequeno fio frágil.  

— Ele sabe que você fez — disse Palpatine, lembrando-a de sua presença. 

Palpatine continuava por perto, bastaria um pouco mais de atenção que ela o encontraria. No entanto, por mais que quisesse eliminar aquele ser de toda galáxia, por mais que a raiva pulsasse em suas veias, não era ele quem ela precisava derrotar. Ela precisava salvar aquele que amava. Se deixasse a raiva e o ódio a dominarem, Palpatine ganharia aquela guerra.  

Então, ela fez algo que não queria fazer. Ela sabia que poderia piorar tudo. Mas, era o único modo de saber o que Palpatine havia feito. Rey entrou na mente de Ben. Era um ato difícil, entrar na mente das pessoas. Qualquer movimento em falso e poderia estragar tudo, infligir uma dor terrível, provocar danos horríveis. Rey odiava aquilo. 

Rey quase fugiu horrorizada.  

A mente de Ben era um caos. Imagens estilhaçadas, fragmentos de memórias. As mais nítidas eram dela. E em todas, ela parecia sob uma ótica nada amigável.  

— Ele sabe a verdade, minha querida neta.  

— Não! — gritou Rey. — Você está manipulando Ben. 

— Venha, Kylo Ren — falou Palpatine 

Ben olhou para a direção da qual vinha a voz e começou a levantar a mão. 

— Não! — Rey abraçou Ben com toda a força que tinha. — Por favor, não vá. Por favor! Não acredite nele!   

As lágrimas quentes e salgadas caiam pelo rosto e ela não se incomodou em limpá-las. Ela segurava o corpo de Ben em seus braços com desespero, dando tudo de si para não o deixar ir.  

— Não acredite nele, por favor! Você está confuso. Eu vou explicar tudo, eu prometo. Só não vá com ele — implorava, segurando-o fortemente.  

— Venha — ordenou Palpatine.  

Ben retirou as mãos de Rey da sua cintura e levantou-se.  

— Eu te amo! — gritou ela, vendo-o dar-lhe as costas. — Eu te amo! 

Os pés dele de detiveram. 

— Eu te amo — repetiu como uma prece. Aquilo era mesmo uma prece para que ele ficasse com ela, para que ela conseguisse alcançá-lo.  

Ben voltou-se para Rey. Ainda havia muita confusão nos olhos dele. Porém, também havia hesitação.  

— Fica comigo! — implorou ela, ainda no chão, sem conseguir se sustentar-se nos próprios pés. Sua díade estava sendo retirada dela novamente.  

— Venha, Kylo Ren 

Os olhos dele vagaram de Rey para o local de onde vinha a voz.  

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Qual será a decisão do Yuri/Kylo Ren? Curiosos?



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