Internamente Evans escrita por psc07


Capítulo 6
Capítulo Cinco


Notas iniciais do capítulo

SURPRESA!!!



Esse mimo era pra ter sido no Natal, mas acabei esquecendo rs mas antes tarde do que nunca, e trago um capítulo fora do dia 18! Feliz Natal e um próspero Ano Novo! 

Espero que curtam e até o próximo dia 18! :D



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—Acorda, Lily!

Lily grunhiu para a voz que lhe chamava e deu um tapa na mão que a cutucava.

—Ai, garota! – Mary reclamou. Lily suspirou e abriu os olhos.

—Que foi, Mary? – Ela perguntou, a voz embolando com o cansaço.

—Você me pediu para lhe acordar para irmos ao Três Vassouras! – Mary exclamou, ainda esfregando o dedo que havia sido agredido por Lily.

Lily suspirou. Sim, ela havia pedido. Mas ela não se lembrara, quando concordara em sair com as amigas, que daria plantão noturno na véspera.

—Certo, Mary. Daqui a pouco eu fico pronta.

Ninguém podia julgar Lily por estar cansada. Apesar da noite ter começado lenta e calma, aos poucos o ritmo foi aumentando, e não parou em quase momento nenhum. Ela e Amos dividiram horário para jantar, para não deixar a emergência sem interno, e mesmo assim comeram o mais rápido o possível para voltar logo.

Depois dos amigos que caíram da árvore, chegaram quatro pessoas envolvidas num mesmo acidente de carro, o que fez com que James chamasse o preceptor que estava cuidando de burocracias do hospital para ajudar.

Apesar de assustados, os pacientes não tinham lesões graves – permaneceram para observação por mais um tempo, e Lily e Amos suturaram mais um pouco.

Não havia chegado nenhum paciente realmente grave, mas com uma noite movimentada, Lily queria se recusar a ir dormir, mas Remus colocou a mão em seu ombro.

—Eu entendo a ansiedade, mas você passa enfermaria amanhã. Durma por uma hora, pelo menos – O residente falara. 

Ele havia convencido Lily, e ela estava indo falar com Amos para ajeitarem a divisão para dormir, quando chegou um uma vítima de acidente de moto.

Imediatamente ela e Remus se aproximaram para fornecer atendimento, ambos esquecendo de horário para dormir e ouvindo com atenção o relato do socorrista:

—Josh, desacompanhado, sem documentos. Fomos chamados por pedestres, que relataram uma colisão moto x carro, com mecanismo de ejeção da moto. Motorista do carro fugiu. Paciente encontrado ainda responsivo, mas muito confuso, Glasgow de 10 no local, mas pode ter rebaixado mais. Vias aéreas estavam pérvias, colocamos o colar cervical na cena, sem queixas de dor. Não conseguimos avaliar muito bem o tórax pelo barulho do local, abdome doloroso e pelve estável, mantendo taquicardia mas sem alteração de pressão. Fratura em membro inferior esquerdo.

—Repuseram volume? – Lily questionou, calçando as luvas e se aproximando do paciente.

—500ml de Ringer Lactato.

—Lily, faz o atendimento inicial, vou providenciar o ultrassom – Lupin disse, e Lily assentiu.

—Senhor, meu nome é Lily Evans, e estou aqui para ajudar. Pode me contar o que aconteceu?

A resposta do paciente não foi exatamente boa; rapidamente Lily recalculou a escala de Glasgow, um método de avaliação de consciência do paciente,  e mordeu o lábio.

—Lupin! – Ela chamou, e o residente se virou da entrada da sala de emergência – Glasgow de 6. 

Lupin fez uma careta, e retornou de imediato. Fez o mesmo processo da garota e assentiu com a cabeça.

—Preciso que alguém providencie o ultrassom, por favor – Ele pediu à equipe de  enfermagem – Lily, o que quer fazer?

—Intubação – Ela respondeu de imediato. Lupin assentiu, e pegou os materiais necessários, auxiliado pela enfermeira.

—Por que? – O residente questionou.

—Caiu dois pontos na escala de Glasgow em menos de uma hora e menor que 8 na escala.

—Você sabe a técnica? – Ele perguntou. Lily confirmou, e Lupin passou o laringoscópio para a garota. 

Ela respirou fundo e repassou mentalmente o processo na cabeça. Lupin a auxiliava, dando dicas de como poderia aperfeiçoar sua técnica. Em algum momento Dr. Potter chegou.

—Tudo sob controle? – Ele questionou. 

—Sim. Lily vai intubar aqui e depois vamos continuar o atendimento inicial. Pedi o ultrassom, mas…

—Já está vindo – Potter falou. – Vamos ver como Evans se dá com o tubo.

Lily ignorou as borboletas no estômago e respirou fundo mais uma vez. 

—Lembre de não fazer báscula para evitar quebrar os dentes – Lupin disse, enquanto ela introduzia o laringoscópio – Isso, perfeito. Consegue enxergar as cordas vocais?

—Acho que fui além…

—Recua um pouco, cai na valécula. – Ele instruiu.

—Pronto! 

—Consegue ver exatamente as cordas? Não olhe para mim, mantenha a laringe na sua visão.

—Sim – Lily confirmou, sem tirar os olhos e erguendo a mão para pegar o tubo.

—Só passe se estiver enxergando…

Um minuto depois, o coração da garota ainda acelerado, ela continuou a atender o paciente – agora conseguindo respirar adequadamente.

—Vamos fazer o FAST? – Dr. Potter sugeriu, se adiantando com o pequeno ultrassom.

Ele mesmo realizou o exame, e fez uma careta de concentração que, lembrando da cena retrospectivamente, Lily só podia descrever como “fofa”.

Não que ela fosse dizer isso para alguém.

—Evans, olhe aqui. – Dr. Potter chamou – Que espaço é esse?

Lily olhou atentamente para o emaranhado de cinza, tentando decifrar seu significado.

—Espaço de Morrison, entre o fígado e o rim direito – Ela respondeu, recebendo um sorriso de concordância.

—E o que deveria ter nesse espaço, normalmente?

—Bem… – Ela disse, hesitante – normalmente é um espaço potencial. Então só uma fina camada de líquido, quase nada.

—E o que você vê aqui?

—Mais que uma fina camada de líquido, isso com certeza. – Ela respondeu, fazendo James sorrir levemente mais uma vez.

—Líquido livre na cavidade, com abdome endurecido e taquicardia a despeito de reposição volêmica. O que sugere?

—Laparotomia exploradora? – Ela respondeu, passando as páginas do protocolo de trauma em sua mente rapidamente.

—Perfeito. Remus, Dr. Shacklebolt já está ciente do caso. Vou avisá-lo que realmente é cirúrgico enquanto você e Evans acompanham o paciente para o centro cirúrgico. A não ser que Evans esteja cansada demais para entrar na cirurgia…? – Dr. Potter provocou. Lily estreitou os olhos.

—Estou completamente descansada, Dr. Potter. Será um prazer acompanhar a cirurgia.

James segurou um riso a assentiu, saindo da sala de emergência.

Óbvio que Lily não se arrependia nem um pouco de ter entrado na cirurgia – ainda mais depois que soube que o paciente estava bem – mas estava bastante cansada. Não sabia se conseguiria tolerar até as duas da manhã como prometido antes para as amigas.

—Lupin estava comentando com Potter sobre você hoje, Lily – Marlene disse assim que Lily foi pra sala pegar alguma besteira para comer antes de se arrumar – Vai ter comida lá, nem inventa.

—Eu to com fome, Lene, eu como lá de novo.

—Mas você vai se atrasar! – A morena replicou. Lily fez uma careta e pegou uma banana.

—Você também não está pronta!

—Nem sou zumbi. Vai logo que você vai ter trabalho com essas olheiras. Mary está tomando banho.

Lily revirou os olhos, mas sabia que a amiga estava certa. Seu corpo tinha a infeliz mania de acumular olheiras. Terminando o biscoito, Lily voltou para o quarto, mas no caminho encontrou Mary indo para o quarto que permanecia desabitado.

—Acho que deixei algum sapato perdido aqui – Mary justificou, depois franziu a testa – Você por acaso já tomou banho?

—Já estou indo! Credo…

Enquanto tomava banho, Lily pensava na roupa que usaria. Já havia quase um certo tempo que terminara com Benjy, e desde então ela ficava com um pouco de preguiça de se arrumar tanto para sair. Mas hoje – mesmo com o cansaço que sabia que iria lhe atingir em algumas horas – estava mais disposta ao processo.

Escolheu com cuidado uma calça jeans que guardava para ocasiões justamente como essas, além de uma blusa mais decotada e um casaco de couro – ela já havia ido algumas vezes no Três Vassouras e sabia muito bem como era o ambiente.

Ficou na dúvida se colocaria um salto ou não, mas se lembrou das noites de banda e escolheu um tênis que combinasse. Para finalizar, optou por uma maquiagem que ressaltava seus olhos – Lily sabia muito bem o encanto que as orbes verdes causava.

—Estou pronta, estou pronta! – Ela anunciou, saindo do quarto guardando a carteira e o celular numa bolsa.

Marlene esperava sentada no sofá, mexendo no celular distraidamente, mas nada de Mary.

—Ela trocou a roupa pela segunda vez – Marlene explicou.

—E você não foi ajudá-la? – Lily questionou, jogando a bolsa na morena. Marlene apenas deu de ombros.

—De que adiantava ajudar Mary se você não estava pronta?

Lily revirou os olhos e foi no quarto de Mary.

Quinze minutos e muita conversa depois, as três estavam no carro de Lily a caminho do bar.

—Por acaso Bertram vai estar lá, Mary? Pra você ter demorado tanto – Marlene perguntou, olhando para Mary através do espelho no para-sol.

—Você me decepciona, Marlene. Por acaso preciso da presença de algum ficante para me arrumar?

Lily riu da careta de Marlene e do olhar satisfeito de Mary. Talvez realmente fosse difícil achar mais alguém para morar com elas de tão bem adaptadas que estavam.

—Então ele não vai estar lá?

—Eu não sei, na verdade. Eu comentei com ele do show, mas ele não deu a mínima.

—Tá vendo, Lene? – Lily provocou – Ela nem se importa com ele.

—Não é isso, Evans – Mary cortou – Eu só não vou me privar de me divertir com minhas amigas por causa dele.

sim eu gostei, Mary! – Marlene disse.

Lily riu mais uma vez e diminuiu a velocidade ao se aproximarem do bar.

—Por que você sempre diminui o som quando tá procurando uma vaga? – Marlene perguntou a Lily.

—Me ajuda a enxergar melhor – Lily respondeu sem dar muita importância. Ela sabia que fazia isso desde sempre, mas nunca parara para pensar no motivo.

—Não faz o menor sentido!

—Você não é a neurologista? Descubra – Lily desafiou com um sorriso, fazendo Mary soltar uma leve gargalhada enquanto saltavam do carro.

—Nem mesmo o próprio Kandel conseguiria lhe desvendar – Marlene retrucou e depois riu sozinha. Mary franziu a testa e olhou para Lily.

—É um autor de livro de neurociências – Lily respondeu, seguindo Marlene com o braço entrelaçado com o de Mary – Não foi uma piada muito boa.

Elas pararam de discutir os méritos da piada apenas para entrar. Mary logo as direcionou para uma mesa ampla que parecia estar reservada.

—Eu gosto de vir aqui para fazer o TCC, e Rosmerta acabou conseguindo essa mesa pra gente – Mary explicou.

—Você vem a um bar fazer o TCC? – Lily perguntou erguendo as sobrancelhas.

—Em minha defesa, eu nunca bebo nada alcoólico – Mary justificou – é só que as batatas aqui são incríveis, ok?

Como se ensaiado, a dona do bar, Madame Rosmerta, surgiu com uma porção de fritas para as garotas.

—Mary, querida, eu sei que eu lhe prometi a mesa, mas talvez eu precise que você divida com cinco pessoas, pode ser? Não tive como negar. Mas juro que são rapazes ótimos e que não vão dar problemas! 

—Sem problema, Rosmerta! Só de conseguir sentar já está ótimo.

Mary e Marlene pediram o famoso drink de Cerveja Amanteigada, enquanto Lily ficava no refrigerante.

Mary estava correta – as fritas eram sensacionais. Beirava ao egoísmo ter mantido aquele segredo para si ao invés de compartilhar com as amigas, como Lily prontamente comentou.

—Como se você fosse sair de casa para vir estudar aqui, na confusão – Marlene retrucou.

—Eu poderia, com o incentivo correto! – Lily exclamou em resposta.

Marlene revirou os olhos e estava sendo ajudada por Mary no argumento que não, Lily nunca iria para lá estudar por causa de algumas fritas (mesmo que excepcionais) quando Madame Rosmerta interrompeu a discussão.

—… não se importam em dividir a mesa com essas três adoráveis garotas, certo? – Rosmerta ia falando. As meninas olharam para os futuros companheiros de mesa, e Lily teve de segurar a Coca-Cola que ela quase cuspia ao reconhecer exatamente quem estava ali.

—Remus! 

O grito não foi, como Lily esperava, de Marlene – fora Mary que se levantara da cadeira e abraçara o residente, enquanto Marlene e Lily se entreolhavam curiosas.

—Mary, quanto tempo! – Dr. Lupin exclamara, abraçando a garota de volta.

—Acho que nos vimos pela última vez quando tínhamos, sei lá, 15 anos?

—Por aí!

Eles continuaram conversando tão entretidos que Dr. Lupin mal percebeu as internas na mesa, até que (engolindo seco) Lily percebeu Dr. Potter e outro garoto se aproximando.

—Ei, Aluado, deixa as internas em paz! – Dr. Potter exclamou com um sorriso para Lily e Marlene. Só então Lupin pareceu perceber as duas outras garotas na mesa, e abriu um largo sorriso.

—Lily, Marlene! Me desculpem, eu não tinha visto vocês aí!

—Espera, você conhece essas duas tralhas? – Mary questionou.

—Ele é um dos residentes da cirurgia, Mary – Marlene explicou, acenando de leve.

—E vocês nem me falaram?

—A gente não sabia que você conhecia Dr. Lupin – Lily justificou, dando de ombros.

—Pelo amor de Deus, Lily, não me chame de doutor! – Lupin pediu quase desesperado, fazendo Mary e Dr. Potter rirem.

—Nem ouse, sim? – Dr. Potter disse, apontando o dedo numa ameaça falsa em direção à ruiva. Lily deu um pequeno sorriso.

—Olá, Lupin e Potter – Ela disse, e os dois sorriram de volta.

—Não aceito minha interna estrela me chamando de “doutor” – Potter disse – E daqui até o final do rodízio quero ver chamando por nossos nomes. Não somos tão mais velhos que você, sabe?

—Ela nem tem nenhum paciente com você pra ser sua interna, cabeçudo – Lupin disse, revirando os olhos.

—Liga não, – o outro rapaz falou, se adiantando – James aqui é muito possessivo. Ele gosta de dizer que ensinou pros melhores estudantes. Ah, Peter Pettigrew, prazer. 

—Pete aqui foi nosso colega também desde a faculdade – Potter disse enquanto Peter cumprimentava as garotas, e então sorriu – Mas quando se formou decidiu largar a medicina, e agora é R2 de ortopedia.

Lily explicava a Mary a piada do meio médico que ortopedistas deixavam de ser médicos e os garotos se sentavam quando outro residente chegou, e acompanhado.

—Ah, Pontas, por que não estou surpreso em lhe ver nessa mesa? – Dr. Black exclamou, sorrindo. Potter encarou o amigo rapidamente antes de responder.

—Porque Rosmerta já havia lhe dito que iríamos dividir a mesa, idiota.

—Hum, talvez… – Black respondeu, enquanto puxava uma garota que parecia mais nova que até mesmo Lily para frente – Enfim, pessoal conheçam Nymphadora Tonks, minha priminha que acabou de passar em Hogwarts!

—Por favor, me chamem apenas de Tonks – A garota pediu. Ela era baixinha, e tinha cabelos curtos curiosamente pintados de rosa-chiclete. Seu rosto era doce e seu sorriso muito animado; Lily gostou imediatamente da garota.

—Ei, vocês duas são de Hogwarts, certo? – Black falou – Será que podem dar umas dicas para ela?

Tonks sacudiu a cabeça em negação e, com as bochechas vermelhas, sentou-se ao lado de Lily.

—Claro que sim. Prazer, Tonks, sou Lily Evans – Lily disse com um sorriso – A morena aqui ao lado é Marlene McKinnon. As vezes ela fica de cara fechada mas ela é gente boa, eu juro – Marlene revirou os olhos – E aquela de lá é Mary, nossa colega de quarto.

—Vocês três moram juntas, então? – Tonks questionou.

—Sim, desde o início da faculdade – Marlene confirmou.

—É terrível as vezes pra Mary, morar com duas estudantes de medicina – Lily completou.

—Mary estuda o quê?

—Letras – Mary respondeu, sorrindo.

—Quase formada, na verdade – Lily disse, dando um gole no refrigerante.

Lily se surpreendeu com a tranquilidade e facilidade com que os grupos se entrosaram. Claro que o fato de Mary ser amiga de Remus e Tonks ser absurdamente cativante ajudavam, mas ainda assim todos na mesa conversavam.

Além disso, era quase impossível ignorar quão bonitos os garotos eram; até mesmo Peter – indiscutivelmente o menos bonito – ganhava olhares de outras mesas.

Lily percebeu Tonks lançando olhares nada discretos para Lupin; este, por sua vez, fingia não notar que a prima mais nova de um dos melhores amigos estava lhe dando mais atenção.

Ela estava tão confortável na mesa que quando a banda começou, Lily pensou duas vezes antes de se levantar e se juntar ao grupo, já animado e dançante.

—Então quer dizer que a cirurgia foi boa? 

Lily olhou para o lado e viu Potter com um refrigerante em mãos e um meio sorriso no rosto.

Oh, droga.

—Foi excelente, na verdade – Ela respondeu, se recusando a virar de frente para ele.

—Remus me disse que você estava pretendendo dormir quando o paciente chegou. Espero que não tenha lhe prejudicado.

—Na verdade eu não estava pretendendo dormir, mas Lupin me convenceu a descansar. Parece que ganhei a discussão – Ela corrigiu dando de ombros. Potter soltou um riso.

—Eu lembro quando eu era interno que eu também queria ficar acordado a noite toda na emergência – Potter comentou – Então eu entendo completamente o seu planejamento.

—Então você é daqueles que incentiva o esforço máximo? – Lily perguntou, erguendo uma sobrancelha. Ele franziu a testa.

—Não entendi.

—Existem basicamente dois tipos de residentes: o que incentiva o esforço máximo, que diz que tem que ficar acordado mesmo, que tem que passar o máximo de pacientes, que interno realmente está na base da cadeia alimentar. 

—Esse é Sirius – Potter disse sorrindo.

—E tem o outro residente, o que acha que o interno tem que aproveitar enquanto ainda não tem responsabilidades, manter sua saúde mental sempre na frente, descansar e não se cobrar demais.

—Definitivamente Remus.

—E qual é você, Potter? – Lily perguntou, finalmente se virando para ele.

—Eu estou no time que o interno faz o que acha melhor. Se você acha que é importante pra você ficar acordada a noite toda, fique. Se acha que precisa descansar como tem direito, descanse. Cada experiência é única, assim como cada pessoa é única.

Lily virou a cabeça um pouco pro lado, absorvendo a resposta do R2, que olhava nos olhos da garota com um leve sorriso.

—Então você advoga que os internos façam o que eles bem entenderem? – Lily sugeriu, uma sobrancelha erguida. Potter negou com a cabeça rindo.

—Você foi radical, Evans. Eu acho que desde que as obrigações forem cumpridas e não houver prejuízo para o paciente, nem no ensino, o interno fica livre para fazer o que quiser.

—Hmmm… – Lily disse em tom de ponderação, e Potter torceu os lábios como quem tenta esconder um sorriso.

—Claro que para uma interna que queria com certeza fazer cirurgia, fazer um pouquinho além do necessário é bem interessante

—Aha! – Lily exclamou, fazendo Potter rir abertamente – Aí está seu posicionamento.

Potter deu de ombros.

—Não se preocupe. Você já é a interna destaque do seu grupo.

Lily sentiu as bochechas arderem.

—Cuidado ou vou achar que você só está me elogiando para explorar a mais-valia do interno sem que eu reclame…

Potter gargalhou de novo e sacudiu a cabeça em negação.

—Eu jamais faria isso. Apenas gosto de elogiar quem merece – Potter finalizou seu copo e piscou para ela – Tá na hora de levar Aluado para casa. Te vejo na enfermaria amanhã, Evans. 


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