Nossos Laços escrita por Engel


Capítulo 8
Capítulo 8 - Os Olhos de Tom


Notas iniciais do capítulo

Oi...Estou muito agradecida pela reviews...
Aqui vai mais um capitulo...
Boa Leitura!



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- Bem, Diego vamos almoçar. Você não disse que estava com fome? – tentei limpar a situação e peguei Diego dos seus braços.

 

- Ta bem, mamãe. Vem papai e trás sua namolada. –ele chamou com um gesto na mãozinha os dois. – E você também Tio Tom.

 

- Vamos. – Tom veio logo em seguida. Seguido por Bill e sua namorada. Aquele almoço prometia e muito. Mas, o que me preocupava era o que Diego falaria nesse almoço. Algo me diz que iria me constranger tanto quanto constrangeria Bill.

 

- “Por favor, Diego. Coma caladinho. E não pergunte nada!” - Pensei. – “Pelo bem de sua mãe”...

 

****

“Como eu posso decidir o que é certo?
Quando você está confundindo minha mente”
 

 

Estávamos todos sentados á mesa. Dona Simone na cadeira principal, Tom, eu e Diego do seu lado esquerdo e Bill e sua namorada-sem-nome do lado direito. O clima não estava tenso, mas estava meio nostálgico, ninguém abria a boca para falar de um assunto, ou ninguém puxava assunto, até Diego achava aquilo entediante. Olhei de leve para Bill e ele fitava  prato vazio em sua frente, voltei meu olhar para sua namorada e esta me olhava com um olhar mortal, desviei na hora.

 

- Bem, Bill não vai nos apresentar sua namorada? – Dona Simone, o único ser que começou a puxar assunto.

 

- Ah... Desculpe-me. Mãe, Tom, Dani e Diego essa é Vanessa. – Ele nos apresentou a ela. – Vanessa aquela é minha mãe, aquele meu irmão, Dani é mãe do meu filho que é aquele ali, e se chama Diego.

 

Pensei que na hora de me apresentar, optaria por uma palavra tipo amiga, ex-namorada, mas, eu era apenas a mãe de seu filho. Putz...

 

-Olá, prazer em conhecê-los. – A Vanessa nos cumprimentou com um jeito meio falso, apenas pro meu lado eu senti.

 

- Mamãe... To com fome. – Diego fez uma cara de coitadinho.

 

- Espere mais um pouco meu filho. Já vamos almoçar. – acariciei seu rosto de leve.

 

- ta bom. – ele cruzou os braços e ficou brincando com o cadarço do tênis.

 

Esperamos mais alguns minutos e logo o almoço estava servido e pronto para ser saboreado. Todos se serviram, claro eu servi o prato de Diego e ainda tinha que da em sua boca. O começo do almoço entre “família” até que iam bem, todos comiam menos eu, que ainda alimentava Diego na boca.

 

- Mãe, a senhola não vai comer? – Diego perguntou, assim que a comida em sua boca foi engolida.

 

- Claro, filho. Depois que você comer. – coloquei mais uma colherada em sua boca.

 

- Dani, eu já terminei, eu posso alimentar o Diego. – Tom ofereceu-se. – Seu preto vai esfriar. Come.

 

- Obrigada, Tom. – entreguei-lhe o prato que ainda estava pela metade.

Ele separou uma porção de comida na colher e colocou na boca Diego.

 

- Olha o aviãozinho. – ele dava manobras com a colher no ar. Sorri com seu jeito carinhoso com Diego. E até pensei que Tom seria um ótimo pai, Camille tinha uma grande sorte.

 

Voltei minha atenção a minha comida, que estava um pouco fria, mas ainda dava para saborear. Comi em silencio, mas sentindo dois pares de olhos em cima de mim e de Tom com Diego. Olhei de canto e vi o olhar de Bill seguir cada manobra da colher que Tom fazia, antes de colocar na boca de Diego. E pode jurar que vi uma pitada de ciúme, ciúme por querer esta no lugar dele e alimentar o seu filho. O outro era de Vanessa, que fitava cada colher que eu colocava na boca. Em seu rosto a expressão não era nada amigável.

 

“Como chegamos aqui?
Eu costumava te conhecer tão bem”

 

 

*****

“Como chegamos aqui?
Bem, eu acho que sei”
 

 

Todos haviam encerrados seus respectivos pratos e agora esperavam pela sobremesa preparada por Dona Simone. O mais agitado na espera era Diego, que batia palminha de felicidade em querer logo devorar a sobremesa tão aguardada.

 

- Pronto. – A empregada traziam uma enorme tigela em suas mãos. Seu interior era gelado e o aroma divino.

 

- Vó, o que é? – Diego ficou em pé, em cima da cadeira tentando fitar o conteúdo da tigela branca.

 

- É musse de Maracujá. Gosta? – ela serviu um pouco em uma tigela em um pratinho e entregou para ele com cuidado, que a segurou e se sentou novamente. Colocou o prato em suas pernas, entreguei-lhe uma colher e começou a saborear.

 

- Gotoso. – disse, com uma barbinha de musse. Que fizeram todos ali presentes sorrirem.

 

Então, com a aprovação de Diego, todos se serviram e se deliciaram com a musse feita por ona Simone.

 

****

- Dani, nós ainda vamos ao parque? – Tom me perguntou, assim que subimos as escadas e íamos em direção ao parque. Diego havia ficado conversando com Bill, Dona Simone e Vanessa.

 

- Eu não sei. O Diego quer ir, mas eu não estou afim não. Se quiser pode levar ele, apenas.

 

- Ah... Dani vem, por favor. O Diego vai ficar triste e eu também. – Tom fez uma carinha de coitadinho, que ele sempre fazia quando queria que lhe desse chocolate.

 

- Tom, eu não sei. – Eu estava pouca interessada em ir ao parque.

 

- Dani, Please... – Estávamos em frente à porta do meu quarto.

 

- Eu vou pensar... – Quando estava a ponto de entrar em meu quarto, Tom segurou meu braço não com força, com delicadeza e me puxou ao seu encontro. Agora, eu estava ali frente a frente com o rosto de Tom, que fitava intensamente meus olhos castanhos sem graça em relação aos seus castanho-claros brilhantes e irresistivelmente atraentes. Eu senti sua respiração quente em minhas bochechas e um calafrio na espinha. Eu nunca tinha estado tão perto de Tom, como eu estava agora.

Nós intimidades só passavam de abraços e beijinho no rosto, só isso. Mas, agora a que estávamos, era diferente e me deixava sem graça. Ele pousou suas mãos grossas em meu rosto e acariciou-o com a parte interior delas. Um carinho maravilhoso e relaxante, e por minutos fechei meus olhos e me imaginei voando por cima das nuvens. Voar e o carinho do Tom pareciam quase às mesmas coisas, pelo menos para mim.

 

- Por favor, Dani. Vem! – aquela voz rouca que nunca parei para ouvir bem, fez todo o meu corpo tremer e minhas pernas tremerem. Eu desconhecia o que acontecia com meu corpo, ali tão pertinho do de Tom. Elevei meu olhar até que encontrasses os seus novamente e por ali ele ficou. Tom o atraiu com um imã. – Vem...

 

- Tom... – Minha voz saiu tão suave, com se fosse um gemido. Eu tinha que responde-lo logo e sair de perto dele, por um lado eu queria sai de perto dele antes que meu corpo fizesse algo involuntário. Mas por outro lado, eu queria continuar ali, fitando seus olhos tão belos, que se fosse há anos atrás eu nunca teria percebido bem. Interessante que nunca conhecemos ou percebemos míseros detalhes das pessoas ao nosso redor. E comigo não podia ser diferente. Eu nunca havia percebido como os olhos de Tom eram tão charmosos e enigmáticos tanto ou mais do que os de Bill, que eram rodeados por maquiagem escura dando um clima misterioso. Os de Tom não possuíam maquiagem, mas tinha uma beleza e se destacavam naturalmente. – Tudo Bem, eu vou!

 

- Obrigado. Não vou te desapontar. Vai ser o melhor dia meu e seu e claro do Diego.

 

- Assim, espero Tom. – ele ainda não havia me soltado, ainda segurava meu braço e sua mão ainda estava pousada em meu rosto, exatamente afastando uma mecha de meu cabelo.

 

- Sabia que a cor escura em seus cabelos te deixou mais bonita tanto quanto a cor loira. Para falar a verdade você é bonita não importa a cor dos seus cabelos. – Tom elogiava-me e me deixava mais corada, envergonhada. Ele nunca tinha falado isso para mim, bem ele me dizia que sempre fui bonita, mais aquele bonita soava diferente. Não era um tom como o de antes, e talvez naquele tempo eu não reconhecesse a diferença entre os tons usados.

 

- Obrigada, Tom. – abaixei o olhar, em um jeito envergonhado. Levantou delicadamente meu queixo com sua mão e votou a conectar nossos olhares novamente.

 

- Mãe. – a voz de Diego me assustou, virei-me rapidamente assim como Tom.

 

Droga!

 

Diego estava nos braços nada mais nada menos do que os braços do pai. Nos braços de Bill, que pelo jeito tinha presenciado a cena de agora a pouco.

 

- Adivinha mãe. – começou a falar. - Papai quer ir com a gente pro parque. Ele pode ir com a gente?

 

“Tem algo que eu vejo em você
Isso pode me matar
Eu quero que seja verdade.”
 

 

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Reviews,viu?
Beijos...Até