Capitulo Anterior:

- MAMÃE... – Diego apareceu na cozinha, gritando, mas não de dor e sim de alegria. Mas, ele parou assim que viu aquele homem sentado no lugar do Tom. Bill virou-se e fitou-o e Diego fez o mesmo. Pai e filho ficaram se encarando.

- Mãe, quem é esse homem? – Diego veio se sentar em meu colo, mas ainda continuava a encarar Bill, e este também continuava a encarar Diego.

- Bem, Diego ele é o Bill. – Agora, as palavras que eu pensei que nunca diria ao meu filho. – Ele é o seu...

- Pai. – Bill completou minha frase. – Eu sou o seu pai.

****

O clima naquela cozinha estava mais do que tenso. Não pude deixar de fitar a expressão no rosto do meu filho, depois de ouvir a palavra que ele tanto quis ouvir.

- Pai? – Diego virou rosto e me olhou confuso. Eu entendia como estaria a mente de meu filho nesse momento.

- Sim, filho. – respondi com uma expressão cabisbaixa. – Ele é seu pai!

 - Como vai, Diego?  - Bill que ainda fitava Diego, se dispôs a perguntar algo ao filho.

- Bem e o senhor? – perguntou meio tímido.

- Também. – limitou-se com sua resposta.

- Pai? – ele o chamou. – Posso te dar um abraço?

Aquilo sim foi surpresa para todos. Dona Simone que fitava o encontro de Bill e Diego surpreendeu-se, eu também fiquei surpresa pela pergunta de Diego e Tom que estava em pé, na porta do quintal ficou também.

- Claro. – Bill respondeu.

Diego desceu do meu colo e caminhou até Bill. Este abriu os abraços e Diego aconchegou-se nos seus braços. Aquele momento podia ser registrado como o melhor de todos, um abraço tão esperado por meu filho.  Olhei para Tom, e acho que vi um sorriso de canto em seus lábios.

- Obrigado papai. – Diego disse, depois de encerrar o abraço.

- Não foi nada. – Bill respondeu, bagunçando os cabelos loiros do filho e dando um sorriso, aquele sorriso digno de Bill Kaulitz. Ele colocou Diego sentado em suas pernas, e este ainda tinha em seu rosto infantil um sorriso luminoso.

Aquele momento surpreendeu todos, Eu, Dona Simone, Tom, Diego e até mesmo Bill.

- Então, Diego quantos anos você tem? – Bill perguntou.

- Três aninhos. – falou mostrando três dedinhos da mão direita a Bill. Ele sempre fazia isso quando alguém perguntava sua idade. – E o senhor?

- Diego, eu já te disse que é falta de educação perguntar a idade dos outros. – repreendi-o.

- Deculpa, Mãe. Mas, foi ele quem começou. – eu ri de sua inocência.

- Não se preocupa, Dani. – Bill começou a falar. – Eu tenho 23 anos.

- Puxa... Você tem mais que a mamãe. – Ele tentou comparar. – Quantos dedos são?

- Muitos Diego. – Bill soltou uma risada.

- Como é o seu nome todo, papai? – agora era vez de Diego perguntar.

- Bill Kaulitz.

-Eu também Kautiz no meu nome, sabia?

- Sim. Fale-me seu nome todo.

- Diego Fernandes Kautiz... - Ele não conseguia pronunciar muito bem o sobrenome estrangeiro.

- Bonito nome. É maior do que o meu.

- Papai, sabia que eu tenho duas vovós?

- Não.

- Pos eu tenho. A vó do Brasil e a vó da Alemanha. – ele apontou para Dona Simone.

- Diego, não aponte as pessoas. – repreendi-o novamente.

- Deculpa, mãe. Pai, por que o senhor não foi me buscar ontem e sim o tio Tom?

Às vezes meu filho fala demais. Observei o rosto de Tom, ele tinha uma expressão de raiva no rosto.

- É... Diego eu tinha alguns problemas para resolver. Desculpe, viu?

- Ta bom. Eu te Deculpo

- Hm. Problemas. – Tom resmungou antes de saí da cozinha, em um tom de ironia.

Bem, essa foi a ultima pergunta constrangedora de Diego. As outras foram perguntas de Bill, a respeito da escola, dos amigos do Brasil, das coisas que ele gostava, das brincadeiras, dos jogos e outras coisas infantis. Logo Bill e Tom tiveram que saí para trabalhar, Diego abraçou os dois quando estes estavam indo embora.

****

A manhã toda eu fiquei ajudando a empregada com a casa. Apesar dela não querer que eu a ajudasse, por ser uma convidada, mas eu insistia. Já Diego saiu com Dona Simone, para passear pela cidade, mas o que ele queria mesmo era ir logo para o parque de diversão.

Já era meio-dia e meia. Estava terminado de arrumar Diego, para que possamos descer e almoçar com os outros.

- Terminei. – penteei os cabelos loiros dele e o desci da cama.

- Vamos. – ele puxou minha mão e saímos do quarto. Dando de cara com Tom, que saia do seu, já totalmente refrescado depois de um banho e não negar estava bem cheiroso.

-Oi, Tio. – Diego pulou nos braços dele.

- Diego.

- Não se preocupa Dani. Ele moleque é folgado, mas eu gosto. – Tom deu umas batidinhas em sua bunda, fazendo Diego rir. – Estava descendo para almoçar?

- Sim.

- Eu também. Vamos então. – Eles dois seguiram na frente. Claro, Tom sendo o burro de carga de Diego. Aquele meu filho era de tudo, vaidoso, folgado... Mas era a alegria da minha vida.

- Tio, cadê o papai? – ouvi Diego perguntar.

- Ah... Ele está chegando. – Tom respondeu com um mau desgosto na voz. Ele tinha raiva do irmão.

- Tudo bem. – Diego voltou a fitar uma coisa brilhante no pescoço do tio . – Tio, o que é isso?

- Ah... Isso. – Fitou o cordão que estava nas mãos de Diego. – Foi um presente da sua mãe.

- Serio mãe?

- Sim. Eu dei pro seu tio no dia no aniversario dele e do seu pai. – disse, lembrando de quando dei o presente á ele. – E pelo jeito seu tio ainda guarda ele,né?

- Claro. Foi um presente, tem que guardar com carinho. – Tom virou-se para trás e abriu um belo sorriso para mim. – Você ainda tem o que eu te dei?

- Sim.

- Você trouxe com você?

- Tom, você me deu uma guitarra para jogar Guitar Hero. – ri, lembrando no presente dele.

- Ah... Dani foi à única loja que vi aberta no dia. Mas, também quem mandou seu aniversario caísse, bem no dia de um feriado nacional? – Eu ri.

- Mas, Tom quem mandou você comprar meu presente em ultima hora? – soltei uma pergunta tão boa quanto a sua.

- Ta bem, eu me rendo. Mas eu fico feliz em saber que você ainda guarda o meu presente, mesmo que seja uma guitarrinha de um jogo.

- Fico feliz, por guardar o meu presente, por mais que seja melhor do que eu sei. – ri da sua cara lavada. – Eu gostei do presente, Tom.

No momento que descíamos as escadas, a porta principal foi aberta e por ela adentrou Bill e uma mulher. Tom e eu ficamos surpresos, com a companheira de Bill. Ela era muito bonita, não podia negar. Mais bonita do que eu. Morena dos castanhos, curvas bem definidas em seu vestido preto, peitos médios mais bem fartos, cintura fina e alta. Perfeita. Podia ser uma modelo.

- Pai. – Diego saiu dos braços de Tom e correu para abraçar Bill. Bem, ele abraçou as pernas dele, mas mesmo assim Bill o pegou nos braços.

- E aí, garotão. Tudo bem?

- Tudo. Quem é essa mulher, pai?

- Ah... Ela é minha... – Bill olhou para mim, dei um sorrisinho disfarçado e ele também,  passou as mãos no cabelo num jeito de estar nervoso. – Minha namorada.

- Namolada? – Diego não entendia essa palavra. – O que é?

- É uma pessoa que a gente gosta. – Bill explicou meio embaraçado, mas não tirava os olhos de mim. Eu não entendi, talvez esteja preocupado de esta lado a lado com sua namorada e sua ex-namorada.

- Bem, Diego vamos almoçar. Você não disse que estava com fome? – tentei limpar a situação e peguei Diego dos seus braços.

- Ta bem, mamãe. Vem papai e trás sua namolada. –ele chamou com um gesto na mãozinha os dois. – E você também Tio Tom.

- Vamos. – Tom veio logo em seguida. Seguido por Bill e sua namorada. Aquele almoço prometia e muito. Mas, o que me preocupava era o que Diego falaria nesse almoço. Algo me diz que iria me constranger tanto quanto constrangeria Bill.

- “Por favor, Diego. Coma caladinho. E não pergunte nada!” - Pensei. – “Pelo bem de sua mãe”...

CONTINUA...