Confusão em Dose Tripla escrita por Lelly Everllark


Capítulo 45
Confusão em Dose Tripla.


Notas iniciais do capítulo

Não disse que voltava?
Então, cá estou!
Espero que gostem desse final que escrevi com tanto carinho!
BOA LEITURA ;)



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  Ainda estou chorando de pé ao lado de Ethan no altar quando Charlotte e Seth vêm até nós, os abraçamos e antes sairmos eu vou até Edith e pego Molly, vamos sair da igreja todos juntos como uma família. A festa vai ser no hotel então não demora a todos começarem a se separar e ir para os seus carros a fim de seguir até lá, eu vou com Ethan, as crianças, Susan e tia Sarah na limusine, Brianna, meus primos e o resto do pessoal já sumiu em algum carro.

  Quando alcançamos o hotel vejo sua fachada toda iluminada, Ethan fechou o salão para nós, então é possível ver os convidados passando pra lá e pra cá, quando nós chegamos há fotos e comemoração, sorrio tentando cumprimentar todos e vejo Layla, a amiga que fiz em nossa viagem ao resort e seu marido, em meio a toda a comoção eu tento falar com todos. Mas é praticamente impossível.

  Há fotos e cumprimentos, sorrisos e reencontros entre alguns homens de negócios que Ethan chamou. Depois de quase uma hora eu finalmente desisto de tudo, tiro os sapatos baixos que uso e sento-me em uma mesa com Molly sentada em meu colo mesmo que minha barriga atrapalhe um pouco. Vejo Eliot e Seth passarem correndo por entre os convidados, ambos já se livraram dos paletós e gravatas, Brianna e Josh estão dançando assim como Lis e Jake, tia Sarah e Susan estão conversando mais adiante e minha tia tem Louise no colo e vi Mike e Holly aos beijos perto da piscina do hotel.

  - Está com fome? – Ethan pergunta colocando um prato com petiscos sobre a mesa e pegando Molly antes de se sentar na cadeira ao lado da minha. Eu pesco um doce do prato e sorrio comendo.

  - Estou sempre com fome – como em silêncio vendo-o me encarar. – O que foi?

  - Às vezes eu me pergunto o que eu fiz para merecer uma mulher tão incrível assim.

  - Ethan!

  - O quê? É só a verdade, você é maravilhosa e eu te amo.

  - Também amo você.

  - Eu tenho um presente de casamento – ele sorri me pegando de surpresa.

  - Um presente pra mim?

  - Sim. Aqui – ele me estende um envelope que tira do paletó e o pego me perguntando o que poderia ser.

  Abro o envelope, pego o papel que há dentro, leio o título e fico sem entender. Meus olhos vão descendo pela folha acompanhando as palavras e paro na metade, o coração batendo rápido, os olhos marejados, eu levo uma mão a boca num gesto surpreso, olho para Ethan e ele sorri a espera da minha reação, mas não sei como reagir.

  - I-isso é s-sé-sério? – gaguejo, eu sempre o faço quando estou nervosa, ou como agora, surpresa.

  - Cada palavra do que está escrito. Gostou?

  - Como eu poderia não ter gostado? – olho para a garotinha fofa em seu colo e depois de volta pra ele. – Eu sou oficialmente mãe da Molly?

  - É como diz a certidão de nascimento, Molly Katherine Price, filha de Ethan Mathew Price e Olivia Elizabeth Cooper Price. Evelyn desistiu dos direitos de mãe por causa da pena e tudo, mas a verdade é que ela nunca foi mãe de Molly então por que não oficializar? Eu pedi ao meu advogado para dar entrada nos papeis você sempre foi mãe dela, mas agora é oficial.

  - Amo você – é tudo que consigo dizer em meio às lágrimas antes me inclinar por sobre Molly e beijá-lo.  – Obrigada por esse presente maravilho. Obrigada por me deixar ser mãe dos seus filhos.

  - Obrigado você por não desistir de nós, obrigado por ser mãe deles – ele encosta sua testa na minha e estamos sorrindo como bobos um para o outro.

  - Mãe eu posso tomar banho de piscina? – Seth interrompe nosso momento e sorrio. Ser mãe é assim.

Abro a boca para respondê-lo, mas Charlotte surge gritando.

  - Mamãe eu posso tirar esse vestido? pinicando!

  - É não para os dois, Seth está de noite, você não vai tomar banho de piscina e Lottie só pode tirar o vestido depois das fotos.

  - Mas os tios que são primos da senhora tão na piscina, e de roupa – Seth conta e fico sem acreditar.

  - Eles não fizeram isso – suspiro e vejo Ethan segurar o riso.

  - E mamãe, a Julie já tirou o vestido dela.

  - Então ela vai colocar por que não terminamos e você Seth, fique longe desses seus tios e nada de piscina – digo ficando de pé secando os resquícios de lágrimas com as mãos tentando não borrar muito mais a maquiagem. – Vem Lottie, vamos achar a Julie.

  Antes de sair devolvo a certidão de nascimento de Molly a Ethan e peço que guarde, só então vou atrás da minha outra dama de honra. Depois de muitos desencontros e eu ter que pedir a ela que colocasse o vestido outra vez nós tiramos umas últimas fotos para o álbum de casamento e depois disso as meninas se livraram dos vestidos, eu dos sapatos outra vez e prendi o cabelo, Ethan tirou o paletó e eu vi Holly e Brianna sem sapatos e já completamente descabeladas dançando uma musica animada que não reconheci na pista de dança.

  Lá pela uma da manhã quando Charlotte, Julie, Molly, Lis e sua pequena Louise já tinham ido dormir em um dos quartos do hotel, todos os meus primos, Jake incluso já haviam entrado na piscina, que felizmente havia sido reservada para o casamento, de roupa e tudo, no fim Ethan e Josh se juntaram a eles e é claro levaram Seth e Eliot junto. Meu pequeno e o primo conseguiram o que tanto queriam, entrar na piscina.

  Eu, Brianna e Holly nos limitamos a sentar nas espreguiçadeiras e vê-los se empurrarem e jogarem bola como um bando de crianças, mas depois de um tempo, Mike e Josh saíram da água encharcados, e, para horror de Brianna e Holly eles vieram em nossa direção, elas tentaram fugir, mas cada um pegou sua garota que protestava com gritos e empurrões, mas foi em vão, eu acompanhei divertida eles pularem na água com as meninas agarradas aos seus pescoços gritando.

  Ethan saiu da água, tirou a camisa molhada, pegou uma toalha e veio até mim, ele sorriu e sentou-se na espreguiçadeira que antes era de Holly.

  - Se divertindo?

  - Muito – disse sorrindo e vendo Holly e Brianna brigarem com os meninos. – Veio me pegar pra jogar na água também?

  - Nunca – ele tocou minha barriga. – Aqui tem cargas preciosas demais para envolvê-las nessa brincadeira.

  - Então se não fossem eles, eu não estaria isenta? – perguntei divertida e ele me beijou antes de negar com a cabeça.

  - Não.

  - Bom saber – ri. – Ethan, eu estive pensando sobre o nome da bebê. Que tal Hannah?

  - Como a sua mãe? – ele perguntou e fiz que sim tocando minha barriga, eu ainda sentia tanta saudade dela que doía.

  - E gostaria de fazer essa homenagem, se você gostar, claro.

  - Pois adorei a ideia. Nossa Hannah. Oi Hannah, diz oi pro papai, diz – ele pediu falando com minha barriga e eu sorri vendo-o. – E o outro? – perguntou depois de me encarar outra vez.

  - Não sabemos se vai ser um menino.

  - Mas também não sabemos se é outra menina – ele devolve e suspiro.

  - Ainda não sei, é difícil decidir sem saber o sexo. Mas e você tem algum nome em mente?

  - Se for menino eu ia adorar que ele tivesse o mesmo nome de uma das mulheres mais especiais que conheço. Que tal Oliver?

  - Você está falando sério? – pergunto com lágrimas nos olhos outra vez, já chorei tanto essa noite que não tenho mais maquiagem alguma, só restou o rímel a prova d’água.

  - Muito, você gostou?

  - Demais. Nosso Oliver - toquei minha barriga outra vez. – Mas e se for outra menina?

  - Aí eu não sei.

  - Vocês estão falando com a minha irmãzinha? – Seth perguntou todo encharcada se juntando a nós, Ethan puxou o filho para o seu colo e começou a secá-lo com a toalha.

  - Estamos. Seu nome vai ser Hannah, você gosta? – pergunto ao garotinho que me olha e sorri.

  - Gosto. Oi, Hannah – ele acena para minha barriga e é a minha vez de sorrir. – Mas mãe, o outro não pode mesmo ser um menino?

  - Não sou eu quem escolhe. Sinto muito.

  - Eu tenho esperança que vai ser um menino – ele diz e acho graça.

  - Esperança é?

  - Sim, por que se for mais uma menina vocês vão ser cinco e só eu e o papai, aí não é justo!

  Gargalho vendo-os trocar um olhar derrotado.

  - Que tal transformarmos sua esperança no nome da sua outra irmã se ela for uma garotinha?

  - Como? – Seth pergunta e Ethan me olha sem entender também.

  - Se for outra menina, podemos chamá-la de Hope, o que acham? Vai ser a esperança do Seth.

  - Mas a minha esperança é que fosse um menino! – ele reclama e me inclino para beijar sua bochecha.

  - Não gostou?

  - Gostei – ele resmunga e acho graça. Olho para Ethan que está sorrindo ao nos encarar.

  - E você?

  - Eu gosto. Hope é um lindo nome. E pense pelo lado bom, Seth, se for mesmo outra menina você pode ao menos dizer que escolheu o nome dela.

  - Pelo menos isso – Seth reclama e Ethan e eu rimos de sua careta.

  Depois dessa conversa onde os bebês saíram todos com nome eu resolvi que precisava descansar ou pelo menos sair do frio e Seth também, aproveitei e mandei que Eliot viesse conosco, ele assim como Seth não gostou da ideia, mas me seguiu assim mesmo. Ethan está bastante interessado em nossa noite núpcias e eu também, mas primeiro precisava fazer os meninos tomarem um banho quente e vestirem roupas secas, depois disso os deixei com Edith, Susan e tia Sarah que conversavam com tanta animação que pareciam velhas amigas, elas também me garantiram que dariam uma olhada nas meninas mais tarde.

  Quando Ethan e eu subimos para o quarto outra vez, éramos só nós dois, num lindo quarto com flores, luz de velas e nosso amor. Amamo-nos com calma e carinho, aproveitando cada segundo, experimentando cada sensação e nos preocupando apenas em conhecer um ao outro cada vez mais e desfrutar desse momento mágico que compartilhamos.

  Numa nuvem de felicidade eu fui dormir e em outra acordei, e os dias que se seguiram continuaram assim, leves, felizes e cheios de amor, a única coisa contando o passar do dias era minha barriga crescendo e crescendo, meus pequenos querendo ganhar o mundo. Depois da conversa com Ethan e Seth sobre os nomes eu acabei decidindo que seria divertido saber o sexo do segundo bebê só no dia do parto. O que causou uma comoção geral em todos, Brianna e Seth que eram de longe os mais ansiosos com isso quase tiveram um aneurisma, mas não cedi, o bom de ser a mãe é que sou eu quem escolhe.

  Assim as cores para decorar os quartos dos bebês foram azul para Hannah – eu amo essa cor e rosa e lilás Molly e Lottie já usavam – e amarelo para a nossa pequena surpresa que poderia ser um menino ou uma menina. Quando Ethan e eu contamos ao pessoal os nomes que havíamos escolhido todos amaram e tia Sarah chorou com a homenagem à mamãe e Brianna estava apaixonada pela escolha meio que sem querer de Seth. Ela e o sobrinho passaram todos os dias dos últimos meses tentando me fazer ceder e deixá-los – só eles – saberem o sexo do bebê, no fim não conseguiram me dobrar.

  Respirei fundo colocando o livro que lia no criado mudo, de que adiantava eu tentar ler sendo que estava mais ocupada relembrando o casamento e Brianna e Seth em sua missão? Meu abajur estava ligado então aproveitei para ver as horas, meu celular marcava 00h02m e eu provavelmente devia estar dormindo como Ethan fazia ao meu lado sem se importar com a minha luz ligada, mas não conseguia encontrar se quer uma posição boa o suficiente para isso.

  Quando eu senti um movimento de um deles e uma dor subiu pelas minhas costas eu tive certeza que alguma coisa não estava nada bem. A Dra. Patrick tinha dito que por se tratarem de gêmeos os bebês provavelmente nasceriam antes dos nove meses e caso precisasse eles ficariam em incubadoras, mas a verdade é que eu já estava a duas semanas de completar os nove meses e meus bebês não pareciam com muita pressa de sair de onde estavam. Até agora pelo menos.

  Sinto mais uma onda de dor e agarro o braço de Ethan que dorme ao meu lado. Ele apenas se mexe e resmunga alguma coisa.

  - Ethan – o chamo. Nada. – Ethan!

  - Oi, acordei. aqui! – ele diz tudo de uma vez se sentando na cama e quase caindo no processo, seu olhar perdido encontra meu rosto aflito e se torna no mesmo instante preocupado. – Olivia? Olivia, qual o problema?

  - Eu não sei, só as dores que recomeçaram bem mais fortes agora – eu estava sentindo dores o dia todo, mas os intervalos eram bem maiores e a dor menor. – Ethan – gemi seu nome quando uma onda de dor me atingiu e eu agarrei seu braço, ele fez uma careta de dor também. – Faz alguma coisa.

  - Eu? O quê!? – ele perguntou em pânico e eu suspirei quando a dor fez uma pausa e sai da cama levando meu celular comigo, alguém tinha que tomar uma atitude então me dirigi até a porta a passos lentos, Ethan me alcançou usando só sua calça moletom.

  - Você está indo onde?

  - Acordar as crianças e ligar para sua mãe ficar com elas por que tenho quase certeza que estou em trabalho de... – fiz uma pausa quando uma onda de dor me atingiu. – Parto.

  - Isso quer dizer, quer dizer que... Que... – Ethan gesticulava para minha barriga e parecia incapaz de formar uma frase completa.

  - É Ethan, seus filhos vão nascer. Agora vem que temos que acordar seus outros filhos, não quero sair no meio da noite sem falar com eles.

  Quando meu marido reagiu eu já tinha chegado ao quarto de Seth e estava chamando o garotinho. Expliquei a ele que estávamos indo buscar seus irmãos e que Susan e Brianna viriam ficar com ele e as meninas até eles nasceram e elas os levarem até lá. Ele me perguntou mais de uma vez se eu estava bem eu garanti que sim e garanti também que ele não deixaria nunca de ser meu garotinho. Acordei Lottie que demorou um pouco mais a entender o que estava acontecendo, esse foi o tempo de eu engolir alguns palavrões em meio a uma onda de dor e Susan e Brianna chegarem.

  No fim minha sogra resolveu vir conosco e sobrou para Bri ficar com as crianças. Provavelmente era a dor que eu sentia, mas a clinica parecia em outro país e não há algumas quadras da nossa casa. Susan ligou para lá para avisarem que iríamos e para que chamasse a doutora no meio da noite para me atender, quase senti pena dela, mas como estava com dor demais não estava me simpatizando muito com ninguém no momento.

  Quando cheguei fui atendida e levada a um quarto, me fizeram trocar de roupa e como ficar sentada me doía eu comecei a andar pelo quarto e Ethan que estava comigo parecia não saber se me ajudava a andar ou me fazia sentar na cama outra vez. A doutora apareceu e sorriu ao me ver.

  - Como você está, Olivia?

  - Com dor – gemi.

  - Vai piorar antes de melhorar, mas tenho certeza que consegue. Sua bolsa já rompeu?

  Abri a boca para dizer que não quando senti uma nova onda de dor, apertei os dedos de Ethan até ficarem brancos e senti também o liquido quente escorrer pelas minhas pernas, então consegui sorrir.

  - Acabou de romper.

  - Ótimo, vamos examinar você então.

  A doutora me examinou, me disse palavras de incentivo, mas no fim só pediu que eu continuasse a andar pelo quarto. Como não pareciam haver complicações – o que era ótimo – os bebês nasceriam de parto normal e mesmo que a dor me assustasse eu preferia assim. Depois do que pareceram varias horas e talvez tenham sido mesmo, a dor começou a vir em ondas grandes e demoradas, cada vez mais perto umas das outras, quando eu não consegui mais ficar de pé e a doutora confirmou a dilatação eu comecei a empurrar.

  - Vamos Olivia, você consegue, eu estou vendo a cabeça do primeiro – a doutora dizia e eu já não aguentava mais. Ethan ao meu lado segurava minha mão.

  - Eu não consigo – gemi exausta.

  - Consegue, consegue sim por que é uma mulher incrível – Ethan disse ao meu lado e senti os olhos marejarem.

  - Na próxima onda de dor você empurra – a doutora pediu e assim o fiz, uma, duas, três vezes, até ouvir um choro agudo preencher o ambiente, eu cai exausta no travesseiro.

  - É uma menininha exigente – a doutora sorriu embrulhando Hannah em uma manta do hospital e entregando-me ela. A bebê era perfeita, a pele ainda meio rosada, o punhado de cabelo escuro e as bochechas muito fofas.

  - Ela é perfeita – Ethan ecoou meus pensamentos nos olhando apaixonado e eu sorri em meio às lágrimas assentindo.

  - Linda.

  - Como a mãe – ele tocou a mãozinha ainda suja da bebê que havia parado de chorar. – Olá minha Hannah.

  Beijei a cabeça da bebê, mas nosso pequeno momento só durou até outra onda de dor me atingir e uma enfermeira levar Hannah. A doutora me olhou com olhos divertidos.

  - Vamos lá, só mais uma vez Olivia. Você quer saber o sexo do outro bebê, não quer?

  - Quero – respirei fundo e quando a dor me atingiu mais uma vez eu dei tudo de mim, eu precisava fazer isso, por ele, o meu bebê tão amado.

  Eu empurrei mesmo que já não tivesse mais forças, cerrei os dentes e fiz um esforço que não sabia poder, só parei quando ouvi pela segunda vez na madrugada o som mais lindo do mundo, o chorinho agudo do meu bebê que já tinha causado tanta confusão e eu amava de todo o coração.

  - É outra menina escandalosa como a primeira. Parabéns Olivia, você é mãe de duas garotinhas – a doutora me entregou outro pacotinho que aceitei sorrindo em meio as lágrimas.

  Ethan nos olhou sorrindo em meio a suas próprias lágrimas, Hope assim como Hannah tinha um punhado de cabelo escuro e bochechas fofas.

  - Outra menina linda como a mãe, Seth e eu estamos muito ferrados – meu marido disse em meio às lágrimas de pura felicidade que eu também derramava. – Obrigado por isso. Eu amo você.

  - Também amo você.

  Uma enfermeira veio e levou Hope para ser examinada também, pedi ao Ethan que fosse com elas, eu além de completamente exausta e dolorida me sentia bem de um jeito explicável e precisava saber que minhas bebês também estavam.

  Alguns minutos depois de ser devidamente examinada eu fui leva ao quarto e tive que esperar, impaciente, pelas bebês e Ethan que só chegaram um tempo depois, elas nos bercinhos com rodas trazidas por enfermeiras e ele atrás como um verdadeiro pai babão. As enfermeiras me examinaram, sorriram e por fim se despediram depois que me ajudaram a segurá-las para poder amamentá-las. Era dolorido e estranho, mas sorri vendo-as sugar, dois pacotinhos com rostos bochechudos idênticos, eu só sabia quem era quem pela cor das roupas, Hannah usava azul e Hope amarelo.

  - Vocês são uma visão maravilhosa, eu poderia ficar aqui para sempre – Ethan disse nos encarando com um olhar apaixonado e um sorriso encantador, só pude sorrir de volta. – Eu amo vocês.

  - E nós te amos, nós três.

  - Agora vocês são cinco – ele ri parecendo meio incrédulo e acho divertido.

  - Bem, as garotas Price vão continuar sendo maioria, resta a você e Seth aceitarem. E falando nele, cadê as crianças?

  - Já chegaram, na verdade já tem uma pequena multidão para vê-las, minha mãe, Brianna, as crianças, Josh, Edith e Julie, Mike também está aí, ainda usando jaleco e tudo, acho que ele veio direto do trabalho.

  - Você contou a alguém sobre Hope?

  - Não, vou deixar que eles matem a curiosidade conhecendo-a. Vou buscar as crianças. E Olivia – ele me chamou e eu que tinha voltado meu olhar as bebês em meu colo, olhei-o outra vez.

  - Oi.

  - Minha mãe já ligou para sua tia e seus primos, eles não devem demorar a chegar aqui.

  - Obrigada – digo sorrindo e Ethan desiste da porta e vem até mim para me beijar, ele toca minha testa com a sua e sorrimos um para o outro, quando nos separamos ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

  - Já volto.

  Dessa vez ele sai e eu fico ali com meus dois pacotinhos nos braços completamente apaixonada por elas como fiquei por Molly quando a conheci. Quando elas terminam só tenho que me mexer um pouco para voltar parcialmente minha camisola de hospital para o lugar.

  - Mamãe! – Charlotte gritou e eu olhei para porta para ver o resto da minha família.

  - Não grita, Charlotte – Seth a repreendeu e eu os vi se aproximarem com cuidado olhando as bebês em meu colo com curiosidade. Molly no colo de Ethan só me olhava sorrindo, soprei um beijo para ela. Ethan vem até mim apenas para ajeitar minha camisola e as crianças acompanham cada movimento que faço com as bebês.

  - E então, mãe, é um menino ou uma menina? – Seth fez a pergunta que tanto queria.

  - Seth, Charlotte, está é sua irmã, Hannah – mostro a bebê em sua manta azul. – E está é sua outra irmã, Hope – mostro o pacotinho amarelo e eles arregalam os olhos.

  - É uma menina! – Charlotte ri. – Agora eu tenho três irmãs, não é mamãe?

  - É, com você são quatro.

  - Outra menina? – Seth as olha em meu colo e não sei decifrar sua expressão.

  - Exatamente – digo e olho as bebês em meu colo. – Ethan me ajuda aqui – peço lhe entregando primeiro Hannah depois Hope depois de beijar cada uma, assim que ele põe Molly no chão.

  Ele as coloca outra vez nos berços e Charlotte vai atrás de se pendurar nos berços das irmãs para vê-las e Molly outra vez no colo de Ethan parece curiosa também, aproveito o momento com meu garotinho e puxo-o pela mão até ele estar sentado na beirada da minha cama.

  - Eu sei que você queria um irmãozinho, mas ganhou mais duas irmãs, só que eu também sei que você é o garotinho mais especial do mundo e o melhor irmão mais velho. Você vai me ajudar a cuidar delas, não vai? – pergunto a ele que me olha e sorri fazendo que sim.

  - Vou, eu prometi e amo elas que nem amo você, por que elas são suas filhas mamãe. Amo elas que nem amo a Molly e a Lottie, por que a senhora amo todo mundo igual também – ele diz simplesmente e estou chorando outra vez, puxo-o para um abraço e Seth retribui, mas segundos depois já está tentando se livrar dos meus braços que o esmagam com todo o amor que sinto pelo meu garotinho.

  - Eu amo você, nunca se esqueça disso.

  - Também amo você, mãe.

  - Aqui – digo depois de abrir o fecho do meu colar com pingente de coração e prendê-lo no pescoço de Seth, ele olha do colar para mim sem entender e sorrio. – Meu coração para o meu garotinho, por que vou precisar da sua ajuda para cuidar de todas aquelas garotas.

  Dessa vez é Seth a me abraçar. Nisso Charlotte ouviu nossa conversa e agora também quer um presente. Eles já estão discutindo e sorrio vendo-os, Ethan desvia os olhos dos filhos e me encara “Te amo” faz com os lábios e devolvo a declaração. Sorrio apaixonada quando ele coloca Molly ao meu lado na cama e vai tentar fazer os filhos pararem com a discussão.

  Observando agora essa família que posso chamar de minha, eu sou grata por cada pequena coisa que me trouxe até aqui. Christina e sua amizade falsa, a entrevista de emprego, até mesmo a brincadeira de Seth quando nos conhecemos, o carinho de Lottie e Molly, a amizade de Brianna, o apoio de Susan e principalmente tia Sarah, e, finalmente, o amor de Ethan. Sou grata por ter chegado até aqui, sou realmente grata pela confusão em dose tripla em que me meti.


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Notas finais do capítulo

E foi isso, agora acabou, o jeito é dizer adeus a essa família maravilhosa que já está no meu coração! Mas eu ainda não vou me despedir por que volto com o epílogo e quem sabe outra coisa! Kkkkk amo vocês ♥
Espero que tenham gostado de ler esse livro tanto quanto eu gostei de escrevê-lo!
Obrigada por cada comentário e todo o carinho, vocês são demais.
Beijocas e até, Lelly ♥
PS: E esse castelo de garotas? Kkkkk desculpe se decepcionei alguns, mas desde o início minha intenção foi dar mais duas garotinhas aos Price, mas vocês gostaram dos nomes? quero opiniões!



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