A Variável Não Planejada escrita por Miss Oakenshield


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Voltei mais rápido dessa vez. Espero que gostem, me digam o que estão achando até agora e o que acham que irá acontecer daqui pra frente.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/776316/chapter/13

Katherine foi se esgueirando pela escuridão, não era tão difícil já que agora estava noite, mas mesmo assim ela precisava tomar cuidado com os verdugos.

Para que tivesse alguma chance de sobreviver ela precisava de armas e nenhum lugar melhor para encontra-las do que a sala de armas.

Kathy correu para lá, ao chegar encontrou com Newt, Caçarola, Minho e mais uns poucos outros que estavam se armando.

— Newt, o que raios aconteceu? – perguntou ela

— Thomas e eu podemos ter achado uma passagem pra fora daqui, mas parece que os criadores não nos deixarão ir tão facilmente. – respondeu Minho

— As portas não se fecharam como sempre e agora os verdugos estão invadindo. – completou Newt

— Onde estão os outros? – perguntou ela

— Acho que Thomas, Clint e Jeff foram até Alby, temos que garantir que eles cheguem até aqui vivos e tentarmos o possível para sobrevivermos até os verdugos irem embora. – disse Newt

— Então é melhor nos apressarmos.

Assim que estavam devidamente armados saíram em direção à sede, onde Chuck teria feito barricadas a mando de Thomas. Encontraram Thomas e os outros correndo de um verdugo, para impedir que ele os atacasse Kathy e Caçarola o atacaram com lanças dando uma distração para que pudesse correr para a sede.

Ao entrarem, trancaram a porta, agora precisavam esperar e torcer para que as criaturas desistissem deles. Infelizmente, não foi o que aconteceu.

O verdugo estava rondando a sede, passava pelas laterais e pelo telhado, todos estavam alertas para o que aconteceria.

Uma das garras do verdugo entrou pelo teto da sede e arrancou uma das varas que mantinha aquela parte do teto de pé fazendo com que ficasse um buraco enorme no teto e diversas estacas caíssem em cima dos clareanos. Um dos meninos ficou preso entre as estacas, mas antes que pudessem ajuda-lo o monstro o puxou pelos pés longe do alcance dos outros.

Outra garra entrou por uma das paredes e por azar, ou destino seja lá como queira chamar, a garra acabou pegando o pequeno Chuck. Antes que o verdugo pudesse leva-lo Katherine e Teresa o seguraram cada uma em um braço, Thomas e Minho também as ajudaram a puxar o menino.

— Não solte Chuck! – gritou Thomas

“Que tipo de incentivo é esse???”— pensou Kathy

Antes que o verdugo pudesse usar seu “veneno” em Chuck Alby pegou um facão e começou a golpear a garra, a “injeção” caiu no chão e a garra se retraiu.

— Você tá bem Chuck? – perguntou Kathy

— Sim. – disse o pequeno – Obrigado. – disse para Alby

— Cuidado! – gritou Teresa

Antes que Alby fizesse algo a garra voltou e o capturou. Ele se segurou no teto, Thomas e Katherine correram para puxá-lo, mas a força do verdugo era muito maior.

— Tire eles daqui Thomas. – Alby olhou para Katherine em seguida – Salve-os mais uma vez.

Alby foi puxado com tudo e desapareceu.

— Alby!!! – Katherine gritou

Thomas foi o primeiro a correr para fora da sede. Assim que saíram puderam ver os estragos que foram feitos. As construções estavam em chamas, nada tinha sobrado, muito provavelmente os animais também tinham sido mortos sem falar nos clareanos que tinham sido levados. A clareira estava destruída.

Katherine podia ver alguém se aproximando, logo soube quem era e o que ele pretendia fazer, ela foi a seu encontro tentando impedi-lo.

— Gally, espera por favor...

Gally a olhou por um segundo com os olhos cheios de ódio e mágoa, desvencilhou-se dos braços dela e com todo o ódio que sentia deu um soco em Thomas que o jogou ao chão.

Rapidamente os garotos o seguraram para que não chegasse perto do outro.

— Isso é tudo culpa sua, Thomas!!! – gritava Gally – Olhe à sua volta!

— Não é culpa dele! – argumentou Minho

— Ouviu o que Alby disse! Ele é um deles. – gritava – Ele é um deles e o mandaram aqui para destruir tudo. E agora ele o fez! Olhe em volta Thomas, olhe em volta!

Thomas mirou a “injeção” do verdugo na mão de Chuck, tomou das mãos dele e disse:

— Talvez ele tenha razão...

— Thomas... – alertou Teresa

— Preciso me lembrar Teresa.

Antes que pudesse ser impedido, cravou a “injeção” com toda a força em sua coxa, em segundos já desabava no chão desacordado.

— Clint, vá até a enfermaria, ache a outra seringa! – comandou Katherine – Vai dar tudo certo Thomas...

 

 

 

 

Thomas teve o mesmo sonho da outra vez, mas agora sabia que eram lembranças, agora elas estavam mais nítidas e completas. Crianças estavam em frente telas holográficas com fotos de outras crianças, as quais ele agora conhecia da clareira.

Uma das lembranças era com Katherine, a mesma da outra vez, mas agora parecia completa.

Não pode continuar fazendo isso Katherine! Irão te descobrir.”

“Thomas, você tem que entender que tudo o que estou fazendo é para o bem daqueles garotos e garotas. Eles não merecem ir para aquele lugar!”

“Mas é tudo para um bem maior, eles vão nos ajudar a encontrar a cura.”

“Só vamos matar todos eles como ratinhos de laboratório! Vá em frente e conte tudo à Paige, mas vou continuar salvando tantos quanto eu puder.”

A cena mudou e agora ele e Teresa estavam conversando aos sussurros em um local que não tinha movimentação nem muita iluminação.

“O que disse que ela está fazendo?”

“Ela está organizando pequenos grupos e mandando para os rebeldes.”

“Mas por que?” perguntou Teresa indignada

“Ela não acredita no experimento que estamos fazendo, diz que não vale a perda dessas vidas e que só estamos os tratando como ratos de laboratório.” Respondeu Thomas

“Eu vou falar com ela, vou colocar algum juízo na cabeça dela.”

Antes que Teresa pudesse sair Thomas chamou sua atenção.

“Teresa... acha que estamos progredindo? Que é o certo a se fazer?”

Ela voltou até ele e encarou-o nos olhos.

“Tudo o que fazemos é para o bem maior Thomas... temos que encontrar a cura, só assim poderemos ter uma vida perto do que era antes, só assim podemos proteger os que não são imunes. C.R.U.E.L. é bom.”

A cena mudou novamente, os dois estavam de novo na mesma sala, mas suas reações estavam diferentes.

“Foi você não foi?” perguntou Thomas “Você contou tudo.”

“Ela não quis me ouvir... eu tinha que pará-la.”

Mais uma vez a cena mudou, dessa vez Teresa parecia indignada.

“O que você fez Thomas? Como pode se envolver nisso?”

“Não podia continuar vendo-os morrer.”

Mais lembranças vieram, uma mais rápida do que a outra, praticamente um filme em sua cabeça, um filme com garotos em tanques d’água gritando desesperados.

 

 

 

 

Depois que Thomas se envenenou, Gally tomou o posto de líder da clareira e mandou colocarem os dois no amansador até segunda ordem.

Katherine andava atrás de Gally tentando trazê-lo de volta a razão, mas não estava tendo nenhum sucesso.

— Gally! Gally, por favor, me escuta... só por um segundo!

— Nada do que disser vai me fazer mudar de ideia.

— Gally, Thomas não teve culpa...

— Claro que teve! – o garoto parou abruptamente fazendo com que Katherine quase não conseguisse parar a tempo – Ouviu o que Alby disse, ele é um deles e foi mandado pra cá pra matar a todos nós!

— Tudo que ele fez até agora foi para nos ajudar a sair daqui!

— Tudo estava no controle antes de ele chegar, não precisávamos nos preocupar, poderíamos ter vivido aqui na maior paz!

— Não iríamos não Gally! Você sabe que nunca teríamos paz, quem coloca crianças no meio de um labirinto rodeado de monstruosidades não pode querer paz! Pelo menos com Thomas agora temos uma esperança de sair daqui!

— Thomas é um suicida e quebrou nossas regras, ele não conseguia se conter nem por um segundo, estava sempre querendo correr direto pro perigo.

— Pelo menos ele foi corajoso o bastante para correr pro perigo por um bom motivo, se não fosse por ele eu podia ter morrido naquele lugar, o que você fez além de ficar gritando pra que eu largasse o Alby e salvasse minha pele?!

— Alby já estava morto quando foi picado pelo verdugo. Do que adiantou você e seu príncipe encantado o salvarem e o curarem se ele foi morto do mesmo jeito! Antes você o tivesse abandonado do que ter que fazê-lo sofrer desse jeito e agora ter tantos clareanos mortos!

Katherine ficou de boca aberta com a acusação de Gally, não fazia nem um dia direito que ela tinha se declarado e eles tinham dado seu primeiro beijo e ele a acusava de ter algo com Thomas. Também nunca pensou que Gally falaria daquele jeito do falecido líder, ele sabia que ela não podia tê-lo abandonado.

— Sabe porque eu não quis deixa-lo lá, porque não podia deixa-lo para os verdugos...

— Não aguentaria ter mais uma vítima da sua imprudência nas suas costas? – perguntou petulante – O pobre George foi só mais uma vítima das suas escolhas impulsivas, se não fosse por você talvez ele estivesse aqui... estou começando a achar que você e Thomas fazem mais do que o par perfeito.

— Hey! O que pensa que está fazendo?! – Newt chegou furioso – Ficou louco? Como pode falar com ela assim?!

Gally deu as costas para os dois não dando mais nenhuma chance para que ela se defendesse e nem que Newt continuasse argumentando.

— Gally! – Newt tentou mais uma vez, mas sem sucesso

Kathy sabia que ele se importava com a segurança de todos, mas ela nunca imaginou que ele diria uma coisa daquelas, ela esperava o julgamento de qualquer um, mas nunca dele, ele sabia o quanto ela já se culpava quanto a morte de George o quanto isso já a fez se martirizar.

— Kathy... – Newt se virou pra ela

— Newt... – ela soluçou deixando as lágrimas caírem – ele... ele disse...

— Shh, shh, está tudo bem Kit Kat, eu estou aqui... – disse enquanto a abraçava – Não pense em nada do que ele disse.

— Ele... disse coisas horríveis Newtie... verdades, mas horríveis...

— Nada daquilo é verdade Kathy, infelizmente Gally vai aprender do pior modo a não deixar que os sentimentos fiquem no lugar da razão.

Newt guiou a irmã aos prantos até os outros que esperavam Thomas acordar no amansador. Newt sabia que Gally falava coisas que não queria quando estava com raiva, mas quando ele percebesse que perdera a pessoa que mais lhe importava ele começaria a mudar suas atitudes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Variável Não Planejada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.