A Variável Não Planejada escrita por Miss Oakenshield


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal... eu não tinha percebido antes e agora que acabei de escrever o cap q virá depois desse, vi q esse é o penúltimo cap, ou seja, daqui uns dias irei postar o último cap dessa primeira parte da fic.
Espero que vcs estejam gostando como as coisas estão se desenrolando na fic, queria saber o q vcs esperam da parte 2 e 3 q se passarão de acordo com os filme, me digam o q vcs mais gostaram até agr na fic, o q não gostaram, o q acham q podia ter sido diferente e por ai vai, deixem um comentário ai.



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Aquela noite não foi fácil para nenhum dos jovens da clareira. Ninguém estava confiante, esperavam que a qualquer momento os monstros voltariam para terminar o que começaram. Felizmente, eles não foram mais perturbados, pelo menos não pelos verdugos, mas Kathy foi incomodada em seus sonhos.

Ela não sabia se eram só sonhos ou pedaços de lembranças. Cenas diversas passavam por sua mente, pessoas com jalecos brancos, adolescentes em mesas de cirurgia, adolescentes correndo, ela discutindo com Thomas, ela apanhando de alguns homens... infelizmente os rostos no sonho de Katherine não eram muito nítidos, de um dos homens que a estavam maltratando ela só conseguiu discernir o sorriso de deboche.

Das poucas cenas com diálogos, esta era uma delas:

— Muito bem Katherine, fez uma ótima escolha, mas receio que não possamos mais mantê-la aqui, o que você fez é imperdoável.

— O que quer dizer? O que vão fazer comigo?

— É realmente um triste desperdício, você tinha um grande futuro aqui. – agora ele estava próximo dela, acariciando seu rosto – Preparem a caixa. – ordenou

— NÃO! POR QUE NÃO ME MATA LOGO DE UMA VEZ?!

— Já é um desperdício a mandarmos para lá, matá-la seria burrice.

Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa levou mais um golpe na cabeça”

A cena acabou com tudo ficando escuro, quando a “luz” voltou Katherine estava em outro lugar.

Uma mulher de cabelos brancos estava falando com um grupo de jovens, entre eles estavam Katherine, Thomas e Teresa.

Cada um enviado ao labirinto possui uma função em nosso estudo, cada um é uma variável, e é estudando as interações entre eles que poderemos salvar a humanidade. Temos que fazer alguns sacrifícios para alcançar a paz.”

Agora ela estava em uma sala com diversas telas, nestas telas eles podiam monitorar os adolescentes que já foram enviados para o labirinto, até agora um de somente meninas.

Naquele dia uma das garotas tinha sido vítima de um verdugo e agora precisava ser expulsa da clareira. Foi naquele momento que Kathy decidiu que precisava agir, não deixaria que isso acontecesse com seu irmão, nem qualquer outro ou outra adolescente, nada valia a morte daqueles inocentes.

Mais cenas invadiram sua mente, nelas Katherine guiava os jovens para a liberdade, até mesmo seu irmão, mas pelo que ela pode deduzir dessa vez tudo deu errado. Ela observou como foi descoberta, capturada, maltratada e como não conseguiu salvar Newt do labirinto, os últimos flashs foram ela conversando com Thomas sobre o que ela estava fazendo por baixo dos panos e seus últimos pensamentos antes de desmaiar na caixa.

Katherine acordou sobressaltada e as palavras que saíram de sua boca foram:

— Uma variável... variável não planejada...

 

 

 

 

 

Thomas só acordou no dia seguinte. Ele e Teresa ficaram presos no amansador a noite toda, Newt, Minho, Chuck e Katherine esperavam do lado de fora que ele acordasse.

— Onde você estava com a cabeça?! – disse Chuck bravo

— O que houve? – perguntou Thomas

— O Gally assumiu. – disse Newt

— Tivemos que escolher entre nos juntarmos a ele ou sermos banidos com vocês. – disse Kathy

Thomas podia perceber que Katherine estava péssima, tinha olheiras enormes e seus olhos estavam um pouco inchados. Seriam de tanto chorar? Ele deduziu que depois do que ele fez sua aparência também não devia ser a das melhores.

— Os outros concordaram com isso?

— Gally os convenceu que é tudo culpa sua. – disse Teresa

— Até aí, ele está certo. – falou Thomas suspirando

— Do que está falando? – perguntou Minho

— Este lugar... não é o que pensávamos que fosse. Não é uma prisão, é um teste. Começou na nossa infância. Eles nos davam uns desafios. Faziam experiências conosco. Então as pessoas começaram a desaparecer, todo mês, uma depois da outra sistematicamente.

— Estavam sendo mandadas para o labirinto... – disse Newt

— As variáveis... – sussurrou Kathy

— O que? – perguntou o irmão

— Variáveis... era assim que eram chamadas as crianças. Cada uma tinha um objetivo no labirinto, os resultados das interações entre as variáveis eram estudadas...

— Como sabe disso? – perguntou Minho

— Tive um sonho... ou melhor, algumas das minhas lembranças voltaram essa noite.

— Nem todos eram enviados. – Thomas chamou a atenção de volta pra ele – Eu sou um deles. As pessoas que os puseram aqui, trabalhei com elas, vigiei vocês por anos. O tempo que estiveram aqui, eu estava do outro lado. – Thomas olhou para Teresa – Assim como você. E como você Kathy.

— O que? – perguntou Teresa

— Teresa, fizemos isto com eles. – ele olhou para Kathy – Você também fazia parte Kathy, mas você nunca concordou com o que fazíamos. Desde o começo você tentou salvá-los, estava enviando pequenos grupos de forma clandestina para os rebeldes, mas um dia...

— Eu fui descoberta... – ela interrompeu – não foi?

Thomas assentiu.

— Eu me lembro de conversarmos sobre o que você estava fazendo, mas não fui eu que te dedurei... – Thomas relutou se contava quem foi a responsável por dedurar Kathy ou não, mas não teve tempo de raciocinar

— Sei que não foi você Thomas, acho que agora o que Ben me disse faz sentido. Ele devia estar neste último grupo que tentei salvar e soube quem foi a responsável, mas tudo o que ele conseguiu me informar é que foi uma garota ou uma mulher.

— Acho que também não posso te ajudar com isso... – mentiu Thomas olhando rapidamente para Teresa o que não passou despercebido para Minho

— Você foi descoberta, mas eles não podiam te matar, seria desperdício, então decidiram te mandar pra cá de última hora.

— Uma variável não planejada...

— Exato.

— Se fazíamos parte deles, por que nos mandariam para cá, então? – perguntou Teresa

— Não importa. – disse Thomas

— Ele tem razão.

Todos prestaram atenção em Newt, estavam intrigados.

— Não importa. Nada disso. Porque quem fomos antes do labirinto, nem existe mais. Os criadores deram um jeito nisso. O que importa é o que fazemos agora. Você entrou no labirinto, você achou uma saída.

— Se não tivesse, Alby ainda estaria vivo. – argumentou Thomas

— Se você não tivesse feito o que fez minha irmã não estaria aqui. – disse Newt com convicção – E eu sei que se Alby estivesse aqui ele te diria exatamente isso: levante e termine o que começou, porque senão Alby morreu em vão, e não posso permitir isso.

— Tá bem. Mas temos de passar pelo Gally primeiro.

— Conversar com ele está fora de questão. – disse Kathy – Ele tá furioso, temos que dar um jeito de enganá-lo e quando tivermos chance de sair daqui podemos tentar convencê-lo pela última vez, se ele quiser pode nos seguir... se não quiser...

— Se ele não quiser não terá mais nada que podemos fazer, será a decisão dele Kathy. – disse Newt colocando a mão em seu ombro

Katherine assentiu, por mais que ela gostasse de Gally ela queria sair daquele lugar, não queria mais ser um ratinho de laboratório, também não podia abandonar seu irmão e se Gally não quisesse acompanha-la só poderia lamentar pela decisão dele, pela saudade que sentiria e manter a esperança de que um dia eles se veriam novamente.

Quando chegou a hora todos já estavam cientes de seus papéis no plano. Gally mandou que alguns garotos fossem buscar Thomas e Teresa. O menino fingia que ainda estava desacordado. Jogaram Thomas no chão.

— É um desperdício. – comentou Gally

— Gally! – chamou Winston – Não parece certo.

— E se o Thomas tiver razão? - disse Jeff – Talvez ele nos leve pra casa.

— Nós estamos em casa. – disse Gally – Entendeu? Não quero ter que riscar mais nenhum nome daquela parede.

— Acha mesmo que nos banir vai resolver alguma coisa? – disse Teresa

— Não. – respondeu ele – Isso não é um banimento, é uma oferenda.

— O que? Espere! – Teresa estava sendo amarrada no tronco – Gally, o que vai fazer?

— Você acha mesmo que vou deixar o Thomas voltar ao labirinto depois do que ele fez? Olhem a sua volta! Olhem para nossa clareira! Este é o único jeito. – disse enfatizando a palavra ‘único’

Newt deu o sinal para Minho, Minho olhou para Katherine que olhou para Chuck que vinha lentamente para não chamar a atenção dos outros, ele estava com os mantimentos que precisariam lá fora.

— Quando os verdugos tiverem o que vieram pegar, tudo voltará ao que era.

— Voltar ao que Gally? – questionou Kathy – Voltar a ser um bando de adolescentes tentando sobreviver mais um dia sem saber o que virá?

— Se ficarem aqui, os verdugos voltarão! – alertou Teresa – E continuarão voltando até estarem todos mortos!

— Calada! – gritou Gally – Amarrem ele! – ordenou – Não me ouviram? Mandei amarrá-lo!

Quando os garotos começaram a levantar Thomas, o garoto aproveitou para dar uma cotovelada em um deles, pegou o bastão de sua mão e o acertou na cabeça. Antes que o outro pudesse reagir Katherine avançou com uma faca e imobilizou o garoto. Caçarola cortou as cordas de Teresa, Newt e Minho se aproximaram deles com suas armas em punho, Minho se moveu lentamente com a arma apontada para Gally, garantindo que ele não reagisse.

Chuck veio correndo até eles, Katherine empurrou o garoto que estava segurando para longe do grupo. Ela ficou no meio de seus “parceiros do crime” com a faca em punho dirigida para Gally.

— Vocês são sempre cheios de surpresas, não é?

— É a última vez que peço Gally... deixe o orgulho de lado e venha conosco.

— Não é questão de orgulho...

— Claro que é Gally! – Kathy perdeu a paciência – Não consegue admitir, mas Thomas estava certo esse tempo todo! Só estamos sendo usados aqui, usados como coisas descartáveis e podemos ser jogados fora a qualquer momento. – ela olhou para os outros garotos – Quem quiser vir, esta é a última chance que terão.

— Não ouçam ela, só está tentando assustá-los.

— Não quero assustar ninguém! – disse cansada de discutir – Já estamos todos com medo. Eu estou com medo Gally... – disse com lágrimas nos olhos – mas prefiro arriscar minha vida lá fora do que passar o resto dela aqui... não pertencemos a esse lugar Gal... este não é nosso lar.

— Um lar... é onde as pessoas que você ama estão.

Katherine sabia que o que ele dizia era mais para ela do que para qualquer outro ali.

— Um lar Gal... – ela abaixou a faca e ficou a um passo de distancia dele – é onde as pessoas que você ama estão e todos estão seguros. – ela olhou para os outros garotos – Não estamos seguros aqui, nunca estivemos...

Winston foi o primeiro a se juntar a eles, seguido por Jeff, Clint, Jimmy e alguns outros.

— Gal, por favor... vem com a gente... vem comigo...

Katherine pegou uma das mãos dele olhando fundo em seus olhos. Ela pensou ter visto ele ponderar sua decisão por um segundo, mas a resposta dele não lhe agradou.

— Boa sorte contra os verdugos.

— Gally...

Gally segurou o rosto dela em suas mãos e aproximou seus lábios em um último beijo.

— Eu te amo. – disse ele

— Gal...

Antes que Katherine pudesse dizer algo a mais, Newt começou a puxá-la e guia-la em direção ao labirinto junto com os outros.

— Sinto muito Kathy. – sussurrou Newt enquanto corriam

Katherine não respondeu, limpou suas lágrimas e continuou correndo. Gally tinha escolhido o destino dele, e ela o dela. A única coisa que podia fazer era torcer para que um dia eles pudessem se encontrar de novo.


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