Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 22
Limited experience.


Notas iniciais do capítulo

Olá ♡

Boa leitura a todos.



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A segunda-feira chega. – Acordo feliz me recordando da noite passada.

Izzie passa todo o caminho falando sobre Briana. – Definitivamente apaixonada.

— É ruim estar com alguém em segredo! – diz – Você está na mesma situação que eu...

— O que? Eu não! – digo – Elliot vai embora, e nós não estamos namorando igual vocês duas.

— Então vocês só estão se pegando? Sabe que não acredito nessa história né? – Izzie fala enquanto adentramos o colégio. – Vocês vão acabar se apaixonando.

— Izzie isso não vai acontecer. – digo tentando cortar o assunto.

Paro no meu armário para pegar meus livros enquanto Izzie vai até Briana. – Olho para o armário do lado mas Elliot ainda não chegou.

Sigo para as minhas aulas, só tenho uma aula com ele hoje. – O jeito é torcer para vê-lo durante o intervalo.

“Sala do grêmio no intervalo, você pode?” – Elliot.

“Sim.” – Rose May.

Digito rapidamente durante a aula de inglês. – Só mais uma aula e vou vê-lo – penso.

Saio apressada assim que o intervalo começa, caminho pelo corredor fazendo o trajeto oposto da biblioteca – onde costumo ficar. – No meio do caminho encontro Sam Scott que me para.

— Preciso falar com você! – diz nervoso. – Vamos até a sala do grêmio.

— O que? – antes que eu pudesse negar ele já estava praticamente correndo no corredor sob o olhar de curiosos.

Sam entrou na sala seguido por mim, Elliot já estava lá e assim que nos viu me olhou surpreso.

— Você tá aqui? Ainda bem! – Sam fala olhando pra ele. – Preciso que vocês dois me expliquem exatamente o que aconteceu naquela maldita festa!

Elliot cruzou os braços olhando com uma expressão seria para Sam, que pareceu ficar ainda mais nervoso, mas logo Elliot começou a rir.

— Sam você não sabe? Todo mundo sabe que você e a Lindsay se pegaram, nós vimos. – ele me olhou e eu confirmei.

— Vocês estavam muito bêbados Sam. – digo tentando acalmar ele. – E olha, logo toda essa fofoca vai passar.

— Eu me lembro de ter ficado com ela, mas não sabia que tinha sido na frente de todo mundo! Quer dizer, não me lembrava direito. – diz se sentando e tirando os óculos. – Achei que depois que o final de semana passasse todos já haviam esquecido disso.

— Eles vão esquecer Sam! – Elliot diz batendo no ombro dele. – E também foi só um beijo, não é Rose May?

— Sim. – concordo rapidamente.

Sam Scott suspira aliviado enquanto eu e Elliot trocamos olhares. – Não era bem assim que queríamos nos encontrar.

Alguns minutos se passaram e só aí Sam foi embora, inventamos uma desculpa qualquer pra sairmos depois dele. Mas na verdade só queríamos ficar sozinhos.

— Cacete! Só temos cinco minutos... – Elliot diz olhando no celular.

— Ele precisava da gente. – digo.

— E eu preciso de um beijo seu, como vou fazer agora?

Me sento na mesa e ele vem até mim.

 - É só pegar. – digo sorrindo enquanto ele se aproxima.

Elliot fica entre minhas pernas. – Fico vermelha quando me dou conta disso, mas não quero que ele se afaste – Sinto suas mãos rodearem minha cintura e apertarem ali. Passo meus braços pelo pescoço dele.

— Linda. – ele diz baixinho antes de me beijar.

Enfim sinto os lábios dele, o beijo dele. Me envolvo naquele momento, deixo ele conduzir o beijo que se torna intenso. – Uma de suas mãos pousa sobre minha coxa, mesmo com o tecido da calça jeans sinto seu carinho ali.

Quando o sinal toca somos obrigados a nos separar.

— Te vejo depois? – diz antes que eu saia pela porta.

— Quem sabe. – sorrio provocando ele.

As outras aulas passam lentamente até a de química chegar. – por mais que eu odiasse o professor, Elliot estaria lá e seria minha dupla.

Quando chego na sala ele já está lá, me sento ao seu lado e ele sorri. – Noto Guss me olhando também.

Lindsay pelo que parece faltou a aula hoje depois de tudo o que rolou na festa dela na sexta-feira.

“Podemos conversar depois da aula? “ – Guss.

“Sim.” – digito antes do professor entrar.

— Tudo bem? – Elliot pergunta baixo enquanto escreve algo em seu caderno.

— Uhum.

Não conseguimos fazer muita coisa além de trocar olhares e vez ou outra Elliot tocava na minha mão discretamente. – Nem ao menos conversar sobre outra coisa que não fosse química.

Quando a aula acabou Guss veio até nossa mesa, Elliot o encarou com uma expressão seria, enquanto Guss parecia irritado.

— May? Podemos conversar? – Guss indagou e Elliot olhou pra mim esperando minha resposta.

— Ah... – enfiei o último livro na mochila. – Sim, vamos lá. – olhei para Elliot antes de acompanhar Guss. – Até mais. – tentei sorri pra dissipar aquela tensão mas não funcionou muito bem.

— Então como você está com toda essa história da Lindsay? – pergunto enquanto caminhamos pelo corredor já vazio.

— Estou bem May. – Guss diz rindo. – Só me preocupo que ela surte, mas como eu te disse aquele dia, eu não gosto mais da Lindsay, não daquele jeito.

— Entendo... – digo compreensiva. – Fico aliviada que esteja bem então... Mas o que queria me dizer?

— Queria um conselho. – Guss diz me fazendo parar e olhar em seus olhos.

— Diga.

— Acho que eu estou gostando de uma outra garota... – ele parece um pouco constrangido com isso. – Mas não sei se ela sente o mesmo.

— Bom só tem um jeito de você saber não é? Perguntando pra ela. – digo, e sinto alívio em não sentir nada enquanto pronuncio essas palavras, a um tempo atrás eu estaria sofrendo por ele.

— Perguntar diretamente? – indaga confuso.

— Eu não sei Guss... – digo rindo. – Eu não sou a melhor pessoa pra te dar conselhos amorosos.

— E porque não?

“Te levo pra casa?” – Elliot.

Vejo a mensagem aparecer no visor do celular.

“Pode ser.” – digito rapidamente.

—Experiência limitada. – digo rindo. – Mas acho que deveria dizer a ela como se sente, ser honesto é sempre bom. – ele parece pensar nas minhas palavras. – Tenho que ir Guss.

— May... – Guss me chama quando já estou indo. Me viro pra ele a certa distância. – Ainda somos amigos?

— Somos Guss. – digo antes de sair dali.

Espero por alguns minutos do lado de fora do colégio até Elliot aparecer.

— Quer da uma volta antes de ir pra casa?

— Sim. – respondo sorrindo pra Elliot.

Caminhamos um pouco até uma sorveteria próxima ao colégio, ele está estranhamente quieto, quero dizer algo, mas permaneço em silêncio. – penso se ele está incomodado com Guss, ou se estaria com ciúmes... – a ideia ainda me parece improvável.

Fizemos nossos pedidos em silêncio e sentamos em uma das mesas vazias do local, próxima a janela que dava pra avenida.

— Conseguiu falar com o idiota do time de futebol? – ele entra no assunto repentinamente.

Tento não parecer tensa por essa situação, até porque isso não seria nada demais.

— Sim... – confirmo logo depois de tomar um pouco de milkshaker.

— Ele parece estar sempre na sua vida. – Elliot diz olhando pela janela, não consigo ver sua expressão fácil no ângulo que seu rosto está.

— Você já disse isso antes...

— Por que é o que parece Rose May. – enfim ele vira o rosto na minha direção. Não demonstra estar irritado, ou triste com isso, mas tem algo diferente em seu olhar.

— Somos amigos desde a infância, acho que é por isso.

— Amigos de infância, colégio juntos, faculdade também, certo?! – sinto um leve desdém em sua voz.

— Onde quer chegar com isso? – cruzo os braços seria.

— Talvez você devesse estar com ele então! – dessa vez a irritação está em sua voz, seu olhar tão sério quanto o meu.

— Elliot... – tento formular algo, mas nenhuma palavra sai.

— É isso Rose May! – ele volta a virar o rosto na direção oposta me ignorando.

— Não é como se só eu tivesse culpa nisso aqui! – digo irritada depois de um tempo sendo ignorada.

— O que?

— Você vai pra Londres! Na Inglaterra, tem noção de que é outro país?! – digo enfim o que me incomoda a dias.

— Você sabia disso desde o início. – pontua sério.

— E você também sabia disso desde o começo! – devolvo irritada. – Pra mim chega, eu vou pra casa!

Saio da sorveteria apressada andando pela calçada. – Elliot vem atrás de mim e me faz parar e virar pra ele.

— Espera. – diz mais calmo.

— Eu preciso ir pra casa! – insisto desviando meu olhar do dele.

— Me desculpa Rose May. – volto a olhar para ele. – Como eu te falei, não quero magoar você.

— Tudo bem. – digo apenas isso.

O caminho de volta é ainda mais silencioso do que o da ida. – O fato dele estar irritado por eu ir para a mesma universidade que Guss não me magoa, e sim ele ir embora para o mais longe o possível. Ele nem cogita mudar de ideia.

Mas como posso culpa-lo também? Se sabia disso desde o início.

Quando chego em casa a primeira coisa que faço é me deitar na cama pensando em tudo.

Me recordo do dia em que saímos e vimos aquele artista. – Me senti tão feliz naquele exato momento, era como se eu soubesse o que queria fazer, e com quem queria estar.

Questiono se deveria realmente ir para a faculdade de Los Angeles, cursar literatura. – Isso era o que meu pai queria, e estar em LA é o que Guss quer. Mas e o que eu quero? E o meu sonho?

Os dias se passam e eu Elliot nós falamos com menos frequência, havia muito mais olhares significativos entre nós do que palavras ou toques. – Mas sinto tanta falta de beija-lo. – Meu orgulho me impede de ir atrás dele.

No intervalo vou até o banheiro e escuto alguém chorando em uma das cabines. – penso em perguntar se está tudo bem, mas a garota logo sai.

Lindsay vem até a pia, onde estou. Seu rosto está vermelho e ela já não usa mais maquiagem.

Fecho os olhos tomando coragem pra falar com ela.

— Você está bem? – pergunto baixo.

Ela me olha antes de responder.

— Não May, eu não estou! – diz irritada. – Todo mundo simplesmente virou as costas pra mim porque eu beijei um nerd, como as pessoas são mesquinhas! Até mesmo as minhas amigas... – ela parece que vai desabafar a qualquer momento. – E agora estou desabafando em um banheiro com você! – Lindsay ri de desdém.

— Se as pessoas te viraram as costas é porque nunca foram suas amigas. – digo atraindo a atenção dela. – Esses rótulos ridículos não deveriam ser colocado nas pessoas, o Sam é um cara legal. – vou até a porta de saída.

— É por isso que o Guss gosta de você. – Lindsay fala me fazendo virar pra ela.

— O que?

— Você é sincera e leal. – diz me surpreendendo. – Foi por isso que ele se apaixonou por você.

Passo o restante das aulas atordoada com o que ela me disse. – Guss apaixonado por mim? Seria impossível.


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Notas finais do capítulo

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