Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 21
It was the right time.


Notas iniciais do capítulo

Olá ♡

fico feliz em ver que ainda tem gente acompanhando a fic, muito obrigada ♡

Boa leitura pessoal!



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Era sábado, quando acordei só conseguia pensar em Elliot, na verdade não era bem assim. – só conseguia pensar no sonho que tive com ele. – foi um sonho com muitos beijos, acho que apenas reproduzi tudo o que havia acontecido na noite passada.

Você não pode se apaixonar! – digo mentalmente pra mim. – Ele vai pra Londres, não seja burra!

Ainda de manhã minha mãe tentou arrancar qualquer informação sobre Elliot, por mais que eu não quisesse falar fiquei feliz que ela queria saber mais sobre isso. – A separação por mais que tenha sido dolorosa pra ela, eu conseguia ver a melhora dela, mamãe estava trabalhando, e seu humor não estava mais tão triste quanto antes.

“Sam Scott e Lindsay? Como assim? Vi um vídeo no Instagram de alguém, você viu ao vivo?” – Izzie.

“Sim!!!! Você perdeu o maior ATO da FESTA. Acho que acertamos em shippar os dois.” – Rose May.

“Estava mais ocupada com outras coisas! Tenho que te contar algo. haha" – Izzie.

“Aqui em casa? Estou livre agora.” – Rose May.

Não demorou para Izzie chegar. – Ficamos no meu quarto durante horas, entre conversas e risos.

Izzie contou como foi com Briana, que ela estava cada dia mais apaixonada, que elas haviam se beijado e que foi pedida em namoro.

— Tudo isso em apenas uma festa? – digo rindo, ela fica envergonhada.

— Mas é segredo por enquanto, Briana quer dar um tempo a Brian, e eu tenho que me preparar... não sei como minha mãe vai reagir. – Izzie pareceu triste.

— Estarei aqui pra te apoiar! – peguei na mão dela.

Ela sorri grata e me abraça.

— Mas e você? – pergunta curiosa quando desfaz o abraço.

— O que tem eu?

— Elliot? Fiquei sabendo do desafio... – ela sorri maliciosa.

Acabo contando tudo a Izzie, desde o começo.

— Sempre apoiei como casal! – diz rindo. – Vocês tem química... agora até física. – dou um tapa no braço dela sentindo meu rosto vermelho.

— Pode parar!

Acabo contando sobre minha conversa com Guss e que Lindsay escutou ele dizendo que não gostava dela.

— Meu irmão é babaca! – Izzie diz. – Acho que ele estava com ciúmes de você e do Elliot.

— O que? Seria loucura.

— Eu não duvidaria.

Acabo pensando demais nisso. – Guss com ciúmes? Com certeza não! Impossível.

Izzie vai embora quando está ficando a noite, falamos sobre tantas coisas, que me sinto cansada.

O domingo chega me deixando com preguiça, e me fazendo pensar que amanhã já tem aula novamente.

“Sair hoje?” – Elliot.

Ele me manda mensagem por volta das quatro da tarde, depois de passar todo o sábado sem dar notícias, por algum motivo isso me deixa irritada.

Demoro meia hora para responder, até o celular vibrar novamente.

“Desculpa pelo sumiço, final de semana fica corrido por causa do trabalho, mas se quiser sair posso te pegar a noite.” – Elliot.

Ele trabalha aos finais de semana! Tinha me esquecido. – me sinto ridícula enquanto digito.

“Pode ser. Qual horário vai ser melhor pra você?” – Rose May.

“As 20h, ok?” – Elliot.

“Ok.” – Rose May.

“Preciso ir antes que alguém me pegue mexendo no celular aqui no trabalho. Te vejo mais tarde, espero por um beijo.” – Elliot.

Sinto meu rosto vermelho, um sorriso involuntário e bobo aparece na minha boca.

As horas demoram pra passar, mas antes das 20h já estou pronta. – Uso um vestido preto de mangas longas, acima do joelho, um pouco do meio das coxas. – Acho ele um pouco curto, mas gosto de como fica em mim. Tento deixar a insegurança de lado quando olho no espelho. – Deixo o cabelo solto, e faço uma maquiagem leve, antes de olhar a hora no celular calço meu tênis.

Estou nervosa. – Será que ele vem mesmo? – Penso enquanto abro o aplicativo de mensagens do celular.

O relógio indica 20h em ponto, meu estômago revira de ansiedade.

“Em cinco minutos estou aí.” – Elliot.

“Ok.” – Rose May.

Digito trêmula pensando que até mesmo cinco minutos agora parece demais.

Desço as escadas e aviso minha mãe que vou sair com um amigo.

— Aquele amigo? – pergunta sorrindo. – Precisa de alguma coisa?

— Sim mãe, aquele amigo. E não preciso. – digo beijando a bochecha dela.

Saio pela porta antes dele chegar. – Respiro fundo tomando ar.

Assim que escuto o barulho da moto me aproximo da ponta da calçada. – Elliot para e me entrega o capacete sem descer. – coloco e subo, agarrando em sua cintura.

Ele não diz a onde vamos, passo todo o caminho tentando imaginar onde ele está me levando.

Quando estaciona a moto reconheço o lugar, estamos no centro da cidade. – Ele me leva até uma praça e de longe avisto um homem desenhando, algumas de suas pinturas estão expostas ao seu lado, as pessoas passam e admiram seu trabalho.

Vamos até lá e começo a olhar os desenhos dele, são verdadeiras obras de arte. – Um artista mostrando sua arte no centro da cidade, não sendo tão reconhecido, mas ainda sim indo atrás do seu sonho.

— Posso fazer um retrato do casal? – pergunta simpático.

— Claro! – Elliot sorri e me puxa pra perto, ele passa o braço por cima do meu ombro. – Assim está bom?

— Sim, ótimo. – o homem diz agora se concentrado no desenho em sua frente.

Observo Elliot enquanto ficamos ali parados, ele é lindo. – sinto vontade de beijar sua bochecha, e selar nossas bocas carinhosamente.

Depois de alguns minutos o homem nos entrega o desenho e está perfeito, sorrio olhando aquela bela obra de arte. – Vejo Elliot agradecer e dar algumas notas a ele.

— Sei que seu trabalho merece mais do que isso. – diz compreensivo ao homem.

— O maior valor vai ser se a senhorita tiver gostado. – o homem diz simpático.

— Isso é arte! O senhor é um grande artista. – digo sorrindo.

Depois que ele agradece nós saímos dali, guardo o desenho com cuidado na bolsa.

— Obrigado. – agradeço Elliot enquanto caminhamos.

— Por?

— Por isso, foi perfeito!

— Você também é uma artista Rose May. – diz me fazendo ficar com vergonha. – Seus desenhos são incríveis, te trouxe aqui para que você reconhecesse isso.

— Você planejou isso? – pergunto surpresa.

— Claro que sim! Sempre que passo aqui e vejo todos aqueles desenhos me lembro de você, queria que visse que você também pode mostrar os seus para o mundo! - diz com entusiasmo.

Paro e Elliot também, ele me olha curioso, me aproximo dele envolvendo meus braços em seu pescoço.

— Você vai me beijar? – pergunta provocando.

— Claro. – selo nossas bocas rapidamente e logo me afasto, mas ele me puxa pela cintura novamente.

— Eu estava falando um beijo de verdade.

— E esse que eu te dei foi de mentiria? – rebato e ele me olha com deboche.

— Vou te mostrar o que é um beijo de verdade! – Elliot aproxima o rosto do meu, mas me afasto dele.

— Aqui na rua não. – digo rindo.

— Você me provoca e vai embora? – indaga quando começo a andar novamente.

— Vem logo vai! – digo sorrindo.

Ele me leva a minha lanchonete favorita, a onde nos encontramos pela primeira vez.

— Você me xingou quando te vi aqui pela primeira vez! – diz quando toco no assunto.

— Você foi idiota! – rebato depois de tomar meu milkshaker.

— Então não sou mais? – seu sorriso provocante está ali.

— Um pouquinho. – digo rindo. – talvez mais do que um pouquinho.

— Sei que você não acha isso de verdade. – diz convencido.

Ficamos um bom tempo ali apenas conversando. – Naquele momento notei o quanto gostava de ver ele sorrir, me fazia rir junto.

— Porque a universidade de Londres? – indago depois de um tempo.

— Por que era pra onde minha mãe queria ir. – Elliot diz meio desconfortável. – Sinto que tenho que fazer isso.

— Por ela? – pergunto me sentindo estranha em pensar que daqui uns meses ele estará muito longe.

— Sim. – diz. – E você?

— Eu...?

— Los Angeles? Porque?

— Meu pai sempre quis que eu fizesse literatura lá, acho que já era planeando desde meu primeiro livro lido na vida! – digo – Também acho que por que Guss vai estar lá, não querem que eu fique sozinha em um local desconhecido...

— Guss. – ele repete o nome e vejo sua expressão mudar. – Ele sempre está na sua vida de alguma forma.

— Hã? – indago tentando entender.

— O curso, literatura... Porque escolher esse se você ama desenhar? – pergunta desviando o assunto.

— Qual curso você vai fazer? – prossigo.

—  Administração. – ele diz a contragosto.

Fico surpresa, pois não imaginava isso.

— Mas você não ama fotografia?

— É... – Elliot parece desconfortável. Mudamos o assunto rapidamente depois disso.

Ficamos por ali durante um tempo até ele me levar pra casa. Assim que desço na moto estendo o capacete pra ele.

— Dessa vez fica com você! – diz sorrindo.

— Tá bem. – devolvo o sorriso. – Já vou indo então...

— Não está esquecendo de nada? – pergunta chamando minha atenção.

— Não que eu me lembre... – digo, ele se aproxima e pega o capacete da minha mão, coloca ele apoiado em cima da moto junto ao seu.

— Meu beijo? – diz se aproximando de mim.

— Seu beijo. – sorrio pra ele.

— Você é linda. – Sinto seus dedos fazendo carinho no meu rosto, até sua mão estar em minha nuca.

— Você acha mesmo? – pergunto baixo, quase inaudível

Por um momento deixo minha insegurança e vulnerabilidade a mostra. Ainda era difícil acreditar que um cara como ele havia se interessado por uma gorda excluída como eu.

— Eu tenho certeza! – seu olhar está sob o meu. – Você também deveria ter. Rose May você é linda.

Sorrio antes dele me beijar. – O beijo é calmo e terno, sinto a mão dele acariciar meu cabelo enquanto nos beijamos. – Nós afastamos apenas para respirar, mordo o lábio olhando pra boca dele mais uma vez. – Elliot não demora em me beijar novamente, dessa vez mais intensamente.

— Preciso ir... – digo relutante.

— E eu preciso de mais um beijo. – diz sorrindo.

— É sério Elliot. – digo rindo.

— É sério também. – ele beija o canto da minha boca enquanto sinto suas mãos pegarem na minha cintura.

— Tenho que ir mesmo... – digo resistindo aos seus beijos.

Me surpreendendo ele me abraça. – Retribuo na mesma hora apertando meu corpo contra o dele.

— Queria ter te conhecido antes. – Elliot diz enquanto me abraça.

— Foi o momento certo.

Ele me beija uma última vez antes de ir embora.

Assim que entro no meu quarto, pego o celular para ver as notificações e vejo o desenho na bolsa, o retiro dali e o coloco na minha pasta junto com os meus desenhos.

Sorrio me lembrando da noite de hoje.

“Obrigada por hoje.” – Rose May.

Ele demora um pouco pra responder, então quando a mensagem chega já estou me preparando pra dormir.

“Eu que agradeço.” – Elliot.

“Nos vemos na aula amanhã, até.” – Rose May.


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Notas finais do capítulo

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