Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw
Notas iniciais do capítulo
Olá ♡
Espero que aproveitem, desculpe se houver erros na edição ou ortografia.
Quando nossos lábios se tocam sinto toda a tensão se dissipar. Relaxo quando ele me leva pra mais perto do seu corpo, entrelaço minhas mãos em torno do seu pescoço.
Os lábios dele são macios, e parece que se tornam mais atraentes a cada beijo, sinto nossas bocas se encaixarem em perfeita sintonia.
Elliot me encosta contra a parede e pressiona mais seu corpo contra o meu, suas mãos apertam minha cintura e quadril enquanto nos beijamos mais intensamente.
Aos poucos afasto minha boca da dele, preciso de ar. – Quando abro os olhos encontro os seus, azuis, me hipnotiza.
— Isso foi... – ele começa a dizer enquanto um sorriso se forma em seus lábios.
— Precisamos de um acordo! – o interrompo quando a ideia surge na minha cabeça.
— O que? – ele parece confuso.
— Você me disse que não acredita no amor... – digo capturando sua atenção. – Isso está ok pra mim. – Elliot parece não acreditar muito, mas prossigo. – E você vai embora no fim no ano letivo...
— Por causa da Universidade. – ele pontua.
— Então isso também está ok pra mim. – Afirmo mesmo não tendo tanta certeza assim. – Podemos prosseguir com isso... – aponto pra nós dois. – Seremos honestos sobre o que sentimos, não é isso que você diz que faz quando se relaciona com alguém?
— Você está sendo honesta comigo? – ele se afasta um pouco quando cruza os braços, sua expressão é seria.
— O que quer dizer com isso?
— Não vai se apaixonar por mim... ? – ele indaga, desvio o olhar por meio segundo.
— É claro que não! Você é um idiota. – forço um sorriso e ele me analisa.
— Então vamos ter um relacionamento...? – Elliot usa as palavras com cuidado.
— A gente pode se beijar as vezes. – digo isso sentindo meu rosto esquentar. Nem mesmo acredito nas palavras que estou pronunciando.
Ele percebe meu constrangimento e ri, reviro os olhos.
— Rose May me propondo um acordo desses? Eu nunca imaginei isso! – ele continua sorrindo enquanto meu rosto permanece vermelho de vergonha.
— Quer propor alguma regra? – pergunto.
— Mas isso vai parecer namoro...
— Claro que não! Eu tenho algumas regras... – assim que digo ele me olha com ironia. – Escuta primeiro, idiota!
— Você é muito mandona.
— Regra número um, não quero que ninguém saiba sobre isso, regra número dois, “terminamos” no final do ano letivo, não vamos arrastar isso pro verão. Fechado? – estendo a mão pra ele que parece pensar.
— Por mim tudo bem. – concorda apertando minha mão. – Mas essa não parece a maneira certa de selar um acordo. – ele sorri.
Ele entrelaça seus dedos nos meus e com a sua outra mão me puxa pela cintura, rapidamente estou perto dele novamente, nos beijamos mais uma vez.
Ficamos assim por um tempo, até meu celular vibrar.
— Espera... – digo tentando me desvencilhar dos seus braços, mas Elliot não parece estar muito afim de me soltar.
— Só mais um beijo e eu deixo você ver o celular. – ele continua beijando o canto da minha boca.
— Precisamos ver quando tempo passou, as pessoas devem estar preocupadas...
— Rose May isso é uma festa, eles só estão preocupados em se divertir. – escuto ele rir.
— Mesmo assim! – pego meu celular no bolso de trás da saia e olho o visor.
“Está tudo bem aí?” – Guss.
“Fiquei sabendo que você foi desafiada a ir pro QUARTO COM O ELLIOT, agora vai!” – Izzie.
“Já se passou quase meia hora, se você não descer eu vou até aí!” – Guss.
A última mensagem de Guss me fez lembrar que era melhor descemos. – Elliot deu um beijo no meu pescoço enquanto eu pensava em articular algo para responder nas mensagens. – Ele estava tirando minha atenção.
— Ei, falta quanto tempo pra meia hora? – indago e ele finalmente pega o celular e olha no contador.
— Cinco minutos. – diz a contragosto. – Passou rápido.
— Acho melhor a gente descer... – digo ajeitando meu cabelo.
— Porque? – ele indaga – O idiota do time de futebol te mandou alguma mensagem já? – o encaro tentando entender se ele está com ciúmes, e penso o quanto isso é improvável! A expressão dele se suaviza e um sorrisinho irônico paira pelos seus lábios. – Vamos.
Elliot se afasta de mim e abre a porta, ele olha na minha direção e eu vou até a saída.
— Primeiro as damas! – seu sorriso permanece ali, apesar de conhecer seu tom de provocação, sinto algo estranho.
— Cavalheiro! – ironizo rindo.
Quando chegamos a sala de estar o jogo ainda está rolando, mas Lindsay , Guss e Scott já não estão mais na roda. – Apesar de estarmos juntos, as pessoas não parecem notar que voltamos, talvez seja como Elliot disse, estão preocupados mais com a própria diversão.
Fico aliviada de que ninguém tenha notado nossa volta, não queria me sentir constrangida.
— Quer ir lá pra fora? – Elliot pergunta.
- Pode ser...
Fazemos o caminho até a área externa da casa, o local está mais vazio do que lá dentro, e a música alta não chega até aqui.
Suspiro aliviada, aquela multidão de pessoas lá dentro me deixaria louca.
— Achei que você não viria na festa...
— Eu não ia, Izzie me obrigou! – digo e ele rir.
— Então tenho que agradecer a Izzie?
— Por qual motivo?
— Se ela não tivesse feito você vim, eu não te beijaria... – Elliot diz se aproximando de mim novamente.
— Tem que agradecer a Lindsay também? Por propor meia hora no quarto comigo? – Digo fazendo ele rir.
— O universo conspirou a nosso favor hoje. – ficamos em silêncio, sinto que ele vai me beijar a qualquer momento.
— May?! – ouço a voz do Guss do outro lado da área, perto da porta da casa.
Seu olhar é preocupado, mas com um pouco de irritação. – Olho dele para Elliot e eles se encaram.
— Eu vou ver o que ele quer, ok? – digo e Elliot apenas assente.
— Ei, oi? – digo constrangida.
— Você tá bem? – Guss me olha com preocupação.
— Sim... – confirmo. – O que houve?
— Podemos conversar?
— Claro. – o sigo pra dentro da casa, mas antes olho para trás vendo o olhar de Elliot.
Guss me leva até uma sala que está vazia, analiso o local e parece ser uma sala de TV, tem apenas um sofá grande, TV smart, e uma pequena mesa no canto.
— Ele te fez algo May? – Guss indaga ainda com o olhar preocupado.
— O que? Não. – afirmo.
— Não teve a menor graça a Lindsay fazer aquele desafio desnecessário! – Guss parece irritado.
— Foi só um jogo. – digo tentando acalma-lo.
— Ela fez de propósito! – Guss ainda parecia irritado.
— Não importa Guss. – digo calma. – Elliot é meu amigo, tá tudo bem.
Ele me olha de um jeito estranho, um silêncio constrangedor se instala entre nós.
— Ele é seu amigo?
— Sim Guss... – digo mas ele me interrompe bruscamente.
— A algum tempo atrás você nem suportava esse garoto Rose May! – seu tom de voz era baixo, mas notei sua raiva e indignação.
— As coisas mudam Guss! Ele me ajudou muito com o divórcio dos meus pais, nós nos aproximamos... Acho que posso considerar ele meu amigo. – digo cruzando os braços.
— May... Mas, eu... – as palavras morrem.
— Se era só isso, eu tenho que ir. – Antes que eu possa sair da sala Guss me para.
Me viro pra ele novamente. – Seu olhar é confuso, e inseguro. – O conheço por tempo demais pra não saber decifrar.
— Esse garoto May, ele não é bom pra você. – Guss diz me fazendo ficar irritada.
— Não se mete na minha vida! – falo claramente. – Eu já falei isso antes, mas vou repetir, você não tem esse direito.
— Eu me preocupo com você!
— E eu com você. Mas isso não me dá o direito de me meter na sua vida!
Ficamos em silêncio mais uma vez, não desvio o olhar do dele, pelo contrário o encaro com firmeza para que ele entenda que estou falando sério.
— Você gosta dele? – sua pergunta me atinge em cheio.
— Isso não é da sua conta! – corto com grosseira.
— Me diz que você não gosta dele... – Guss pega na minha mão e eu olho pra ele com confusão. – May, eu preciso te dizer algo...
— O que?
— Eu não gosto da Lindsay... eu... – de repente um barulho alto de vidro me chama atenção, quando me viro vejo Lindsay estática atrás de nós, o copo que estava em suas mãos agora são cacos no chão.
— Lindsay...! - Guss solta minha mão e tenta ir até ela, mas Lindsay acerta um tapa em seu rosto, ela está claramente bêbada.
— Você é um filho da puta! – Lágrimas escorrem pelo rosto dela quando seus gritos ficam mais altos. – Desgraçado! Eu te odeio Guss! – ele tenta acalma-la, enquanto cada vez mais pessoas se aproximam parar ver o que está acontecendo.
— Para com isso! – Guss diz firme.
— Você... – ela parece que vai desabar ali. – Eu faria qualquer coisa por você! Eu não vou chorar aqui. – Lindsay sai entre as pessoas e Guss vai atrás dela.
Estou parada dentro da sala, tentando assimilar tudo o que aconteceu.
Vejo as pessoas irem atrás deles e um falatório mais alto do que a música ensurdecedora. – Ainda sem acreditar sigo o caminho que eles foram.
Adentro a sala de estar e vejo Sam Scott sem camisa e visivelmente bêbado. – Nunca imaginei uma cena assim na vida.
— Em! Responde! Verdade ou desafio? – Lindsay grita com Sam, enquanto Guss está parado ao lado deles.
— Desafio. – Sam responde.
Elliot para ao meu lado e tenta entender o que está acontecendo.
— Mas o que diabos...? – ele indaga.
— Te desafio a me beijar aqui e agora! – Lindsay olha para Guss depois de desafiar Sam.
— Eles vão...? – digo olhando incrédula para Elliot.
E logo em seguida Sam Scott beija ela. – Um beijão pra ser bem específica, Guss sai dali em plena irritação, enquanto todos ao redor gritam ao ver a cena.
— Acho que já está na hora de irmos embora. – Elliot sugere e eu concordo.
— Meu Deus o que foi aquilo? – indago assim que saímos da festa.
— Isso se chama embriaguez. – ele diz.
— O Sam, eu nunca imaginei, uau!
— Vou zoar ele pra sempre! – ele ria.
— Acho que toda a escola vai. Isso foi como um marco histórico! – Nós riamos.
— Vou te levar pra casa. – Paramos em frente à moto dele, Elliot me entregou um capacete enquanto colocava o outro.
— Pronta? – ele diz assim que subo na moto e entrelaço meus braços em sua cintura.
— Sim!
Curto esse momento com ele. – Antes tinha tanto receio de subir nessa moto, agora confio totalmente em andar nela.
Quando paramos em frente à minha casa entrego o capacete pra ele, que me devolve.
— Isso é seu. – digo confusa.
— Confio ele a você. – Elliot diz rindo descontraído. – Vai que a gente saia outras vezes sabe...
— Está me chamando pra sair? – digo rindo. – O frio e calculista Elliot! – Ironizo brincando.
— Tá achando que isso aqui é fanfiction? – ele me responde rindo.
— Não acha muito fanfic não acreditar no amor? – indago sorrindo desafiadora.
— Não acha muito fanfic querer fazer alguém acreditar?! – ele me devolva a pergunta no mesmo tom.
— Quem disse que eu quero isso?
— Você venceu ok? Vamos parar essa discussão aqui. – diz rindo. – Vem aqui. – Elliot me puxa pela cintura.
— Ei ei, o que você quer? – estamos perto demais um do outro.
— Você sabe o que eu quero. – Sinto seus lábios contra os meus.
— Rose May! – A voz da minha mãe faz a gente se afastar bruscamente.
Estou tão vermelha que sinto todo meu rosto esquentar de vergonha.
— Eu tenho que ir! – quase corro pra dentro de casa.
— Assim que entro ela fecha a porta e me olha seria com os braços cruzados.
— Eu não acredito! – diz.
— Mãe eu posso explicar... – falo atrapalhadamente.
— Não acredito que você tá saindo com um gato daqueles e não contou pra mim! – ela diz começando a sorrir.
— O que? – indago confusa.
— Pode me contando tudo! Tudinho! – mamãe me leva até o sofá da sala.
— Fala sério mãe! A senhora estava me espiando?
— Claro que não. Não tente mudar o assunto viu? Eu quero saber tudo.
— Mãe não tem nada demais, nós somos só amigos... – digo mas ela não acredita.
— Amigo beijando na boca de amigo May? – pergunta rindo. – Olha filha, quando você quiser me contar eu vou estar aqui, ok? Só tome cuidado, se previna sempre... se você quiser eu tenho uns preservativos... – a interrompo na hora.
— Mãe! Para com isso, pelo amor de deus. – peço constrangida.
— Meu amor o sexo é algo normal na vida...
— Chega mãe! – digo totalmente envergonhada enquanto ela ri.
Subo as escadas para o meu quarto sentindo o constrangimento pairar ao meu redor.
Assim que fecho a porta tiro o celular do bolso.
“Tudo bem aí? Espero não ter te causado problemas.” – Elliot.
“Não causou. Pode ficar tranquilo!” – Rose May.
Troco de roupa logo depois de responder, tiro toda minha maquiagem e me deito com o celular.
“Ela parecia brava, ufa.” – Elliot.
“Só parecia, minha mãe é uma grande atriz! Haha.” – Rose May.
“Então depois me conte sobre a atuação dela.” – Elliot.
“Pode deixar!” – Rose May.
Fiquei olhando o visor do celular mas nada de mensagem dele, então resolvi mandar algo pra Izzie.
“Elliot me trouxe pra casa, amanhã conversamos ok? Fique bem.” – Rose May.
Acabei pegando no sono antes de qualquer resposta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
deixe um comentário se gostou ♡
gente deixa eu fazer uma pergunta pra vocês, vocês ainda usam o site antigo no Nyah? ou o novo? pois entrei no novo e notei que alguns capítulos de Girl estão cortados.