A Falsa Lealdade escrita por Lari Teefey, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 4
Um brinde à falsa lealdade




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Estavam em Hogwarts, Bellatrix pôde perceber, na sala do diretor. Um Dumbledore andava calmamente de um lado para o outro, uma das mãos levantadas na altura do queixo, e a outra pousada na coluna. Usava vestes roxas e, apesar de seu andar calmo, sua expressão era de incredulidade. Tinha centenas de pergaminhos em sua mesa, alguns deles de jornais; "Harry Potter, o menino que sobreviveu."; Continuam as especulações de como o filho dos Potter…

Bellatrix não conseguiu ler o resto, pois havia vários outros em jornais em cima da matéria. Mas ela pôde perceber que isso foi na época em que seu Lord caiu pelas mãos do menino Potter. Sua atenção foi atraída por uma figura encapuzada sentada em uma cadeira à frente do diretor. Ela reconheceu, essa figura era ela. Sua máscara de comensal não estava consigo e seu olhar era perdido, vago, como se não estivesse vendo nada na sua frente.

— Tem certeza disso? — Dumbledore da lembrança perguntou. — Bellatrix, tem certeza absoluta?

— Sim, são sete Horcruxes. O Lord das trevas dividiu a alma em sete partes.

— E você sabe quais são elas?

— Não, mas desconfio. — a Bella da lembrança deixou a cabeça cair pro lado e depois olhou o diretor. — A cobra anda com ele todo o tempo, toda hora. Nunca vimos ele sem aquele bicho por perto.

— E você não se sente incomodada?

— Não, na verdade sim, mas eu faço tudo e enfrento tudo para servir ao Lord.

— Bellatrix, por que você torturou os Longboottons?

— Eu precisava saber notícias sobre o Lord! — ela se exasperou.

— Sabe que terá de ir para Azkaban, não sabe? — Dumbledore olhou para a comensal, que acenou vagamente com a cabeça. — O Único problema é arranjar um jeito para lhe dar a poção. Vamos, vista sua capa. Irá para Azkaban, e se estiver fazendo muito bem sua parte, sairá de Azkaban daqui a alguns anos, pelas mãos do próprio Lord Voldemort. Porque eu sei que ele não morreu.

Bellatrix não se levantou, olhou o diretor com uma expressão confusa.

— Vamos, Bellatrix. Você precisa se apressar. Obliviate.

Um fiozinho de luz azul se moveu para a cabeça de Bellatrix. Dumbledore pegou um pequeno frasco e guardou aquela lembrança. A penseira era um ótimo lugar para quem tinha coisas demais na cabeça. Bellatrix sentiu-se de novo sendo puxada para fora. Estavam de volta a biblioteca dos Black.

— Então é isso, como pode ver. — Dumbledore estava ao lado da penseira, com um Snape atordoado ao lado.

Bellatrix recuou, recuou, até bater a cabeça numa prateleira.

— Não pode... NÃO! ME DEIXEM SOZINHA.

— E você irá, Bellatrix, apenas preciso fazer uma coisa antes.

— Que coisa? Pensa que vou ficar do seu lado agora? De jeito nenhum! Prefiro morrer pelas mãos do Lord!

— Um dia terá que vim pro nosso lado. A poção não vai durar para sempre, agora que não a injetaremos mais. Daqui à um mês ou dois você não terá mais essa admiração por Voldemort. Só precisamos saber se você não adquiriu mesmo uma fidelidade além da poção. Severo? — ele chamou.

Snape caminhou até uma prateleira e de lá, tirou um pequeno frasco com um liquido transparente.

— Não! — Bellatrix correu para a porta, que foi imediatamente trancada por Dumbledore. — Vocês não vão encostar essa poção de novo na minha boca! Nada mais de segredos do Lord! Chega!

— Bellatrix, o que é pior do que nos dizer que Voldemort possuía Horcruxes? — Dumbledore questionou.

— Não! — ela tentou pegar a varinha, mas lembrou que a mesma havia sido confiscada por Kim.

— Império. — ela ouviu a voz de Severo, antes de cair em um transe.

 

“Não, resista!” Uma voz dizia. "Ah, vamos, vamos, o que mais você pode fazer?" "Não! Não faça isso. Não deixe que façam." "Vá..."

 

Ele caminhou até ela e, lentamente, abriu a boca da comensal e depositou três gostas cuidadosamente. Ele fez com que Bellatrix sentasse em uma poltrona mais próxima. Dumbledore se aproximou e sentou à frente dela. Severo permaneceu de pé.

— Bellatrix, — Dumbledore começou, com cuidado. — está se sentindo bem?

— Não. — Bellatrix respondeu, vaga, olhos vidrados.

— Como se sente, então?

— Perdida. Muito perdida. Não sei se acredito na sua história, mas não acreditar é igual renegar a realidade. Não gostei de ter traído meu Lord.

— Por que decidiu seguir Voldemort?

Ela tremeu.

— Não gosto que digam o nome dele.

— Não respondeu minha pergunta.

— Pelos bruxos. A pureza de sangue. Acredito que não se deve bruxo se misturar com a escória dos sangues ruins. E ele vai nos ajudar a acabar com eles.

— Acredita na minha história?

— Sim.

— Só não quer acreditar?

— Exatamente.

‘Dumbledore a observou. Tinha muita coisa que perguntar a ex comensal, mas nada lhe vinha à cabeça.

— Bellatrix, o que Voldemort planeja?

— Ele quer se infiltrar no ministério. Mas não diretamente, para não causar uma rebelião. Muito inteligente, meu Lord. Ele planeja fazer o Potter ter má fama em breve.

— Mas logo agora, que Harry conseguiu fazer todos acreditarem que Voldemort voltou? — Bellatrix tremeu.

— Ele mesmo mostrou. Pode ser difícil, mas não impossível. Ele quer tentar.

— Onde está as outras Horcruxes?

— Eu não sei as outras, porém a taça de Hunfflepuff foi colocada na minha conta no Gringotes.

— Veja bem, são sete Horcruxes. Das quais já foram destruídas apenas o diário de Tom Riddle. Você sabia que Voldemort é um mestiço? Riddle é uma família de trouxas.

— Não, eu não sabia. Ele diz ser sangue puro. Confesso que estou decepcionada.

— Ótimo. As Horcruxes que temos em mente e conosco é a taça, o anel e a cobra, que prefiro deixar por último. Bellatrix, o que Voldemort planejou para Draco?

— Draco tem que matar você. Ele está construindo um armário semidouro na Borgin e Burkes para Hogwarts, mais precisamente a sala precisa. O Lord das trevas sabe que Draco não vai conseguir, ele não sabe ser um assassino.

Dumbledore pensou. Ele não devia mais dar poção da verdade para Bellatrix, e sim incitá-la a fazer por vontade própria. Seria difícil? Muito, mas ele tentaria. Essas era as únicas coisas que vinham à sua mente para perguntar? Depois de imaginar tantas perguntas. Não, tinha mais uma.

— Bellatrix, eu preciso saber... — ele fez uma pausa e a olhou, ela tinha um olhar vago, mas parecia um pouco confuso. Seu tempo estava esgotando. — há alguma maneira de voltar do véu onde você jogou Sirius?

 

— Sim, tem, mas é muito arriscado.

— E como seria? — os olhos do diretor não conseguiram esconder a surpresa, e a ansiedade em sua voz também não.

— Aquele véu é dos Black. Antigo, muito valioso para a minha família. Só um Black é capaz de atravessar. Então algum Black teria que entrar dentro do véu para isso acontecer. Se qualquer outra pessoa tentar, será desintegrado na mesma hora. Eu não quero ir lá, nem acho que voltaria.

— Há riscos de não voltar?

— Noventa por cento de chances de sair morto. Quando a pessoa tiver se preparando para entrar, ela deve avisar os espíritos de sua chegada.

— Espíritos?

— Há uma lenda que diz que todos os espíritos da família são atraídos para o véu. Não sei explicar, mas é como um imã.

— Continue.

— Para avisá-los é preciso marcar o chão com um pouco de seu sangue, e com mais um pouco, jogar no véu. Só assim eles podem te reconhecer. Depois de entrar, dizem que você tem que procurar o espírito da pessoa que quer tirar de lá. Entre milhares e milhares de outros. E eles não vão gostar de invasores tirando espíritos dos Black de lá. Mesmo que o invasor em questão, seja um Black.

— E o que eles farão?

— Bom, acho que atacariam e forçariam a pessoa a permanecer no véu durante vinte e quatro horas.

— E então nunca mais conseguiria sair?

— Não. Seu espírito iria ficar na transição do mundo dos vivos e do mundo dos mortos. Sufocando eternamente.

— E se conseguir? O que acontece ao morto que foi retirado?

— Eu estou cansada.

— Só mais um pouco, por favor.

Ela suspirou e continuou.

— Todo Black tem esse símbolo. — mostrou seu cordão. Um coração retorcido. — Isso é como se fosse uma transição de energia mágica. Mas para dar certo, a pessoa precisa invocar algum tipo de magia negra, muito antiga. Depois colocar esse colar no morto. Três dias é o tempo para ele acordar, no máximo.

— E você sabe fazer essa magia?

— Eu não quero ir lá, não quero salvar Sirius.

— Parece que já descobriu aonde quero chegar. Você precisa fazer isso.

— Não vou sair de lá viva!

— Você precisa tentar.

— Não!

— Teremos que apelar para um Imperius de novo? Isso é cansativo, tenho que admitir. Lestrange não respondeu, continuou com seu olhar vago e por fim disse.

— Posso tentar, mas eu preciso que depois Sirius me diga tudo sobre o suposto romance.

— Tem certeza que sairá de lá viva?

— Se eu não viver, Sirius não vive.

— Sua irmã, Andrômeda, não tem uma jóia parecida?

— Não sei se minha irmã traidora ainda mantém uma relíquia de família.

— E Narcissa?

— Ela ainda tem. Posso dormir, agora? Estou cansada e não quero que os aurores me vejam assim.

— Claro. Severo, leve ela até o quarto de Sirius.

 

 


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