A Falsa Lealdade escrita por Lari Teefey, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 3
Um brinde à falsa verdade




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Todos os pares de olhos estavam focados na Lestrange. Bellatrix arfou, os olhos arregalados e então soltou uma gargalhada.

— Nossa Dumbledore, que engraçado, estou num acesso de risos incontroláveis. — E então assumiu uma expressão séria. — Até o Lord das Trevas sabe que não existe comensal mais fiel que eu. Eu fui para Azkaban por ele!

— Eu emocionado com sua declaração de amor, Bellatrix, — Dumbledore retrucou, sarcástico, porém calmo. — ,entretanto, nem mesmo Voldemort sabe que você já lhe foi infiel.

— Você está maluco! — ela gritou, levantando-se bruscamente da cadeira. — Você não passa de um velho louco, Dumbledore! Não sabe nem da metade da minha fidelidade!

— Bellatrix, eu peço que sente-se, você não irá mais fugir. Eu tenho provas, evidências da sua infidelidade. Além de uma ótima explicação para isso tudo. Se acalme, e talvez eu consiga lhe mostrar.

Bellatrix soltou uma risada nervosa. Sentou-se de novo na cadeira e olhou o diretor com um ar debochado.

— E você espera que eu ache que tudo que você falar é verdade.

— Não. Eu quero que tenha certeza, logo você não terá escolha, senão acreditar. Não depois de ver as provas.

— Então vamos, Dumbledore! Mostre-me as provas e sua maldita explicação. Vamos ver até onde sua idiotice vai.

Os outros se remexeram, ansiosos. Eles não sabiam de nada, apenas tiveram ordens de ficar de plantão no Largo Griummauld. Era evidente que eles queriam saber porquê Bellatrix não era fiel à Voldemort.

— Eu sempre pensei como era ter comensais da morte. Como Voldemort os administrava e o que ele revelava. Severo é nosso espião, e não ao contrário, como você pensa. — Bellatrix lançou um olhar de fúria à Snape, que ignorou. — Sabemos que você era muito íntima dele, e que assim ele lhe confidenciou vários de seus segredos. Então resolvemos tornar você nossa aliada, Severo usou veritasserum em você para conseguir essas informações.

— Isso é mentira! — Bellatrix contrapôs. — Eu nunca disse nada.

— Não que você se lembre. — Dumbledore respondeu calmamente.

Bellatrix imediatamente ficou alarmada, assumiu uma postura rígida e se possível, arregalou ainda mais os olhos.

— É claro que ele conseguiu. — o diretor que Hogwarts jogou-se na cadeira e fez um gesto de despreocupação com a mão. — Depois dessas informações respondidas, ele apagou sua memória. E assim foi se repetindo. Você cada vez mais dando informações valiosas para a Ordem. E acredite quando digo valiosas.

As pessoas estavam estupefatos. Nunca imaginaram que Dumbledore possuía uma inteligência dessa magnitude.

— A, é!? Então me diga, — Bellatrix olhou nervosa para todos. — Que informações valiosas eu lhe dei? Me diga velho, e talvez assim eu finja acreditar na sua mentira.

— Não, Bellatrix, estamos apenas na explicação, ainda tem a prova. Tem certeza de que quer um exemplo? Só eu e Severo sabemos disso, nem os aurores sabem.

Todos olharam pra Dumbledore, imaginando que nada poderia os surpreender depois disso, a não ser a tal revelação que eles não sabiam.

— Quero. — Bellatrix respondeu, com hesitação.

— Por exemplo, sem você como saberíamos que Voldemort tem Horcruxes?  Sete Horcruxes.

Os aurores arregalaram os olhos para a confissão. O cabelo de Nymphadora ficou num tão azul tão forte que assustou Bellatrix. A boca da comensal assumiu a forma de um perfeito "o". Ela arfou. Ficou pálida. Levantou-se de um pulo na mesa, Dumbledore fez o mesmo e assim, os outros.

— Não é possível, não é possível. — Ela andou de uma lado para o outro, colocando as mãos na cabeça. — Não é possível! — Berrou. Lágrimas começaram a brotar de seus olhos. — Você! — apontou para Dumbledore. — Você fez eu trair meu Lord! É TUDO CULPA SUA!

— Se acalme, Bellatrix. — Dumbledore pediu, com a voz num murmúrio. — Você não é mais fiel ao Voldemort simplesmente porque nos deu alguma informação sobre ele. Você não é e nem nunca foi fiel por natureza. Tudo isso foi planejado desde o início. Se lembra que eu lhe convenci a entrar no círculo de comensais? Claro que não.

— O quê!?

— Tudo isso começou quando você saiu de Hogwarts. Precisávamos de alguém que fosse fiel à Voldemort sem pestanejar. Mas você concordou. Disse que só iria aceitar pelo bem do seu amor.

— Do que que você está falando? Que amor? Eu não amo.

— Você namorava Sirius escondida de todos. Dos professores, dos aurores, dos comensais e principalmente da sua família.

— Você está maluco! Agora eu tenho certeza que você é louco! E então você apagou minha memória para eu esquecer do "meu amor"? — fez aspas com o dedo. — Que história de quinta!

— E para esquecer de qualquer coisa que lhe atrapalhasse em ser a melhor comensal. Pode acreditar que Sirius também não concordou. Foi no meu escritório pessoalmente reclamar. Disse que era um absurdo, agora que ele estava conseguindo te trazer para o nosso lado. E depois vocês terminaram, não me pergunte porquê. Eu tenho quase certeza que ele tentou te convencer do contrário. Fiquei culpado por te acabado com um namoro tão bonito, mas pensei que um dia, quando lhe contasse a verdade, vocês iriam se acertar. Mas você fugiu de nossas mãos no departamento de Mistérios e o matou. Todos vimos a expressão de surpresa no rosto dele, porque ele, acima se tudo e de todos, não acreditava no total sucesso do nosso plano. Dizia que a poção teria que falhar um dia.

— Que poção?

— A razão de você não ser uma fiel seguidora de Voldemort por natureza.

— Fala logo! — ela gritou, a voz abafada pelo choro. A razão pela qual Nimphadora não parava de olhá-la.

— Bellatrix, você foi dopada com a poção da Fidelidade. Toda sua fidelidade vem do efeito da poção.

— Não! Como você pôde! — Bella berrou. O rosto branco passou para um rosado bem forte. — Eu sinceramente preferia continuar como estava, sendo fiel ou não, seja lá o que for! Mas por que você me contou a verdade?

Dumbledore sorriu. Ela finalmente acreditara.

— Acredita agora?

— Não! É muito fácil inventar isso tudo. Cadê sua prova?

— Me acompanhe até lá em cima. Severo, venha conosco.

Todos os aurores se encararam nervosamente. Bellatrix saiu da cabeceira e Dumbledore subiu na frente, com a comensal atrás e Snape por último.

Chegaram a uma sala cheia de livros. A biblioteca Black, Bellatrix lembrou. Bom, pelo menos disso ela lembrava. Tentou buscar algum resquício de lembranças que o velhote talvez tenha se esquecido de apagar, ou Snape, não conseguiu, Snape era mestre em feitiços de mente. E de poções. Lançou um olhar gélido para ele, que em resposta deu seu sorriso debochado. Dumbledore se adiantou. Tirando uma prateleira do caminho com um feitiço de levitação. A prateleira logo deu espaço para que Bellatrix pudesse ver uma penteadeira.

— Aqui você me fala sobre as Horcruxes. — Dumbledore avisou.

— Eu quero ver. — ela disse com certeza.

— Aproxime-se.

Bellatrix hesitou e depois foi, calmamente em direção a penseira. Abaixou a cabeça em direção as lembranças e mergulhou, junto com Dumbledore e Snape.

 


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