A Falsa Lealdade escrita por Lari Teefey, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 2
Um brinde à estratégia




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Dumbledore ficou esperando que algum deles fosse rir de sua cara e depois pedir para prosseguir com a conversa, entretanto, todos o olharam com alarde, como se ele tivesse ficado louco de uma hora para outra.

Logo se ouviu a respiração descompensada de Minerva. Ela olhava de uma lado para o outro, tentando ter algum apoio, e ela tinha.

— Dumbledore. — seus olhos estavam arregalados. — Não é possível que você esteja falando a verdade. Como pode? Ela é a comensal mais fiel de Voldemort! Não o largaria nem se fosse pela vida dela!

Dumbledore estreitou os olhos. Minerva era alguém que ele gostaria de ver em Hogwarts quando ele morresse.

— Querida Minerva, eu falo a mais pura verdade. E  ela não é a comensal mais fiel.

— O que você está querendo dizer com isso? — Nimphadora perguntou, seus cabelos logo assumiram um tom vermelho.

Dumbledore logo tratou de explicar-lhes o que tinha em mente. As estratégias para o rapto e as colocações que cada um deveria estar na hora.

 

— E mais que tudo, vocês precisam ter autocontrole quando a pegarem. Não se esqueçam, ela é nossa aliada, apenas não sabe.. O ministério não poderá saber sobre nosso plano, — ele olhou para Kim, que remexeu-se desconfortavelmente. — senão ela será imediatamente mandada à Azkaban. Espero vocês amanhã no lugar que combinamos.

 

♠♥♣

 

Ventava bastante naquela área, a neblina ficara espessa, indicando que logo mais tarde iria cair um temporal. O homem caminhava tranquilamente pelas ruas. Carregava uma sacola de compras na mão e assobiava uma canção particularmente alegre. Seus olhos se arregalaram quando uma dor aguda preencheu-lhe por todo o corpo. Era aguda sim, porém forte, como se várias facadas fossem depositadas ao mesmo tempo na sua carne. Caiu no chão, gemendo de dor.

Uma risada pôde ser ouvida e logo ele viu a figura de uma mulher. Cabelos espessos e negros caindo-lhe pela cintura. Maxilar travado e vestes negras como seus olhos. Tinha um olhar de loucura, insanidade e até mesmo de quem tinha problemas cerebrais. Ela se aproximou dele. E o pânico o atingiu. Estava acostumado com mulheres domáveis e essa com certeza não era uma delas, seu olhar era intimidador e perverso.

— Mais um trouxa na minha coleção. — Mais uma gargalhada. — Você tem sorte, idiota, sorte de eu estar de bom humor. Vou te matar rapidinho, mas antes... Crucio!

O homem se contorceu mais ainda no asfalto. Seus gritos eram altos e agonizantes. Música para os ouvidos de Bellatrix.

— Cru…

— Torturando mais um trouxa, Bella? — A voz arrastada de Severo Snape soou atrás da comensal. — Você não se cansa?

Ela o olhou com irritação e depois suspirou, tentando não lançar uma maldição no colega.

— Avada Kedavra! — apontou a varinha para o peito do homem semi consciente. — E você não cansa de ficar no meu pé, Snape?

— Se você quiser que eu saia do seu "pé" eu saio, mas depois não reclame que não foi notificada de uma descoberta fantástica. Que você não será presenteada pelo Lord.

— Descoberta fantástica? Que descoberta?

Um sorriso malicioso se formou nos lábios do professor de poções.

— Você queria que eu saísse do seu pé...

— Deixa de ser idiota, Severo! Anda. Fala. Fala! — gritou.

— É melhor você aparatar comigo. É bem melhor. — ele lhe deu o braço.

— Não! — ela recuou. — Eu não confio em você, e você sabe disso! O quê é?

— Desisto, Bellatrix! Se não confia não vai saber. Até seu noivo vai ganhar recompensas. E eu irei tirar seu posto de comensal mais fiel, já que fui eu quem descobriu.

— Nunca! — ela gritou. Faíscas vermelhas saindo de sua varinha. — O que você disse? Rodolphus está lá? Quem mais está lá?

— Sim, seu querido marido está lá. Bom, Malfoy, Dolohov e Greyback também.

— Me leve com você. — ela se aproximou com um olhar assassino. — Mas assim que desaparatarmos eu te largarei.

— Como desejar.

Bellatrix segurou no braço de Severo e logo sentiu o puxão no seu umbigo. Aparataram num lugar deserto. Com casas perfeitamente alinhadas umas às outras. Bellatrix imediatamente sacou sua varinha, fazendo Snape revirar os olhos.

— Seu traíra! — Ela gritou, a varinha lançando jatos vermelhos novamente. — Isso é uma armadilha! Essa é a casa dos Black!

— Não seja tola, Bellatrix. Essa é a sede da Ordem da Fênix.

O olhar de raiva foi imediatamente embora, deixando transparecer uma feição de ansiedade.

— Vai entrar ou ficar ai? — ele provocou. Deu um aceno de varinha e a porta n°12 se fez presente.

— Maldito Dumbledore! — Bellatrix rosnou, entrando na casa. — Mas mal sabe ele que encontramos a maldita sede! Severo...

O rosto da comensal se alastrou de pavor quando viu que o colega não estava sozinho. Dumbledore estava bem ao seu lado, com um sorriso bondoso na face.

— O que é isso? — ela gritou. — Algum tipo de brincadeira de mal gosto? Onde está Rodolphus?

— Experliarmus! — Kim chegara por trás de Bellatrix e pegara sua varinha, aproveitando a distração da bruxa.

— Bellatrix, a quanto tempo. Se lembra daqui?

— Como você ousa? A casa dos Black! — ela urrou.

— Sirius fora muito útil em entregá-la para nós.

— Ele era um traidor do próprio sangue! Snape, você mentiu! Traíra! Você vai pagar.

— Eu disse que você seria presenteada pelo Lord, só não especifiquei se era positiva ou negativamente. E eu disse a verdade quando falei que essa era a Ordem da Fênix.

— Você disse que outros comensais estavam aqui!

— Uma mentirinha, nada que doa.

Uma mão a segurou antes que ela pudesse voar no pescoço do mestre de poções. Minerva a encarava atentamente.

— O que é isso? Um complô? Vamos, o que estão esperando? Me matem logo. ME MATEM!

— Não vamos matar você, Bellatrix. Apenas acalme-se, tenho coisas a lhe perguntar.

— Não vou dizer nada do meu Lord! Não conseguirão arrancar nada de mim!

— Já conseguimos. Vamos, você precisa entrar na cozinha. — Dumbledore indicou a porta à frente.

— Não! — a comensal gritou e olhou para todos os lados, conforme os aurores iam surgindo. Weasley, Tonks, Remus, entre outros que estavam presentes na hora. Poucos. — É só isso que você tem? — Deu um sorriso debochado.

— Você tem escolha? — Dumbledore perguntou, indicando a cozinha.

Kim fez menção de puxar Bellatrix, mas assim que tocou no braço, um chute foi depositado nas suas partes amigas.

Os outros chegaram para a frente, para logo Bellatrix recuar.

— Me deixem! Eu vou, mas não ousem tocar essas mãos imundas em mim.

Ela caminhou na frente, enquanto um grupo de aurores foram logo atrás.

Bellatrix sentou na cabeceira do lado esquerdo (os aurores disseram que era pra ser longe da porta) e Dumbledore sentou na cabeceira do lado direito. O resto de aurores se acomodou no restante dos lugares. Observou o local. A cozinha estava desarrumada, vários objetos remexidos. Coisas fúteis em cima da mesa.

— Receio que você não vai gostar da notícia que vou lhe dar...

— Eu não estou é gostando da sua presença perto de mim! — Bellatrix rosnou de volta.

Minerva virou-se bruscamente para Bellatrix, os lábios crispados de raiva.

— Escute aqui, Bellatrix. Ele é Alvo Dumbledore, e você apenas uma comensal.

— Não sou apenas uma comensal! Sou a mais fiel, a melhor!

Dumbledore sorriu. Finalmente chegara aonde ele queria, do jeito mais rápido possível.

— Não, Bellatrix. Você nunca foi a comensal mais fiel de Lord Voldemort.


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