As coisas mudaram como eu imaginava depois que Bill descobriu minha doença ele me tratava com muito mais cuidado. Fazia tomar meus remédios na hora certa, cuidava da minha alimentação, me fazia dormir no tempo certo para não me sentir tão cansada. Ele era um bom enfermeiro, sabia que depois que Bill descobrisse sobre tudo ele iria mudar comigo, e eu não queria isso, sei que ele tem todo esse cuidado porque me ama mais me sinto incomodada parece que sou um peso pra ele. Bill fingi que está tudo bem sempre sorrindo mais por dentro sei que ele está destroçado assim como eu, ele diz que está tudo bem que eu vou me curar, mais nem ele tem essa certeza... Então prefere mentir pra si mesmo. Olhei-o pelo canto do olho Bill estava de costas e dormia tranquilamente, adorava vê-lo dormir. Beijei seu ombro e ele disse:

- Sem sono?

- Sim. – entrelacei seus dedos nos meus.

- Você precisa dormir pra se sentir disposta, amanhã terá uma surpresa pra você então terá que estar bem.

- Que surpresa Bill?

- Não precisa fica com medo você vai gostar.

- Assim espero.

- Tudo bem agora durma.

- Ok papai – ouvi seu risinho, e me concentrei na respiração dele, minhas pálpebras foram se fechando lentamente até eu pegar no sono.

Na manhã seguinte quando acordei Bill não estava mais eu meu lado, estranhei, mesmo quando ele acordava primeiro sempre me esperava para tomarmos café juntos. Levantei-me e coloquei umas pantufas, fui caminhando até a sala onde eu ouvia vozes alteradas, conversando. Quando apareci na sala me deparei com Gustav, Georg, Beatriz. Corri até eles e abracei-os uma há um.

- Cadê o Tom? – Perguntei.

- Já está vindo ele teve que esperar Catarine – Beatriz disse. – quem era essa Catarine? – Antes que pudesse terminar minha pergunta mental Verônica entrou pela porta da sala, um pouco envergonhada. Depois do que aconteceu Verônica só manteve contato com Beatriz. Ela me deu um sorriso fraco e disse:

- Oi – se a sala não estivesse em um silencio perturbador eu nem teria ouvido sua voz.

- Oi – respondi, os lábios de Verônica estavam trêmulos seus olhos cheios de lágrimas estava prestes a desmoronar. Ela soltou a pequena mala que carregava e me abraçou, eu sentia a falta dela e Deus sabe como, nós éramos praticamente irmãs.

- Vamos deixar as duas conversarem – disse Beatriz, logo a sala ficou fazia Bill me olhou uma última vez e saiu. – Verônica ainda me abraçava e chorava feito uma criança.

- Desculpe por tudo que te disse aquele dia, estava nervosa, me desculpe!

- Você não precisa de se desculpar de nada, tudo o que aconteceu foi um erro de ambas as partes.

- Não eu deveria ter entendido! Deveria ter te procurado depois, no fundo sempre soube tudo, mas... Preferia pensar que estava enganada eu sempre soube que o Bill gostava de você sempre! Eu não conseguia aceitar e foi por isso que tudo acabou daquele jeito!

- V o que importa agora é você está aqui comigo, e que você me perdoou não quero me lembrar do passado. – enxuguei suas lágrimas.

- Bill disse que você está doente – linguarudo, pensei – e que a senhorita não quer fazer o tratamento. – me sentei no sofá e ela fez o mesmo.

- V eu tenho poucas chances de vida... Bill está se iludindo e é disso que eu tenho medo... Se por um acaso eu morrer ele vai ficar péssimo.

- Não só ele mais todos nós, e você vai fazer esse tratamento nem que arrastada está me ouvindo?!

- Como se não bastasse o Bill agora você também.

- Quando Bill me ligou e me contou tudo eu fiquei péssima você passando por tudo isso e eu com uma mágoa boba.

- Isso já passou, eu fico feliz de você estar aqui não só você como todo mundo.

- É Bill ligou pra todos nós, ele te ama muito sábia?

- Eu sei – sorri.

- É por isso que você tem que lutar contra sua doença e fazer esse tratamento.

- Na verdade eu estou fazendo esse tratamento mais por ele do que por mim. Agora chega de falar sobre mim e você como está? – ela levantou a mão e um anel no seu dedo anelar com uma pedra de diamante brilhou.

- Eu estou noiva!

- Ah eu não acredito – há abracei.

- Pode acreditar!

- Quem é ele?

- É o um cara aí que eu conheci, sabe depois que me decepcionei com o Bill fiquei tão desiludida mais aí apareceu o Daniel. Ele não pode vir por causa do trabalho mais te mandou um beijo.

- Estou tão feliz por você!

- Você não acreditar em quem desencalhou também?

- Quem? – mal deu tempo de terminar a frase e Tom adentrou a porta com os óculos escuros e com ela pose de Bad boy que eu adorava. Assim que me viu no sofá sorriu abertamente e disse meu apelido que eu tento adorava ouvir dele:

- Pequena!