Junho escrita por writetolive


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá gente estou postando esse capítulo feliz da vida por um único motivo: Tokio Hotel aqui no Brasil em Dezembro. Estou mais que feliz porque o show ainda cai no mês do meu aniversário! Vai ser o melhor presente do mundo! Obrigada pelos reviews e boa leitura



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Verônica estava sentada no centro da minha cama com as pernas cruzadas (estilo chinês) e com a cabeça baixa, pareceu não notar minha presença.

 

- Verônica?

- Ah, oi desculpa entrar sem bater é que eu queria muito falar com você.

- Até parece que a gente precisa dessas formalidades – ela sorriu fraca, seu sorriso era quase um pequeno raio de sol num dia de inverno. – Sobre o que você quer conversar? – algo estava deixando-a preocupada, no fundo eu até imaginava o que fosse... Sentei-me na beira cama ainda enrolada na toalha.

- É sobre Bill, desculpa estar aqui te enchendo com essa historia de novo, mas eu só tenho você pra conversar essas coisas entende? Eu adoro a Beatriz só que não é mesma coisa quando falo com você – aquelas palavras estavam me matando, me senti a pior vadia do universo transando com o namorado da minha melhor amiga. Não sabia o que dizer pra ela, era diferente quando não sabia os sentimentos de Bill por mim agora eu sei e por mais que eu queira o bem de Verônica não quero jogá-la nos braços do homem que eu amo.

- Me conte, o que está acontecendo?

- Ele está frio comigo pior que uma geladeira, nem me deu um beijo, e eu aqui morrendo de preocupação e ele parece nem se importar. Mas eu sei por que ele está desse jeito, é a outra! Eu queria saber quem é ela, se é mais bonita, se é mais inteligente quero vê o que chamou tanto a atenção dele, eu faço de tudo por ele estou até de regime comprei roupas novas estou até pensando em cortar meu cabelo.

- Não fique encanada com essas coisas V você é linda desse jeito e se ficar se preocupando com isso vai sofrer ainda mais.

- Já enjoei de tudo isso estou cansada, eu desisto do Bill. – devo dizer que aquelas palavras me deixaram feliz só por instante – ela deitou sua cabeça em meu colo.

- O que você acha devo continuar insistindo ou desistir? – ela me olhou esperando uma resposta que eu não sabia responder e nem fazia idéia de como.

- Eu não sei, faz o que você achar melhor.

- Não sei o que fazer, vou ter uma conversa séria com ele hoje. – hoje? – Agora chega de fala de coisas chatas – ela mudou o rumo da conversa - Coloque um biquíni que nós vamos á praia os garotos já estão lá. – ela caminhou até porta antes de fechar me perguntou:

- Quer que faça alguma coisa pra você comer?

- Não precisa eu tomo um copo de leite, não se preocupe. – ela sorriu antes de fechar a porta suspirei pesadamente. E comecei analisar os fatos, eu estava totalmente enrolada em uma teia de aranha e pra ser honesta não fazia idéia de como sair dessa situação. Tinha magoado Tom e era só uma questão de tempo até magoar Verônica.

 

Realmente não esperava que minha vida fosse se transformar nessa confusão. Agora falando sobre Bill, eu o amo e meu lado egoísta não quer de jeito nenhum abrir mão desse amor. Aquela noite no chalé foi a melhor noite da minha vida, me senti amada, protegida como se nada no mundo existisse alem de nos dois. Eu sei que tudo o que aconteceu não foi algo banal ou carnal foi amor eu sei que foi porque eu estou sentindo até agora. Só de me lembrar do rosto dele pela manhã eu me sinto completamente entorpecida. E só com ele que me sinto completa ele tem minha metade e isso nunca vai mudar. Sobre nós dois um dia ficarmos juntos? Eu não sei, realmente não sei o que esperar do futuro espero que ele seja generoso com todos nós. Não sei se um dia vou poder voltar olhar nos olhos de Verônica sem culpa, sem aquela voz no meu subconsciente me acusando. E também tem o Tom realmente preciso concertar as coisas com ele ainda hoje, ele precisa me ouvir precisa saber o que eu sinto, então ele pode me odiar o quanto quiser. E eu estou chegando a uma conclusão de que não importa o quanto eu tente, uma parte de nós nessa história infelizmente saíra magoada.

 

Ás ondas estavam agitadas o céu infelizmente estava nublado e tinha vento suficiente para fazer meus cabelos esvoaçarem. Verônica veio falando no caminho todo se prestei atenção em uma frase inteira foi muito, ela sempre foi assim falante então era só eu fingir que estava por dentro do assunto e dar corda que ela não notaria minha falta de atenção. Não fazia isso por mal, mas naquele momento minha cabeça já estava cheia de coisas.

 

Depois de alguns minutos andando vimos Gustav acenar para nossa direção eu acenei de volta Verônica fez o mesmo. Georg e Beatriz brincavam na água, Bill mantinha o olhar fixo no mar e Tom também olhava na mesma direção o clima entre nos três estava esquisito, até Gustav pareceu notar e me olhou um pouco confuso. Sentei-me perto de Tom ele continuou imóvel, toda aquela situação estava me incomodando.

 

- Eu preciso falar com você será que a gente pode dar uma volta? – ele me olhou suspirou pesadamente.

- Tudo bem – Tom me ajudou a levantar Bill continuava com a mesma cara desde que cheguei.

 

Caminhamos em silêncio durante algum tempo, não sabia como começar nossa conversa embaraçosa, embora essa fosse necessária, Tom merecia uma explicação e eu precisava ser ouvida. Porém o silêncio não foi quebrado por mim.

 

- Eu não tenho o direito de cobrar seu amor por mim... Eu sabia que por mais que você estivesse do meu lado feliz, quando você fechava os olhos para dormir era nele em quem você pensava. – nós paramos de caminhar e Tom encostou-se em uma grande rocha onde as ondas quebravam, eu olhei seu rosto, como ele era um homem adorável por mais que ele tivesse aprontado muito e até mesmo magoado algumas garotas. Olhando pra ele eu via Tom meu melhor amigo a pessoa mais meiga que eu já conheci. Sem percebe eu já estava sorrindo.

- Eu amo você – eu disse, ele balançou a cabeça, confuso me olhou com um ponto de interrogação.

- Não precisa mentir eu sei que você ama meu irmão.

- Eu amo você de um modo diferente de como amo o Bill, mesmo assim não deixa de ser amor. – ele encostou totalmente as costas na parede, passou a mão no rosto.

- Veja como á vida é engraçada, eu nunca gostei, amei ninguém, e agora que eu amo... – ele sorriu infeliz.

- Eu e Bill conversamos – ele prosseguiu a conversa – não vou ficar no meio de vocês, Bill te ama de verdade eu nunca imaginei que ele sofria por você, ele nunca me contou nada porque desconfiava que eu gostava de você. – ele abaixou a cabeça e eu me aproximei, peguei seu rosto em minhas mãos.

- Eu quero que você seja muito feliz meu amigo, quero que você encontre uma garota muito legal, muito legal mesmo! Se não eu mato ela! Você vale ouro sabia? – ele segurou minhas mãos em seu rosto e pediu quase em um sussurro.

- Me beija uma última vez, Bill vai entender – eu sorri, e cedi ao pedido dele, aquele seria nosso beijo de despedida o fim de nossa história o beijo aconteceu lentamente á boca de Tom trabalhava com calma, matando toda a saudade que seus lábios sentiriam dos meus até que ele cortou o beijo contra vontade, ainda com as mãos em volta da minha cabeça beijou-me mais uma vez.

- Chega ele disse que não podia passar de um minuto, mandão!

- Ele quem?

- Bill quem você acha que é mandão?

- É nisso você tem razão – sorri. Antes de voltar para perto dos outros eu precisava saber se Tom me perdoaria, eu precisava do perdão dele mais que tudo nesse momento.

- Eu preciso saber uma coisa – disse tentando manter à calma.

- Diga.

- Eu preciso, quer dizer, necessito saber se você me perdoa. Eu não posso ir embora daqui sem seu perdão.

- Depois desse beijo claro que eu te perdôo.

- Sem brincadeira eu quero saber de verdade eu quero que nossa amizade volte ser como era antes. Eu não posso viver sem sua amizade de jeito nenhum. – ele sorriu torto e cruzou os braços e fez aquela cara de convencido.

- Já que sou tão indispensável assim na sua vida eu te perdôo pequena, sempre vou estar aqui para o que você precisar. – abracei-o com toda força e felicidade que senti ao ouvir ele me chamar de pequena de novo.

- Acho melhor voltarmos – ele disse com os braços em volta de mim.

- Pode ir vou ficar aqui um pouco.

- Tudo bem. – Tom não resmungou como eu achei que ele faria acho que entendeu que eu precisava ficar um pouco sozinha comigo mesma.

 

Com muita dificuldade consegui subir na rocha e voltei para meu momento de reflexão. No fundo eu esperava aquela atitude de Tom ele nunca faria nada que fizesse Bill sofrer. Mesmo estando tudo resolvido com Tom ainda tinha Verônica, com Tom as coisas poderiam até ter sido fácil, mas com Verônica eu já não tinha tanta certeza. Eu não sei se conseguiria ficar com Bill sabendo que o tomei da minha melhor amiga. Veja como a vida é engraçada toda essa história, toda essa confusão, que plano será o destino tem para nós? 

 


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Notas finais do capítulo

É isso meninas posto mais no fim de semana, beijos :*