Cretino Irresistível escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 14
Noticia ruim.




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P.O.V. Jace.

Eu não sei quanto tempo leva para a Clary voltar a ser a Clary, mas finalmente ela voltou.

—Você ainda quer uma prole?

—O que? Que diabos se tá falando Jace?

—Ah, você é a Clary.

—É. Desde que eu nasci.

—Qual é a última coisa da qual você lembra Clary?

—O Kamikaze. Tinha um pedaço caindo, eu segurei e ai eu libertei a Fênix.

—De propósito?

—De propósito.

Jocelyn entra quase derrubando a porta.

—Clary! Nós vimos você na televisão!

—Na televisão? Eu to na televisão?

—Está brincando?! Estávamos em Milão, pegamos o primeiro voo.

—Eu to na televisão... de Milão?

—Amor, você está nas notícias do mundo todo. É a manchete.

—Sou? Porque?

—As pessoas que você salvou lá no parque. Alguém filmou. Colocaram na internet e da internet foi pro jornal.

—Clary, o Jonathan está vindo. Precisamos ter uma reunião de família.

—Porque?

—Sua mãe e eu temos uma coisa para contar.

Logo, toda a família Morgenstern estava no apartamento.

—Eu não quero ser rude, mas...

—Eu volto outra hora.

—Tchau.

Eu dei um selinho nela e sai.

P.O.V. Clary.

Eu e meu irmão sentamos na mesa e os nossos pais começaram a falar.

—Vocês sabem que nós amamos vocês mais que tudo e independente de tudo certo?

—Sim. Porque?

—Bom, sua mãe e eu não estamos bem e... decidimos que será melhor...

—Eles vão se divorciar.

—Isso.

—É minha culpa?

—Não querida. Claro que não. Apenas, não está mais dando certo já a algum tempo.

—Você teve um caso?!

—O que? Val?

—Falei mas, ela não quis me ouvir. Lydia fica dando encima de mim, mas eu nunca, nunca traí você Jocy.

—Lydia? A minha amiga Lydia?

—Sim.

—Você tá mentindo! Dormiu com ela! Eu to vendo na sua mente!

—Valentim?!

—Eu... foi só uma vez. 

—O divórcio é realmente a melhor opção.

Eu e o Jonathan saímos um para cada canto.

—Vou pra casa da Izzi.

—Vou pra casa da Chloe. Qualquer coisa ligue.

—O mesmo.

A Chloe é a namorada do Jonathan. Ele se transferiu da Suíça pra cá junto com ela.

O engraçado é que o Jonathan tem sotaque britânico. Não me perguntem como ou porque.

P.O.V. Jocelyn.

O meu marido me traiu. E eu descubro isso pela minha filha! Ele olhou nos meus olhos e mentiu na minha cara! E ele me traiu com a minha melhor amiga desde o colégio.

—Jocy...

—Cala a boca! Você me humilhou na frente dos nossos filhos! Tentou colocar a culpa na Lydia, mas vocês dois são culpados. Meu Deus, Valentim! Infidelidade? Eu nunca esperei que fosse tão baixo.

—Foi só uma vez Jocelyn!

—Mas, somos casados! Dezessete anos. Não significa nada?

—É claro que significa Jocelyn.

—Eu não to conseguindo olhar pra você.

P.O.V. Clary.

Eu peguei um táxi e fui para a casa da Izzi. Já era tarde.

Bati á porta e uma Izzi de máscara facial e roupão atendeu.

—Clary?

—Meus pais... vão se divorciar. E o meu pai... traiu a minha mãe. Com a melhor amiga dela.

—Oh! Entra ai. Tá caindo o maior toró.

Estava chovendo muito mesmo. Eu não conseguia discernir lágrimas de chuva. 

Entrei na casa e a Izzi me trouxe uma toalha. Me enfiou debaixo do chuveiro e me emprestou um pijama.

—Pode ficar aqui hoje á noite. Sinto muito Clary.

—Eu também.

No meio da noite, a Izzi ficava me chutando. Então, eu decidi ir dormir em outro lugar.

Achei o quarto de hóspedes, fiz a cama e deitei nela.

P.O.V. Jace.

Eu acordei no meio da noite. Fiquei com calor, um calor infernal.

Então, eu ouvi a voz da Clary. Ela tava me chamando.

Tomado por uma curiosidade incontrolável, eu levantei e fui andando. O calor aumentava, os papéis de parede estavam formando bolhas.

Quando eu a vi no quarto fiquei chocado. O que a Clary estava fazendo aqui? Ela estava dormindo e chegando mais perto ainda eu... vi com o que ela estava sonhando. Estava sonhando... comigo. E com certeza era um sonho impróprio para crianças. Então, ela acordou.

—Jace? Você é real?

—Sou.

—O que está fazendo aqui?

—Eu ouvi você.

—Me ouviu? Mas, eu não disse nada.

—Você fala dormindo.

—E o que eu disse?

—Você me chamou. E... eu vi o seu sonho.

Ela ficou vermelha como um pimentão.

—É nessas horas que eu odeio a projeção.

Clary se atirou na cama.

—Projeção?

—Posso projetar meus pensamentos nas mentes de outras pessoas se eu quiser e ás vezes mesmo se eu não quiser. E posso me projetar no plano astral.

—Uau!

—Uma parte dos meus poderes está localizada na parte inconsciente do meu cérebro por isso, ás vezes acontece algo assim.

—E quanto ao papel de parede derretido?

—Que droga! Isso foi a Fênix. E agora eu to toda grudenta e quero que a terra me engula.

As coisas apareceram no quarto. 

—Eu vou tomar banho. Pode por favor, fingir que isso não aconteceu?

—Claro.

Ela catou um pijama, calcinha, toalha, shampoo, condicionador e se enfiou embaixo do chuveiro.

—Projeção. Foi um belo sonho. Eu nunca vou esquecê-lo.

Quando finalmente amanheceu, ela desceu as escadas.

—Clary? O que tá fazendo aqui?

—Bom, eu nunca precisei de uma amiga como preciso agora.

—O que aconteceu?

—Meus pais vão se divorciar e... meu pai traiu a minha mãe, com a melhor amiga dela. A tia Lydia é minha madrinha e ela dormiu com o meu pai.

—Caramba! Você dormiu ai?

—Dormi. A Izzi abriu a porta pra mim ontem.

—Pode se teletransportar?

—Você ouviu eu falar do meu drama familiar Alec?

—Ouvi e eu sinto muito, mas pode?

—Posso. Eu posso transportar uma linha do tempo inteira se eu quiser.

Então, eu pensei no sonho erótico da Clary. E ela ficou mais vermelha que os cabelos dela.

—Pare de pensar nisso.

—Em que?

Perguntou o Alec e eu respondi:

—Não consigo. Eu pretendo transformar o seu sonho em realidade logo.

Ela foi do vermelho para o roxo. E tomou um gole do café como se quisesse sumir atrás da xícara verde.

—Sonho? Que sonho?

—Eu... tenho que... ligar pro Jonathan!

Clary largou a xícara na mesa e subiu correndo.

P.O.V. Jonathan.

Eu estava no maior amasso com a Chloe quando o meu celular toca. Quando eu vi que não era nem a minha mãe e nem o meu pai, atendi.

—O que você quer pentelha?

—Por favor, vem me buscar.

—O que aconteceu?

—Projeção.

—O que você projetou e na cabeça de quem?

—Um sonho e foi na cabeça do Jace.

—E dai?

—Foi um sonho... vergonhoso. 

Quando ela falou vergonhoso eu logo deduzi a natureza do sonho. Era estranho imaginar a minha irmã mais nova, fofinha, tímida e retraída tendo um sonho erótico. Não consegui me segurar. Eu ri.

—Pare de rir Jonathan! Isso não é engraçado!

Eu ouvia uma Clary chorosa e chiliquenta do outro lado da linha.

—É sim.

—Não é.

—Porque não ligou pra mamãe?

—Porque é a mamãe!

—E a gente não nasceu de chocadeira.

—Eca Jonathan! Só... vem me pegar. Eu to na casa da Izzi.

—Tudo bem.

P.O.V. Izzi.

A Clary estava falando no telefone com o irmão e andando nervosamente pelo quarto. Quando ela finalmente desligou eu pude falar:

—Se continuar andando assim vai fazer um buraco no chão.

—Eu quero morrer.

—Porque os seus pais estão se divorciando?

—Não. Por causa do sonho.

—Foi só um sonho Clary. As pessoas sonham.

—Mas, as pessoas não projetam os seus sonhos dentro da cabeça do namorado delas que por acaso estava no sonho.

—Você sonhou com o Jace e ele viu. E dai?

—Você não sabe o que eu sonhei. Se soubesse riria de mim ou... me recriminaria.

—Porque?

A porta fechou e a tranca passada.

—Porque... era um sonho pecaminoso.

Ela falou com aquela voz chorosa.

—Um sonho pecaminoso?

Ai eu entendi o que ela tinha sonhado.

—Oh! Clary você teve um sonho erótico com o meu primo Jace!

—Fala baixo.

—Oh, que sem vergonha. Eu quero detalhes.

—Não.

Ela mandou aquele monte de coisas embora e então eu ouvi uma buzina.

—É o Jonathan! Tchau.

Ela desceu a escada esbaforida, saiu e entrou no carro conversível.

—Vai! Corre Jonathan!

O irmão acelerou o carro chorando de rir.

—Porque ela fugiu?

—Eu acho melhor eu não contar.

—Foi por causa dos pais dela?

—Não.


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