Cretino Irresistível escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 13
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P.O.V. Jace.

Ela parou, olhou pra mim.

—Incrível. Ninguém jamais pôde dizer a diferença entre a minha hospedeira e eu. Nem mesmo os seus genitores, não até ser tarde demais.

—A Clary não iria tão rápido. Ela não seria tão... feroz.

—Quando tomei o corpo dela, eu experimentei coisas que jamais havia experimentado antes. Sentimentos humanos, os bons e os ruins. Mas, eu nunca experimentei algo assim. É contraditório, bom e ruim ao mesmo tempo. É algo intenso. 

—Trás a Clary de volta.

—Ainda não. Tem algo que eu quero fazer.

—Não vou transar com você.

—Eu particularmente, pensei que a minha hospedeira jamais encontraria um macho para procriar. Neste planeta, com essa espécie é mais complicado conseguir uma prole.

—Uau! Obrigado pela parte que me toca.

—Não se sinta tão ofendido. Nem todos os planetas tem toda essa frescura.

Ela saiu e me deixou falando sozinho.

P.O.V. Doutora Wade.

Acho que desta vez eu extrapolei. Já que a Sarah veio atrás de mim e trouxe o Benjamin com ela.

—Vão me dizer o que tá acontecendo?! Eu não sou idiota, sei que tem algo que não se encaixa.

—Querida, se contássemos você não acreditaria. Eu mesma ainda estou tentando...

Os monitores começaram a pifar e todos os equipamentos entraram em curto.

—O que é isso?

—Ela está aqui. Sua presença causa interferência nas... coisas.

—Ela quem?

—Eu. Olá Doutora Wade.

O Faraó ficou de joelhos e baixou o olhar.

—Minha Senhora.

—Sua Senhora?

—É, Clary não é?

—Clarissa Morgenstern é minha hospedeira. Levante-se meu filho.

—Então... você é a Fênix.

—Sou eu.

—Porque os equipamentos estão dando defeito?

—Porque tanto eu quanto a minha hospedeira produzimos um campo eletromagnético. Maciço e impenetrável. Pode funcionar como um escudo.

Ela andava pela sala examinando os artefatos.

—Eu vi você na TV. Você salvou toda aquela gente no parque.

—Em parte fui eu, em parte foi Clary Morgenstern. E por acaso, você pediu a autorização de Benjamin para tocar no corpo dela?

Perguntou a Deusa indicando com a cabeça a múmia em estudo.

—Não. Porque? Eu deveria?

—É claro. É a mãe dele. A Rainha Núbia.

—Não. É noite. A minha mãe estaria de volta.

—Oh! Eles não te contaram essa parte não é?

—Que parte?

—Núbia e Ramsés estavam cansados. Eles queriam partir, mas eu não podia simplesmente destruir a placa, a energia tinha que ser transferida para outro lugar. Então, quando transferi a energia da placa para dentro de você Ahkmenrah, ela deixou de irradiar e os seus pais passaram para o pós vida.

—Meus pais se foram?

—Sim.  Pensei que soubesse. Foi ideia da Rainha Núbia colocar a energia dentro de você.

—Não. Os meus pais. Se eu soubesse, jamais teria concordado.

—Imagino que não.

—Ahm, quantos anos você tem?

—Eu existo desde antes do seu universo. Eu o criei. 

—Como?

—Á muito havia apenas eu e o vazio. Então, eu encontrei outro ser. Necrom. Ele me atacou, me fragmentou e quando nós... lutamos, o impacto entre eu e ele gerou uma quantidade massiva de energia que acidentalmente criou o seu universo.

—Acidentalmente? Está me dizendo que nós, tudo isso foi... resultado de um acidente?

—Sim. Quando  acordei o vazio não era mais vazio, estava cercada de coisas flamejantes sem formas definidas que com o passar das eras enquanto eu reunia os meus fragmentos e buscava novos hospedeiros começaram a tomar forma. A primeira galáxia que já veio a existir está bem aqui.

—Então a nossa galáxia se formou primeiro?

—Não. Aqui, eu quero dizer aqui nesta sala. Dentro do Cristal M'Kraan.

Disse ela tirando o colar.

—Existe vida dentro deste cristal?

—É uma galáxia de neutrons que transforma matéria em anti-matéria. Nenhum mortal pode tocar no cristal sem ser consumido por ele. Aqueles que tocam, não morrem eles deixam de existir.

—E quanto ao tal olho?

—O olho de Agamotto é a joia do tempo. Permite ao portador transitar pelo tempo e controla-lo.

—Controlá-lo?

—Congelar, adiantar, fazê-lo passar mais depressa.

—Isso é mesmo incrível. 

—As jóias foram criadas pelo povo Kree. Uma das mais antigas civilizações do universo. Elas foram criadas como armas.

—Qual é mãe, você tá caindo nessa? O Benjamin é uma múmia de sei lá quantos mil anos e a garota é uma Fênix?

—Eu vi Sarah. Vi o Faraó ser trazido de volta, os Anúbis gigantes lutando.

—Anúbis gigantes? Não quer que eu acredite nisso, né?

Ela falou as palavras novamente, dando o comando e as estátuas criaram vida e apontaram as lanças para Sarah.

—Caramba!

—Ainda acha que estou brincando menina?

Então, ela deu o comando para que eles recuassem e descansassem.

—Mas, antes a energia veio da placa de ouro. Eu a vi brilhar.

—E quem você acha que colocou a energia lá? Os sumo sacerdotes forjaram a placa e eu a energizei. Embebi parte de minha energia divina nela. A energia da placa não é nada, nada comparado ao que eu tenho dentro de mim. Quanta energia você acha que é necessária para criar um universo?

—Muita. Imagino que muita.

—Sim. A força do impacto entre Necrom e eu foi... como nada que você já tenha visto ou sentido.

—A sua hospedeira vai morrer não vai?

—Não. Essa não. Eu gosto dela, ela conquistou minha confiança.

—Deve ter sido incrível poder criar o universo. Vê-lo em seus primórdios.

—Posso te mostrar se quiser. Não foi tão glamouroso quanto você pensa.

—Por favor.

—Pode ser... doloroso.

—Eu não ligo.

Ela me fez sentar numa cadeira e então... tocou as minhas têmporas. Eu a vi brigando com Necrom, vi o Big Bang, os planetas ainda em formação. Vi outras dimensões com outras formas de vida, versões alternativas de mim mesma.

—Por favor.

Então, parou.

—A teoria das cordas é verdadeira. Existem mesmo outras dimensões.

—Sim. Numa delas ainda existem dinossauros.

—Não é incrível saber que criou tudo isso? E sem querer.

—É. Eu adoro as minhas criações, mas estou ficando meio... de saco cheio. Os mortais estão destruindo tudo! Isso levou eras para se formar! E estão tratando a minha criação com total descaso! Como se pertencesse a vocês. Como se pudessem fazer o que bem entendem sem consequências. Como antes, falei eles não quiseram ouvir, pedi vocês não respeitaram. Talvez seja hora de uma nova praga.

—Uma praga?

—Sim. Uma praga. Alguma coisa que devaste tudo.

—Porque você iria querer devastar tudo?

—Eu quero parar a destruição. Quero colocar os mortais de volta no seu lugar. Esse planeta não lhes pertence! Nada lhes pertence.

—E pertence a quem?

—Eu criei o universo acidentalmente, mas fiquei maravilhada com a minha criação. Por isso não a destruí, mas agora estão tratando a minha criação como lixo. Portanto, vou criar algo para colocar um fim nisso.


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