Cretino Irresistível escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 11
Hóspede estanho




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/766680/chapter/11

P.O.V. Doutora Wade.

Eu tenho que trabalhar e a Sarah está menos brava.

—Sarah, eu estou indo para o museu. Cuide do Benjamin por mim.

—Porque? Ele é bebê?

—Por favor, Sarah.

—Tá.

P.O.V. Benjamin.

A jovem filha da Doutora não parecia muito contente com a minha presença em sua residência.

—Então, você faz o que?

—Faço o que?

—É. Em que você trabalha?

—Eu sou egiptólogo.

—Uau! Ainda assim, te dou dois meses. No máximo.

—O que?

—Os namorados da minha mãe não duram. Porque nada importa mais pra ela do que aquelas múmias.

—Namorados?

—É. Você tá com a minha mãe não é? Apesar de que, você é o primeiro que ela trás pra dentro de casa.

Então, comecei a compreender. Ela acreditava que eu estava cortejando a mãe dela.

—Não. Eu não estou cortejando a vossa mãe. Somos... amigos.

—Essa história tá muito mal contada.

—Se me permite, como faço para me banhar?

—Use o chuveiro.

—Chuveiro?

Ela olhou para mim como se eu fosse alguém de outro planeta.

—Vem comigo.

A senhorita Sarah levou-me até o banheiro. Ela abriu a cabine de vidro e colocou a mão sob aquelas coisas.

—Q de quente e F de fria.

Ela girou as alavancas e a água começou a sair.

—Sabonete, shampoo pra você lavar o cabelo. Você regula a temperatura.

A água parecia cair do céu e quando coloquei a mão, estava quente.

—É um milagre!

—Cara, você é muito estranho. Eu vou buscar uma toalha e caso não saiba, tem que tirar a roupa pra entrar no chuveiro. Toda ela. E troque de roupa quando sair.

Ela me trouxe uma muda de roupas e explicou onde cada coisa ia.

—Não demore muito, estamos pagando pela água. Boa sorte.

Foi estranho tomar banho sem estar imerso numa banheira, mas o cheiro dos produtos era muito bom. Quando finalmente terminei, ouvi o barulho novamente. Mas, do chuveiro não estava saindo água.

Olhei pela janela e não chovia.

Então, o barulho cessou e outro se iniciou. Um barulho infernal.

Segui o barulho e vinha de detrás duma porta. Eu a abri cuidadosamente com medo se ser atacado pelo ser que emitia tal ruído e vi a senhorita Sarah. Ela estava usando trajes pequenos demais e haviam coisas em seus lindos cabelos da cor do sol. Ela os enrolava em algo feito de espinhos e então a criatura barulhenta.

—Pronto. 

O ruído finalmente cessou.

—Vamos decidir o que jantar primeiro e depois, eu decido se vou encaracolar ou alisar.

A Senhorita Sarah se virou e quando me viu fez uma clara expressão de descontentamento.

—Não se espia uma garota quando ela está se trocando. Ai, a minha mãe me deve uma.

Ela saiu fechando a porta atrás de si.

—O que era aquela coisa?

—Que coisa?

—A coisa barulhenta.

—O secador? Você nunca viu um chuveiro, nem um secador de cabelo e parece realmente perdido. De que planeta você veio?

Perguntou rindo.

—Deste.

—Essa história tá muito mal contada. Não se preocupe, eu vou descobrir o que tá acontecendo. Então, a gente pode comer pizza, sushi ou comida chinesa. O que você quer?

—O que é pizza e sushi?

—Pizza é comida italiana e sushi é japonesa.

—Sushi. Eu gosto de como o nome soa.

—Beleza então.

Ela pegou uma caixinha e começou a apertar botões, então começou a falar e a caixinha respondia.

—Tudo bem, tchau Vera.

Ela apertou outro botão.

—O nome da sua caixinha mágica é Vera?

—O nome da atendente é Vera. Isso é um telefone. O primeiro telefone foi inventado por volta de mil oitocentos e sessenta, ninguém sabe direito por quem. Uns dizem que foi por um italiano chamado Antonio Meucci, mas o mais famoso inventor do telefone é Alexander Graham Bell.

Sarah recolocou o telefone de volta no pedestal.

—Agora é só esperar. O entregador vai trazer a comida.

—Hoje?

—Sim. Hoje.

Em algumas horas um rapaz estava com uma enorme sacola, Sarah lhe deu papéis e ele devolveu outros papéis e então da sacola ele tirou um pequeno barco.

—Obrigado Trevor. 

—De nada. Até a próxima Sarah.

—Até.

Foi difícil conseguir manusear aqueles pauzinhos, mas eu consegui. Eu peguei uma bolinha de uma substância verde. 

—Cuidado com isso ai. É que nem pimenta, mais forte até.

—Pimenta?

—Se comer, sua boca vai arder.

—Vai me queimar?

—Não! É a sensação, parece que a boca tá pegando fogo.

—Então, porque alguém comeria isso?

—Sei lá. Tem gosto pra tudo.

Então fui apresentado á televisão e á novela.

P.O.V. Izzi.

Eu nunca vi o Jace desse jeito. Ele ficou transtornado que o encontro não saiu como planejado, ele ficou louco.

—Calma Jonathan! Para de surtar.

—Devia ter visto a cara dela Izzi. Ela ficou apavorada.

—Não é como se ela não soubesse onde está se metendo.

—O que quer dizer?

—Todo mundo sabe que o Jace Herondale é o maior pegador da escola.

—Ela não é assim, ela é diferente.

—E você acha que ela não sabe?! A Clary pode ler pensamentos.

—Eu sei.

Eu tive que rir.

—Qual é a graça Isabelle?

—É que... vocês são o casal mais louco que eu vi. São a prova viva de que os opostos se atraem.

—Os opostos?

—Qual é, priminho? Você já dormiu com metade de Chicago e a Clary é... praticamente uma freira. Ela é toda meiguinha, sempre com aquelas roupinhas fofinhas e você anda por ai com jaquetas de couro e cara de mau.

—Praticamente uma freira?

—A Clary é virtuosa Jace.

—Eu sei. Ela é uma pessoa incrível.

—Não, o imbecil! Ela é virgem.

—Ela contou isso pra você?

—Contou. Jace, a Clary cresceu numa redoma de vidro. Com medo de se aproximar das pessoas e transformá-las em pó, sou a primeira amiga que ela já teve na vida. Ela mesma me contou.

—E o irmão dela?

—Jonathan como você. Depois que a Clary destrancou sua mutação e se tornou portadora da Fênix, os pais deles mandaram o Jonathan para um internato na Suíça, tanto para que ele tivesse a melhor educação quanto para que ele ficasse seguro. Num acesso de raiva a Clary destruía a casa.

—Eu nunca me imaginaria apaixonado, menos ainda por uma virgem mutante parte Deusa.

—É. Oh! Então está mesmo apaixonado pela Clary.

—Sim. Estou. Meu cérebro não funciona direito quando ela está perto, fico com as palmas das mãos suadas e tudo o que eu quero é beija-la. Se eu pudesse escolher, jamais sairia do lado dela.

—Eita! O pegador foi finalmente fisgado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cretino Irresistível" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.