Cretino Irresistível escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
Meu primeiro encontro




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 P.O.V. Clary.

O Jace me convidou para um encontro. Fiquei meio desconfiada, com um pé atrás, mas acabei aceitando.

Nós fomos á um restaurante lindo com uma mesa no terraço.

O problema foi que encontramos com uma ex-namorada dele lá.

Flashback On.

A Izzi quis me ajudar a me arrumar, mas depois do desastre do vestido vadia da última vez eu recusei.

Além de ser artista plástica, minha mãe é estilista. Ela tem sua própria grife de roupas o que lhe concede contatos.

Nós sempre somos convidadas para eventos importantes e ganhamos de presente artigos e roupas de coleções que ainda não chegaram ás lojas.

Hoje, eu estou usando um vestido de uma das minhas estilistas favoritas. Carolina Herrera. As roupas que ela desenha são quase sempre todas fofas, sexy sem ser vulgar.

Estava terminando a minha maquiagem quando escuto a campainha.

—E você deve ser o Jace.

—Sou eu. Muito prazer senhora Morgenstern.

—O prazer é meu.

Terminei de passar o rímel e coloquei o rímel e o glosse dentro da bolsa.

—Cheguei! Desculpe o atraso.

—Uau! Você está... linda.

—Obrigado. Você também. Nunca pensei que te veria de terno.

—Obrigado.

—Tchau mãe.

—Espera! Eu vou bater uma foto.

A minha mãe veio carregando a sua câmera semi-profissional e tirou uma foto minha e do Jace.

—Tchau mãe.

—Divirta-se.

P.O.V. Jace.

A senhora Morgenstern era empolgada. E a Clary estava linda naquele vestido.

Não foi como da última vez, ela estava confortável. O vestido era a cara dela.

Deu pra ver que ela ficou impressionada com a mesa no terraço. Infelizmente encontramos com uma das minhas ex-namoradas. A Maia.

—Então, você é a nova peguete do Jace.

—Eu sou a Clary.

—Maia.

Maia e o namorado dela, o Simon Lewis. O maior nerd da nossa escola sentaram numa mesa próxima da nossa.

—Ele vai partir seu coração, destruir a sua alma, destruir a sua vida e te deixar chorando e tomando sorvete por meses. Logo ele vai se cansar de você Kailey.

—É Clary.

—Tanto faz. Escuta, ele é lindo como um Deus grego e bom de cama né? Mas, ele não cria raízes.

A Clary fez cara de pavor.

—Eu... acho que eu quero ir pra casa agora.

Eu quero matar a Maia. Paguei a conta e nós fomos embora, estávamos caminhando e a Clary estava tão quieta que era de dar medo.

—Você está bem?

—Estou bem.

—Olha, me desculpe por não ter falado nada sobre a Maia.

—Eu não estou chateada por causa da Maia. É só que... eu não entendo porque parece que eu sou a única garota no mundo com quem você não quer transar. Sou eu?

—É.

Ela fez uma cara.

—É por causa da Fênix?

—Não. É porque, eu nunca senti por ninguém o que eu sinto por você Clary. Quando eu te conheci, eu pensei que eu sabia de tudo, mas você me mostrou que tem muito mais para ser visto, que o mundo é um lugar muito mais misterioso do que eu poderia se quer imaginar.

—Ah, você ainda se acha um sabe tudo.

Rolei os olhos.

—Você me fez ver coisas que eu jamais pensei que fossem possíveis, me fez mudar a forma como eu me vejo. Você é especial. E eu não to falando da Fênix ou de você ser mutante. Estou me referindo á tudo sobre você. Como você franze a testa quando está pensando, como sempre dá dois nós no cadarço, como sempre tem um pedaço de carvão no bolso. Mas, mais que isso é como você sempre vê o melhor nas pessoas, até em mim. E eu tenho medo que se formos rápido demais, você vai ver algo em mim que não vai gostar.

—Seu besta. Eu sou telepata lembra? Estou lendo seus pensamentos nesse exato momento. Passei a minha infância toda, minha vida toda sendo bombardeada com a verdade nua e crua.

Ela olhou carinhosamente pra mim, tocou o meu rosto e me beijou.

—E se você me aceita sabendo que eu sou hospedeira de uma deusa que pode destruir o universo, o que te faz pensar que eu não vou te aceitar?

—O Universo?

—O universo.

P.O.V. Doutora Wade.

Eu abri a porta do apartamento. 

—Sarah, temos um hóspede.

—Olha só quem decidiu dar o ar de sua graça.

Ela estava sentada no sofá de costas para nós.

—Porque está falando assim, Sarah?

—Eu te esperei, por oito horas! Tem bolo na geladeira. Feliz aniversário pra mim!

—Oh, Sarah... eu...

—Você sente muito? Você perdeu a noção da hora. Estava catalogando artefatos ou examinando uma múmia nova. Você e as suas malditas múmias!

—Sarah, as coisas se complicaram.

Ela se levantou e se virou.

—Quem é ele?

—Eu sou Benjamin.

—Esqueceu meu aniversário, por causa de um cara?! Eu te odeio!

P.O.V. Benjamin.

A jovem estava irada. Ela entrou num dos quartos e saiu com uma mala.

—Sarah, onde você pensa que vai?

—Vou dormir na casa da Emma! Não que você se importe.

Ela saiu do aposento com um tornado.

—Que droga. Agora é esperar a poeira baixar.

—Poeira?

—Esperar a raiva dela passar. Não acredito que esqueci o aniversário da minha filha.

—Sua filha?

—Sim. Sarah Wate é minha filha.

—Mas, e quanto ao seu marido?

—Eu não tenho marido. Eu fiquei grávida muito jovem e quando contei pro pai da Sarah que eu estava grávida, ele terminou comigo e foi embora. Foi correr atrás de outra mulher.

—Então, Sarah é uma bastarda.

—Escuta aqui meu filho, Rei ou não... ninguém chama minha filha de bastarda! Essa coisa de bastardo não existe mais. Mesmo que os pais da criança não sejam casados, ninguém liga mais.

—E o pai de Sarah abandonou uma mulher que carregava o seu filho?

—Foi. John foi embora, nunca mais soube dele.

—E você criou essa menina sozinha, com a ajuda dos Deuses?

—Por ai. Minha vez de perguntar. Como é possível existir um livro que trás as pessoas de volta da morte?

—Os livros foram um presente da Deusa. Entretanto, meus descendentes começaram a utiliza-los para fins maléficos e isso incitou a fúria da Fênix que mandou as pragas sob o Egito.

—As pragas? Você está falando... das pragas bíblicas? Gafanhotos, água virando sangue tudo isso?

—Sim. Estou.

—Fins maléficos. Que tipo de fins maléficos?

—Escravizar e dominar os reinos vizinhos. Isso incitou a fúria da Deusa que destruiu o Egito.

—Mas, o que garante que alguém não vai usar os livros de novo?

—O livro dos mortos trás a vida e o livro dos vivos leva embora a vida. Entretanto, para que os livros funcionem... está tudo no som. Você pode ler aqueles livros quantas vezes quiser, ele jamais vai funcionar. Quando a Deusa matou os primogênitos ela destruiu a cultura do Egito e consequentemente...

—A língua. Então, se a língua não existe mais o livro é apenas, um livro.

—Sim e não. Os livros sempre conterão o poder da vida e da morte, mas sem a pronuncia correta das palavras não se pode acessar o seu poder.

—Você pode? Acessar o poder dos livros?

—Posso, mas não vou. Isso incitaria a fúria da Deusa, ela tiraria minha imortalidade e vai garantir que eu não tenha um pós vida.


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