Boku No Hero Academia - Be a Hero escrita por Duki


Capítulo 10
Um dia de Terror


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos de volta, Heróis!

Quase não sai cap novo hoje... Felizmente faxina e capítulo em dia! kkk


"Yamino. Individualidade: Morcego. Turma: 1-A. Alcunha. Overnight"

"Aisha. Individualidade: Peixe. Turma: 1-A. Alcunha: Sirene"

"Aiko. Individualidade: Fogos de artifício. Turma: 1-A. Alcunha: Pyro"

"Daria. Individualidade: Transporte pelas Sombras. Turma 1-A. Alcunha: Dark"

"Zaiko. Individualidade: Multiplicação. Turma: 1-B. Alcunha: O Trapaceiro (Cheater)"

"Hiroki. Individualidade: Criação de campos de força. Turma: 1-B. Alcunha: Guardian"

"Cinez. Individualidade: Geocinese. Turma: 1-B. Alcunha: Meitrz"

“Kaito. Individualidade: Retroceder. Turma: 1-B. Alcunha: Regress”

“Helena. Individualidade: … Turma: 1-G. Alcunha: …”

“Teiko. Individualidade: … Turma: … Alcunha: …”

“Uraraka. Individualidade: Gravidade Zero. Heroína classe S”



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Aproveitar as férias escolares é uma das tarefas mais difíceis para os jovens, principalmente se esses jovens forem aspirantes a heróis e com muita energia para gastar. Como curtir o último dia de “folga” sem poder extravasar com sua individualidade e muito menos sair por aí chutando o traseiro de alguns vilões?

Quem sabe se juntando e apreciando uma boa noite de terror.

 

Boku no Hero Academia - Be a Hero

Arco 2 - Um Desafio Maior

Um - Um dia de Terror

 

Já haviam se passado quase todo o tempo de férias dos alunos da U.A, alguns veteranos haviam viajado para visitar parentes ou se divertir num lugar diferente, outros, assim como os novatos, permaneceram na cidade, com suas famílias, arrumando formas de passar os dias sem deixá-los se tornarem entediantes. As turmas 1-A e 1-B eram parte desses que tentavam de tudo para não caírem no tédio e monotonia que um tempo de férias em casa pode se tornar.

O celular de Hiro vibra mais uma vez, estava conversando com seus amigos da U.A, haviam feito um grupo em um aplicativo para aparelhos móveis e agora combinavam o que fazer naquela noite, a última noite de férias antes de retornarem aos estudos novamente.

“Olha, não sei se minha mãe deixaria eu viajar, ela é um pouco preocupada demais, depois do incidente na praia então, acho que nunca mais vou poder sair de casa depois da 18:00 ‘-’ … Help T-T “

As mensagens chegavam quase em intervalo de tempo, quase que não deixando escolhas ao rapaz, a não ser apenas responder o que conseguia ler. E no momento, o que conseguiu ler foi uma mensagem de Cinez, dizendo que gosta de parques de diversões.

“Ei, pode ser. Fiquei sabendo que tem um porque com temática de terror vindo pra cidade, a gente poderia ir.”

“Posso levar uma amiga? Ela também estuda na U.A, está na turma 1-G e parece que os alunos da turma dela também desapareceram quase todos… Estou preocupado a respeito disso”

“Aliás, vou add ela aqui no grupo”

Foi o que ele fez, adicionou o número de Helena Magni, uma jovem que conhecera durante uma caminhada pelo colégio. Conversaram, um pouco na biblioteca do lugar e depois de alguns dias conversando e falando sobre suas funções e treinamentos, decidiram trocar números para caso precisassem de alguma ajuda um do outro.

O garoto do campo de força finalmente termina de arrumar seu quarto, deixando sua coleção de livros e hqs bem ajeitadas em sua estante marrom no canto de seu quarto. Mais à esquerda da estante, encostada na parede lateral de seu quarto, sua cama de madeira clara e forrada com um edredom azul água com estampa de vários heróis bastante conhecidos, e nos pés da cama, um baú de madeira recheado com seus bonecos de ação e mais algumas tralhas. Ele caminha até a mesa onde fica seu computador, puxando a cadeira com rodinhas e se acomodando nela, ligando o aparelho eletrônico.

“Estamos vendo um programa pra aproveitarmos as férias do colégio. O que acha? Uma visita aquele parque que vai vir pra cá?”

E moreno envia mais uma mensagem ao ver que sua amiga havia respondido no grupo junto de seus outros colegas do colégio. Estava animado, iriam finalmente sair para um lugar onde não haveriam vilões tentando matá-los ou destruir tudo por perto, um divertido programa para aproveitar o fim das férias.

Todos concordam com a proposta, e marcam de se encontrarem no próximo dia, por volta das nove da noite, se a mãe de Hiro deixasse ele sair. Então, com o computador já ligado o rapaz pensa um pouco até decidir de que maneira passaria o tempo.

— Acho que hoje vou jogar um pouco de LOL… - Disse pra si mesmo, abrindo o jogo e digitando seu login e senha. — Só espero achar algum time decente pra jogar hoje. - Com o cursor do mouse ele clica em Jogar, Fila Ranqueada (solo/duo), Procurar Partida.

O tempo passa a correr, normalmente as partidas não demoram tanto para serem encontradas, principalmente em tempos de férias escolares, onde vários jogadores ficavam online o dia todo, apenas passando o tempo no joguinho online.

“PARTIDA ENCONTRADA”

“ACEITAR”

Ele joga de suporte, sua lane principal no jogo, onde sabia exatamente o que fazer e tinha um record a zelar. Já eram cinco partidas seguidas sem deixar seu ADC, a dupla que joga com ele na rota inferior do mapa, morrer, ele quer completar dez partidas assim, e bater seu recorde de nove partidas seguidas.

— Uma Jinx. - Disse a si mesmo, pensando um pouco no que escolher. — Vou ir de Zyra, elas combam bem. - Pegou a personagem e mudou suas runas e feitiços, escolheu um emote legal, esperou um pouco e a partida se iniciou.

A partida se inicia, ele e sua ADC ajudam deu jungle no primeiro monstro da selva e vão para a lane. Poke vai, poke vem, o rapaz consegue dar stun em seus dois oponentes, facilitando o trabalho de sua companheira em matá-los.

“FIRST BLOOD”

— Vai ser um jogo fácil!. - Comentou cedo demais, em quinze minutos de partida o time inimigo conseguiu eliminar todos do time do rapaz de campo de força e virar o jogo.

“Jinx: Imbecís, vocês não viram ele vindo?”

“Zyra: Calma, dá pra ganhar ainda.”

“Jinx: Dá pra ganhar? Eles pegaram três torres e estão derrubando mais uma, ainda acha que dá pra ganhar?”

“Zyra: Dá sim, só não morrer mais.”

“Jinx: Diz isso pro nosso mid, feedou o inimigo e ainda veio no bot feedar tbm.”

“Zyra: Kkk Calma, cara. Dá pra virar de novo.”

“Jinx: EU SOU UMA GAROTA! E VAMOS PERDER.”

Como Hiro havia dito, conseguiram virar o jogo, mesmo com certa dificuldade, e venceram a partida. Um pedido de amizade aparece depois para o rapaz, que aceita, era sua ADC.

— Hoje eu ainda pego Diamante. -

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Enquanto isso, numa parte mais simplória da cidade, em uma ong criada para ajudar os mais necessitados, Cinez e sua mãe adotiva caminhavam pelo lugar, observando as diversas famílias que moravam por ali nas pequenas casas criadas pelos heróis da cidade que ajudavam o lugar.

— Você tem certeza de que ainda quer continuar com isso? - A negra, de cabelos afros em um belo penteado, caminhava ao lado da filha, questionando-a sobre sua vida de heroína. — Podemos continuar viajando e tocando nossas vidas como era antes. - Ela vinha propondo isso desde que a filha saíra da enfermaria do colégio, temendo pelo que poderia acontecer caso ela continuasse com os estudo.

— Já conversamos sobre isso, mamãe. - A garota dos poderes de terra para sua caminhada, fazendo com que a mais velha tenha que parar também. — Eu entrei na U.A pra poder te manter aqui, num bom lugar pra viver e ter condições melhores do que as que aquela vida nos dava. - Diz, sentindo com sua individualidade que a mulher vinha lhe abraçar. — E também tem o pessoal, eu fiz muitos amigos só nesse meio tempo em que entrei no colégio, estou gostando do curso de herói e sei que posso fazer muito para ajudar as pessoas quando me formar. - Sorri enquanto se acomoda no abraço da mulher.

— Eu te entendo. - Elas saem do abraço. — Estamos muito felizes aqui, você fez amigos e pode ajudar as pessoas, estou muito orgulhosa de você, é só que… Me preocupo com você, querida. - Ela faz um carinho no rosto da mais nova, sorrindo para ela.

— Sei disso, mamãe. - A garota vira o rosto para o lado, um pouco entristecida. — Também me preocupo com você, e não quero que se coloque em perigo como antes, não quero te perder. - Ela dizia isso pois dois anos atrás, quando chegaram na cidade, um grupo de vilões atacaram a cidade, e Oruie foi ajudar as vítimas quando foi atacada e ficou inconsciente.

— Você ainda se lembra, não é? - Notando a expressão no rosto da jovem, a mulher a abraça novamente. — Foi por isso que decidiu entrar para a U.A, não foi? - Uma confirmação veio da parte da garota como um abraço mais apertado. — Mesmo com tantas dificuldades pelas quais passamos, você conseguiu me superar, principalmente em amor… Você se tornará uma grande heroína, minha filha. -

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— Pegue aquele feno pra mim, por favor. - Um homem alto, de pele clara e olhos amarelados pedia ao filho para lhe ajudar na fazenda. — E como foi o encontro com ele? Ele te reconheceu? -

— De início não. — Yamino sobrevoava dentro do estábulo, carregando um grande cubo de feno com suas garras. — Mas depois do sermão do diretor Nezu, eu consegui falar com ele e daí sim se lembrou. - Era impossível não notar o sorriso no rosto do jovem morcego. — Disse que o caminho que escolhi seria muito difícil, mas que não era pra eu desistir, pois me tornaria um grande herói. -

— E ele tem razão. - O mais velho agarra o bloco de feno lançado pelo mais jovem. — Lembro que antes de entrar para a U.A, você não aguentava sequer uma hora trabalhando comigo, e agora... - Ele encara o relógio de pulso que marcava quase meio dia. - Três horas de trabalho pesado sem descanso, você está realmente evoluindo muito. -

— Posso aguentar muito mais ainda. - Sem perceber, o rapaz, com o bater de suas asas com um pouco mais de velocidade, cria um pequeno tornado dentro do estábulo, fazendo todos os blocos de feno e algumas outras coisas voarem pelo lugar. — O que é isso? -  Assustado com o acontecido o morceguinho pousa, observando a ventania ir diminuindo até desaparecer.

— Você criou um pequeno tornado. - O mais velho tira os fios de feno que se prendem em suas vestes. — Suas asas estão mais fortes e resistentes, você consegue criar tornados também. - O sorriso estampado em seu rosto agradava o rapaz. — Está conseguindo dominar sua individualidade pra criar técnicas secretas. - Ele corre para abraçar o filho.

— Estou mais forte? - Yamino ainda estava aturdido, sem reação enquanto seu pai o abraçava. — Criei uma técnica secreta de herói sozinho… Eu… Eu criei. -

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Já eram quase três da tarde, o shopping ainda mais lotado que o normal devido às férias escolares, tudo muito propício para deixar uma jovem loira ainda mais irritada que o normal. Aisha era essa loira, a garota peixe estava na porta de uma de suas lojas preferidas do prédio, aguardando a chegada de Aiko, que havia ido ao banheiro depois de tomar três copos grandes de refrigerante.

— Anda logo. - Ao notar a menor, com sua camiseta preta cavada, com uma caveira vermelha estampada na parte da frente e short jeans também preto, a garota sereia grita. — Todas as blusinhas legais estão sendo compradas, não vamos conseguir comprar nenhuma. -

— Me desculpe. - A garota com mecha avermelhada no cabelo, que agora estão um pouco maiores, tocando nos ombros, corre por entre as pessoas, desviando da maioria, mas trombando em algumas vez ou outra. — Eu não devia ter tomado tanto refri. - Sorri um tanto sem graça, sendo atingida em cheio por alguém, parando de costas na parede. — Ei, cuidado aí, cara! - Olha ao redor, procurando o cara que a atingiu. — Kaito? - A careca brilhante do rapaz é a primeira coisa que a jovem avista, seguido de suas vestes nenhum pouco chamativas: camisa branca com colete jeans vermelho, da mesma cor de sua calça de moletom e tênis. — Kaito! - Ela o chama mais uma vez, e como se tivesse se lembrado que esse é seu nome, o rapaz se vira, encarando-a.

— Aiko, me desculpe. - Ele parecia com pressa, tanto que não esperou uma resposta da outra, desaparecendo por entre as pessoas.

— Esse cara é estranho, não é? - Antes que pudesse terminar, a loira agarra Aiko pelo braço e a puxa pra dentro da loja.

— Depois resolvemos isso com ele, aquelas blusinhas são mais importante agora! -

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— Mais uma vez, por favor! -

Na sala escura que é o porão da casa dos Karma, com seus cabelos soltos, e suando devido ao esforço que faz, a garota das sombras, Daria, empunhava uma espada de lâmina completamente negra como as sombras e empunhadura, onde se segura na espada, em cor verde escura. Ela e sua mãe treinavam para que a jovem conseguisse usar perfeitamente sua arma de combate, o que era uma grande dificuldade para jovem antes de ingressar na U.A.

— Não quer descansar? Estamos aqui já fazem algumas horas. - Alta, com um belo corpo cheio de curvas e longos cabelos negros, quase que uma réplica maior da filha. — Tem certeza que consegue continuar? -

Sem dar uma resposta, a garota avança contra a mulher, espada em uma das mãos e olhos bem atentos aos movimentos da mãe.

— Não se afobe. - A mulher dava algumas dicas enquanto se defendia e contra atacava. — Erga mais os cotovelos pra fazer o bloqueio. - Diz depois de quase desarmar a filha. — E nunca… - Com uma rasteira a jovem das sombras é derrubada no chão e a lâmina de sua mãe é posicionada próxima de seu pescoço. — Nunca ataque se não tiver certeza de que vai acertar seu oponente. -

— Chega por hoje, moças. - A voz calma do senhor Karma chama a atenção das duas, ele estava agasalhado com um moletom marrom e tinha uma bandeja prateada com um bule e três xícaras, havia acabado de passar o café. — Vocês estão aqui nessa sala a muito tempo, precisam ver um pouco da luz do dia. - Ele sorria para elas, sabia que o tempo de treino era especial para suas garotas, e por isso sempre as deixavam bastante a vontade, porém, se intrometia quando achava necessário.

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— Quantas vezes tenho que dizer pra não se fazer esforço? - O rapaz de longos cabelos ruivos segurava a mulher, a ajudando a caminhar até sua cama pelo quarto de paredes amarelas. — As enfermeiras disseram que precisa repousar. - Dá um sermão na mãe depois de deitá-la confortavelmente. — Me diz o que quer e eu irei buscar pra você. -

— Não quero te dar trabalho. - A ruiva ainda sentia um pouco de dor, mesmo assim, tentava, todos os dias, fazer algum serviço de casa, pra não deixar muita coisa ao rapaz. — E logo você voltará para a U.A. -

— É por isso que não deve se esforçar, mamãe. Pra estar melhor pra quando eu voltar para a U.A. - O rapaz de colete de couro negro estava com uma caneca com leite quente, essa que entrega para a mulher. — Agora beba, vou terminar de lavar a louça e varrer a casa. -

Deixando a mulher  em seu quarto, o rapaz vai para a cozinha, lançando vários pratos de louça no lixo, quebrando vários deles, assim como os talheres e copos.

— Porque me esforçar tanto também, não é mesmo? - Usando uma faca para fazer um pequeno corte em seu dedo, o rapaz marca um prato, talheres e copo, usando de sua individualidade para multiplicá-los. — Louça limpa. - Com um sorriso de superioridade ele agarra a vassoura próxima a porta da cozinha. — Pena que não posso fazer o mesmo com a poeira. -

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E o dia passou mais rápido do que os jovens pudessem perceber, e assim, seu último dia de férias chegou, se passando ainda mais rápido do que imaginariam que aconteceria. Logo as turmas 1-A e 1-B se encontrariam em um campo aberto da cidade, onde o local seria usado como espaço para um parque de diversões com temática de terror, tudo estava combinado, se encontrariam próximo a entrada do parque, iriam comprar seus bilhetes e depois decidiriam em quais brinquedos ir.

Enquanto isso, nos aposentos da U.A, uma mulher carregava uma enorme bagagem de mão, aparentemente muito pesada, porém, não para ela, que a levava para dentro de seus aposentos com muita facilidade. Ela estava acompanhada de uma jovem moça, de moletom azul escuro com gravata mais clara, pequena e delicada, assim como sua saia de babado branco, azul e preto. A garota se joga em uma das camas, colocando seu fone de ouvido e pegando seu aparelho celular.

O quarto não é muito grande, de paredes alaranjadas com uma cômoda marrom no canto direito e luminária de teto. Nas camas, lençóis rosados e dois edredom azul claro, que era uma das poucas coisas azuis do local, sendo a maioria em tons femininos ou neutros.

— Quer dizer que vou ter que ficar em um quarto com minha mãezinha enquanto todos os outros alunos tem dormitórios só deles no colégio? - A garota estava só brincando com a mais velha, afinal, gostava muito da companhia de sua mãe.

— Olha a audácia. - Tocou o nariz da menor com seu indicador. — Você ficará comigo apenas por uma noite, Teiko. Depois irá para o dormitório das garotas, assim como todos os outros alunos e alunas da U.A. - Tocando as pontas de seus dedos e dizendo um “Liberar”, que faz com que sua mala, que aparentemente flutuava sobre a cama maior, seja liberto do controle dela. — Mas por hora, me ajude com a bagagem. -

— Eu não sei porque trouxe tanta roupa se vai passar somente um dia no colégio. - A de cabelos roxos se senta em sua cama, pensando um pouco, murmurando a si mesma algumas palavras e pensamentos sobre alguns motivos para que sua mãe tivesse trazido várias peças de roupa para a escola se apenas iria passar um dia lá.

— Teiko… Teiko! - Uma blusa de pano bege atinge em cheio o rosto da menor. — Você está pegando os mesmo costumes de seu pai. - Começa a gargalhar ao notar a reação da filha. — Venha, preciso arrumar isso antes de planejar o treino especial que darei para vocês. - Ela começa a retirar algumas peças de roupa, guardando-as na cômoda no canto do quarto. — Só espero não pegar muito pesado. - Comenta, dando uma risada no final.

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— Sinceramente vocês dois, em. — Os longos cabelos ruivos de Zaiko estavam presos em um rabo de cavalo, e o rapaz se mantinha parado, encostado em uma pilastra, a alguns minutos, junto de Daria, Cinez e Yamino. — Estavam se arrumando pra algum casamento? -

— A culpa foi minha, me desculpem. - Com longos cabelos cor de fogo, se desbotando nas pontas e cobertos por uma touca escura, a jovem de vestido preto com estampa de abacaxi e legging de mesma cor e sem estampa, ajeitava a jaqueta de couro enquanto que Hiroki carregava a bolsa dela.

— Estamos todos aqui então, Vamos? -

— Onde estão Aisha, Aiko e Kaito? - Hiro procurava pelos três, não obtendo sucesso na busca.

— Aiko e Aisha me ligaram e disseram que não conseguiriam vir, estão investigando algo, pelo que parece. - Diz a jovem das sombras, que se mantinha em um ponto bastante iluminado do local. — Kaito não deu notícias. -

— Não vou ficar mais nenhum minuto aqui parado. - O ruivo se ajeita de pé, olhando um de cada vez, e por fim, fazendo uma careta para Helena, a garota que viera com Hiro. — Tem muitos outros monstros mais interessantes lá dentro. - Sorri como se desafiando a jovem, e segue pra dentro do local.

O parque, repleto de barracas de alimentos e brincadeiras, com postes de luz enfaixados e com enfeites de aranhas, cobras, e outras criaturas assustadoras. Pelo caminho, abóboras com rostos assustadores entalhados e esqueletos de brinquedo postos estrategicamente para assustar os desavisados. Aos arredores do lugar, vários brinquedos davam o toque final para a temática de terror, como por exemplo a roda gigante com cabines tematizadas de crânio, abóboras, aranhas, etc., ou também o enorme castelo assombrado que ficava no final do parque, ocupando o maior espaço e o mais frequentado aparentemente.

O grupo decidiu que começariam com algo mais leve, mesmo que Zaiko tivesse insistido muito para seguirem direto ao castelo assombrado com uma cabeça de bode com olhos vermelhos e enormes chifres enrolados em cima do portão de entrada. Foram na roda gigante, Zaiko e Yamino, Cinez e Daria, Hiroki e Helena, essas foram as duplas feitas para as cabines separadas do brinquedo, um passeio tranquilo e com música temática dentro de cada cabine, com alguns pequenos sustos vez ou outra, como por exemplo aranhas aparecendo do nada, ou morcegos voando dentro da cabina ou se jogando contra a mesma na tentativa de entrar.

— Me desculpe pelo Zaiko, ele é um pouco cabeça quente as vezes. - Hiroki tentava puxar assunto com a amiga do colégio, sabe que ela é um tanto introvertida e por isso não iniciaria muitas conversas. — Fora isso, é um cara legal de se conviver e confiar. -

— Tá tudo bem, ele só me parece alguém com medo, que passou a vida fingindo ser outra pessoa pra fugir de problemas pessoais. - A garota já havia deixado de observar o lado de fora de sua cabine, não encontraria nada muito interessante por lá e rabiscar em seu caderno de mão era mais interessante pra ela. — No fundo, ele deve ser alguém legal mesmo. -

— Ainda acho que deveríamos ter ido naquele castelo. - O com poderes de multiplicar estava com as mãos no vidro de sua cabine, com seus olhos vidrados no castelo assombrado onde queria estar. — Estamos perdendo tantos sustos, tantas trapaças pra fazer com eles, tanto… -

— Porque mesmo vocês gostam tanto de terror? - O morceguinho estava acanhado em seu lado da cabine, se assustava a cada aranha que aparecia perto dele.

— Tá com medo, morceguinho? - Marcando uma das aranhas com seu sangue, o rapaz começa a multiplicá-la algumas vezes, enchendo sua cabine com elas.

— O que está acontecendo na cabine deles? - Daria percebe uma agitação na cabine onde Zaiko e Yamino estão, a gaiola metálica se movimentava descontroladamente enquanto alguém se debatia do lado de dentro. — Consegue sentir o que acontece? -

— Posso tentar. - Se concentrando um pouco no metal da roda gigante, a garota tenta sentir as vibrações, se guiando até onde seus amigos estavam. — Yamino parece estar com medo de algo, ele quer sair da cabine… Ah, credo! - A garota começa a se debater por instinto.

— O que foi? -

— Zaiko multiplicou várias aranhas, e parece que Yamino não gosta muito de insetos. - Já mais calma ela explica a situação.

— É um idiota mesmo. - Movimenta a cabeça em sinal de negação.

Nos pés do brinquedo, o responsável, ao perceber que uma das cabines se chacoalhando sem parar, decide parar mais cedo o passeio, descendo uma dupla por vez, sendo a primeira dupla, Zaiko e Yamino.

— O que aconte… Ahh! - Como era o criador das criaturas que assustavam as pessoas no brinquedo, o homem, de pele azulada e olhos de inseto desfaz sua individualidade, desaparecendo com as aranhas que insistiam em criar suas teias dentro da cabine, que agora possuía uma coloração esbranquiçada devido a quantidade de fios de seda. — Me desculpem por isso, eu não queria. -

— A culpa não foi sua. - O garoto morcego alçou voo assim que saiu do cubículo metálico, não dando chances das aranhas alcançá-lo. — Esse idiota fica usando os poderes fora do colégio, espero que o diretor Nezu puna você por isso. -

— Você não vai contar, vai? - Saltando para agarrar os pés do amigo, o multiplicador fica pendurado nele. — Sabe que não faria nada pra machucar meus amigos, não sabe? -

Eles pousam, aguardando os outros, que saem confusos e se questionando sobre o porquê do passeio no brinquedo ter acabado tão cedo. Porém, não ficaram muito nisso, Zaiko puxou caminho pelo parque, passando por uma barraca de algodão doce para Daria comprar um e depois outra barraca de pipoca e uma maçã do amor, para o restante do grupo comprar algo para comer. Agora estavam rumo ao castelo assombrado, vislumbrados pelos olhos avermelhados a cabeça de bode sobre o portão de madeira escura entalhada.

— Agora sim o terror começa! - O ruivo estava animado, tanto que nem percebera uma jovem de cabelos roxos em sua frente, derrubando-a. — Cuidado. -

— Me desculpe, eu não… - Seus olhos se arregalaram ao ver o ruivo, estendendo umas das mãos para ajudá-la. — Deusinhomeucomoeleélindoumprincipefinalmenteencontreimeuamado… — Seus pensamentos param com uma leve pancada na cabeça, dada pelo mesmo ruivo.

— Acorda. - Ele a encara com um olhar confuso. — Bateu com a cabeça na queda? -

— Na-Não, me desculpem, eu só. - Ela olha para trás de Zaiko, notando seus amigos. — Não é nada, obrigada, e me desculpe de novo. - Pede e corre pra dentro do castelos, rosto corado e um pouco de vergonha por ter dado uma de louca na frente de alguém tão bonito quanto o ruivo.

— Garota estranha. - Helena não havia entendido muito o que aconteceu, afinal, terminava alguns rabiscos em seu caderno de mão enquanto andava, e agora, preparada para um pouco de terror, decide guardar o objeto em sua bolsa e seguir os companheiros no passeio.

— Espero que você não assuste muito os monstros lá dentro. - Não dá tempo nem do ruivo receber uma resposta, ele se apressa para dentro do castelo, pronto para um pouco de terror de verdade.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram???
Não teve muito terror, mas é por uma boa causa..

Até quinta que vem, Heróis. Estão dispensados por hoje!