Digimon Invocação escrita por Kevin


Capítulo 8
Episódio 07: Impmon


Notas iniciais do capítulo

E vamos seguir com nossa história! Em breve voltaremos as postagens de Domingo! Mas, por este mês de abril vamos ficar com as de Terça ainda, ok?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/765589/chapter/8

Ruas desertas, um vento frio e um silêncio que era ensurdecedor. A cidade de Allen não era conhecida por sua vida noturna, mas qualquer um que conhecesse o mínimo da cidade perceberia que aquela noite estava atípica. Talvez por isso, Benjamin e Cecilia, dois adolescentes, podiam andar pelas ruas da cidade, em meio a madrugada, sem serem abordados por ninguém que fosse questioná-los ou mesmo fosse apresentar alguma ameaça. Apesar de estarem procurando, realmente, uma ameaça.
Após quase três horas de uma discussão sobre confiar nos digimons, ou não, e em qual dos dois deveriam confiar, Aururamon ou Penmon, os quatro adolescentes optaram por não acreditar em nenhum deles e traçaram seus próprios entendimentos, guiados pela lógica de Daniel.
Penmon foi o primeiro digimon invocado por eles e declarou que a Terra estava sendo invadida e os eventos que se seguiram estavam fortalecendo suas palavras. No entanto, a falta de informações que a criatura de penas azuladas possuía deixava os adolescentes com um pé atrás. Na opinião de Penmon, eles deviam aproveitar a vantagem numérica e acabar de uma vez com Impmon antes que ele arrumasse reforços, mantendo sempre o número de inimigos baixo.
Para Aururamon, o segundo digimon invocado, esperar pelos próximos eventos era o mais indicado. Ele mostrou experiência, calma e muito conhecimento, confirmando, inclusive, que o pai de Benjamin também estava ligado a um digimon e que possivelmente estava ciente do que estava ocorrendo. Para ele não havia indícios no Mundo Digital sobre uma invasão a Terra ou mesmo um levante de forças extremas, e que os acontecimentos no Mundo Material eram muito pequenos diante ao que já ocorreu no passado.
De fato, Daniel não queria se arriscar quanto a esperar que outras criaturas chegassem a Terra. Se eram seus inimigos ou aliados, ele estava apavorado com ambas as possibilidades. O lógico era manter o número de criaturas reduzidas, mas sabia que atacar significava ter que ser efetivo no ataque a Impmon e quem mais estivesse com ele ou poderiam realmente piorar a situação. Se nenhum deles, além de Aururamon, possuía muitas habilidades reais para lidar com a situação, qual era a escolha?
A decisão surgiu das observações de Daniel. Penmon e Aururamon estavam ligados a Cecilia e Benjamin, respectivamente, fazendo com que eles fossem suas fontes de energia chegando a ficarem fracos após desgastes. Naquele caso, Impmon, pelo tempo que estava ali, por não estar ligado a nenhum humano, teria de estar fraco também, caso não tivesse achado nenhuma fonte de energia. Baseado nisso decidiu que tinham que achá-lo, verificar suas forças e capturá-lo para interrogá-lo e mandá-lo de volta.
Ainda que parecido com a posição de Penmon, estava longe de ser o que o pequeno queria, uma vez que capturar não era a decisão do digimon e nem mesmo da planta Aururamon. Ainda assim, os dois digimon respeitaram a decisão dos adolescentes e após serem desmaterializados seus Mestres estavam nas ruas a caminho do último local que viram seu adversário.

— Tenho minhas dúvidas se atacar esta criatura é realmente inteligente. - Cecilia comentou de forma casual, tentando não transparecer toda a sua preocupação. - Ele definitivamente é ardiloso e parece saber o que está fazendo. Pode não estar enfraquecido e ter aliados. -

— Bem... - Benjamin pareceu procurar as palavras certas. - Preferia seguir o plano de esperar os próximos acontecimentos, certo? -

A menina apenas confirmou com a cabeça parando de andar. Atravessando a rua estariam no quarteirão do lixão. Precisavam observar se invadir o local em busca de Impmon, o digimon de cor roxa que tacava bolas de fogo das mãos, era realmente seguro.

— Por que estamos fazendo isso? - Ela questionou. - Não somos heróis! - Ela falou um pouco mais alto e acalmou-se voltando a sorrir. - Claro que entendo que se não formos nós, ninguém mais fará nada já que ninguém parece saber destas criaturas. Mas, isso não é justamente coisa de herói? -

— Por que ocê está fazendo isso? - Questionou Benjamin.

A menina olhou o moreno interiorano por alguns instantes sem entender a pergunta.

— Daniel falou a mesma coisa, não somos heróis. - Benjamin indicou para que eles atravessassem. - Poucos minutos depois disso ele foi atacado. Agora ele está amedrontado e quer resolver isso para não mais sentir medo e não ter que ficar dependendo de nós, muito provavelmente. - Ele deu uma risada enquanto chegava a parede do lixão pela qual saltaria e preparou-se para ajudar a menina a subir primeiro.

Cecilia subiu e esticou a mão para ajudar Benjamin que aceitou a ajuda, mas ela sentiu que ele teria subido mesmo sem a ajuda dela.

— Por isso perguntou o por quê estou fazendo isso. - A menina compreendeu o questionamento. - Daniel por medo. E eu... Acho que por falta de escolha, né? - Ela sorriu. - Não é como se eu conseguisse ficar em casa com uma tatuagem na minha mão aparecida sabe-se lá como, podendo invocar uma criatura e tendo uma outra pronta para aparecer a qualquer hora para nos atacar. -

Desceram do muro e se viram em um mundo diferente do que estiveram mais cedo. A luz do sol não mudava o lixão, mas permitia que eles vissem o lugar como ele realmente era. Agora, na escuridão da noite, contando com apenas suas visões, parcas luzes que vinham dos postes de fora e das lanternas que rapidamente foram acionadas eles sentiram que talvez aventurar-se atrás do digimon que prometeu matá-los, tentou várias vezes e os levou para uma armadilha, não era uma boa ideia.

— E você? - Perguntou a menina tentando espantar o medo que tinha de dar o primeiro passo em meio ao local. - Por que está fazendo isso? -

— Reconheci a tatuagem que surgiu na sua mão como as mesmas que a dos meus pais, então entendi que esbarramos em algo que de alguma forma envolvia meus pais. Depois de perceber o perigo e quase sermos mortos ia apenas questionar meus pais e esperar. - Apesar da penumbra Benjamin percebeu o olhar surpreso de Cecilia. - Admito que se existem outras pessoas mais preparadas para isso, deveríamos deixá-las e nos proteger. Mas... - Ele suspirou. - Fomos atacados por todos os lados e meus pais mal responderam. Eu poderia ficar parado esperando-os seguro, mas se eu posso fazer algo para garantir que vocês também ficarão seguros e quem sabe ajudar meus pais... -

— Isso é coisa de herói. - A menina riu. - Ou talvez só queira evitar se sentir responsável. -

E no meio da penumbra os dois se encararam. De fato, não seria difícil dizer que Benjamin, de alguma forma, sentia-se culpado daquela situação. Ele fez com que Daniel e Cecilia acabassem estando no parque naquele momento, virando alvo de Impmon e se envolvendo nesta situação com os digimon. Acabou envolvendo José, desobedeceu os pais e havia o por menor que talvez os pais estivessem envolvidos nisso tudo.

— Alguém que está fazendo isso por medo, uma por ser obrigada e um por se sentir responsável. - Benjamin esticou o braço esquerdo para frente exibindo a tatuagem. - Realmente não parece muito com “coisa de herói”! - Ele disse em tom debochado fazendo a menina rir. - Vamos chamar os digimons para rastrear Impmon. -

No entanto, ele não teve chances de tocar a tatuagem com sua mão direita e invocar seu servo digimon, Cecilia agarrou seu braço direito com tanta velocidade e força que menino apenas abraçou-a jogando-se no chão para se esconderem.

— Não... - Cecilia gaguejou tentando informar que não havia aquele tipo de perigo.

Dentro do lixão ficaram observando o ambiente por alguns instantes, imaginando se deveriam liberar os digimon para ajudar nas buscas. Benjamin quase o fez, mas Cecilia o deteve. De início Benjamin imaginou que a luz chamaria a atenção no meio da noite e só deveriam fazer isso mais ao final. Mas, a verdade era que a menina temia ter suas energias sugadas rápido demais.

 

Digimon Invocação — Rituais
Arco 01: Pactos
Episódio 0
7: Impmon

 

O lixão era um local perfeito para alguém esconder-se, principalmente durante a noite. O mal cheiro atrapalhava qualquer um que tentasse guiar-se pelo olfato, a visão era prejudicada pela escuridão e pelas várias pilhas de lixo que ainda criavam bons locais para se abrigar, a disposição das coisas formavam um labirinto com objetos pelo chão que dificultavam a locomoção e se tudo isso não bastasse, ainda havia o problema do vento batendo constantemente nas pilhas de lixo criando barulhos contínuos que além de confundir, assustavam a qualquer um, até mesmo a quem estava escondido.

 

— Sinto muito! - Disse Penmon.

 

— Vocês tem problemas! - Disse Impmon rindo. - Confesso que começo a ficar preocupado de minha vida depender de vocês neste momento. -

 

— Você está bem? - Benjamin foi lento em acudir Aururamon, de certo, já sentindo as energias sendo drenadas.

 

Aururamon se recompôs após o golpe encarou Impmon por alguns instantes e olhou para Penmon. Ensaiou umas mexidas com suas vinhas, mas acabou parando e apenas confirmando para seu Mestre que ele estava bem.

 

— Menina, use um comando de ordem em Penmon. - Diz Impmon que viu todos olharem-nos confuso. - Basta dizer que ordena que ele faça ou não faça algo. Ele ficará impossibilitado de fazer isso mesmo que ele o queira. -

 

Cecilia escutou aquela informação e por alguns instantes consultou Aururamon com o olhar, buscando saber mais sobre que havia lhe sido informado. Apenas uma confirmação veio com a cabeça. Mas, ela já não sabia se a confirmação era de algo que a informação era confiável ou se ela deveria mesmo fazer aquilo. Mas, ao olhar Penmon percebeu o quanto ele estava confuso. O pequeno salvador do início daquilo tudo, aquele que desejava ser herói, era apenas uma criança que estava se mostrando difícil de controlar.

 

— Penmon, não ataque mais Aururamon! - Disse Cecilia.

 

Daniel observou aquilo com atenção. Não ocorreu nenhum brilho ou tipo de reação. Impmon também não parecia ter demonstrado nenhum tipo de reação ao uso da informação que ele havia dado, o que isso significa?

 

— O que é Lord Demônio? -

 

Um silêncio havia se instaurado, mas Daniel quebrou seguindo a rotina. O questionamento seguia a ideia de que ele precisava entender o que estava acontecendo e o motivo de Impmon estar na terra. Fosse qual fosse o motivo pelo qual Impmon havia dado aquele tipo de informação, não descobriria com facilidade.

 

— Os digimons são divididos em clãs ou tribos como já mencionei. Estes clãs são liderados por digimons extremamente fortes e poderosos. O clã de digimons do qual Impmon faz parte é liderado por digimons especiais que levam o título de Lords Demônios. - Aururamon começava a explicar. - Só existe um Lord Demônio por vez, mas os digimons que tem a habilidade de virar Lords Demônios são treinados desde cedo para o mesmo. Impmon, se não me falha a memória, é um deles. -

 

— Para mim, Impmon viraria um Lord Demônio. - Penmon abaixou a cabeça envergonhado. - Ao menos, assim era isso que as histórias falavam. -

 

— Histórias para crianças. - Diz Aururamon.

 

— Então estamos aprisionando o possível futuro líder de um clã? - José pareceu preocupado.

 

— Acredite, não é para tanto. - Disse Impmon. - No geral, dificilmente um digimon do nível treinamento candidato a Lord Demônio sobrevive até poder chegar a fase de ser tornar o Lord, que dirá poder vingar-se de quem o fez mal. - Impmon bocejou. - Lords Demônios têm que governar e conquistar. Só estamos em um período de paz porque o nosso Lord Demônio está hibernando. Se é que está vivo ainda. -

 

Aururamon e Penmon não entenderam aquela informação. Pela primeira vez os dois se olharam sem que ocorresse algum estresse entre eles e então olharam para o digimon roxo.

 

— Este é o motivo para eu estar aqui. - Disse Impmon suspirando. - Nosso Lord Demônio está hibernando, o que seria normal. Mas, já deveria ter acordo pelo menos uma vez e isso está preocupando o clã. Os sacerdotes que deveriam cuidar das coisas estão achando que ele não vai mais acordar e então juntou os candidatos atuais a Lords Demônios com seus tutores e inciaram uma competição. -

 

— Competição? - Questionou Daniel.

 

O grupo parecia tentar assimilar o que era falado, mas Daniel parecia já ter compreendido perfeitamente o relato de Impmon, só não sabia se podia confiar no que estava sendo dito.

 

— É pancadaria! Era para ser uma coisa solo com os tutores apenas observando e dando dicas. Mas, grupos se formaram e digimons que nada tinham com a competição passaram a participar. Meu tutor sugeriu que eu me aliasse a alguém só para sobreviver. No dia que fui me aliar minha aliança era um exército em que eu seria eliminado no final, pois eu era apenas mais um peão. - Impmon parou. - Vendo o que ia acontecer eu fugi com a ajuda do meu tutor, mas como ele não chegou aqui fiquei sem orientação. - Ele pareceu frustrado por um instante. - Talvez sozinho eu tivesse mais chances, então fiz o que eu sabia fazer. Mas, fiquei surpreso que os Evilmons vieram atrás de mim. - Ele pareceu bravo. - Ta certo, fiquei puto por mandarem eles atrás de mim. Acharam que aqueles vermes seriam o suficiente! -

 

— Como vamos saber que você está falando a verdade? - Questionou Penmon percebendo que Impmon já falava demais.

 

— Os Evilmons estavam atrás dele. - Diz Benjamin. - E chamavam-no realmente de traidor. -

 

— Mas, não explica porque ele estava desesperado quando percebeu que o portal estava se abrindo, então realmente esta temendo o que vai vir dos portais. - Comentou Cecilia. - Quero dizer, você disse que a aliança que tentou fazer iria te eliminar. Sua competição envolve morte? -

 

Impmon sacudiu a cabeça confirmando deixando Cecilia horrorizada. Uma competição de vida ou morte.

 

— Eu não consigo compreender. - Disse Aururamon. - No que consiste esta competição? -

 

— Não posso falar. Mas, ela saiu do controle. - Disse Impmon.

 

— Conseguiu identificar algum digimon que apareceu no lixão? - Questionou Aururamon.

 

— Não sei dizer quem era. Como eu disse, era para ser uma competição solo, se fosse um dos candidatos, mesmo que evoluído, eu conseguiria perceber a familiaridade da presença. Mas, agora tem tantos digimons do clã envolvidos que não dá nem para saber quem está ou não participando, ainda mais só pela presença. Mas, poucas vezes senti a presença de um digimon que emanasse tanta pressão. Seja quem for, abate qualquer um de nós fácil, mesmo nos nossos melhores dias. - Comentou Impmon demonstrando certo receio.

 

— Por que falou que ia por fogo no mundo e nos atacou? - Questionou Benjamin.

 

— Preciso mesmo explicar? - A risada sínica de Impmon foi percebida, mas ele continuou. - Humanos não devem saber dos digimons. E Invocadores são inimigos dos digimons que passam pelos portais sem permissão. - Ele continuou a risada. - Como eu disse, eu fiz o que eu sabia fazer. -

 

Aururamon e Penmon balançaram a cabeça para seus mestres concordando, mas os humanos ainda assim não alcançavam o entendimento do que os digimons estavam dizendo naquele momento. Para eles, Impmon era perverso e tocaria o terror por qualquer motivo, mas, ainda assim, ele parecia querer seguir a regra de que os humanos não deveriam saber sobre os digimons e sabia bem que os invocadores eram inimigos de digimons como eles. Na concepção dele era atacar primeiro para não ser atacado.

 

São perguntas aleatórias para tirar as dúvidas que eles tem, mas não existe pergunta que possa ser feita para saber se ele está mentindo ou não. A verdade é que a única coisa que sabemos até o momento é que ele realmente está enfraquecido e aproveitou-se de nossa aparição para se proteger. De fato ele veio para a Terra e um grupo veio atrás dele. Mas, pode ter sido armação especialmente por ele ser um candidato a líder do clã ou pode ser verdade e a coisa acontecer sem os demais clãs perceberem. Daniel sorriu.

 

— Aururamon, a quanto tempo o Lord Demônio está hibernando? -

 

— Faz… - Impmon foi responder, mas viu o sorriso de Daniel. - Quer saber se estou mentindo procurando a informação em outro clã. -

 

Daniel e Impmon se encararam. Por um momento, apenas um momento, ocorreu respeito entre os dois, pois era nítido que estavam em uma linha de pensamentos próximos um do outro.

 

— Não tenho ideia. - Disse Aururamon. - Mas, como esta informação lhe permitiria saber que ele está mentindo? -

 

— Lord Demônio governa e conquista, significa que a paz que você comentou que está acontecendo equivale ao tempo de hibernação. - Disse Daniel.

 

— O tempo exato da nossa troca de Lord. - Comentou Impmon. - Se você falasse um tempo diferente provavelmente eu estaria mentindo, na visão dele. Mas, como você não pode informar o tempo pois é algo que nosso clã não revela só eu mencionei agora, a informação não o ajuda identificar nada. -

 

Sempre me disseram que respeito se conquista e pela primeira vez eu havia visto isso acontecer. Impmon desprezava Daniel por ele ser humano, covarde e fraco. Mas, estava admirado com a forma dele pensar a ponto de naquele momento respeitá-lo por isso. Enquanto Daniel conhecera Impmon pensando nele como uma criatura e logo surpreendera-se pelo fato dela ser tão inteligente e ardilosa, sentiu-se inferior por ter sido manipulado durante a perseguição, mas não tinha como não respeitar a criatura que nitidamente acompanhava seu raciocínio.

Será que duas pessoas que conseguem pensar com a mesma linha de raciocínio devem ser inimigas ou será que devem ser amigas?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Digimon Invocação" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.