Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto


Capítulo 15
The Pain.


Notas iniciais do capítulo

"Bêbêzinho, te amo, mais que ontem, menos que amanhã, mais de tarde que de manhã e menos que de noite. Ou simplesmente te amei. - Edna Nunes."



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Quatro anos antes...

— Vocês escolheram isso. – Ela estava muito chateada. – Entrar na mente das pessoas, descobrir todas as maldades que elas fizeram. E eu entendo. É o único jeito de pegar elas. Mas eu quero ver o bem nas pessoas. – Ela estava muito mais chateada do que Hotch achava. – E entrar na mente das pessoas acabou com a minha capacidade de sorrir e deixou meu cérebro morto e eu não gostei. – Ela protestou com um bichinho de estopa.

Hotch deu alguns passos para frente. Ele estava orgulhoso pelo jeito dela.

— Garcia. – Hotch começou a juntar palavras. – Quero agradecer o excelente trabalho que você fez durante esse caso. – Ele estava orgulhoso dela. – E eu sei que o que você fez não foi fácil, porém suas contribuições são essenciais para essa equipe.

— Obrigado senhor. – Ela estava um pouco mais calma.

— Eu sei que você quer só ver o bem nas pessoas. – Hotch deu um mini sorriso. – Nunca mude isso, por favor.

Agora...

Derek em uma mistura de tristeza e nervosismo. A equipe se dividiu entre telefonemas para suas respectivas famílias e providenciando docinhos para uma festa improvisada.

Rossi ainda estava aguardando sua permissão para uma visita a Penelope. Os malditos médicos não o permitiram lá ainda.

O bolo de aniversário na mão era a tristeza final. Ele não estava brincando quando disse a ela que ele se sentia como o pai dela. Penelope depois de levar um tiro se tornou uma amiga porque ele deixou de ver ela como a analista esquisita da BAU.

Já eram 22:45 quando o médico teve piedade e deixou ele entrar. Ela estava em um monitor cardíaco, uma linha IV direta e um monitor fetal. Esse seria sua casa por mais alguns meses.

— Feliz aniversário Kitten. – Rossi colocou o bolo em cima de uma das mesas. – Muitos anos de vida.

— Obrigado, Dave. – Ela sorriu fracamente. – Não é um feliz aniversário se você entende.

— Eu entendo perfeitamente, Penelope. – Rossi se sentou ao lado dela. – Mas vai ficar tudo bem.

— Eu não sei. – Ela soltou uma lágrima. – Eu tenho medo. Medo por mim e pelo meu bebê.

— Eles te mostraram se é menina ou menino? – Rossi precisava saber que ela sabia.

—Uma pequena garota. – Ela respondeu. – Ela está bem agora.

— Você e Morgan já discutiram nomes? – Rossi sentiu um aperto.

— Nós vamos precisar. – Ela fechou os olhos. – Eu não quero morrer.

Rossi foi responder, porém a equipe entrou naquele instante. JJ parada na porta como se tivesse um pedaço de sua alma arrancada.

Hotch viu uma repetição de Haley ali. Penelope grávida era uma coisa que Hotch sempre quis ver. Ela faria uma mãe maravilhosa quando encontrasse o homem certo.

Reid e Emily tinham horror pelo rosto inteiro. Emily colocou um vaso de peônias na cabeceira de Penelope. Peônias brancas como ela sempre gostou.

— Derek. – Penelope chamou o marido. –Eu preciso falar com você.

— Eu sei. – Derek estava ao lado dela quase em um segundo. – Vamos conversar.

O restante da equipe saiu depois de deixar doces e velas para depois da conversa.

— O que você precisa? – Derek estava com a mão de Penelope na dele.

— Precisamos discutir nomes para nossa filha. – Ela falou diretamente. – Para o caso de eu não estar aqui.

— Pen. – Derek começou, mas foi impedido.

— Eu tenho certeza que é uma garotinha. – Ela começou. – Eu sei o quanto você queria um garoto, mas ela vai ser sua companheira. Eu estou morrendo Derek. Ou melhor, eu vou morrer pela nossa filha.

— Não diga isso, Pen. – Derek a pegou em um abraço cuidadoso. – Vocês duas vão estar comigo.

— Vamos discutir alguns nomes de crianças. – Penelope pediu. – Eu gosto de Haley.

— Haley me parece um nome maravilhoso para nossa garotinha. – Derek disse.

— Eu quero que Bossman não fique triste com isso. – Ela falou. – Então você vá e peça permissão a ele.

— Sempre a melhor. – Derek a beijou e saiu.

Caminhando até Hotch ele não se importou de falar na frente dos outros.

— Penelope quer dar o nome de Haley a nossa garotinha. – Ele anunciou. – Mas ela me fez pedir sua permissão, Hotch.

— Diga a Garcia que vou ficar feliz por isso. – Ele viu seu lábio tremer com isso. – E que em hipótese alguma ela tem permissão para morrer.

Derek assentiu e voltou para dentro. Ele estava chorando, assim como todo mundo. Mais quatro meses de tortura e tristeza. Ele decidiu que era hora de uma pausa.

— Ele disse que vai ficar feliz por isso. – Derek falou no ouvido dela. – E eu vou adorar ter nossa pequena.

— Eu queria ser uma boa mãe. – Ela falou triste. – Mas sei que nossa equipe vai estar lá para ela.

— E você também. – Derek falou. – Eu vou estar com você.

— Obrigado. – Ela sussurrou no ouvido dele. – Eu te amo, Derek. Para sempre.

—Eu também te amo, Deusa. – Ele deu um beijo em seus lábios e uma lágrima rolou pelo rosto. – E amo nossa pequena.

— Eu sei. – Ela disse.

— Prontos para uma festa? – Emily entrou e começou a preparar. – Ainda não virou a hora então feliz aniversário Penelope.

— Obrigado Em. – Ela abraçou a amiga. – Eu te amo.

— Eu também te amo, Penelope. – Emily a abraçou forte. – E eu vou sempre te amar.

— Me promete uma coisa? – Penelope perguntou.

— Qualquer coisa. – Emily sentiu o coração ficar pequeno.

— Diga a Aaron que você ama ele e case-se com ele. – Ela a olhou. – E diga a ele que ele é o pai de Anya.

— Sim PG. – Emily se afastou depois de abraçar Penelope.

Três meses depois...

Ela apenas uma visão linda que Derek não queria perder. O coração dele, se apertava em pensar se ele ainda a veria. Foram quase três meses por aqui. Uma semana para se curar em casa e na seguinte voltar para ela.

A barriga de oito meses de Penelope ficaria para sempre nas memórias dele.

— Eu vejo que você está pensando. – Penelope agora com um caninho óculos no nariz, levando oxigênio olhou para Derek. – O que você está pensando?

— Sobre nossa filha. – Derek confessou. – Eu não quero te perder. Nem ela.

— Você precisa fazer a escolha Derek. – Penelope disse. – Se precisar. Não a prive de te conhecer. Fomos felizes por todo o tempo que conseguimos. Agora é a vez dela.

— É só que eu não quero te perder. – Derek chorou na mão dela. – E Reid está mal com isso.

— Há algo que eu preciso dar ao Junior, Derek. – Ela apontou para a bolsa. – É uma carta para ele. Se eu não conseguir entregue a Reid. Ele precisa ler.

— Gideon se despediu por carta. – Derek lembrou. – Isso o destruiu.

— Então faça o vir aqui. – Ela pediu. – Mas ele vai ter a carta de qualquer jeito.

Derek ligou para Spencer. Ele desligou e viu Penelope empalidecer.

Meia hora se passou e Reid finalmente chegou.

— Spencer. – Ela pegou a mão de Reid. – Eu sinto muito por ter que ser assim. Há uma carta para você se algo acontecer comigo. Eu só quero que você saiba que se eu não voltar, se isso não der certo, eu sempre vou te amar.

— Pen... – Reid tentou parar as lágrimas estupidas.

— Você promete cuidar dessa garotinha com Derek? – Ela fechou os olhos.

— Sim. – Reid respondeu. – Eu prometo para você Penelope.

— Senhorita Garcia? – O médico entrou. – Estamos preparando para a sua cesárea. Vamos dar duas horas e depois vamos começar os procedimentos.

— Obrigado. – Ela falou baixinho. – Estou com medo Derek. – Ela recebeu o abraço de Derek e de Reid. – Eu não quero morrer. Mas se eu fizer você precisa ser feliz.

A equipe apareceu no hospital e um por um deram boa sorte a Penelope e desejaram que ela voltasse para eles.

Ela foi levada para a sala de parto e o pesadelo de Derek só aumentava. Ele foi para a capela do hospital. Ele estava em uma quando ela foi baleada e ele estaria rezando para ela sobreviver.

Penelope estava adormecida na mesa. As primeiras anestesias começaram a ser administradas nela e ela estava completamente dependente das máquinas.

Eles começaram a abrir Penelope e o médico suava demais. Era perigoso, tanto para mãe quando para o bebê. Um erro e eles perderiam ambas.

O monitor cardíaco de Penelope começou a ficar irregular. O coração de Derek acertou e ele começou a chorar. Uma hora, quatorze minutos, 16, 17, 18 segundos.

— Chame o pai e diga para ele fazer a escolha. – O médico pediu. – Vamos tentar salvar ambas, porém se alo der errado...  – Ele não concluiu.

— Agente Morgan. – O enfermeiro entrando na capela olhou para o homem chorando. – Preciso da sua escolha.

— O bebê. – Morgan pronunciou e se arrependeu quando o enfermeiro saiu.

O médico tirou a bebê de Penelope e as linhas ficaram totalmente planas.

Derek desabou no chão como se tivesse sido chutado. Ele sabia em seu pensamento o que aconteceu. Sua Penelope estava morta. Mas ela não poderia morrer agora.


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Notas finais do capítulo

"A lágrima mais amarga derramada sobre túmulos, é para palavras que não foram ditas e planos não realizados. - Harriet Beencher Stowe."



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