Dragon Ball GT Kai escrita por FagnerLSantos


Capítulo 84
Ao encontro do familiar ki desconhecido! A investigação de Gohan!




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Piccolo Daimaoh, o terrível demônio que fez o mundo sofrer sob o seu jugo no passado, tinha tudo pronto fazê-lo novamente no presente, só que agora com os plenos poderes do título de Kami-Sama. Após ter destruído as Sementes dos Deuses junto com a própria Torre Karin, o namekuseijin ascendeu de volta à Plataforma Celeste, a qual possuía alguns pequenos resquícios da batalha que havia ocorrido ali antes do demônio atacar a morada do Mestre Karin. O corpo do Sr. Popo que, como um bom guardião, tentara defender seu Kami-Sama até o fim, se encontrava estirado de bruços no pátio, de onde Daimaoh o tirou, o pegando pela gola do colete e jogando-o longe para trás a despencar daquela altura em queda livre. O corpo de Dendê jazia mais adiante e Daimaoh se aproximou e se abaixou, olhando diretamente para o rosto inexpressível e sem vida dele.
— No passado, Kami e Piccolo Daimaoh se separaram porque o namekuseijin que era composto por eles não poderia ser Kami-Sama devido à maldade em seu coração e veja a ironia... Depois de tantos anos, essa maldade por si só se tornou Kami-Sama. - nuvens escuras começavam a pairar em volta da Plataforma Celeste, enquanto Daimaoh fechava os olhos de Dendê com a mão. - Depois que todos em Namekusei foram mortos, incluindo o Patriarca, eu agora sou o último namekuseijin vivo... Bem, eu e os que foram deixados vivos para serem transformados em Máquinas Mutantes, mas estes já viraram almas perdidas rumo à morte que não respondem por si mesmos. - ao caminhar até a borda e olhar para baixo, vieram em sua mente as imagens das batalhas que estavam acontecendo em todo o globo. - É realmente espantoso ser Kami-Sama, posso ver tudo daqui, quase como se eu fosse onipresente no mundo inteiro. A ideia original era ter o controle sobre as Esferas do Dragão, usando-as apenas ao nosso favor e podendo desativá-las a qualquer momento, mas essas outras vantagens me colocam no patamar que eu sempre desejei, tenho em minhas mãos o destino de cada pessoa. Mas por que parar por aí? Quero que toda a Terra saiba que Piccolo Daimaoh é o seu deus!
Daimaoh se voltou para o pátio e forçou suas entranhas para expelir um ovo pela boca e assim o fez, repetindo o processo mais três vezes. Do primeiro ovo surgiu um pequeno ser humanoide de pele verde claro com feições de pterodátilo, o qual foi vestido com um robe vinho e lilás, um lenço azul como capa em volta dos ombros e uma joia vermelha em um colar dourado. Do segundo saiu um ser verde escuro de estatura média com a aparência de uma gárgula, o qual foi vestido com uma calça escura, sapatos azuis e lenço vermelho em volta da cintura. Do terceiro surgiu um ser grande e barrigudo, também de pele verde escuro, com chifres, asas e feições de dragão. Já o ser o do quarto e último ovo era grande, forte e rechonchudo, o qual foi vestido com uma calça azul e um lenço laranja ao redor da cintura. Os quatro tinham olhos marcados por uma cruz.
— O que está acontecendo? - perguntou o ser do primeiro ovo.
— Piano, Tambourine, Cymbal, Drum... Vocês renasceram através de mim, mas não são mais os mesmos de antes, pois assim como Ukulele, vocês herdaram meus atributos de Androide Mutante. Entretanto, Ukulele era apenas um teste para o seu renascimento com corpos perfeitos, pois eu lhes outorguei capacidade de se reproduzirem. Piano ficará aqui e será o meu guardião como Kami-Sama enquanto que vocês três irão fazer meu exército de demônios renascer. Então vão, espalhem-se e reproduzam-se, aniquilem todos os humanos e passem por cima até mesmo das Máquinas Mutantes do Doutor Myuu se for preciso!
Tambourine, Cymbal e Drum saltaram da Plataforma Celeste e partiram voando para direções distintas enquanto Piccolo os observava na companhia de Piano. Talvez ele ainda não tivesse percebido, mas graças aos poderes mágicos que ganhou como Kami-Sama, a influência do dispositivo de controle mental dos cientistas já não era mais tão grande sobre ele. Assim como Babidi e Moro, Piccolo Daimaoh havia passado de servo a aliado ocasional do Dr. Gero e do Dr. Myuu, lutando juntos apenas por um objetivo comum em sua própria autonomia.

Lá em baixo a chuva caía, mas Yajirobe e Upa estavam abrigados em uma grande tenda onde estavam alojados as mulheres, as crianças e os homens sobreviventes da Tribo Karinga. O peito do samurai gorducho estava recebendo um curativo por parte do Mestre Karin naquele momento.
— Aiaiaiaiai...
— Fica quieto Yajirobe, desse jeito eu não vou conseguir te enfaixar!
— Me desculpa Yajirobe, se eu tivesse protegido as Sementes dos Deuses, você não precisaria passar por isso.
— Não foi culpa sua filho. - disse o velho Bora que machucado, se aproximou de Upa apoiado em sua lança. - Você fez tudo o que podia.
— O pior é que o Piccolo Daimaoh conseguiu o que queria, ele destruiu a Torre Karin enquanto vínhamos para cá e eu não pude fazer nada para impedi-lo, sinto que falhei como protetor da Terra Sagrada de Karin.
— Provavelmente o objetivo daquele demônio nunca foi conseguir as Sementes dos Deuses, mas sim destruí-las para impedir que Goku e os outros as utilizassem no conflito que está acontecendo na Terra. - disse Karin. - O pior é essa história dele afirmar que é o Kami-Sama, eu havia sentido mesmo que algo estava errado na Plataforma Celeste pouco antes dele aparecer lá na torre.
— Espera um pouco... - Yajirobe começou a falar, com cara de dor. - Como é que pode um cara daquele ter se tornado Kami-Sama? Que eu saiba, é preciso ter um coração puro e sem maldade para isso, não é não?
— De fato, o Kami-Sama é o guardião de um planeta que é eleito entre os próprios humanos e só pode haver um por mundo. Ele é o elo que liga os mortais aos deuses e por isso é que o Kami-Sama não deve possuir maldade alguma em seu coração. No entanto, a maldade em si não é um empecilho para que alguém seja ascendido ao título de Kami-Sama e cabe ao guardião em exercício escolher com sabedoria o seu sucessor.
— Fala sério, eu não acho que o Dendê entregaria o cargo para um monstro como o Piccolo Daimaoh... Ai! - afirmou Yajirobe, ainda enquanto Karin o enfaixava e continuava sua explicação.
— Isso é o mais preocupante, pois para Piccolo Daimaoh ter se tornado Kami-Sama nestas condições, ele teria não só de ter matado o guardião anterior como também usurpado o seu título.
— Como? Quer dizer que é possível roubar o título de Kami-Sama? - perguntou Upa.
— Sim, mas isso não é uma tarefa fácil. Para que um humano possa se converter em Kami-Sama, um ser com a percepção de um deus, é necessário que ele coma a Essência de Deus, um orbe de energia com a aparência de um vagalume que é outorgado a cada planeta pelo Kaioh guardião da galáxia onde o mesmo pertence. A Essência de Deus entregue a Terra chegou aqui há muito tempo, quando a raça humana evoluiu o suficiente para ter um Kami-Sama e desde então ela tem sido passada de sucessor a sucessor. Para evitar que caísse em mãos erradas, ela veio selada em um recipiente transparente e indestrutível com a aparência de um lampião e apenas o guardião do Kami-Sama ou o próprio Kami-Sama têm conhecimento para quebrar o selo e se por acaso o Kami-Sama em exercício morrer sem antes passar a Essência de Deus de dentro de seu corpo para um sucessor, a mesma retorna para o lampião e é selada novamente, cabendo mencionar que esse recipiente permanece em segurança em uma sala oculta por magia na Plataforma Celeste.
— Isso quer dizer que... - Upa foi interrompido, com Karin concluindo seu raciocínio.
— Isso quer dizer que, para Piccolo Daimaoh ter conseguido se converter em Kami-Sama, ele precisaria ter conhecimento dessa sala, do recipiente, dos selos para abrir ambos e também de todo o processo para se tornar um Kami-Sama e isso é muito estranho, já que Piccolo Daimoh era a parte má do Kami-Sama anterior e foi separado antes que pudesse ter acesso a qualquer conhecimento desse tipo. - Karin terminava de enfaixar Yajirobe naquele momento. - Pronto, você vai ficar bem Yajirobe, tenho orgulho do que fez.
— Obrigado, eu acho...
— Bem, isso é apenas parte do mistério. - disse Bora. - Também não sabemos ainda o motivo que levou esse monstro a fazer isso tudo.
— Eu só queria ser mais forte para poder derrotá-lo, mas aquele monstro é muito poderoso... - lamentou Upa.
— Eu também gostaria de poder chutar a bunda daquele demônio por ele ter destruído a minha torre, mas acho que tudo o que podemos fazer é nos protegermos enquanto esperamos que Goku, Uub ou alguém venha enfrentá-lo.

Karin havia dito aquelas palavras sem saber que um guerreiro, atraído pelo que pensava ser o ki de seu finado mestre, já atravessava aquelas terras verdejantes. A cena da Torre Karin tombada no meio da floresta e se desfazendo com as chamas que insistiam em queimar, mesmo com a chuva caindo, o chocou a ponto de fazê-lo frear seu voo.
— O que é isso? Não pode ser! - Gohan ficou sem palavras. - Tenho certeza que foi daqui que eu senti um ki como o do Senhor Piccolo naquela hora, o que está acontecendo? Será que o Mestre Karin e o Yajirobe estão bem? - Gohan olhou em volta quando sentiu mais uma vez a energia que o guiara até ali, voltando o seu rosto para o alto. - É aquele ki!
Sem pensar duas vezes, Gohan ascendeu aos céus, rumo a Plataforma Celeste.

Daimaoh caminhava por um corredor do templo ao lado de Piano quando uma visão invadiu sua mente no momento em que percebeu a energia do saiyajin se aproximando de sua nova morada.
— (Go... Gohan?!) - ele disse a si mesmo mentalmente e inconscientemente.
— Aconteceu alguma coisa senhor, meu pai? - perguntou Piano ao ver que Daimaoh parou, estarrecido por um instante.
— N-Não é nada, só que... - ele sorriu malignamente. - Não esperava que fosse vir tão cedo. Será que ele veio em busca da entrada que fiquei de destruir para os cientistas?
— Ele? Ele quem?
— A pessoa mais importante na vida do meu finado filho Piccolo: Son Gohan, o filho de Goku.

Na Corporação Cápsula, Bulma e seu pai ainda trabalhavam para remover a mutação de Daburá. Buu e Satan jaziam do lado de fora do laboratório, no corredor junta à porta, enquanto que Vegeta, teimoso como sempre, estava lá dentro num canto à contragosto de sua esposa, sentado de braços cruzados em uma cadeira com a feição carrancuda e pensativa.
"A energia de um Super Saiyajin Blue... Pelos meus cálculos, já devo ter o suficiente, minha missão aqui terminou."
"Seu verme, esse ki que você emite é meu! Eu ainda não entendi o seu propósito, sua cópia fajuta de androide. Por que você não luta pra valer? Por que faz tanta questão de receber os meus ataques? Por acaso é tão fraco que não pode se defender sem precisar do poder dos outros?"
"Adeus Vegeta..."
"Como é que é?"
Enfurecido com a lembrança do Androide Mutante #17 fugindo diante de seus olhos, o Príncipe dos Saiyajins deu um murro na parede, a rachando e quase a fazendo desmoronar, o que assustou Bulma.
— Vegeta, o que é isso?! Se você vai ficar aqui, pelo menos faça silêncio ou então nós não vamos conseguir trabalhar direito!
— (Verme maldito! Qual era o seu objetivo no final das contas? Por que queria o meu poder?!) - ignorando sua mulher, ele perguntava a si mesmo em pensamento.
Com a ajuda de uma seringa microscópica ligada a uma mangueira de sucção, Dr. Briefs terminava de ajuntar em um tubo de ensaio o que parecia ser um fluído metálico líquido.
— Pronto, essa era a última região de células. Se fizemos tudo certo, acredito toda a rede magnética deva estar limpa.
— Perfeito, agora é a hora da verdade! - em uma cirurgia minuciosa, Bulma removeu cuidadosamente o dispositivo auricular, o qual não mais estava ligado magneticamente ao cérebro de Daburá. - Funcionou, como eu imaginava!
— Conseguiram? Já terminaram de restaurar esse sujeito? - perguntou Vegeta, se levantando e se aproximando.
— Terminar? Nós estamos apenas começando.
— Começando? Mas que bobagem está falando? Eu pensei que só bastava limpar as células dele e remover essas coisas que ele tinha nas orelhas.
— Infelizmente isso não é assim tão fácil, o trabalho que o Doutor Gero e o Doutor Myuu fizeram é tão complexo que é quase como quebrar uma criptografia. - explicou o Dr. Briefs. - Esse dispositivo que mantinha toda a mutação estável funcionava ligado a uma rede magnética que interligava todas as células e a única forma de removê-lo com segurança era desfazendo toda essa rede primeiro.
— Sem removermos esse dispositivo, é impossível desconstruir as modificações mecânicas feitas às células. - complementou Bulma.
— Então essa perda de tempo vai demorar mais ainda?
— Ninguém está te segurando aqui, você pode ir atrás do Trunks se quiser.
— Acha mesmo que esse maldito vai simplesmente ajudar a salvar o Kakarotto e o Uub só porque não responde mais ao Gero e ao Myuu?!
— Acho. Por quê?! - Bulma o desafiou cara a cara.
— Não seja ingênua, esse sujeito é traiçoeiro!
— Ah é? Me dê um exemplo então!
— Ele lutou com o filho do Kakarotto na nave do Babidi e mesmo tendo chance de ganhar, preferiu abandonar a luta só para aquele mago ter a chance de tentar me controlar! Acha isso pouco?!
— Não, eu não acho, mas você não conheceu o Daburá redimido no Outro Mundo como eu. As pessoas mudam sabia? Você mesmo é um exemplo disso!
— Argh! Que mulher mais teimosa!
De lado vendo a filha discutir com o marido, Dr. Briefs não sabia o que dizer, até que lhe ocorreu a ideia:
— Esperem, por que então nós não o despertamos agora e conferimos se ele vai ou não nos ajudar? Ele não poderá reagir estando com as células instáveis se por acaso o Vegeta estiver certo.
— Hmm... Eu não queria fazer isso antes de desconstruirmos a mutação dele, mas se não há outro jeito...
Bulma fixou um par de eletrodos na testa de Daburá, os quais estavam ligados a um aparelho que gerou um estímulo elétrico em seu cérebro, a fim de forçar a retirada do seu repouso induzido. Aos poucos, o demônio foi abrindo os olhos de fundo amarelo, os quais ainda tinham a marca de cruz.
— O Paraíso... - voltando a si, Daburá percebeu que não estava onde pensou estar. - Onde... Onde estou?
— No meu laboratório. - respondeu Bulma.
— Você... - Daburá olhou bem para a cientista de vestido longo laranja, algo que Vegeta pareceu não gostar. - Eu me lembro do seu rosto, você é...
— Bulma.
— Sim, claro, Bulma! É um prazer revê-la, você continua belíssima, mesmo depois de tanto tempo.
— Err... Obrigada...
Bulma se sentiu incomodada com grotesco demônio, ainda que tenha gostado do elogio. Vegeta por outro lado já estava transbordando de raiva e avançou no pescoço de Daburá, o erguendo pelo colarinho.
— Verme miserável, como se atreve?! Eu vou te matar!
— É você Vegeta? - Daburá não conseguia se mexer. - Parece que seu coração já não é mais cheio de maldade como antes.
— Vegeta, se acalme! - exclamou Bulma.
— Está tudo bem Bulma, eu o entendo. Pode ficar tranquilo Vegeta, a sua esposa e eu somos apenas bons amigos, jamais a tomaria de você quando sei que é você quem ela ama.
Vegeta desviou o rosto para sua esposa, que o assistia de braços cruzados, com cara de poucos amigos. Um tanto confuso, o príncipe não aguentou perguntar:
— Isso é...
— Sim, sim, é verdade, agora quer soltar o Daburá, por favor? As células dele estão instáveis e qualquer movimento brusco pode fazer com que elas arrebentem, gerando uma reação em cadeia que pode matá-lo sem que antes ele possa nos ajudar a salvar o Goku e o Uub!
Levemente constrangido, Vegeta o largou de volta na mesa, com o corpo do demônio caindo duro e pesado. Logo o saiyajin notou a reação da sua esposa, o deixando irritado.
— Do que está rindo?
— É que eu achei lindo ver você com ciúmes de mim.
Ela piscou e Vegeta ficou vermelho de vergonha, deu as costas e se afastou para o seu canto.
— Ah, o amor... - Daburá comentou sem poder se mexer, com os olhos a brilhar em um sorriso que até dava medo de tão estranho, isso enquanto era reacomodado pelo pai da Bulma. – Sinto que estou livre da influência que o Doutor Gero e o Doutor Myuu geravam em minhas decisões, mas meu corpo está pesado...
— Isso se deve ao fato de que toda a rede magnética que mantinha suas micro-melhorias mecânicas no lugar foi removida e por causa disso, elas não funcionam corretamente. - explicou o Dr. Briefs. - Sem essa rede, as suas células não conseguem suportá-las, é como se tivessem ficado com sobrepeso, por isso você não consegue se mover. Mas não se preocupe, nós vamos removê-las e então você voltará a ser uma pessoa normal.
— Muito obrigado por estarem fazendo isso por mim, mesmo depois de eu ter sido mau com os terráqueos pela segunda vez.
E então, naquele instante, Buu entrou mais do que apressado no laboratório.
— Espere Buu, você não pode entrar assim! - disse Satan ao entrar logo na sequência, mas o majin o ignorou e se pôs junto à mesa onde Daburá jazia deitado.
— Majin Buu?
— A Bulma me falou que quando acordasse, você já não ia ser mais um cara mau. Então me fala, como eu posso salvar o Uub do lugar onde o Babidi jogou ele?!
— Eu...
— Por favor! - sem levantá-lo, Buu o segurou com as duas mãos pelo colarinho, tamanho era seu desespero que Daburá estava chocado.
— Eu lamento Majin Buu, se eu soubesse, o ajudaria para reparar um pouco do mal que fiz, mas realmente não sei como tirá-lo do Abismo, me desculpe.
Os olhos cerrados do majin começaram a lacrimejar e como uma criança desesperada, ele saiu correndo em prantos na direção da saída, sem saber o que fazer.
— Buu! - Satan o seguiu, deixando os que ficaram com pena ao vê-lo daquela forma.
— Escuta, você realmente não sabe como tirar o Uub e o Goku do Abismo? - perguntou Bulma.
— Eu lamento, mas nem mesmo eu sei como chegar ao recinto das almas assassinadas pela Família do Mal, apenas Moro e Babidi conheciam o encanto para abrir um portal até lá.
— Hmpf! Tanto trabalho para salvar esse sujeito por nada. - comentou Vegeta. - Só o que sobrou foi pedir ao Shen Long que traga o Kakarotto e o Uub de volta desse lugar.
— Mas no meio desse caos em que a Terra se encontra, reunir as Esferas do Dragão é uma missão quase impossível. - comentou o Dr. Briefs. - Talvez fosse melhor a Bulma ir até aquele tal de Zuno e perguntar para ele a respeito do Abismo, se ele sabe de tudo, certamente deve saber como podemos chegar até lá.
— Err... Talvez isso não seja uma boa ideia. - Bulma se recordava do constrangimento que foi a vez em que esteve lá com Jaco para saber a respeito das Super Esferas do Dragão.
— Se não é uma boa ideia, então o que você sugere? - perguntou Vegeta.
Antes que Bulma pudesse responder, uma pequena mulher idosa em trajes de bruxa negros, flutuando em cima de uma bola de cristal adentrou a sala.
— Talvez eu possa ajudar. - disse a Vovó Uranai, acompanhada de seu guarda-costas, um guerreiro do Outro Mundo de cabelos vermelhos cuja mão jazia em seu cachecol branco.

Gohan continuava seu voo rumo às alturas enquanto que Piccolo Daimaoh se encaminhava para fora do templo, no intuito de recebê-lo quando chegasse.
— Senhor, deixe-me enfrentá-lo em seu lugar!
— Não Piano, ele não é um oponente para você. Lembre-se que, mesmo agora, você não é um lutador nato, assim como os namekuseijins da Família do Dragão. Seu poder atual é inferior até mesmo ao poder de Ukulele e suas habilidades não seriam suficientes para vencê-lo, só eu posso enfrentar Gohan.
— Entendo, mas se ele era muito amigo de Piccolo Junior...
— Por isso mesmo, tenho que ter certeza de que minha alma maligna não foi corrompida...
Nisso Gohan surgiu, ascendendo além do nível da Plataforma Celeste. Lá do alto, o saiyajin enxergou o namekuseijin de braços cruzados ao lado de seu guardião, servo e filho, o olhando de volta com um sorriso maligno.
— Senhor Piccolo?
O ki familiar vindo daquele estranho indivíduo intrigava Gohan enquanto sua capa balançava ao vento. Seu combate contra Piccolo Daimaoh estava prestes a começar enquanto os corpos de Uub e Goku continuavam inertes nas profundezas do Abismo.


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Notas finais do capítulo

BEHIND THE SCENES #39
O conceito de passagem do título de Kami-Sama nunca foi explorado a fundo em Dragon Ball, o que me levou a criar um para essa história, sem gerar incoerências com a única passagem de título dentro do cânone para o Dendê na Saga Cell, obviamente.
A Essência de Deus foi inspirada nos Lums da série Rayman, pois achei que um conceito parecido com isso seria bem o estilo de ideia simples do Akira Toriyama. Olha aí meu lado gamer atacando de novo como inspiração na história!



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