Dragon Ball GT Kai escrita por FagnerLSantos


Capítulo 26
Soba revela seu passado! A trágica história dos yadoratseijins e dos tsufurujins!




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— (Sim, este deve ser Son Gohan, um descendente daquela raça de símios selvagens que desgraçou ao meu povo! Finalmente os encontrei!)
Gohan olhou a destruição em volta, lá do alto também conseguiu avistar Kuririn desacordado no chão.
— Kuririn! - ele olhou para a face de #18, que o encarava com um olhar sério de ódio. - O que houve aqui #18?
— Saiyajin... - Baby falou com sua voz robótica cheia de ódio enquanto os lábios de #18 se moviam.
— #18?
— MORRA! - exclamou ao juntar as mãos e disparar um ataque de energia contínua enorme que abriu uma fenda no chão, arrastando Gohan para longe da cidade por vários quilômetros, onde a explosão destruiu uma montanha.
#18 foi voando até lá e pairou no alto da montanha destruída, onde a poeira baixou e revelou Gohan com alguns machucados, envolto em uma aura branca. Seu olhar estava diferente, mais sério, mais imponente, seus cabelos, ainda negros, estavam mais espetados e com uma franja na frente, Gohan havia acessado seu Estado Definitivo, o qual ainda possuía graças aos treinamentos que fazia quando sobrava tempo. #18 o olhou com ainda mais raiva, transmitindo todo o ódio que Baby estava sentindo e avançou com tudo na direção dele enquanto Gohan permaneceu parado, pronto para o impacto.

Enquanto isso, na Capital do Oeste, Bulma recebia a chamada de Videl:
— Preso por terrorismo? Não me diga que aquele idiota tentou usar a tal bomba de extinção ou algo do tipo?!
"Eu sei que é estranho, mas aconteceu de verdade e a Cidade Satan não fala em outra coisa!" - disse Videl do outro lado da linha.
— Está bem, está bem, eu vou para aí agora mesmo para descobrir o que houve!
"À propósito, peça para o Senhor Goku trazer a Pan para casa, está ficando tarde aí e com o que anda acontecendo, eu estou preocupada."
— Oh... - Bulma ficou sem saber o que responder. - A Pan está bem, não se preocupe, eu vou falar para o Goku levar ela quando eles voltarem.
"Quando eles voltarem? Voltarem de onde?"
— Eh... Do jardim, eles estão lá atrás no jardim, não se preocupe. Aliás, não tenha pressa, é mais seguro para a Pan ficar aqui, já que essas coisas estão acontecendo em Cidade Satan não é? Então ela ficará mais segura aqui.
"É verdade, acho que tem razão. Ela está com os avós e a Pan adora eles, principalmente o Senhor Goku."
— Não se preocupe, vamos cuidar bem da Pan! Agora eu irei para aí ver essa situação do Jaco, algo certamente está errado.
"Sim, eu e o Gohan também achamos."
— Obrigada por avisar!
"Não foi nada, até mais Bulma."
— Até mais!
Bulma então desligou o telefone e nisso Chi-Chi chegou e perguntou:
— O que aconteceu? Eu ouvi você falando no Goku e na Pan, foi a Videl quem ligou não é?
— Eh... Não foi não, foi impressão sua!
— Bulma, você escondeu dela que o Goku levou a Pan para sabe-se lá onde?!
— Não, eu não escondi, não era a Videl!
— Verdade? Me desculpe então.
— Eu vou ter de sair, surgiu um problema que eu preciso resolver. Eu sei que o Vegeta e a Bra saíram, mas meus pais estão em casa e o Pilaf também para o que precisar, fique a vontade enquanto espera pelo Goku e pela Pan.
— Está bem, obrigada Bulma!
— De nada! - ela disse antes de se retirar e nisso ela falou consigo mesma. - Oh Goku, você me mete em cada problema... Só espero que, o que esteja ocorrendo com o Jaco não seja mais uma daquelas situações em que a Terra acabe em perigo, seria horrível se isso acontecesse justo agora que você não está...

Goku e Pan caminhavam junto de Daishinkan pelo grande corredor do Palácio de Zeno.
— Essa comida estava deliciosa, não é mesmo Pan?
— É sim, o senhor cozinha muito bem Senhor Daishinkan!
— Na verdade, eu apenas materializei a comida com base no que vocês queriam comer, mas agradeço pelo elogio mesmo assim.
Eles continuaram andando, até que finalmente chegaram à presença dos Zenos, o do futuro e o do presente.
— Goku! - exclamaram ambos ao se levantarem de seus tronos e irem flutuando até ele.
— Zen-chan! - disse Goku ao pegar as mãos de ambos e sacudi-los no ar. - Como vocês estão?
— Nós estamos bem! - disse um deles.
— Estamos muito bem! - disse o outro.
— Aqui está o Son Goku como você queria Zeno-sama. - disse Daishinkan.
— Obrigado Daishinkan!
— É, obrigado Daishinkan!
— Eu trouxe minha neta comigo, espero que não tenha problema!
— Oi, eu sou a Pan!
— Pan! - disseram ambos em uníssono, indo até ela. A menina ficou confusa com os Zenos parados em sua frente.
— Vai lá Pan, cumprimenta o Zen-chan! - disse Goku e então Pan fez como ele, pegou as mãos de ambos e os sacudiu no ar, fazendo com que ambos rissem.
— Hahahah... Ela também consegue fazer isso! - disse um deles.
— Hahahah... Ela é divertida como o Goku! - disse o outro.
— Obrigada!
— Que bom que veio nos conhecer, espero que possa brincar conosco!
— É, espero que possa brincar conosco!
— Claro, meu avozinho disse que vocês são muito legais!
— Bem, mas diz aí Zen-chan, por que mandou me chamar? - Goku indagou curioso.
— Oh, é verdade, nós precisamos de sua ajuda Goku!
— É, nós precisamos de sua ajuda Goku!
Eles então saíram flutuando e Goku os seguiu junto de Pan e Daishinkan até que chegam a outro lugar do templo onde havia uma mesa com um tipo de tabuleiro. Ao lado, um indivíduo robusto de cor cinza usando traje preto e vermelho colado ao corpo encontrava-se inanimado, adormecido dentro de um tipo de cúpula de energia que parecia um grande cristal, Goku logo o reconheceu:
— Jiren!

Neste mesmo momento, no Planeta Yadorat, Trunks, já recuperado, tinha um extintor de incêndio nas mãos com o qual havia apagado as chamas da nave espacial. Avaliando os estragos, viu que a situação não era nada animadora, mas que também poderia ter sido pior se não tivessem apagado o fogo a tempo.
— Nós sentimos muito pelo Mestre Soba. - disse um dos yadoratseijins que estavam com ele.
— Mas o que deu naquele homem afinal? Por que ele nos atacou?
— Ele é assim, o Mestre Soba perdeu a capacidade de amar que nosso povo possui.
— Então por que têm tanto respeito por ele?
— Porque ele é o último yadoratseijin da geração pioneira ainda vivo, é alguém com ainda mais autoridade que o nosso ancião, o Mestre Pybara. Ele sempre foi assim, não confia nas pessoas, vive sempre isolado e não fala com ninguém.
— Seja como for, preciso consertar a nave espacial o mais depressa possível, meus amigos e eu temos que voltar para o nosso planeta o quanto antes!
— Nós vamos ajudá-lo no que for preciso Senhor Trunks, é o mínimo que podemos fazer.
— Obrigado, vocês são muito gentis!
Enquanto isso, os demais foram levados para o vilarejo ali próximo, onde os yadoratseijins lhe prepararam um grande banquete como pedido de desculpas. A comida era rústica, mas era semelhante a da Terra.
— Hum... Isso daqui não é nem um pouco requintado, mas está muito gostoso! - comentou Marron.
— É verdade, parece um arroz, só que é mais escuro e mais forte. - Goten concordou e olhou para o lado, vendo Gill, que também estava ali na mesa, se deliciando com uma tigela cheia de pedaços de metal e mais ao lado Uub, com os cotovelos apoiados na mesa e a face apoiada nas mãos juntas, muito pensativo.
"Disse Yadorat? Será que esse é o mesmo planeta em que meu pai esteve quando escapou da explosão de Namekusei?"
"Heheheh... Não é interessante? O que é parecido com ele é o outro, mas o que tem os movimentos dele é você, eu jamais teria imaginado."
— Uub? - Goten interrompeu os pensamentos dele.
— Hum? Goten?
— Você não quis tocar na comida e olha que aí na sua frente está uma tigela cheia com uns bolinhos cobertos de açúcar. Aconteceu alguma coisa?
Uub ficou em silêncio por uns instantes e então indagou:
— Você não se pergunta por qual razão o Soba ficou tão interessado em você?
— Interessado? Em mim?
— É mesmo, ele olhava o Goten de uma maneira diferente, por que será? - Marron perguntou-se.
— Ele tirou o Trunks do caminho para avançar direto em você e só atacou a nave porque achou que você iria fugir e me deixar lutando com ele.
— Eu não tinha reparado nisso, mas agora que você está falando, faz sentido.
Trunks e alguns yadoratseijins adentravam a sala naquele momento.
— Trunks? - Marron disse ao percebê-lo entrando.
— Pessoal, com base nos recursos daqui, acho que poderei deixar nossa nave pronta em uma semana se eu trabalhar duro, o que significa que iremos conseguir levar as Esferas do Dragão a tempo!
— Isso é uma ótima notícia! - disse Marron animada.
— Nós iremos hospedar muito bem vocês durante esse tempo, então não precisam se preocupar. - disse um dos yadoratseijins.
— Uma semana? Acho que é a oportunidade perfeita Marron!
— Para que Goten?
— Para um treinamento intenso ao ar livre! Creio que é tempo o suficiente para você aprender a controlar bem os seus poderes, já que você já sabe o básico.
— Acha mesmo?
— Claro! E então Marron, topa ir treinar comigo?
— Eu... adoraria. - ela respondeu sorrindo e ele ficou desconsertado. - Por que está com essa cara?
— É que é a primeira vez que eu convido uma garota para treinar ao invés de convidar para sair...
— Está sugerindo que o nosso treinamento é um encontro?
— O que? Não, não é essa a intenção!
— Seu pervertido com segundas intenções!
— Se é por causa daquilo, eu já expliquei que não foi minha culpa, eu não sabia mesmo que você estava no banheiro naquela hora! Marron!
Goten se retirou, seguindo Marron que saiu bicuda da sala. Uub, ainda pensativo, então se levantou de sua cadeira e perguntou:
— Sabem onde posso encontrar o Soba?
Trunks e os yadoratseijins se entreolharam, até que um dos yadortajins respondeu com outra pergunta:
— O Mestre Soba...?

Na Terra, a luta entre Gohan e Baby #18 esquentava, o saiyajin estava praticamente inteiro, enquanto que #18 tinha alguns ferimentos. Gohan a atingiu com um soco de direita na face, seguido de um de esquerda na barriga e depois outro de direita na face, jogando-a para trás, terminando a combinação ao atirar uma esfera de energia que explodiu em cheio.
— Eu sinto muito por isso #18...
Ofegante ao subir novamente, #18 tinha um olhar assassino e com grande fúria apontou seu dedo indicador e disparou um raio de energia em direção à cabeça. Gohan a moveu para o lado para desviar e então respondeu posicionando as mãos próximas à testa e disparou um Masenko que a loira não teve tempo de desviar, sendo arrastada em diagonal em direção ao solo, onde o ataque explodiu. Deitada no meio da cratera e das rochas, #18 se encontrava com vários ferimentos e com alguns rasgos em suas roupas que revelavam parte de seu corpo, levantou-se com dificuldade enquanto olhava Gohan lá no alto. Baby se sentia humilhado e transmitia isso no olhar de ódio que #18 tinha.
— (Esse símio maldito é muito poderoso! O poder dele em relação ao de #18 não tem sequer comparação, acho até que ele está se segurando para não machucá-la, maldito seja!) - ele pensava. - (Eu ainda não estou pronto, detesto admitir, mas a única maneira de eu vencer esta luta é penetrando no corpo dele para continuar me desenvolvendo e para isso tenho de encontrar uma maneira de fazê-lo liberar seu poder. Se é para usar o corpo dele, então irei usar esse incrível poder saiyajin ao meu favor!)
#18 então transmitiu um sorriso malévolo, o que deixou Gohan pensativo com tal mudança de atitude:
— (O que está havendo? Por que razão a expressão dela mudou tão de repente? Essa com certeza não é a esposa do Kuririn, pois sinto um ki vindo dela, um ki maligno e obscuro. Parece que algo a infectou e com certeza este algo é responsável pelos atos estranhos de Jaco, de Kuririn e agora da #18. No entanto, esse algo é um ser racional e parece que odeia os saiyajins por alguma razão, tenho que tomar cuidado e pensar em alguma forma de tirá-lo de dentro da #18 sem machucá-la para descobrir o que pretende.)
#18 apontou a mão esquerda e disparou um ataque contínuo de energia em direção a Gohan, que o segurou bloqueando com os braços, o ataque começou a empurrá-lo, mas ele não reagia e nisso Baby ficou irritado, fazendo #18 desaparecer e reaparecer diante dele, lhe desferindo um soco de esquerda que o jogou para trás.
— Vamos, me ataque seu saiyajin nojento! HAAAAH! - Baby gritou dentro de #18 enquanto aplicava uma combinação furiosa de golpes que Gohan apenas bloqueava, até que ela apontou suas duas mãos juntas, carregando-as com uma energia roxa por onde uma barragem de esferas de energia saiu, começando a atingir Gohan à queima-roupa e arrastando-o para trás, o que, aos poucos, o estava deixando inquieto.
— Pare com isso #18!
#18 então começou a disparar vários Kienzans em sequência, os quais passavam por Gohan, lhe ocasionando vários cortes nas pernas e nos braços e apontou suas duas mãos juntas, disparando um ataque de energia contínua. Pressionado ao bloqueá-lo, Gohan se enfureceu:
— Chega! - ele exclamou ao liberar sua energia, expandindo-a para anular o ataque.
— É agora! - Baby exclamou ao sair do corpo de #18, que caiu ao relento, e se dividir ao penetrar a aura de energia expandida de Gohan, que percebeu o ocorrido, mas era tarde demais.
— Essa não! GAAAH... - Baby começou a penetrar pelos cortes que haviam em seu corpo, Gohan levou as mãos à cabeça, tentou resistir e lutar mentalmente, Baby demorou um pouco mais desta vez em relação aos corpos anteriores, mas no fim ele conseguiu, o corpo de Gohan era seu.
— Por um momento, achei que não fosse conseguir, a mente dele é muito forte. - ele disse ofegante com sua voz robótica ao fazer os lábios de Gohan se moverem e ao olhar para suas mãos. - O poder que esse rapaz tem é impressionante, sinto o poder saiyajin dele circulando por todo o corpo! Será que ele é mais forte que o irmão da #18? Fato é que eu preciso de muito mais poder do que isso, agora na mente de Gohan eu consigo ver claramente, os dois saiyajins puros estão em um patamar diferente dos demais. Um deles é o pai de Son Gohan, o Son Goku e o outro é... Vegeta? - aquele nome deixou Baby furioso, fazendo Gohan fechar o punho com tanta força a ponto de sangrar.

Enquanto isso, em uma alta montanha do Planeta Yadorat, Soba observava o Sol longínquo no horizonte enquanto o vento batia em seu rosto. Uub estava voando ali próximo, olhando tudo em volta até que o avistou e aterrissou atrás dele.
— Finalmente encontrei você!
— Quem te disse que eu estava aqui?
— Ninguém sabia onde te encontrar, então procurei até te achar! - Uub disse ao andar e ficar ao lado dele. - Como você foi embora usando o teletransporte e com o que me disseram sobre você, imaginei que você teria ido para algum lugar isolado, mas ainda habitado por animais, como essa montanha.
— E o que quer comigo? Eu disse que poderiam ficar até consertarem sua nave, não disse?
— Preciso te perguntar uma coisa.
— Não tenho nada para responder garoto.
— Você conheceu o meu mestre, o Son Goku, não é mesmo? - Soba finalmente olhou para Uub ao ouvir aquele nome. - Foi ele quem me ensinou a lutar e meu amigo é parecido com ele porque é filho dele.
— Hmpf... - resmungou ao voltar a olhar para o horizonte. - Eu já imaginava...
— Meu mestre disse uma vez que os yadoratseijins que o hospedaram eram amáveis, mas o senhor é diferente, é frio e desconfiado e mesmo assim é respeitado pelo seu povo mais até do que o seu próprio líder.
— Eu preciso ser assim garoto, você não entenderia.
— Se o senhor não me explicar, eu não irei entender mesmo.
— Há muito tempo atrás, em um passado muito distante, havia dois povos no Universo 2, os yadoratseijins e os tsufurujins, seus planetas eram vizinhos um do outro em seu Sistema Solar. Eram povos diferentes, cada um se desenvolveu a sua maneira, mas ambos tinham em comum serem amáveis e bondosos, como a maioria dos habitantes daquele universo. Em um fatídico dia, uma raça exilada, cujo planeta fora destruído por uma guerra chegou até aquele Sistema Solar clamando por exílio. Comovidos, os yadoratseijins e os tsufurujins permitiram que essa raça habitasse entre eles, o tempo passou e eles cresceram em número, ficaram mais fortes, mais poderosos e sua ambição os levou a uma guerra sem precedentes entre essa raça com os yadoratseijins e os tsufurujins, que resistiram bravamente, mas como essa raça era muito poderosa, todos estavam sendo dizimados rapidamente. Não havia um Deus da Destruição naquele momento e nem mesmo Pell, o poderoso Kaioshin do Universo 2, que amava estes dois povos como a todos os que criou naquele universo, não sabia o que fazer e clamou por ajuda de outros universos. Foi então que o Sagrado Kaioshin do Universo 7 se prestou a ajudá-lo, propondo que salvassem os sobreviventes para viver em novos planetas em seu universo e assim permitir que essas raças continuassem vivas. Contudo, poucos quiseram fugir, muitos continuaram lutando mas eu, como um covarde, decidi me juntar aos que decidiram fugir. O Sagrado Kaioshin deu aos tsufurujins um planeta chamado Plant e a nós deu este planeta, que decidimos chamar Yadorat. Soube depois que a guerra no Universo 2 acabou graças a uma guerreira que deteve aquela raça e foi promovida a nova Deusa da Destruição, o que permitiu que alguns poucos yadoratseijins e tsufurujins de lá sobrevivessem. No entanto, nós, os exilados no Universo 7, decidimos continuar aqui, imaginando estarmos mais seguros do que no Universo 2, nos desenvolvemos, procriamos aqui, até que os tsufurujins do Universo 7 cometeram o mesmo erro outra vez e acabaram dizimados pelos saiyajins. Nós, os yadoratseijins que fugimos éramos poucos e eu era o mais jovem, o tempo passou e aquela geração se foi, eu sou o único que restou, o último dos que viram com seus próprios olhos todas essas tragédias acontecerem. Entende o porquê eu preciso ser assim garoto? Foi por causa da ingenuidade que meus conterrâneos se deixaram dominar pelas tais Forças Especiais Ginyu nos poucos dias em que estive ausente do planeta, foi sorte não terem matado ninguém e terem deixado o planeta a chamado do seu líder para nunca mais voltarem. Meu povo tem o grave defeito de confiar em todos e não se dão conta de que as pessoas podem mascarar seus espíritos, eu não posso deixar que acabemos passando por uma tragédia de novo e terminemos dizimados como os tsufurujins que se exilaram neste universo.
— Eu não imaginava, sinto muito...
— Pybara e os yadoratseijins esconderam seu mestre de mim quando ele esteve aqui e lhe ensinaram nossos segredos. Eu só fui saber disso poucos dias antes de completar um ano e quando eu soube que ele era um saiyajin, fiquei furioso, pois sabia do que eles fizeram com os tsufurujins no passado. Não me importava se ele havia destruído as Forças Especiais Ginyu antes de vir para cá na nave de um deles, eu estava disposto a matar Son Goku pelo que ele era e pelo perigo que representava. No entanto, ele se provou superior no final e poupou minha vida. Se estou te contando tudo isso e deixando vocês ficarem aqui, é porque tenho essa dívida com ele, mas isso não muda o fato de que ele e o filho dele pertencem uma raça assassina e que seu mestre poderia ter posto meu povo em perigo, assim como o outro saiyajin que esteve aqui há mais ou menos nove anos atrás e que também aprendeu nossos segredos sem eu saber.
— Mas mesmo assim, lá no fundo, você reconheceu que o meu mestre é uma boa pessoa, não é? - Soba nada respondeu. - O senhor deve saber muito da vida, sou muito jovem, eu sei, mas sei que nem todo mundo é igual e que há muito mais gente boa do que gente má por aí. Durante a minha viagem, conheci vários caras que aparentemente eram malvados, mas conhecendo-os melhor, descobri que, no fundo, eram boas pessoas e que suas ações tinham uma justificativa. - Uub lembrava-se de Rejick, dos Irmãos Para Para, de Dolltaki e de Gill. - Sei que o senhor tem uma grande responsabilidade, mas o que quero dizer é que o senhor não precisa deixar de amar e de confiar nas pessoas, precisa ter um meio termo, deixar-se conhecer as pessoas de verdade e como elas são antes de tomar uma decisão. Pode parecer difícil, mas não é depois que você aprende isso, pois as pessoas sempre demonstram no final quem elas são de verdade, por mais que escondam isso em uma camada de aparências.
Soba olhou novamente para Uub que tinha um sorriso no rosto enquanto o vento esvoaçava seu moicano.
— Como você se chama?
— O meu nome é Uub senhor.
— Uub... - ele voltou a olhar para o horizonte. - Suas palavras são sábias garoto, digna dos anciões mais sábios que conheci entre os yadoratseijins.
Nisso, enquanto ambos olhavam para o horizonte, Soba fez algo que não fazia há muito tempo: sorrir.

Na Terra, Gohan voava a toda a velocidade em direção ao sul, onde na praia da Ilha dos Monstros, o guarda florestal tinha um caçador com uma espingarda partida ao meio ajoelhado aos seus pés.
— Por favor, não me machuque!
— Vá embora e não volte mais aqui se não quiser que eu te parta ao meio como eu fiz com essa espingarda.
Assustado, o homem recolheu os pedaços de sua arma, entrou em uma lancha e foi embora. Foi naquele instante que Gohan chegou e pairou no ar e ao ouvi-lo chegar, o guarda florestal virou-se e olhou para cima.
— Son Gohan?
— #17... - Baby falou com a voz de Gohan.
O vento batia em seus rostos e uma grande batalha estava prestes a começar!


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