Dragon Ball GT Kai escrita por FagnerLSantos


Capítulo 125
Dia de crossover! Uub vs. Beelzebub




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/758070/chapter/125

A escuridão começava a cair no Inferno, o clima esfriava a causar arrepios, era notável para Uub que as noites no Makai eram diferentes de alguma forma em relação às noites no Mundo dos Humanos, a atmosfera parecia incomum. Marron que voava ao seu lado segurando o chapéu resolveu questioná-lo ao ver que ele analisava a si mesmo.
— O que foi Uub?
— Vocês não sentem?
— Não... Do que está falando?
— Com o anoitecer, estou me sentindo diferente, me sinto mais forte só por estar neste mundo.
— Deve ser essa a razão de Daburá querer que viesse para cá. - teorizou Trunks. - Talvez este lugar esteja favorecendo a sua condição como a reencarnação de Majin Buu, o que significa que o Makai é o lugar ideal para que um demônio desenvolva seus verdadeiros poderes.
— Cidade localizada a cinco quilômetros ao sudeste, cidade localizada a cinco quilômetros ao sudeste! - disse Gill sob as costas de Trunks.
— Pelas luzes, parece bem maior do que o vilarejo do Senhor Kazam. - comentou Goten.
— Pelo que ele nos disse, nós já devemos estar na região de Sand Land, então deve ser ali.
Trunks acelerou e seus amigos o acompanharam. Aterrissando no local, perceberam que o lugar não era muito diferente do vilarejo de onde vieram, casas e construções simples feitas de rochas firmes, fixas sob a areia do deserto como grandes cavernas, novamente acabaram atraindo a atenção dos demônios enquanto andavam pelas ruas. Naturalmente começaram a pedir informações para melhor se situarem naquele lugar que lhes era estranho e não demorou em que lhes dessem a referência de onde ficava a antiga morada de Daburá, era junto a um castelo de rochas em um canto da cidade onde viviam muitos demônios em cavernas, aquele emaranhado de rochas provavelmente era a primeira fundação que deu origem à cidade onde estavam, tendo em vista sua estrutura mais arcaica. Os jovens chegaram a pé até a entrada, uma escadaria em espiral que levava até a um arco no andar de cima e antes que pensassem em subir, um pequeno demônio com corpo de lagarto, asas, cabeça de goblin e dois chifres na testa que estava por ali parou assim que os viu.
— Não pode ser!
— Oi! - Goten o cumprimentou erguendo a mão e já ciente da razão do espanto da criatura, adiantou a explicação. - Eu sou o Goten e sim, nós somos humanos e estamos procurando a antiga morada do Rei do Inferno, nos disseram que era aqui.
— Sim, eh...
— Nós queremos falar com Thief, ele está? - ainda assustado, o demônio fugiu para dentro sem responder a pergunta de Uub, que ficou a coçar a cabeça com o dedo. - O que deu nele? Será que ele foi procurá-lo?

O demônio adentrou a morada afoito, indo direto para o quarto de quem agora era o comandante daquele lugar, gritando por ele ainda no corredor.
— Príncipe! Príncipe! - aquela algazarra não foi suficiente para chamar a atenção do mesmo, pois ele estava concentrado em frente à tela de uma televisão a apertar os botões do controle de videogame que segurava, o que fez o demônio entrar em seus aposentos de repente e sem bater. - Príncipe...
— Aaah! - ele levou um susto, o que fez seu personagem no jogo tomar uma pancada do chefe que enfrentava e morrer, restando apenas a mensagem "You Died" na tela. - Não... NÃO! - o jovem demônio levantou-se de sua posição de lótus no chão e largando o controle, ajoelhou-se apoiando os braços na tela em desespero. - Por quê?! Minha speedrun cem por centro sem dano do Black Souls 6 arruinada! Eu ia bater o recorde mundial, faltava tão pouco...
— Me desculpe príncipe, mas é urgente, tem um grupo de pessoas aí fora e eles estão procurando pelo Thief!
— E daí? O Thief não está, podia ter dito isso e pedido para eles esperarem.
— Mas acontece que eles não são demônios, eles se parecem com humanos!

Aquela informação o fez largar tudo e correr para fora para ver o grupo lá em baixo a esperar e fez isso discretamente deitado no chão do alto da escadaria para que não o vissem.
— É incrível, eles realmente parecem humanos!
— Eu não disse?
— E o que eles querem com o Thief?
— Eu não sei, eles não disseram e eu também fiquei tão surpreso que me esqueci de perguntar.
— Talvez eles não sejam maus, mas tem algo muito estranho a respeito deles, eu não sinto nenhuma energia vinda da garota bonita enquanto que aquela máquina que ela tem no ombro emite energia como se fosse um ser vivo. O cara do cabelo de tigela e o da calça jeans escondem um grande poder e o do bastão, mesmo tendo o ki de um humano igual aos outros, é muito parecido com o nosso.
— Um humano com a energia de um demônio?
— É tipo isso.
— E se forem Makaioshins disfarçados ou algo assim? O que vamos fazer?
— Hmm... Deixa que eu resolvo isso e se o Thief chegar, o recolha pelos fundos.
— Certo.
O pequeno demônio com corpo de lagarto se retirou e então o príncipe se pôs de pé e saltou de lá, aterrissando diante dos terráqueos.
— Saudações.
— Oh, olá! - Uub o cumprimentou de volta.
De braços cruzados, o jovem demônio de baixa estatura os olhava com um sorriso de canto. Ele era magro, mas de tórax definido, calçava botas bege amareladas com meias pretas como a bermuda que vestia, a qual tinha um buraco por onde saía seu rabo e sob o tronco nu havia um pano roxo amarrado como uma capa, sua pele tinha o mesmo tom que a de Daburá, tom que se repetia em seus cabelos arrepiados envoltos por um óculos de aviação acima da testa onde havia um par de chifres.
— Então são vocês que querem falar com o Thief?
— Sim e é muito importante.
— Lamento, mas ele não está.
— Sabe se ele vai demorar?
— Não sei e mesmo que eu soubesse, não ia deixar que estranhos como vocês chegassem perto dele sem mais nem menos, vocês nem disseram o que querem com o Thief ainda.
Percebendo a possibilidade do ambiente se tornar hostil, Trunks deu um passo à frente e assumiu a diplomacia, tentando também não explicar abertamente, já que não sabia quais as intenções daquele demônio.
— Por favor, o meu amigo Uub precisa falar com ele, a segurança do nosso mundo depende disso!
— Tudo bem, mas fica complicado se nem recado vocês querem deixar, assim o único jeito de vocês falarem com o Thief vai ser passando por mim que estou no comando aqui.
— Se você quer lutar, tudo bem para mim!
— Uub! - Trunks o repreendeu, não queria que aquilo virasse um conflito, mas Goten interviu.
— Deixa eles Trunks, não vai acontecer nada e talvez assim ele confie na gente.
Uub começou a alongar as pernas, o oponente do jovem demônio estava definido e este sorriu antes de dizer:
— Mesmo sendo um humano, se é que é mesmo um humano, não parece nem um pouco assustado na presença de um demônio como eu, isso vai ser interessante.
— É que eu gosto de lutar contra pessoas fortes e não costumo fugir de um desafio, além de que vim para cá justamente para ficar mais forte, então já aviso que não pretendo pegar leve!
— Assim é que eu gosto! Diga-me, como se chama?
— O meu nome é Uub e o seu? - o jovem terráqueo se colocou em posição de combate.
— Beelzebub, o Príncipe dos Demônios e aqui vou eu!
Ele foi ao ataque sem pestanejar, desferindo um forte soco que Uub bloqueou com as mãos enquanto lançado a derrapar os pés, levantando poeira e nisso o príncipe se projetava para um segundo ataque. Para evitar uma possível pressão, Uub estendeu a mão e disparou um ataque de ki, obrigando Beelzebub a dar um salto mortal para frente e mergulhar com um soco que o terráqueo esquivou e revidou com a esquerda direto no rosto, o ricochetando e depois movendo as mãos até uni-las a lançar uma vibração de energia que o afastou mais ainda. Beelzebub rolou para trás e tomou impulso ao encostar os pés na parede rochosa de uma das construções e avançou mais uma vez, indo de encontro a Uub que já estava a poucos passos de si, a troca de golpes havia começado, movendo-se por entre as casas com os impactos a chamar a atenção de todos os demônios da cidade até retornarem ao lugar de início, escalando o castelo de pedras através de saltos. Seus ombros se encontraram em um choque no ar, encarando-se de perto, o Príncipe do Inferno sorria malignamente enquanto Uub rangia os dentes, repelindo-se a aterrissarem em torres diferentes após um salto mortal para trás, a luz da Lua os iluminava com o jovem terráqueo na torre mais baixa, vendo seu oponente pular em sua direção, momento em que uniu as mãos, disparando uma poderosa rajada dourada quase que instantaneamente e o jovem demônio em pleno ar a abocanhou, cuspindo-a de volta como um grande meteoro de energia. Uub arregalou os olhos comicamente, pulando para trás com a explosão o pegando de raspão a explodir aquela torre, foi o momento em que Beelzebub deu um grande salto, rolou para frente e mergulhou, golpeando com a palma das mãos em seu tronco até empurrá-lo à colisão com o chão, causando um grande terremoto na cidade e deixando todos em pânico.
— Caramba, mesmo depois de o Uub ter ficado bem poderoso ao se unir com o Buu, esse carinha é tão forte quanto ele! - comentou Goten.
— Perigo! - Gill alertou quando o pedaço de uma grande rocha estava prestes a cair em suas cabeças, o que os fez saltar para longe.
— Só sei que eles deveriam ter ido lutar em um lugar desabitado, desse jeito eles vão destruir tudo! - comentou Marron sentada ao chão quando Goten chegou para ajudá-la.
Como se o primeiro abalo já não bastasse, o segundo ao Uub expandir seu ki foi maior, lançando Beelzebub pelos ares antes de se levantar e sacar sua arma.
— Cresça Bastão Mágico! - usando-o como elevador, o jovem terráqueo o alcançou rapidamente, desferindo uma cotovelada na barriga e recolhendo-o para uma estocada nas costas que o mandou abaixo a cair de rosto no chão.
De cara esfolada, Beelzebub se levantou comicamente enfurecido para seu oponente pairando no céu e disse:
— Seu trapaceiro, voar não vale e usar armas também não!
— O Bastão Mágico que ganhei do meu mestre faz parte do meu estilo de luta, mas se não quer que eu o use, por mim tudo bem. - Uub o guardou no coldre e o despendurou das costas, o arremessando para Trunks que confuso o pegou. - Segura para mim! - naquele meio tempo de distração, o jovem demônio já pulava entre as rochas novamente, alcançando Uub a surpreendê-lo com um chute de perna esquerda que foi defendido no último instante. - Ei, eu ainda não estava pronto!
— Problema seu, ninguém mandou abaixar a guarda.
— Mas eu não abaixei a guarda, você que atacou quando não estava valendo, isso sim é trapaça!
A luta já estava amistosa a essa altura, porém ainda intensa, saltando entre as rochas a trocarem golpes em alta velocidade, eles sorriam um para o outro apenas sentindo o calor da batalha e afastados começaram a correr de lado, Uub ia por baixo pronto para um Kamehameha enquanto Beelzebub ia por cima, saltitando entre as construções rochosas quando pulou em queda livre, estendeu a mão e deu forma a uma grande e obscura esfera de energia vermelha, momento que o ki nas mãos de Uub reluziu.
— Eu posso sentir, você é mesmo um humano com a alma de um demônio.
— E eu posso sentir que, além de forte, você é um demônio com um coração muito humano. - ele freou ao deslizar os pés. - Ka... me... ha... me...
— Impulso Maligno!
Ambos estavam prestes a disparar, mas no último segundo, Beelzebub foi agarrado pelo pulso e suspenso por um indivíduo que pairou ao seu lado.
— Já chega Abraca, não está vendo o estrago que está causando?
Assim que Beelzebub viu aquele demônio imponente de cavanhaque e em vestes azuis que o segurava, não acreditou e seus olhos brilharam como se ameaçassem chorar.
— É você mesmo? - Daburá sorriu e o jovem demônio não se conteve e o abraçou. - Papai!
Ainda confuso, Uub acalmou o seu ki e seus amigos se reuniram com ele, o jovem terráqueo olhou em volta e percebeu a destruição, coçando a nuca se deu conta de que teria muitos pedidos de desculpa a fazer. Agora que já haviam se resolvido na base da porrada, Beelzebub e Uub se cumprimentaram formalmente com um aperto de mão e se puseram a conversar amigavelmente.
— Fiquei tão empolgado com a luta que nem me dei conta quando disse que era o Príncipe do Inferno, eu teria deduzido que o Senhor Daburá era o seu pai.
— Pois é e se eu entendi bem, você é um humano reencarnado de um demônio mágico chamado Majin Buu que o meu pai trouxe para treinar aqui, que demais, nunca pensei que pudesse existir um humano tão poderoso!
— Você também é bem forte Beelzebub! Ah, por que o Senhor Daburá te chamou de Abraca?
— É que esse é o meu nome de batismo, só que como sou o filho de Lúcifer, o nome que adoto aqui é o de Beelzebub, mas pode me chamar de Beel para ficar mais fácil.
— Tudo bem Beel, é um prazer te conhecer e tomara que a gente lute de novo uma hora dessas, foi divertido!
— Mal acabaram de sair no soco e já estão planejando a próxima? - Daburá perguntou quando ambos lhe sorriram sem jeito, o que o fez suspirar e sacudir a cabeça. - Francamente, é o que dá quando um viciado por lutas e um encrenqueiro se encontram, aliás filho, parece que não amadureceu nada na minha ausência.
— Como não? Por acaso não viu o quanto eu fiquei forte?
— Não estou falando disso, estou falando do seu caráter, por acaso não anda só jogando o dia todo ou anda?
— O que? Não papai!
— Tem certeza? - Beelzebub suou frio ao encarar a feição ameaçadora do pai, até que o mesmo riu, aliviando-o do susto. - Hahahahaha, não se preocupe, eu não vou brigar com você, não hoje!
Daburá fez cafuné na cabeça dele como se ele fosse um menino, de fato estava com muita saudade dele e suas travessuras não tinham importância alguma naquele precioso momento em que o reencontrou depois de tantos anos.
— A gente pensava que não fosse vir Senhor Daburá. - comentou Goten.
— Sim, você disse que tinha que cumprir a promessa de proteger a minha mãe, estava obcecado com isso. - falou Trunks, visivelmente incomodado.
— Acontece que ela me deu uma bronca por ter deixado vocês sozinhos, tanto que me liberou da promessa que fiz para que eu pudesse vir e quem diria, no final a Vovó Uranai estava certa quando previu que eu só estava adiando o inevitável.
Todos então retornaram para a escadaria de entrada da morada de Daburá, onde toparam com um velho demônio calvo de pele morena, barba branca e orelhas pontudas trajado com a roupa que costumava usar para roubar, uma fantasia de Papai Noel. Ele trazia consigo um carrinho com um saco cheio de diversos aparelhos eletrônicos.
— Thief, você voltou! - exclamou Beelzebub que correu adiante em sua direção.
— Sim príncipe e como pode ver, consegui trazer muitos tesouros da cidade abandonada do norte como me pediu, incluindo esse ar-condicionado e uma cópia de colecionador de The King of Street Kombat '68.
— Wow! - os olhos do jovem demônio brilharam ao pegar a capa daquela mídia física do que seria um jogo de luta. - E ainda é a versão do aniversário de dez anos da versão original chamada de Updated Match, valeu mesmo Thief!
Foi quando o velho demônio viu Daburá ali atrás, o que fez seus olhos se arregalarem.
— Não pode... Não pode ser!
— Isso mesmo Thief, sou eu. - o Rei das Trevas confirmou antes que Thief tivesse um troço e o mesmo percebeu a presença de Uub e seus amigos, já notando que eles eram humanos, não estava entendendo nada, resolvendo perguntar a Beelzebub.
— O que foi que eu perdi?

Situações explanadas, todos se encaminharam para dentro, as horas passaram e já estava ficando tarde, o que levou Daburá a preparar os aposentos para o grupo.
— É aqui que vamos dormir? - perguntou Uub quando Daburá os levou até a porta de um belo quarto onde havia duas camas de solteiro.
— Sim, você, o Trunks e o Gill ficarão aqui, o que acham?
— Sem objeções de minha parte, é mais do que estávamos acostumados enquanto viajávamos pelo universo. - comentou Trunks com um sorriso no rosto.
— E quanto a Marron e eu?
— Que bom que perguntou rapaz, para o jovem casal eu preparei um lugar especial. - Daburá os conduziu para a porta do outro lado do corredor e a abriu para que entrassem. - Gostaram?
O quarto era tão arrumado quanto o outro, salvo por um pequeno problema.
— Só tem uma cama! - a garota falou.
— Isso mesmo, uma confortável cama de casal para que possam se aconchegar juntinhos.
Goten e Marron ficaram mortos de vergonha enquanto o sorriso medonho e os olhos brilhantes se fizeram presentes na face do demônio outra vez.
— O seu pai voltou esquisito, não acha? - comentou Thief, agora com suas roupas casuais compostas por um robe verde por sobre uma malha preta e botas marrons, à Beelzebub.
— O Uub disse que ele ficou morto por algum tempo e que foi para um lugar onde ficou mais bonzinho, deve ser por isso, mas não deixa de ser estranho.
— Nos desculpe Senhor Daburá, mas não podemos fazer isso, o Goten e eu ainda não somos casados.
— Verdade? Mas que indelicado que eu fui, me perdoem. - Daburá se aproximou da cama e colocou a mão sobre ela. - Esse costumava ser o quarto que ocupava com minha finada esposa e só o que eu queria era enchê-lo novamente com o amor de duas almas que se completam.
— Está bem esquisito mesmo, ele nunca falou assim da mamãe. - comentou Beelzebub à Thief.
— É e olha só para a cara dele, chega a dar medo...
Olhando em volta, Goten encontrou um porta-retrato em cima da cômoda, pegando-o para ver a foto de um jovem Daburá ao lado de uma bela mulher demônio.
— Essa era a sua esposa?
— Sim.
— Aí Trunks chega aqui! - a rir, Goten lhe mostrou a foto. - Diz aí, ela não se parece com alguém?
Salvo pelos cabelos espetados como os que Beelzebub tinha, pelas orelhas pontudas e o par de chifres na testa, facialmente ela era idêntica a Bulma, o que o deixou perplexo, enojado e também envergonhado, o que fez Goten rir mais ainda e Daburá corar-se sem jeito, resolvendo dar fim aquilo pegando o porta-retrato e guardando-o na gaveta.
— Chega, já viram o suficiente.
— E como fica a minha situação com o Goten?
— Não posso forçá-los a dividir uma cama, eu deveria ter perguntado antes, me desculpem.
— Não tem problema Senhor Daburá, eu posso dormir naquele sofá ali e a Marron fica com a cama para ela. - ele voltou-se para sua namorada. - Tudo bem para você?
— Por mim está bem, mas lembre-se que sou uma garota decente e se tentar algo durante a noite, vou arrancar as suas bolas!
Suando frio, Goten sorriu perplexo e disse:
— Eu jamais faria isso minha linda.
— Eu sei, você é um cavalheiro. - mudando a expressão subitamente, ela deu sorriso sereno, o abraçou e o beijou no rosto. - É por isso que eu te amo!
Goten ficou com cara de bobo, sua namorada podia ser assustadora como a mãe dela de vez em quando, mas gostava dela mesmo assim e sorriu de volta.
— É bonita, meiga e tem um lado violento, como as waifus dos jogos de RPG. - comentou Beelzebub à Thief. - Se ela fosse uma demônia, eu roubava ela desse cara.
— Ei, eu ouvi isso! - exclamou Goten ao olhar para trás com uma feição encapetada.
— Tá bom crianças, todos para seus quartos porque precisam estar descansados para amanhã. - disse Daburá antes de se retirar aos corredores e todos o fizeram, exceto Uub, Beelzebub e Thief que o seguiram.
— Qual é pai? Eu não sou mais criança!
— Considerando a expectativa de vida de um demônio, você é no máximo um adolescente.
— Senhor Thief, Senhor Daburá, eu não vou conseguir dormir, estou muito ansioso, ao menos me digam como será o meu treinamento.
— Amanhã Uub, vá descansar! - eles estavam entrando na sala onde havia um trono gigantesco em que Daburá flutuou a sentar-se nele e em um grunhido, uma energia envolveu seu corpo, tornando-o gigante ao ponto de ocupar perfeitamente aquele trono, algo que deixou o jovem terráqueo boquiaberto antes de ouvi-lo continuar. - Depois de tanto tempo, preciso primeiro absorver um pouco do Poder Obscuro do Makai para ficar em plena forma quando te mostrar o que é um Deus Demônio, então... VÃO DORMIR!
O grito assustador do Daburá gigante foi como um rugido que ventilou comicamente o rosto dos dois a deixá-los assustados, levando-os a falar em uníssono:
— Sim senhor! - e saíram correndo, deixando o velho Thief sozinho com ele.
— Acho que o príncipe e esse rapaz serão bons amigos.
— É, eu também acho Thief. - o Rei das Trevas sorriu e enquanto recebia o sereno da noite enluarada pela grande abertura que havia no teto, perguntou. - Mas por favor, me conte tudo o que houve em minha ausência.
— Com prazer meu senhor, é muito bom tê-lo de volta. - Thief curvou o tronco em sinal de respeito.
De volta aos corredores, Uub e Beelzebub conversavam.
— Não fica assim Uub, já que você gosta tanto de lutar, que tal tirarmos uns contras no KSK '68?
— Não sei se sou muito bom nisso Beel.
— Relaxa, eu te ensino a jogar!
Colocando a mão na região inferior das costas do terráqueo devido sua baixa estatura, ele o conduziu até seu quarto.

Enquanto isso, em uma profunda floresta distante da região de Sand Land, um homem de barba e cabelos negros vestindo roupas de batalha surradas meditava a flutuar enquanto uma aura flamejante rodeava seu corpo.
— (Devo me preparar, algo me diz que em breve terei visitas depois de muito tempo...)
Foi quando de trás do manto que vestia como capa se agitou a sua cauda de macaco, Uub e seus amigos em breve estariam diante de alguém cujo mito há muito tempo foi escrito no Livro de Lendas de Namekusei do Universo 7.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Imagens da arte de capa por DBZwarrior e Aiktry, usuários do DeviantART.
Edições, recolor e logo de Dragon Ball GT Kai por FagnerLSantos.
Tags do Google: SandLand.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dragon Ball GT Kai" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.