Quatro meses antes...

Matt observava Penelope durante a coleta de provas no local da embosca. Ele viu uma tristeza nunca antes possível nela ao ver o corpo de Stephen sendo levado para a ambulância.

— Ele precisa mesmo ir para o hospital? – Penelope perguntou inocente. 

— Sim. – Matt respirou forte. – É o procedimento.

Ela ficou triste, parecendo que iria chorar.

— Precisa de um minuto? – Matt perguntou preocupado.

— E como. – Ela concordou. – Mas a Emily precisa de ajuda. Então vamos lá.

Matt quis dizer algo, porém ela se afastou antes que ele conseguisse.

Agora...

Duas horas depois que Reid foi levado para a recuperação, a cirurgia de Penelope finalmente foi encerrada.

Com um sorriso pequeno o médico que a estava operando, veio a sala com os trajes cheio de sangue. Como ele estava em uma cirurgia ele não assustava ninguém.

Matt estava assumindo por alguns momentos. Rossi, Emily, Luke e JJ estavam com Reid para ver como ele estava indo. Tara descansava em uma das poltronas.

Dando um passo corajoso para frente, Matt chegou ao médico antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.

— Como ela está? – Matt perguntou.

— Ela passou pela cirurgia. – O médico anunciou. – Ela precisa de 24 horas na UTI para garantir que ela vai ficar bem. Se o órgão não for rejeitado, ela pode sair daqui há um mês no mínimo.

— Um mês? – Matt se surpreendeu com o tempo de recuperação.

— Ela ganhou um novo órgão. – O médico disse. – Ele precisa se ajustar a ela.

— Certo. – Matt se sentou. – Eu posso ver ela?

— Ela ainda está em cuidados intensivos e dormindo. – O médico explicou. – Mas é claro que pode ir ver ela.

— Obrigado. – Matt seguiu o médico.

Entrando no corredor até o corredor do quarto de Penelope, ele sentiu seu peito doer. Ela sempre esteve para ele na mesma medida. Olhando para a porta, ele a abriu e tentou conter as lágrimas que caiam dos olhos ao ver sua amiga ali.

24 horas poderiam voar se ele não soubesse. Ele se sentou na cadeira do hospital, desejando que Luke chegasse logo. Uma batida na porta o tirou de seus pensamentos.

— Achei que estaria aqui. – Kristy disse, entrando. – Como ela está?

— No período de avaliação. – Matt respondeu, vendo sua esposa interagir com Penelope.

— Você nunca me disse que ela era linda desse jeito. – Ela disse para Matt. – Eu não deveria ter ciúmes dela.

— Mas Luke tem. – Matt abraçou a esposa. – E eu duvido que se eu tivesse me apaixonado por ela, eu ainda estaria com você. Ela é uma boa amiga sempre que precisa.

— Barnes ligou. – Kristy falou. – Quatro vezes.

Houve uma precipitação por meio de Matt. Ele esperava nunca mais lidar com aquela bruxa.

— Ela é a nova chefe de seção. – Matt respondeu. – Talvez queira saber sobre ficar no hospital com dois agentes.

— Ela mandou Penelope voltar ao trabalho. – Kristy disse com raiva. – Como se ela desmaiar, convulsionar e passar por uma cirurgia de transplante não fosse suficiente para justificar uma pequena folga.

— Eu vou falar algumas para ela. – Matt se levantou da cadeira. – Cuide dela por algumas horas. Tenho certeza que Luke virá daqui a pouco.

— Matt. – Kristy chamou o marido. – Onde diabos você vai?

— Colocar Linda Barnes no seu lugar. – Matt saiu do quarto e depois do hospital, em direção ao FBI.

Ele entrou no andar de Barnes e passou pelo corredor com raiva.

— Ela está ocupada. – A secretária tentou impedir.

— Que se ferre! – Matt gritou. – Eu não me importo com isso.

Ele abriu a porta e Barnes se virou. O diretor do FBI estava ali e ele não entendeu.

— Você acha que tem algum direito em obrigar a agente Garcia a trabalhar quando ela nem mesmo está em condições? – Matt gritou para Barnes. – Ela teve uma convulsão no dia mais feliz da vida dela, foi colocada em dialise e fez um transplante de rim tudo em menos de 24 horas e você quer que ela volte a trabalhar?

Barnes lançou um olhar fuzilante para Matt e recebeu um olhar chocado do diretor do FBI.

— Diga que é mentira Linda. – O diretor exigiu chocado. – Você realmente fez isso?

— Eu.... Eu fiz isso. – Linda gritou. – Ela está sob as nossas leis de trabalho.

— Ela fez um transplante de rim, Linda! – O diretor gritou. – Acha que ela vai ter condições de entrar em algum banco de dados? Eu nem sei o que dizer.

— O agente Reid fez a doação senhor. – Matt colocou fogo na fogueira. – E isso a fez ficar com ódio.

— Acho que não estamos vendo o meu lado aqui. – Ela gritou. – A unidade vem passando dos limites com segredos.

— O agente Rossi informou a diretoria assim que encontrou Penelope trabalhando aqui em 2007. – O diretor começou. – O agente Alvez contou logo quando eles começaram a namorar e depois quando eles estavam prestes a se casar.

— Então você vai apenas passar a mão na cabeça deles e dizer "bom trabalho, crianças" e deixar para lá? – Barnes parecia chocada pela atitude do diretor. – Estávamos discutindo se eu poderia fechar a unidade.

— Não. – O diretor discordou. – Você estava armando um plano estúpido para acabar com a unidade e eu estava ouvindo porque eu sou o diretor do FBI. O que não significa que eu iria aceitar.

— Mas eu achei...  – Linda nem concluiu a sentença.

— Você está demitida, Linda. – O diretor disse em tom alto. – E agente Simmons, dê meus desejos de melhora ao agente Reid e a senhorita Garcia. Eu talvez faça uma visita aos dois mais tarde. E quanto a você linda, deixe o prédio antes das 17 da tarde.

— Sim senhor. – Linda apenas respondeu lançando um olhar mortal em Simmons.

— Me acompanha Agente Simmons? – O diretor perguntou.

— Claro senhor. – Simmons deu um sorriso debochado para Barnes antes de sair.

Ele se sentiu orgulhoso do que fez. Enfrentar Barnes era quase um pedido de suicido, porém, o diretor estava lá e ver a cara azeda dela o deixou orgulhoso de si mesmo.

Luke ficou o tempo que Rossi ficou no quarto de Spencer. Ele estava dolorido e cansado, porem a felicidade em saber que Penelope estava reagindo bem ao transplante e deixou feliz.

Luke entrou no quarto e estranhou Kristy no quarto ao invés de Matt.

— Onde foi Matt? – Luke perguntou.

— Foi enfrentar a Barnes. – Kristy revelou. – Acredita que ela queria Garcia e Reid de volta? Babaca.

— Ele foi enfrenta-la? – Luke pensou no pesadelo que seria. – Ela não vai se render nisso.

— Talvez ela grite alguns palavrões e o demita. – Kristy disse.

— E como ela está? – Luke perguntou.

— Está melhorando. – Kristy respondeu.

Eles ficaram sentados lá por algum tempo.