Angel of My Heart. escrita por Any Sciuto


Capítulo 17
Waking Up




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Era sexta feira. Exatamente uma semana depois do que deveria ser um casamento maravilhoso. As reservas para uma lua de me nunca feita eram uma lembrança que fazia Luke chorar. Ele perguntou a Rossi se ele queria usar, porém a resposta foi o cancelamento das passagens. Ele não sairia de perto da sua filha agora.

Derek teve que voltar para Los Angeles. A contragosto, porque ele queria ficar aqui. Era onde ele deveria estar.

Reid teve permissão para se juntar a Luke o quarto de Penelope. Uma pequena infecção começou na quarta-feira e foi controlada.

— Aqui. – Luke passou uma maçã para Reid. – Coma isso.

— Obrigado. – Spencer mordeu a fruta. – Ela ainda não acordou?

— Eles disseram que poderia acontecer. – Luke respondeu. – Não que seria normal.

— Ela fez um transplante de rim, é algo grande. – Reid olhou para a amiga. – Ainda não acredito que fiz isso.

— Por favor. – Luke estava apreensivo. – Não diga que se arrependeu.

— Nunca. – Spencer disse. – Faria tudo de novo. E só que eu achei que seria pior.

— Ela não ficaria feliz se você pedisse permissão a ela. – Luke observou. – Com certeza te faria desistir com uma ameaça.

— De destruição de crédito e de vida. – Reid sorriu. – Mas eu fiz isso.

— E então? – Luke passou um pouco de água. – Você se sente bem?

— Um pouco dolorido. – Reid confessou. – Porém extremamente feliz de fazer isso. As chances de ela morrer sem um doador eram mais piores.

— Eu deveria me preocupar por ela não estar acordada? – Luke perguntou apreensivo. – Ela deveria estar acordada agora.

— Ela vai estar em breve. – Reid respondeu. – Apenas acredite.

— Disseram que vai nevar. – Luke mudou o assunto. – Eu sinto meus ossos doerem.

— Minha perna também reclama. – Reid observou. – Mas ela vai acordar antes da nevasca.

— Dizem que se você fazer um pedido para a neve ele se realizará. – Luke disse melancólico. – Eu só quero ela comigo.

— Eu acho que o regulamento para recém operados prevê que a pessoa fique dormindo por uma semana, Luke. – Reid disse. – Ela precisa aceitar o órgão.

— Meio difícil ela saber se tem algo errado se ela estiver dormindo. – Luke disse. – Talvez eu precise falar com aquele médico dela.

— MMMM. – Penelope gemeu um pouco antes dos olhos se abrirem. – Nossa.

Ela olhou para si mesma, sob os olhares de Luke e Reid.

— Parece que eu bebi demais. – Ela percebeu que estava sendo segurada na cama. – Vamos Luke pare de graça.

— Querida. – Luke chegou a ela. – Você não se lembra do que aconteceu?

— O nosso casamento, desmaiada no chão. – Ela resmungou. – Porque diabos eu estou amarrada a cama?

— Você passou por uma cirurgia de Rim. – Luke respondeu. – O médico achou melhor que você ficasse assim um tempo.

— Eu fiz um transplante? – Penelope não conseguiu entender. – Porque?

— Você teve uma crise renal severa e precisou disso. – Reid explicou, levantando do sofá. – Assustou todo mundo.

— Porque você está dolorido, Spencer? – Penelope questionou. – Spencer...  O que você fez?

— Promete não me odiar? – Spencer ficou ansioso.

— Spencer... – Penelope estava ficando sem paciência. – Diga que você não fez isso.

— Eu doei um dos meus rins. – Reid disse, ganhando um olhar de Penelope. – Foi necessário e eu era o único compatível.

— Spencer. – Penelope não conseguiu explicar o que sentia. – Porque você fez isso?

— Porque eu fiz? – Reid parecia chateado. – Por que você é minha amiga. Estatisticamente pessoas amigas tem mais chances de continuar amizades pelo resto da vida depois de doar algum órgão.

— Mas agora você vai precisar se afastar do campo. – Penelope fez parecer estranho. – Você ama estar em campo.

— Mas eu prefiro você. – Spencer disse, naturalmente. – Eles podem agir sem mim.  

— E se você se arrepender? – Ela estava ficando sem argumentos.

— Apenas diga que você gostou do que eu fiz Penelope. – Reid se sentou mais perto dela. – Eu sei que você está chateada por isso, pelo o que eu fiz. Mas eu sei também que você queria viver.

— O que você vai fazer agora? – Luke perguntou, sorrindo.

— Admitir que ele está certo. – Ela respondeu. – Porém ainda quero sair dessa restrição.

— Vou chamar o médico. – Luke saiu da sala.

Reid e Penelope olharam um para o outro, sem dizer uma palavra.

— Sabe que isso era uma loucura, não é? – Penelope quebrou o silêncio.

— Talvez. – Reid concordou. – Mas vale a pena.

— Só para ficar registrado. – Penelope começou. – A recuperação vai ser uma droga.

— Eu posso viver com isso. – Spencer sorriu para Garcia.

— Eu deveria estar casada agora. – Ela ficou triste. – Em uma praia do Hawaii, olhando para o oceano azul e tomando um Mai Tai gelado, com meu marido maravilhoso. Caminhadas longas pela Avenida Kalakaua e visitas ao Iolani Palace.

— Prometo que quando sair daqui você terá um casamento maravilhoso. – Spencer prometeu. – Eu sei que deveria ser Luke prometendo isso, porém acho que também posso prometer.

— Ah Spencer. – Penelope pegou a mão de Spencer. – Obrigado. Por tudo.

— De nada, Pen. – Spencer deu outro sorriso.

— Algum dia você vai me contar o que passou pela sua cabeça? – Penelope queria muito saber.

— Eu posso te dizer que eu não me arrependi disso. – Reid começou. – Eu, no minuto que eu soube que você tinha algum problema nos rins eu pedi conselhos a uma pessoa especial.

— Sua mãe? – Penelope chutou.

 - Avó de Luke. – Reid respondeu. – Ela estava na igreja e me deu esse conselho. Todos foram testados, incluindo Hotch.

— Ele está aqui? – Penelope sentia muito a falta de seu chefe antigo.

— Ele foi embora logo depois da cirurgia. – Reid disse. – Ele falou que quando você estivesse acordada ele voltaria.

— Hm. – Penelope disse. – E Derek?

— Ele estará aqui amanhã. – Spencer respondeu.

Luke chegou com o médico.

— Senhorita Garcia. – O médico explicou. – Vejo que botou o assunto em dia?

— Uma semana dormindo precisa. – Ela brincou. – Se bem que eu não pretendo repetir.

— Então? Como se sente? – O médico perguntou.

— Considerando que passei por um transplante de emergência? –Ela falou ironizando. – Um pouco como lixo na verdade. Meu corpo dói como quando eu fui baleada e eu preciso de um tempo para me ajustar.

— Vamos liberar você da restrição. – O médico tirou a fina coberta. – Entretanto seu abdômen ainda está um pouco inchado.

— Ele sempre foi inchado. – Ela falou brincando, mas de um jeito sério. –Então não tem que se preocupar.

— Ele está um pouco preto. – O médico corrigiu. – Vamos fazer uma ultrassonografia para ver o que está havendo.

— Certo. – Ela estava ansiosa para ir embora daquele lugar.

— E se estiver tudo bem, talvez na terça-feira você possa ir embora. – O médico pareceu ler sua mente.

— Obrigado. – Ela respondeu bocejando. – Eu agradeço.

— Descanse Senhorita Garcia. – O doutor recomendou. – Você não pode se cansar ainda. Suas tarefas deveram ser leves no começo e quanto a você agente Reid, não poderá quebrar portas por um tempo.

— Deixo isso para Luke. – Spencer apontou para Luke. – Ele que quebra portas.

— Certo. – O médico sorriu para os três e saiu.

Penelope, agora livre da restrição adormeceu mais uma vez.

— Ela aceitou bem? – Luke perguntou.

— Me fez prometer nunca mais fazer isso. – Reid disse. – Não desse jeito, mas deixou subentendido.

— Menos mal. – Luke disse, deitando na segunda poltrona. – Ela poderia ter deixado você sem crédito.

— Muito engraçado, Alvez. – Reid começou a rir baixo. – Verdade, mas ainda é engraçado.

— Você me ajudaria a planejar um casamento surpresa para ela? – Luke perguntou.

— Nem pense nisso, chocolate Mocca. – Penelope resmungou. – Ou vai ser o seu crédito que vai ser arruinado.

— Você deveria estar dormindo. – Luke levantou e deu um beijo nela. – Não ouvindo a conversa alheia.

— Eu estou dormindo, tecnicamente. – Ela disse, ainda de olhos fechados. – Então não pode me culpar por você não saber sussurrar direito.

Spencer e Luke riram. A Penelope que todos amavam estava bem de novo.


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