Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 36
Valência




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Chegamos a Valência com o nascer do sol, assim que desembargarmos um homem que parecia conhecer Alejandro sorriu e acenou para ele.

Meu marido foi cumprimentar seu conhecido e os dois conversaram por alguns minutos em espanhol, do qual consegui entender poucas palavras, antes dele me apresentar ao homem.

—Garcia, está é minha esposa Olívia. Olívia, este é o Garcia, ele trabalha para o meu tio.- Alejandro disse nos apresentando.

—É um prazer conhecê-lo Sr. Garcia.- disse apertando a sua mão.

—O prazer é meu em conhecer a famosa Olívia, mas, por favor, me chame de Garcia.- ele disse suave e concordei.- Pois bem, vamos pegar a mala de vocês, afinal devem estar cansados da viagem. Assim que estiverem adequados ao fuso, tenho certeza que Alejandro a levará para dar uma volta por nossa cidade.- Garcia disse e Alejandro concordou antes de irmos pegar as malas.

A viajam não havia sido tão desgastante pois Alejandro possuía um jatinho, no qual ele viajava todas as vezes que precisava se ausentar em nome do trabalho ou para algo particular, como o caso da minha exposição em Nova York e agora a nossa lua de mel. Possibilitando assim que a viagem fosse confortável e rápida.

Enquanto Garcia dirigia pelas ruas da cidade, ele me contava um pouco sobre a historia da terra natal dos Castillo.

Segundo ele, Valência era um município da Espanha, capital da comunidade valenciana, ela estava situada na costa do mar mediterrâneo, sendo uma das cidades mais visitadas da Espanha. Valência era considera um museu a céu aberto, pois possuía um contraste harmônico entre suas construções centenárias e as modernas.  

 Garcia só interrompeu sua explicação para lembrar Alejandro, de me levar para visitar a feira de Valência e o Instituto Valenciano de Arte Moderna.

—Podemos ir hoje ao instituto de arte moderna, amor.- pedi e meu marido sorriu e passou seu braço ao redor do meu pescoço , fazendo com que entrelaçássemos nossas mãos.

—Prometo que irei levá-la meu bem. Mas acho melhor descansar um pouco, foi uma longa viajem. - ele disse e concordei antes de lhe dá um beijo.

Durante a viajem,  Alejandro havia me explicado que passaríamos nossa lua de mel na casa do seu tio, pois era a única casa ainda de posse da família, e ele me garantiu que Guillermo havia deixado bem claro que poderíamos utilizar a casa como quiséssemos, pois ninguém iria nos incomodar.

—Nossa.- sussurrei maravilhada assim que vi a vista da casa que possuía as costas para o mar mediterrâneo.

—Eu sei, sempre fiquei sem fôlego quando olhava para esse lugar.- ele disse e virei surpresa para vê-lo.

—Essa é a casa do seu tio em que você passava as férias de verão?- questionei confusa e ele concordou.

—Sim.

—Nossa, não sei como você conseguia voltar para Coleman depois disso tudo.- disse ainda deslumbrada com a vista.

—Voltava porque meu amor estava em Coleman e não em Valência.- ele disse me puxando para seus braços.

—Você devia me amar mesmo para passar apenas duas semanas aqui e depois voltar.

—E nunca me arrependi de ter feito isso.- ele disse suave e sorri antes de passar meus braços ao redor do seu pescoço e puxá-lo para um beijo, mas fomos interrompidos pela voz de alguém chamando meu marido.

—Consuelo.- Alejandro disse feliz e segurou a minha mão antes de me levar até a senhora que o havia chamado.

—Estou tão feliz que esteja aqui. E a Luna, como está?- Consuelo questionou animada depois que abraçou Alejandro.

—Ela está bem.

—Então, essa é a Olívia.- Consuelo disse e a olhei confusa, afinal Alejandro não tinha nos apresentado.

—Sou sim, como sabe?-questionei e ela sorriu.

—Alejandro me fala de você desde que tinha treze anos. É como se eu a conhecesse desde sempre.- ela disse sorrindo antes de me puxar para um abraço.

—Alejandro sempre faz isso. Já estou até acostumada. -disse e ela sorriu enquanto nos separávamos.

—Guillermo me falou que você tem um filho, quem sabe alguém dia vocês possam trazê-lo aqui.- Consuelo disse maternal e sorri concordando.

—Claro Consuelo, estarei aqui como sempre nas férias de verão, só que agora seremos quatro ao em vez de dois.- Alejandro disse feliz e ela sorriu concordando.

—Bom, vou deixá-los a vontade. Se sentirem fome, deixei varias comidas prontas e algumas coisas para vocês fazerem algum lanche. Voltarei amanhã para organizar tudo, nem perceberam que Garcia e eu estamos aqui.- ela disse maliciosa e Alejandro sorriu enquanto eu corava.

—E então, o que gostaria de fazer agora, amor mio?- Alejandro questionou assim que estávamos sozinhos.

—Você ficaria triste se dissesse que gostaria de tomar um banho e dormir um pouco?- questionei e ele sorriu negando.

—Não, também estou cansado. E além do mais temos todo o tempo do mundo.- Alejandro disse e me pegou no colo me fazendo rir.

—Você não disse que estava cansado?- questionei sorrindo enquanto ele me levava para dentro da casa.

—Estou, mas tradição é tradição amor mio.- ele brincou e sorrimos enquanto ele nos levava para o quarto.

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Ainda sonolenta, tateei o outro lado da cama e o encontrei vazio o que me deixou confusa, afinal Alejandro jamais me deixava na cama sozinha a não ser quando tinha que comparecer  muito cedo em alguma reunião obrigatória da empresa.

Respirei fundo e fui em direção ao banheiro tomar um bom banho, afinal o começo da tarde estava muito quente.

Assim que estava devidamente vestida desci para o primeiro andar a procurar de Alejandro, mas não o encontrei em lugar algum e antes que me preocupasse escutei o som de alguém nadando na piscina.

—Mal casamos e você já está me deixando sozinha na cama?- questionei e Alejandro veio nadando para a beira da piscina.

—Desculpe amor, você estava dormindo tão profundamente que fiquei com pena de te acordar. E como sei que você morre de medo de piscina, achei melhor nadar um pouco enquanto você dormia.- ele se justificou suave e concordei antes de me sentar em um dos sofás que ficavam a beira da piscina.

—Tem certeza que não quer tentar entrar na piscina? A água está uma delicia e você deve estar com calor.

—Não mesmo.- disse negando nervosa só de olhar para a piscina.

—Você sabe que não vou deixar que se afogue.- ele sussurrou suave enquanto me olhava de dentro da piscina.

—Eu sei, mas acho melhor ficar aqui mesmo.- disse nervosa só de olhar para a piscina.

Sem dizer uma palavra Alejandro saiu da piscina e veio até mim, e foi inevitável não admirar o corpo do meu marido antes que ele se inclina-se  sobre mim, me dando um beijo repleto de paixão e saudade em seguida.

—Você está todo molhando.- disse entre risos enquanto ele se deitava em cima de mim e  voltava a me beijava.

—Como vou ensinar nossos filhos a nadarem, se a mamá deles têm medo de água?- ele questionou após ter interrompido nosso beijo e apoiado ambas as mão ao lado da minha cabeça, aliviando assim seu peso sobre mim.

—Você pode dizer que a mamá deles não faz o estilo corajosa.- brinquei suave e ele sorriu.

—Você é a pessoa mais corajosa que conheço. Nunca duvide disso.- ele disse e o olhei desconfiada fazendo-o rir.- Eu falei serio Liv.

—Que tal se fossemos lá para cima...- comecei a sugerir cheia de segundas intensos e Alejandro sorriu de forma maliciosa, antes de me silenciar com um beijo me impedindo de concluir meu pensamento.

Sem dizer uma palavra, Alejandro me pegou no colo sem quebrar o beijo e me levou em direção ao nosso quarto.

Nunca houve necessidades de palavras conosco, sempre sabíamos o que o outro desejava pelo olhar, mas Alejandro muitos vezes me decifrava melhor do que eu , ele tinha o poder de descobrir meus problemas antes que pudesse expressá-los.

Ele me conhecia de corpo e alma de uma forma que nenhum outro foi capaz de fazer.

Tudo entre nós era intenso e forte, desde e o começo, algo que me assustou quando éramos mais novos, mas hoje eu entendia que uma conexão tão forte com alguém raramente acontecia.

E ao em vez de temê-la como no passado, hoje eu desfrutava dessa conexão, que sempre ficava mais forte quando fazíamos amos.

Era como se nossa necessidade de estarmos plenamente, juntos nunca fosse saciada.

Sempre queríamos mais um do outro.

—O que foi? Não gostou do anel?- Alejandro questionou preocupado enquanto acariciava meu cabelo de leve, pois minha cabeça estava repousada em seu peito.

—Claro que eu gostei. Ele é lindo. Só que tenho a vaga sensação de que já o vi antes.- disse buscando na memória e ele sorriu suave.

—Ele era da mi mamá. Mi padre deu esse anel a ela quando ele a pediu em casamento. Ela deixou de usá-lo quando eu era adolescente, você deve tê-lo visto na mão dela, por isso a familiaridade. Esse anel está na família a gerações, desde antes da minha abuela.- ele explicou suave e apoiei minha cabeça em seu peito para olhar seus olhos.- As duas me fizeram prometer que só pediria uma mulher em casamento com ele, se eu a amasse de forma plena e verdadeira, porque assim as outras mulheres que o usaram seriam honradas. E eu amo você de forma plena e verdadeira.

—Eu sei, eu também te amo de forma plena e verdadeira. E me sinto honrada em usar uma jóia da sua família.

—Nossa família Liv, você é uma Castillo agora.- ele disse e sorri.- Porque está rindo?

—Olívia Castillo.- disse meu novo nome em voz alta e gostei de como soava.- Gostei de como soa.

—Eu também.- ele disse e sorri antes de lhe dá um beijo.- Agora, posso dizer para todo mundo que você é minha mulher.

—Você sempre disse isso Alejandro e eu nunca lhe corrigi.- disse e ele sorriu invertendo nossas posições.

—Só que agora é verdade. Você é minha mulher, minha companheira, minha vida e meu amor. E nada no mundo poderá nos separar.- ele disse suave e acariciei seu rosto de leve.

—Nada no mundo vai me separar de você outra vez, eu prometo.- sussurrei e Alejandro beijou a minha mão antes de me beijar apaixonadamente.


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo:

Anel de noivado de Olívia:

https://br.pinterest.com/pin/337981147030661887/

Casa do tio de Alejandro:

https://br.pinterest.com/pin/337981147030683668/



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