Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 37
Uma conexão


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capitulo de hoje.
Beijos e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756452/chapter/37

Sorri suave assim que senti beijos carinhosos serem distribuídos por meu ombro direto antes de subiam para o meu rosto.

—Bom dia mi vida.- Alejandro sussurrou carinhoso assim que abri os olhos para vê-lo.

—Bom dia meu bem.- sussurrei e ele sorriu antes de se inclinar para me dar um beijo.

Sem perceber minhas mãos foram em direção ao seu cabelo tentando mantê-lo o maior tempo possível ali me beijando, mas assim que o ar se fez necessário nos separamos.

—É bom saber que posso acordar você com carinho novamente e receber carinho em troca, ao em vez de uma almofada na cabeça.- ele brincou assim que normalizamos nossas respirações e sorrimos.

—Em minha defesa, não estava mais acostumada a acordar dessa forma, mas agora estou.- disse preguiçosa e ele sorriu suave antes de me dar outro beijo.

—Você não quer ver o instituto de arte moderna?- Alejandro questionou assim que minhas mãos mal comportadas começaram a tirar a camisa que ele usava.

—Temos tempo, agora tudo que desejo é fazer amor com meu marido.- segredei e Alejandro sorriu antes de puxá-lo para um beijo urgente.

.......................................................................................................................................................

Visitar o Instituto Valenciano de Arte Moderna, mas popularmente conhecido como IVAM, me deixou maravilhada, pois ele não só abrigava coleções de arte, mas possuía exposições, uma biblioteca, além de inúmeros festivais de arte para o publico.

Segundo Alejandro, o IVAM foi o primeiro centro de arte moderna criado na Espanha, ele foi inaugurado em 1989, e é considerado um importante centro de arte moderna e contemporânea no país.

Eram tantas formas de expressar os sentimentos dos artistas que passei  horas admirando cada detalhe de uma obra, e Alejandro não se incomodava com a minha demorava, ele me deixava aprender cada detalhe das obras no meu tempo.

—Esse lugar é extraordinário.- disse maravilhada assim que saímos do instituto.

—Sabia que você ia gostar daqui. Todas as vezes que sentia saudades suas e estava aqui, vinha ao IVAM.- ele disse enquanto andávamos de mãos dadas em direção ao carro.

—Você nunca deixou de pensar em mim? Nunca quis me esquecer ?- questionei suave e ele me olhou confuso enquanto parávamos no meio da rua.

—Porque a pergunta agora, Liv?

—Porque era algo que sempre quis lhe perguntar, mas nunca tive coragem.  Apenas, seja sincero.- pedi olhando em seus olhos.

—Quando terminamos eu fiquei péssimo, mi mamá me mandou para cá. E houve um momento em que tentei esquecê-la a força. E isso funcionou por um tempo, mas depois tive que lidar com todo o sentimento de culpa e rejeição. Depois de um tempo consegui transformar isso em determinação.

—Então quer dizer que você aprontava todas por aqui?- questionei sorrindo e ele me olhou confuso.

—Você não ficou chateada?- ele questionou e neguei antes de entrelaçar sua mão a minha.

—Não amor, eu fiquei feliz. Porque você tenteou me esquecer e seguir em frente, fico feliz que tenha aproveitado a vida. Me sentiria péssima se não tivesse aproveitado sua solteirice, nem que fosse por um tempo.- disse e ele sorriu surpreso por minhas palavras.

—Não se preocupe, eu aproveitei.  Acho que até demais.- ele segredou a ultima parte perdido em memórias o que me fez rir.

—Será que algum dia, você irá me contar as suas historias de “solteiro cobiçado”? Porque tenho certeza, que a as surpresas que tive, quando fizemos amor quando voltamos, se deve a essa época.- disse e ele me olhou corado o que me fez rir.

—Você ficou sem graça? Então, você devia aprontar muito.

—Acho que isso não é algo que se diga a sua esposa em plena lua de mel.- ele disse tentando desviar do assunto e revirei os olhos.

—Alejandro, não vou ficar chateada por saber que você ficou com outras. Isso vai me deixar em paz.- disse e ele me olhou desconfiado.

—Duvido muito, e além do mais, quero continuar dormindo ao lado da minha mulher, e não no sofá.

— A sua mulher não vai te mandar para o sofá.- prometi suave antes de passar meus braços por sua cintura puxando-o para mais perto de mim, para que assim pudesse ver seus olhos. –Tudo que quero saber é se você não ficou sofrendo por mim durante doze anos.

—E o que iria mudar se você soubesse a resposta?- ele questionou curioso.

—Eu me sentiria menos culpada, me sentiria em paz por você ter deixado de pensar um pouco em mim, nem que seja por alguns minutos para viver a sua vida.- disse e ele suspirou concordando e sorri agradecida.

—Tudo que vou dizer sobre esse tempo, é que não era mais o tipo de homem que se apegava a alguém.  Me divertir muito, e Sylvia sempre tentava me colocar juízo, ela queria que eu ficasse com alguém, mas não desejava mais isso. Depois que a Luna nasceu, voltei a ser homem de família, afinal tinha uma bebê que iria se espelhar em mim.- ele disse e o olhei surpresa, afinal nunca pensei que Alejandro fizesse o tipo pegador.- E então, sua curiosidade foi saciada?

—Foi.- disse enquanto olhava para o meu marido ainda surpresa.

—Será que você podia, parar de me olhar como seu eu fosse um estranho?- ele pediu nervoso enquanto me olhava.

—Me desculpe, mas...- sussurrei e respirei fundo tentando me recuperar da surpresa.

—Tudo bem?- ele questionou preocupado.

—Tudo, só não consigo parar de pensar que você era praticamente um Don Juan. Quem diria que meu namorado de adolescência se tornaria um tremendo pegador.- disse e ele revirou os olhos o que me fez sorrir.

—Isso é passado. Você é o meu presente e o meu futuro. Eu só era dessa forma, porque queria te esquecer, mas não consegui.

—Eu sei.- sussurrei suave enquanto olhava em seus olhos.- Por um lado isso me deixa triste por outro, eu fico feliz, pois se estamos casados agora é porque você nunca deixou de me amar, assim como eu.

—É verdade. Mas que tal, se esquecêssemos todas as tristezas e agradecêssemos a vida por nos dar outra chance?- ele sugeriu e sorri concordando antes de Alejandro se aproximar do meu ouvido, como se fosse me contar um segredo.

— E além do mais, a única mulher que desejo pegar de hoje em diante está em meus braços.-ele sussurrou de forma maliciosa em meu ouvido e gemi deliciada assim que ele beijou minha orelha.

—Que meu marido não me ouça, mas adoraria que Alejandro pegador aparecesse mais vezes.-segredei ainda abalada por suas palavras e por seu beijo, e Alejandro sorriu devido o meu comentário.

—Prometo que vou manter seu marido bem longe hoje a noite.- ele prometeu e sorri antes dele me beijar com carinho.

—Agora, que tal se fossemos almoçar e depois continuarmos nosso passeio?- ele questionou assim que nos separamos quando o ar se fez necessário.

—Eu adoraria.- disse e ele sorriu antes de entramos no carro.

Após o almoço fomos ao Centro de artes e ciências, que possuía um prédio de arquitetura totalmente arrojada e futurista, passamos o dia todo passeando pelos pontos turísticos de Valência e assim que a noite caiu Alejandro me levou a uma praça que tocava musica espanhola ao vivo enquanto as pessoas dançavam sem se importar com as outras.

—Dança comigo.- Alejandro pediu em meu ouvido enquanto eu estava em sua frente e ele me abraçava pela cintura.

—Na frente de todas essas pessoas?- questionei nervosa e ele concordou antes de beijar meu pescoço.- Não sou tão boa assim.

—Claro que você é. É como se você tivesse sangue latino nas veias.- ele brincou e rimos.- Apenas uma dança mi Liv.

—Tudo bem, mas vou alertando que logo descobriram que somos turistas.- disse e ele sorriu antes de me levar em direção a pista .

—Não se preocupe, vou guiar você. E duvido muito que pensem que somos turistas.- Alejandro disse antes de começarmos a dançar.

E apesar de estar com medo de que as pessoas ali me julgassem por tentar dançar a musica que era típica da cidade delas, percebi que elas estavam ocupadas demais concentradas em seus parceiros para observarem algo ao redor.

E ali nos braços do homem que me amou por uma vida inteira, o qual também o amei por uma vida inteira, compreendi o que Guadalupe tanto dizia sobre jamais se dançar com outra pessoa que não seja seu par.

Dançar era algo intimo demais, algo que deveria ser apenas compartilhado com alguém que tivéssemos intimidade, pois só assim ela seria verdadeira. Por que ela promovia uma conexão de corpo e alma.

Por isso nunca consegui dançar com Luciano, pois não tínhamos essa conexão, jamais conseguimos dançar dessa forma, porque ele não era o meu parceiro ideal, mas como sempre não consegui entender o que meu corpo me dizia.

Assim que a musica terminou, Alejandro passou meus braços ao redor do seu pescoço enquanto apenas nos balançávamos lentamente.

—Hei, o que houve mi corazón? Porque as lagrimas?- Alejandro sussurrou suave assim que percebeu que eu estava chorando.

—Sua mãe tinha razão em não querer dançar com você.- disse e ele me olhou confuso.

—Quando se experimenta um sentimento tão forte de conexão com alguém que amamos apenas dançando, não se quer fazer isso com outra pessoa ao não ser o nosso par.- sussurrei olhando em seus olhos e Alejandro sorriu antes de beijar a minha testa.

—Eu entendo meu bem. Senti isso desde a primeira vez que comecei a ensiná-la a dançar.-ele disse e o olhei como quem pedia desculpas.

—Não se desculpe. As vezes esse tipo de conexão não acontece na primeira vez, pode levar algum tempo. O importante é que você sentiu isso comigo agora, e não sabe o quanto esperei por isso.- ele sussurrou suave com sua testa unida a minha.

E ali sob a luz da lua , permanecemos de testas unidas, olhando um para o outro, enquanto balançamos ao som do nosso próprio ritmo.

.......................................................................................................................................................

—Você nunca me disse no que seu tio trabalha.- disse antes de colocar  uma colher de soverte em minha boca.

Voltamos para casa no meio da madrugada, tomamos um bom banho, o qual se tornou bastante demorado quando começamos a nos beijar e trocar algumas caricias, mas assim que terminamos colocamos roupas leves, antes de Alejandro decidir  fazer um lanche para nós, mas optei por comer sorvete ao em vez de um sanduíche qualquer e meu marido me acompanhou.

—Ele é advogado, trabalha para várias mineradoras.  Pode-se dizer que ele sempre foi o parente rico da família.- ele disse pegando a minha colher antes de comer um pouco do sorvete.

—E agora você é o parente rico da família.- disse e ele revirou os olhos.

—Não sou rico, só tenho uma situação que me permite ficar despreocupado. E não trabalho apenas para ganhar dinheiro, isso é só uma conseqüência do que faço.- ele disse dando de ombros.

—Agora entendo você, fazer o que amamos não tem preço.- disse enquanto revezávamos a colher do sorvete.

—Exatamente. E também não fui criado para pensar que o dinheiro era mais importante que tudo. Claro que ter uma situação financeira sem preocupações é bom, mas não é tudo na minha vida. Você me entende?

—Sim, conheço você o suficiente para saber que isso não é prioridade na sua vida.- disse e lhe dei um beijo.

Afinal, havia ficado casada durante oito anos com um homem que só pensava em ter mais dinheiro e não queria isso novamente para mim ou para o meu filho.

Só queria ser amada pelo que era.

Sem receber recriminações por ficar até tarde pintando, ou por ter o cabelo sujo de tinta, ter o direito de possuir opinião própria e ter a mesma respeitada, mesmo que fosse uma opinião totalmente diferente do meu marido.

E eu tinha isso com Alejandro.

Ele me apoiava, me ouvia e dizia o que eu não queria ouvir ou admitir. Ele era meu amigo quando precisava de conselhos, meu amante quando precisava ser amada, meu companheiro quando precisava de apoio. Mas acima de tudo ele me respeitava pelo que eu era, sem querer me mudar.

E tudo isso só me fazia amá-lo ainda mais.

—Posso te perguntar uma coisa?- Alejandro questionou de repente enquanto olhava para o pote vazio do sorvete.

—Claro.

—O que você me disse quando eu estava inconsciente, depois do acidente, é o que realmente deseja? -ele questionou me olhando nos olhos e pisquei confusa, afinal não achei que ele tivesse me ouvido.

—Pensei que não estivesse me ouvido.

—Eu sei, por isso não perguntei antes.  Apenas fiquei com medo de que você tivesse falado tudo aquilo porque eu estava morrendo.- ele disse envergonhado por ter me escondido algo.

Devagar me levantei da cadeira em que estava sentada e me sentei no colo de Alejandro para poder olhá-lo nos olhos.

—Cada palavra que disse a você naquele dia é a mais pura verdade. Eu quero construir uma família com você. Quero ter filhos com você, e quero comprar um cachorro com você.- disse e ele sorriu feliz.

—E quando começaremos a colocar em pratica nossos planos?- ele questionou curioso e sorri antes de passar meus braços ao redor do seu pescoço.

—Se você quiser, podemos comprar um cachorro quando chegarmos, mas prefiro uma cadela.  O que acha? Ou você prefere um cachorro?- questionei e ele sorriu carinhoso.

—Acho que ter uma cadela seria bom. Podemos deixar as crianças escolherem o nome, que tal?

—Acho uma boa idéia.

—E sobre termos um filho.... Eu poderia parar de tomar pílula, e deixaríamos a natureza seguir seu curso.- sugeri e Alejandro me olhou serio.

— Não precisamos ter pressa Olívia, podemos esperar um pouco mais.  Afinal, acabamos de nós casar. E acho que as crianças precisam se acostumar com a nova família antes de termos outro filho.- ele disse suave e suspirei concordando.

Porque Alejandro tinha razão, afinal eram mudanças demais para as crianças, eles haviam ganhando um irmão e uma irmã, uma madrasta e um padrasto, tudo em tão pouco tempo, e um novo irmão agora não parecia ser uma boa idéia.

—Você tem razão, só, por favor, não vamos esperar tanto tempo. Me promete?

—Prometo.- ele disse suave antes de beijar minha bochecha com carinho.

—Acho melhor irmos para cama, está tarde.- Alejandro disse depois que olhou para o relógio da cozinha que marcava duas horas da manhã.

—Você tem razão, o dia foi repleto de emoções.- disse sentindo o cansaço me atingir e Alejandro me olhou com  pesar.

— Você já está cansada? Pensei que poderíamos nos divertir um pouco antes de dormirmos.- Alejandro sugeriu sorrindo de forma maliciosa, o que me fez rir e lembrar do meu pedido de mais cedo.

—Eu nuca vou estar cansada para me divertir com você. -segredei e ele sorriu antes de me beijar de forma urgente.

Sem interromper nosso beijo,  Alejandro passou minhas pernas em volta da sua cintura antes de me levar em direção ao nosso quarto.

No qual tive uma das melhores noites da minha vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Qual é a cor da felicidade?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.