O amor abençoado pelo Nilo escrita por kagomechan


Capítulo 37
O Medo


Notas iniciais do capítulo

eu chorei escrevendo esse cap kkk sério kkk mas n quer dizer q vcs vão chorar kkk sei lá, acho q eu já escrevi coisa mais pesada, mas esse aqui me doeu kk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/755771/chapter/37

Um a um os visitantes iam embora. Afinal, depois de uma noite inteira tentando dar a luz, todos entendiam que a coisa que a nova família mais queria era dormir. Mas, esse luxo já não era fácil de acontecer como antes, pois novamente Aya queria mamar. E isso já depois de ter feito todas as opções de nojeiras selecionáveis… xixi, cocô e gorfo. O que acabou criando a necessidade de um banho, que Sadie parecia simplesmente cansada demais para dar, ou até levantar da cama para falar a verdade. Tawaret, antes de ir embora então, ficou com dó do casal exausto e magicamente deu um banho em Aya. Afinal, as enfermeiras nos hospitais fariam isso de qualquer jeito apesar de Sadie ter reclamado que não queria usar tais atalhos.

Mas, agora já limpinha, Aya estava novamente no colo da mãe enrolada num lençol rosa estampado com unicórnios lilases e brancos e arco íris.

Com olheiras nas olheiras, cabelo completamente bagunçado e uma cara de que estava doida para o máximo de horas possível de sono, Sadie se aconchegava melhor na pilha de travesseiros em suas costas e dava de mamar para a filha. Apesar do cansaço e da dor das contrações leves que sentia com o útero contraindo de volta para o tamanho original, Sadie direcionava para Aya um olhar de completo amor e carinho, assim como Anúbis sentado logo ao lado na beiradinha da cama. 

Apesar de não ter feito a maior parte do trabalho de um parto, que obviamente ficou para Sadie, Anúbis também parecia cansado. Afinal, tinha lutado com Ahriman e ainda virado a noite acordado ao lado de Sadie na espera de Aya. Podia não estar tão destruído quanto Sadie, mas também não estava num estado tão bom assim.

— A gente não vai conseguir fazer a magia de Thoth tão cedo… - disse Sadie declarando o óbvio.

— Não, não vamos… - concordou Anúbis com um suspiro enquanto olhava para a filha como se fosse a obra de arte mais incrível do mundo - Mas enquanto não sairmos de casa, não tem problema mesmo.

— Temos que ir no hospital e fazer a certidão de nascimento dela e tudo mais… - disse Sadie com cara de dor.

— Não com tanta pressa assim mas.. certeza que está bem? - perguntou Anúbis olhando para ela preocupado - Posso chamar Lady Ísis de novo… ela está lá embaixo, na biblioteca.

— Tô sinceramente com dó dela esperando até a gente ter forças para fazer o feitiço… - admitiu Sadie - Mas não, tudo bem. Ela disse que era normal essas contrações. Não é como se tivesse outro bebê querendo sair.

— Ainda bem, porque um com certeza já vai ser uma loucura grande o suficiente. - disse ele e Sadie soltou uma risada fraca concordando com a frase.

— É… - disse Sadie.

— Quando ela terminar de mamar, pode ir dormir que eu fico com ela. - disse Anúbis - Dá pra ver nos seus olhos o quão cansada você está. 

— Também dá pra ver nos seus. - disse ela.

— Provavelmente. - respondeu ele dando de ombros - Mas foi você quem deu a luz à um novo ser humano hoje e… nossa… eu já sabia que você era forte mas, mesmo assim ainda fiquei surpreso. Então, acho que eu consigo ficar só mais algumas horas sem dormir.

Sadie sorriu e quase ficou com vontade de chorar, mas se contentou em falar:

— Eu te daria um beijo agora se não fosse o fato de que meus braços estão ocupados e estou com medo de me mexer muito.

Com um sorriso cansado mas indiscutivelmente feliz, ele pegou o queixo dela delicadamente e então aproximou-se para beijar-lhe delicadamente nos lábios.

— Problema resolvido. - disse ele.

— Eu te amo… - disse ela sorrindo docemente - amo vocês dois… 

— Também amo vocês duas - respondeu ele com o coração quentinho, tendo a certeza de que a solidão que teve do submundo tinha acabado para sempre.

Com o coração feliz mas o corpo cansado, os dois ficaram aproveitando a presença um do outro e admirando aquele pequenino ser que parecia começar a ficar em dúvida entre mamar e dormir mais um pouquinho. Até que Anúbis decidiu que era melhor dizer para Ísis que só iriam fazer o feitiço no final do dia pelo menos, pois estavam cansados demais para qualquer outra coisa.

A deusa, no entanto, preferiu esperar por ali mesmo aproveitando o tempo para conversar com Bastet e Néftis sobre vários assuntos e descobrir quais conhecimentos a biblioteca do nomo guardava. 

Na verdade, a conversa era mais com Bastet, pois Néftis ficava retraída, no cantinho, com seus próprios pensamentos pesando em como queria ir ajudar mas não se sentia tanto no direito disso. Não só devido a todo o complicado relacionamento que já tinha com o filho, mas também considerando como as coisas tinham mudado desde da última vez que ela havia o visto, quando era um mero adolescente imortal… agora era um homem mortal. Ela não sabia como agir.

Néftis podia não ter pronunciado nada quanto ao conflito que acontecia em sua mente, mas o olhar de Bastet dava a entender que a deusa gata percebia que a outra parecia tentar montar um complicado quebra-cabeça mental.

— O que acha dessa situação toda? - perguntou Bastet para Ísis depois que Anúbis voltou para o quarto.

— Dos outros deuses atrás de Aya? - perguntou Ísis erguendo a mão para pegar um livro de aparência antiga na prateleira - Horrível e uma falta de respeito por nossa área de atuação, claro.

— Não não… não disso. - disse Bastet sentando-se tranquilamente sobre uma das mesas de estudo da biblioteca - O que você acha de Anúbis ter se casado com Sadie e ter tido uma filha com ela?

— Ah… isso… - disse Ísis com um suspiro deixando o livro de lado mas continuando de costas para a Bastet - Longe de ser a situação mais ideal de todas… Por mais que ele tenha ficado mortal à alguns anos já, não deixa de ser uma mancha em nossa reputação… Sem falar do problema que surge de como vamos julgar almas agora, mesmo que não tenham mais tantas chegando como antigamente… Mas agora só me resta ao menos certificar-me que todos fiquem bem. Posso não aprovar a situação, mas não guardo rancor nem qualquer outro tipo de sentimento negativo por nenhum dos três.

— Entendo que não ter gente pra julgar os mortos possa ser um problema mas… de resto, qual o problema? - perguntou Hannah surgindo repentinamente de trás de uma das estantes da biblioteca com um copinho de iogurte na mão e um livro na outra.

— Ego é o problema… - respondeu Bastet.

— É complicado… - acrescentou Néftis finalmente quebrando seu silêncio.

— Não deveria estar na escola ou dormindo depois da noite agitada? - perguntou Bastet para Hannah.

— Não tô conseguindo dormir… tá de dia… - respondeu Hannah sem graça - E tô cansada demais pra funcionar o suficiente pra ir pra escola. Não mereço ao menos um dia de folga? Ajudei bastante também antes do resto do pessoal chegar.

— Merece…- respondeu Bastet se erguendo de sua mesa e passando a mão nos cabelos de Hannah bagunçando-os completamente.

— Hey… - reclamou Hannah que logo se livrou da mão de Bastet e correu subindo escada acima.

 - Sabe… - disse Bastet suspirando e olhando para a escada por onde Hannah tinha acabado de subir - Tanto a Sadie como o Anúbis cresceram e mudaram muito no tempo que a gente esteve fora. Pra nós é um piscar de olhos, mas na verdade foram muitos anos. Mas ela continua sendo aquela garota forte, meio teimosa e gentil… e ele continua sendo aquele cachorro irritante e meio mal humorado de sempre.

Ísis olhou para Bastet sem entender qual o motivo de súbita mudança de assunto e comentário mas a deusa gata olhou para Néftis, que pareceu ter entendido o recado.

— Se Ísis quer só ter certeza de que ninguém vai entrar aqui tentando criar outra briga, mas você quer ir lá, segurar sua neta, dar banho nela, trocar a fralda ou sei lá… vá…  - disse Bastet - Certeza que ambos estão exaustos o suficiente para aceitar uma ajuda de alguém que confiam.

— Você não quer ir também? - perguntou Néftis.

— Querer eu quero mas… julgando o histórico de opinião de todos quanto a situação… - disse Bastet dando de ombros - Bem… prefiro ficar de olho em tudo e todos. E bebês mortais são tão frágeis… vocês duas são melhores que eu nisso. Conseguem ser mais delicadas.

— Eu… vou pensar… - disse Néftis.

Enquanto isso, de volta no quarto, Aya já tinha terminado de mamar e estava no colo do pai indo ter sua fralda trocada. Poder deixar a pequenina com Anúbis abriu a oportunidade para Sadie dormir e foi justamente isso que ela imediatamente fez. 

Anúbis havia levado a pequena para o próprio quarto, onde ficava todo o kit de trocar fralda. Havia treinado e lido antes sobre trocar bebês, mas a realidade era uma coisa muito diferente, ainda mais com aquelas fraldas, para ele, estranhas, com adesivos e um bebê que não parava de chorar.

— Shiu… você vai acordar a mamãe assim… - dizia ele se embolando um pouco com os adesivos da fralda - Mas ainda bem que seu cocô não tem cheiro.

— Precisa de ajuda? - gritou Sadie do quarto com uma voz sonolenta de quem aparentemente estava torcendo para ele dizer que não.

— Não… tá tudo bem… - garantiu Anúbis Mas conseguindo tirar a fralda suja e limpar a garotinha com muito cuidado especialmente com o cordão umbilical. 

Sem a fralda suja, o desconforto de Aya diminuía e, consequentemente, seu choro também até quase sumir se reduzindo a um biquinho levemente irritado. Foi quando ele começou a vestir nela um pijaminha bege com um gatinho laranja estampado e aparentemente quentinho que era tão pequeno mas que parecia um pouco grande nela. 

— Viu? Não foi tão ruim… - disse ele pegando ela no colo de novo com muito cuidado e carinho.

Com a pequenina no colo, ele voltou pro quarto e sentou-se na cama ficando bem inclinado, quase deitado, com a ajuda de alguns travesseiros deixando Aya deitada sobre seu peitoral. A pequena já estava lentamente caindo no sono e, embora ele pudesse provavelmente deixar ela no berço para poder dormir também, seu coração se apertava num medo quase irracional com a ideia. 

Anúbis não se sentia seguro o suficiente para fechar os olhos por mais pesados que estivessem. Tinha medo que a pequena pudesse simplesmente sumir ou algo acontecesse com ela. Então, apesar do sono pesado de uma noite acordado depois de uma batalha, ele ficou lá simplesmente admirando a calmaria de Aya dormindo, passando o dedo levemente na cabecinha frágil dela e simplesmente aproveitando estar tão pertinho dela, sentindo o coração dela bater enquanto ela dormia completamente ignorante de todos os problemas que já haviam acontecido para que chegassem naquele momento.

Contudo, enquanto as coisas iam lentamente se ajustando no Nomo Britânico, numa caverna iraniana escura dominada por estalactites e estalagmites, as sombras que tomavam conta das partes mais profundas pareciam aumentar e tremeluzir. Essas sombras competiam por espaço na caverna com uma área bela alagada e convidativa por turistas, mas, se qualquer um olhasse para a escuridão no fundo da caverna, teriam uma sensação ruim que atingiria tão em cheio os nervos e o estômago que ninguém ousaria chegar perto.

Mas, apesar das sensações incômodas que a parte escura da caverna trazia, um homem careca de olhar duro e que não parecia ser iraniano, como os outros visitantes, ousava ir até o final do corredor de madeira criado para os visitantes admirarem a beleza que as rochas escondiam.

Não só o homem foi até o final do corredor, como ele também atravessou a barreira que impedia os visitantes de caírem na água e seguiu andando sobre a água até onde aquela estranha escuridão se acumulava. A escuridão claramente parecia ter vida, pois ela tremeluziu mais com a aproximação do homem. Não só isso, como ela também falou.

— Não me humilharam o suficiente por hoje já, Set? - perguntou a escuridão, Ahriman.

— Ah… não sei… - respondeu Set dando de ombros - É sempre gostoso mostrar pra alguém presunçoso seu devido lugar.

— Hunf… - resmungou Ahriman - Presunçoso é você por se achar superior à mim. Concentro todo o caos de minha religião enquanto a sua… está tudo dividido… Você, Apófis, Kekui, Nu, Naunet, Hehu e sabe se lá mais quais em sua lista interminável de dezenas e mais dezenas de outros deuses menores. Precisaram de tantos deuses para me derrotar e ainda assim…

— Ah, por favor… precisamos de bem mais para derrotar Apófis toda vez que o desgraçado aparecia para irritar. - disse Set dando de ombros - E não tenho vergonha em admitir isso. Apófis foi bem mais complicado que você e aqui está você, rebaixado à uma mera mancha de sombra no fundo de uma caverna tomada por turismo.

— Se veio aqui só pra zombar da minha cara… - disse Ahriman.

— Ah não não… tenho sim algo importante para tratar, garanto. - disse Set invocando sua Kopesh em sua mão e imediatamente atingindo a escuridão.

A espada perfurou a escuridão como se ela fosse uma grossa membrana negra que gemeu de dor num som que parecia muito bem alguém se engasgando com o próprio sangue.

— Hórus pode querer evitar problemas com outros mas… convenhamos… - disse Set fazendo uma bola de fogo surgir em sua mão - Você mesmo disse, você é o único problema de seu panteão. Ninguém mandou ter um panteão tão pequeno. Tenho certeza que tanto Amesha Spenta quanto Ahura Mazda ficariam muito aliviados de não terem que se preocupar com você por algum tempo. Quanto a mim, estaria me livrando de uma pedra no meu sapato e garantindo que você de fato entenda o que acontecerá se resolver se meter onde não deve.

Sem qualquer remorso ou dúvidas, Set lançou a bola de fogo contra o deus maligno que gritou de dor imediatamente. Pedaços da escuridão foram se soltando e queimado como pedaços de papel quando Set retirou sua espada de onde estava. O deus egípcio ficou apenas olhando o estrago que havia feito com um olhar de superioridade até o momento que a escuridão incômoda e inexplicavelmente negra demais sumiu deixando para trás simples e ordinárias estalagmites.

Satisfeito e com o sentimento de dever cumprido, Set desapareceu com a certeza de que ninguém iria querer ou ter coragem de vingar a morte, mesmo que temporária, de Ahriman.

De volta ao quarto de Sadie e Anúbis, o silêncio reinava. As cortinas fechadas quase faziam parecer que estava de noite, mas o sol estava brilhando forte em Londres, quase chegando em seu ápice do meio dia. Sadie e Aya dormiam tranquilamente, cada uma embrulhada por seus pijamas e por lençóis fofinhos, mas Anúbis lutava contra os olhos pesados com medo de botar Aya no berço, deixá-la longe de si ou tirar os olhos dela por muito tempo por mais cansado que estivesse.

No meio da batalha de Anúbis contra o sono, a porta do quarto, que estava apenas encostada, se abriu lentamente. Atraído pela luz súbita que entrou no quarto escurecido, Anúbis olhou para a porta e, se não estivesse tão cansado, certamente teria achado mais surpreendente o fato de ter sido Néftis à abrir a porta.

— Posso entrar? - perguntou Néftis baixinho e ele simplesmente afirmou com a cabeça.

Timidamente, a deusa entrou e olhou para a netinha dormindo tranquilamente, mas também não deixou de notar a exaustão estampada no rosto do filho. Ao olhar mais para as olheiras de Anúbis, notou um pequeno brilho tímido que parecia ser uma lágrima que se escondia na escuridão parcial do quarto.

— Porquê não vai dormir? Parece estar muito cansado… - perguntou Néftis - Posso trazer o berço para cá ou algo do tipo... 

— Não… - respondeu ele também aos sussurros para não acordar nem Sadie, nem Aya - Eu não quero dormir… 

— P-Porquê não? - perguntou ela preocupada e meio insegura ainda fazendo aparecer uma cadeira logo ao lado da cama e logo se sentando sobre ela - Parece certamente cansado o suficiente para dormir o resto do dia.

Ali, tão mais de pertinho, Néftis pode confirmar que ao menos algumas lágrimas já tinham rolado pelas bochechas de Anúbis. Caso ela precisasse de mais alguma afirmação de que ele tinha andado chorando, a leve fungada que ele deu nos segundos de silêncio que acompanharam sua pergunta eram as provas finais.

— … Eu… estou com medo de alguma coisa acontecer com ela… - admitiu Anúbis - Fico lembrando da Kebechet…

Néftis parou uns segundos acomodando aquela informação no seu coração e sem conseguir evitar de pensar na diferença de emoções entre o nascimento de Aya e o nascimento de Anúbis tantas centenas e centenas de anos atrás.

— Ela não vai sumir… - garantiu Néftis - É uma bebê mortal perfeita… Não pode simplesmente desaparecer.

— Eu sei… Eu sei… mas… - respondeu Anúbis suspirando e sem conseguir terminar a própria frase.

Néftis esperou para ver se ele iria falar mais alguma coisa enquanto aproveitava e pensava nas próprias palavras. Sadie ainda dormia como uma pedra e Aya suspirava profundamente enquanto também dormia alheia à conversa que acontecia ao seu redor.

— Você precisa dormir… - disse Néftis - Vão fazer mais tarde uma magia complicada e se não estiver descansado as coisas vão dar terrivelmente errado, e sabe disso...Vá dormir… eu... fico de olho nela para você e se ela quiser mais leite, eu aviso.

 Os dois se olharam intensamente enquanto Anúbis pensava e lutava contra aquele medo quase irracional de Aya simplesmente desaparecer como mágica. Vendo que não parecia estar sendo fácil para ele, ela estendeu as mãos esperando receber a menina.

— Confie em mim… vai ficar tudo bem. - garantiu Néftis.

Ainda demorou alguns segundos mas, eventualmente e de forma relutante, Anúbis entregou aya para Néftis. Com carinho e muito cuidado, a deusa pegou a neta adormecida e se levantou de sua cadeira magicamente invocada que, na ausência de alguém sentando-se, também magicamente desapareceu.

— Agora, durma… Por favor… - pediu Néftis.

— Se ela acordar… - começou a pedir Anúbis.

— Eu te acordo… - garantiu Néftis já saindo do quarto antes que ele mudasse de ideia - Agora vá dormir.

Ele ainda não estava se sentindo tão seguro assim. Na verdade, estava até olhando para a porta que se fechou com a saída de Néftis perguntando-se se valia a pena levantar e ir atrás dela para pegar Aya de volta. Mas Néftis estava certa, ele precisava estar descansado para fazer o feitiço complicado de Thoth mais tarde. Assim, ainda desconfortável, ansioso e aflito, ele se aconchegou nos cobertores, olhou para Sadie completamente adormecida, e torceu para o sono pesado o envolvê-lo o mais rapidamente possível.

Se tivesse um relógio de ponteiro ali, ele com certeza ficaria consciente de cada estalar que os ponteiros produziam à se movimentar. Mas, no lugar disso, tinha apenas o burburinho da cidade e o sol que entrava pela fresta da cortina para acompanharem seu medo em dormir. Demorou mais de uma hora, mas eventualmente ele acompanhou Sadie num sono bem merecido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

por hoje é isso :3
em breve tem mais e... incrivelmente... a fic tá perto do fim :/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O amor abençoado pelo Nilo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.